Todos pela Natureza!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Na semana do meio ambiente "Pare de falar, comece a plantar", diz um garoto de 13 anos

 O menino alemão já plantou um milhão de mudas
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O pequeno alemão Felix Finkbeiner, de apenas 13 anos, se tornou um exemplo mundial. Há quatro anos o garoto planta árvores em diversos locais do mundo com o intuito de divulgar o movimento Plante para o Planeta, cujo líder é ele mesmo.
Aos nove anos, quando Felix estava fazendo uma pesquisa para um trabalho de escola, sobre as mudanças climáticas, ele conheceu a história da queniana Wangari Maathai, que ajudou a plantar 30 milhões de árvores em seu país. Inspirado no exemplo da africana o garoto percebeu que qualquer um pode colaborar para um planeta melhor e que nessa missão a idade não é um problema.
Com essa motivação Felix já conseguiu levar o seu movimento a 72 países plantando árvores por onde passa, conscientizando crianças, adultos e até mesmo autoridades mundiais. Foi essa ação que deu origem ao slogan “Pare de falar, comece a plantar”, uma crítica aos representantes internacionais que fazem muitos discursos, porém colocam poucas coisas em prática.
Para o garoto, as crianças de todos os países poderiam plantar um milhão de árvores para neutralizar suas emissões de carbono. A sua meta, no entanto, é ainda maior. Ele espera que através do seu movimento sejam plantadas 212 milhões de novas árvores em todo o planeta. Por enquanto o alemão tem em seu currículo o plantio de um milhão de mudas.
As atividades envolvem as crianças em idades escolares e contam com a ajuda de voluntários. Além disso, as espécies a serem plantadas estão sempre de acordo com a vegetação nativa da região, para que isso colabore para a preservação da biodiversidade local.
Felix esteve presente na Conferência Climática da ONU (COP16), realizada entre os dias 29 de novembro e 11 de dezembro, em Cancun, no México. Durante o evento, que reuniu representantes ambientais de 194 países, as crianças que fazem parte da campanha, juntamente com embaixadores, ministros e até presidentes que estavam na conferência, plantaram uma árvore para cada país participante.
Na mesma ocasião, o pequeno alemão posou para uma foto ao lado do presidente do Equador, em que está tapando a boca do líder equatoriano, como forma de representação da sua campanha. Fotos desse tipo já foram tiradas ao lado da modelo brasileira Gisele Bündchen, do príncipe Albert II de Mônaco e com o diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, e servem para divulgar e apoiar mundialmente o movimento em prol do meio ambiente.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Europeus já podem consultar online poluição atmosférica da zona onde vivem

Os cidadãos europeus podem, a partir de hoje, localizar as principais fontes difusas de poluição atmosférica, como os transportes e a aviação, através de um novo conjunto de mapas disponibilizados na Internet pela Comissão Europeia eAgência Europeia do Ambiente.
O conjunto exaustivo de mapas – disponível em http://prtr.ec.europa.eu/DiffuseSourcesAir.aspx – permite aos cidadãos visualizarem imagens ampliadas das suas zonas de residência e localizarem as áreas onde são libertadas os poluentes, incluindo dados circunstanciados sobre óxidos de azoto (NOX), óxidos de enxofre (SOX), monóxido de carbono (CO), amoníaco (NH3) e partículas (PM10).
Deste modo, será possível visualizar imagens em grande plano da poluição atmosférica através de 32 mapas que permitem aos cidadãos perceber, pela primeira vez, onde são libertados certos poluentes, complementando, assim, os dados sobre emissões de instalações industriais existentes no Registo Europeu das Emissões e Transferências de Poluentes (E-PRTR).
O E-PRTP foi lançado em 2009 com o objetivo de melhorar o acesso à informação ambiental. No início, o E-PRTP disponibilizava apenas dados comunicados por instalações industriais (fontes pontuais), mas, a partir de hoje, fornece informações sobre emissões dos transportes rodoviários, da navegação, da aviação, do aquecimento de edifícios, da agricultura e de pequenas empresas (fontes difusas).
“O conhecimento é fundamental para tornar as nossas ações críveis, sendo fonte de importantes informações para os nossos cidadãos. Estes mapas demonstram um empenho genuíno em melhorar o entendimento colectivo quanto à origem da poluição atmosférica”, afirmou o comissário europeu do Ambiente, Janez Potočnik. 

domingo, 29 de maio de 2011

Agrotóxicos - Você sabe o que está comendo?

A segurança alimentar no Brasil realmente é um assunto muito sério e precisamos prestar mais atenção e participar ativamente desse assunto, pois isso diz respeito àquilo que comemos e damos aos nossos filhos.

Estaremos analisando a produção em massa de diversos alimentos que comumente estão à mesa dos brasileiros.

Começaremos hoje analisando a produção de tomate, que utilizamos quase que diariamente na forma de salada ou como molho em nosso “santo” macarrão de domingo.

Nós tivemos acesso aos produtos utilizados pelos agricultores na produção de tomate da região de Goiás. Esse produto na sua grande maioria é enviado para as indústrias na fabricação de molhos e derivados.
Tomamos como exemplo um caminhão de tomates que chega da lavoura diretamente para a indústria.
 Abaixo, demonstramos a quantidade, proporcional ao peso da carga, de cada insumo químico que é utilizado desde o plantio até a colheita: 
Produção Agrícola

TOMATE IN NATURA 
Peso da Carga
19.056,000 kg  
Produtos Utilizados Durante a Produção Insumos e Defensivos Químicos  Quantidade Utilizada   
Semente TOM H9553 SC 151MI
0,762 mil
Acephato / Orthene
0,196 litros
Captan 500 / Orthocide
1,216 kg
Betacyflutrin / Turbo
0,082 litros
Clorpirifos / Klorpan
0,621 litros
Nomolt
0,051 litros
Metribuzin /Sencor
0,208 litros
Muda Tom
2,134 mil
Glifosato /Trop
0,311 litros
Hidroxido de Cobre / Kocide
2,199 kg
Iharaguens
0,154 litros
Paraquat+Diuron / Gramocil
0,130 litros
Procimidone / Sialex
0,377 kg
Fenpropathrin / Danimen Meothrim
0,130 litros
Fluazinam / Frowncide
0,154 litros
Map Reg 105-4 Purificado
2,717 kg
2,4-D
0,208 litros
Acetamiprid /Mospilan
0,015 kg
Thiophanate Menthil / Cercobin 700
0,208 kg
Adubo 04.30.16+Micros
414,000 kg
Semente Tomate Numero 2992
1,326 mil
Tiametoxanilamda-Cialotrina Defensivo Agr
0,103 kg
Cepermetrina/Fastac Defensivo Agr
0,027 kg
Flubendiamide/Belt Defensivo Agr
0,021 kg
Completo Benthiavalicarb Defensivo Agr
0,078 kg
Intrepid Metoxifenozida Defensivo Agr
0,048 kg

Ou seja, para cada carga de tomate in natura que chega para ser processada na indústria, esta vem acompanhada de mais de 25 produtos químicos que foram utilizados em sua lavoura.

Muitos desses produtos químicos utilizados são altamente tóxicos e seus efeitos colaterais sobre o meio ambiente, animais e a saúde das pessoas ainda não foram completamente estudados.

Os produtores e as indústrias irão argumentar que estão dentro da lei e que respeitam as normas e processos de aplicação e uso desses compostos.

Realmente estão cumprindo a lei! Acreditamos nisso.

Porém, o problema vai muito além da legislação, passando pelo uso de produtos cujos efeitos em longo prazo no meio ambiente, animais e pessoas são desconhecidos.

A lavoura de tomate foi apenas um exemplo, porém garantimos que o mesmo processo acontece na esmagadora maioria das culturas agrícolas do Brasil e do mundo.

Qual a saída?

Realmente a produção de alimentos orgânicos no mundo ainda é muito pequena e ineficiente dado ao tamanho do mercado consumidor cada vez mais sedento por alimentos.

Esse fato tem sido a principal justificativa de ruralistas e defensores da agricultura de massa, que segundo eles deveria avançar sobre florestas e áreas livres e fazer o que for preciso para produzir cada vez mais e mais.

Porém, sabemos que o lucro e a ganância por mais lucro, tem sido sempre a mola propulsora do modelo econômico que vivemos, onde tudo se justifica desde que a lucratividade do empreendimento esteja dentro do esperado.

Onde nós vamos parar? Só o tempo dirá.

Fonte: Estudos Realizados na Produção de Tomate no Estado de Goiás.
Equipe @Terrachamando

Ex-militares alertam governo a cuidar melhor da Amazônia.

Povoar a Amazônia é garantia 
para manter sua integridade

Para alguns, a redivisão ajudará 
preservar reservas estratégicas 
de petróleo e de minerais nobres
BRASÍLIA – Em Amazônia – A grande cobiça internacional, Gélio Fregapani, um dos maiores conhecedores da Amazônia brasileira dá a receita para assegurar a posse do Brasil sobre a região: povoá-la sustentavelmente. “Nossa Amazônia, com sua riquíssima biodiversidade, água abundante e vastíssimas riquezas minerais ainda inexploradas e, naturalmente, motivo de grande inquietação”, avalia Fregapani, coronel da reserva do Exército e um dos fundadores do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), sediado em Manaus (AM).

Para Fregapani, a explosão demográfica mundial e a busca por alimentos e riquezas (mineiros, madeiras, petróleo e outros bens úteis à humanidade) fazem da Amazônia alvo fácil das grandes potências. “Trata-se de um perigo real e imediato”, alerta. Ainda de acordo com Fregapani, a saída para “o risco que nossas novas gerações do III Milênio não precisam recorrer às armas, na defesa da integridade nacional” é povoar a Amazônia. Militares ouvidos pelaAgência Amazônia sob a condição do anonimato têm a mesma opinião de Fregapani. “Povoar a Amazônia é condição indispensável para mantê-la brasileira”, afirma um general da reserva do Exército, que serviu durante anos na Amazônia.

Outro militar da reserva, também conhecedor profundo da Amazônia, observa: “as circunstâncias mundiais hoje são favoráveis ao Brasil e, por essa razão, o Estado brasileiro precisa ficar mais atento com relação à Amazônia”. Para esse coronel, a redivisão territorial do Brasil, em especial da Amazônia, é uma medida correta para povoar a região e assegurar a presença do Estado em locais estratégicos e poucos habitados.

Petróleo, urânio e outros minérios

Militares, ex-militares e estrategistas consultores pela Agência Amazônia se mostram preocupados com a falta de ação do governo em áreas estratégicas da Amazônia. Segundo eles, a ineficiência do Estado tem favorecidos aos traficantes de drogas, armas e aos biopiratas.

Quando ainda na ativa, o general Maynard Santa Rosa depôs na Câmara dos Deputados e traçou um triste retrato. Disse que algumas ONGs (Organizações não Governamentais) atuam no tráfico de drogas, de armas e até fazem espionagem na Amazônia. Sua afirmação causou alvoroço no governo do então presidente Lula. Poucos dias após sua ida à Câmara, Maynard foi mandado para reserva.

Ex-chefe do Comando Militar da Amazônia (CMA), general Augusto Heleno, também foi punido por Lula. Em palestra a oficiais no Rio de Janeiro, em 2009, o general Heleno criticou a política indigenista do governo petista. Meses depois foi substituído do CMA. Veio para o Grupamento de Tecnologia do Exército, em Brasília, e este mês foi para a reserva. A exemplo de Heleno, outros militares avisam que as Forças Armadas estão atentas para defender as riquezas da Amazônia, entre as quais o petróleo – muitas reservas estão identificadas, mas ainda inexploradas – e o urânio, o nióbio e outros minérios nobres ali encontrados.

Redivisão territorial 
Nacionalista e defensor dentro da Maçonaria – na qual é grão-mestre – de uma campanha em favor da Amazônia, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), vê na redivisão territorial uma maneira de povoar a Amazônia e consolidar a presença brasileira na região. E já deu um passo decisivo nesse sentido. Após a Câmara aprovar o PDS 52/07 autorizando o plebiscito sobre a criação do Estado do Carajás, o Senado aprovou, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o substitutivo do projeto – o PDS 19/99 – de Mozarildo propondo a realização de consulta popular sobre a criação do Estado de Tapajós.
Essas duas novas unidades da Federação surgiriam do desmembramento parcial do Estado do Pará. Enquanto Carajás deverá reunir 39 municípios localizados no sul e sudeste paraense, área onde reside cerca de 1,5 milhão de pessoas, Tapajós agregaria 27 municípios da parte oeste e teria população estimada em 1,7 milhão de habitantes. Com esse rearranjo, o Pará ficaria com 78 municípios e 2,9 milhão de habitantes.
Mozarildo tem defendido a divisão do Pará em três unidades, argumentando que muitas falhas na administração do estado devem-se, justamente, à sua grandeza territorial. “O Pará tem 144 municípios. Municípios como Altamira, que é maior do que muitos países da Europa estão no oeste do Pará. A área do estado hoje é de 1,4 milhão de quilômetros quadrados. Administrá-lo é como administrar vários países da Europa ao mesmo tempo”, compara.
Agindo em linha contrária, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Jorge Viana (PT-AC) argumentam que a redivisão territorial é o aumento do gasto público com novas estruturas administrativas e a eleição de parlamentares. Para Viana, “o Brasil está numa fase de crescimento econômico, mas é preciso cuidar para que não aumentemos as despesas em demasia”.
As ponderações em torno das mudanças refletem uma onda de idéias separatistas. Tramitam no Congresso, entre outras, propostas de criação do estado do Gurguéia, para reunir 87 municípios desmembrados da parte sul do Piauí, e dos estados de Mato Grosso do Norte e do Araguaia.
O caminho até o estabelecimento formal de um estado, entretanto, é longo e árduo. Cumprida a aprovação do plebiscito, o que ainda precisa ser feito para tornar realidade a nova unidade federada? Após a promulgação da lei, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, seguindo instruções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizar consulta à população "diretamente interessada" - no caso, todos os paraenses - sobre sua concordância ou não com a criação de Carajás e Tapajós. A Justiça Eleitoral terá seis meses para realizar esse plebiscito, a contar da promulgação das propostas.
Se o resultado da consulta popular for favorável, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará deverá, dentro de dois meses, pronunciar-se sobre a iniciativa. A conclusão dessa manifestação parlamentar deverá ser informada, em três dias úteis, ao Congresso Nacional, a quem caberá elaborar projeto de lei complementar para dar prosseguimento à criação de Carajás e Tapajós. Se a Assembléia Legislativa não cumprir essas exigências nos prazos estabelecidos, o Congresso assumirá a continuidade do processo. 
Divisão causa situações peculiares na Amazônia
BRASÍLIA – A atual divisão territorial entre os estados cria situações peculiares, especialmente nas regiões de grande vazio populacional do Norte e Centro Oeste. Em razão de elementos da paisagem – como os rios – povoações e cidades acabam se situando geográfica e politicamente em um estado, quando estão mais próximas do estado vizinho, e ali buscam o atendimento de suas necessidades.
Defensor do estabelecimento de novos limites entre os estados, o senador Jorge Viana (PT-AC) dá como exemplo as localidades de Extrema e Nova Califórnia, vilas pertencentes a Porto Velho, capital de Rondônia, estado que toca o Acre a Noroeste.
Ainda dentro do território do Acre, o governo estadual construiu uma escola de ensino médio para atender aos habitantes de Extrema e Nova Califórnia, distantes 350 quilômetros de Porto Velho e 150 de Rio Branco, capital do Acre.
Conforme a assessoria de Jorge Viana, muitas vezes é preciso pensar mais no atendimento à população do que na rígida configuração geográfica.
O site Ariquemes On-line publicou em agosto de 2010 notícia que ilustra bem a situação. O tratorista Odair Carvalho, morador de Extrema, trabalhava na selva quando o seu filho Lucas nasceu. Prematuro, o recém-nascido precisou de atendimento especial e teve de ser levado a Rio Branco. Para voltar a Rondônia, a criança foi registrada só por Rosilene Cardoso, a mãe.
Posteriormente, o programa do governo de Rondônia Operação Justiça Rápida Itinerante foi procurado por Odair para corrigir o registro de nascimento do filho. "Foi rápido. Agora eu vou levar no cartório e mudar a certidão", disse o tratorista ao Ariquemes On-line.
Outro exemplo desse tipo de assimetria é o do município de Boca do Acre, localizado no Amazonas, mas distante cerca de 1,5 mil quilômetros de Manaus e apenas 200 quilômetros de Rio Branco, para onde os amazonenses daquela faixa de fronteira vão em busca de atendimento médico. Os secretários de Estado do Amazonas quando têm de visitar Boca do Acre, seguem de avião até Rio Branco e completam o trajeto de carro.
A assessoria de Jorge Viana esclarece que o senador não está propondo que este ou aquele município seja incorporado ao Acre. Apenas observa que casos como os de Boca do Acre, Extrema e Nova Califórnia são comuns no Brasil. E dão a medida da insegurança provocada por linhas divisórias traçadas quando o país ainda não dispunha de recursos como as imagens de satélite e muitas cidades não haviam surgido.


CHICO ARAÚJO (*)
(*) Colaboraram Simone Franco e Nelson Oliveira, repórteres da Agência Senado.

Embrapa Amazônia - Projeto comprova eficácia de alternativas sustentáveis

Resultados de pesquisas realizadas na
Reserva Extrativista Verde Para Sempre, no Pará

PORTO DE MOZ, PA – A sexta-feira, 27, foi um dia especial para os cerca de 10 mil habitantes da Reserva Extrativista Verde Para Sempre, em Porto de Moz, no Pará. A Casa da Cultura do município sediou a posse do novo Conselho Deliberativo da Resex Verde Para Sempre e a Embrapa Amazônia Oriental apresentou os resultados do Projeto Alternativas Sustentáveis para Geração de Renda nas comunidades da Resex, que começou em 2007 na região. 
O Conselho Deliberativo é o órgão máximo de gestão participativa da reserva. Vinte e seis conselheiros titulares e mais 26 suplentes encaram a responsabilidade de decidir o futuro da área, desde as atividades economicamente produtivas até as decisões políticas locais. Fazem parte do conselho representantes da Embrapa Amazônia Oriental, Prefeitura de Porto de Moz, Conselho Nacional dos Seringueiros, Fundação Viver–Produzir– Preservar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porto de Moz, Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz, Associação de Mulheres do Campo, Associação de Pescadores Artesanais, Igreja Católica, Igreja Evangélica e representantes das comunidades extrativistas que vivem na Resex Verde Para Sempre. 
Para o pesquisador Pedro Celestino Filho, representante da Embrapa que toma posse no conselho, esse cargo é um desafio para a instituição que busca levar tecnologias sustentáveis de produção para as comunidades da reserva alinhadas à política de proteção do local. A Resex Verde Para Sempre tem um milhão e 288 mil hectares habitados por cerca de 110 comunidades. A gestão da reserva é feita pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade.
Projetos e parcerias 
Nesse local onde a natureza é generosa, as políticas sociais nem sempre chegam. “Estamos muito distante de tudo e com pouco acesso a informações importantes pra nossa comunidade”, diz Genésio Ribeiro, da Comunidade do Arimum.
Desde 2007, a Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com o ICMBio e o Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz, desenvolve o Projeto Alternativas Sustentáveis para Geração de Renda nas Comunidades da Reserva Extrativista Verde para Sempre, coordenado pelo pesquisador Alexandre Rossetto Garcia. O projeto identificou os processos mais adequados para melhoria de renda da produção local em harmonia com o meio ambiente, fomentando novas opções de trabalho e renda para as comunidades. 
O pesquisador explica que em consenso com os moradores da Resex foram escolhidas as comunidades de Cuieiras, Arimum, Carmelino e Itapéua como pólos para transferência de tecnologias e informações. O projeto gerou uma série de estudos e produtos que serão apresentados amanhã às 26 associações que representam as comunidades locais e ao Conselho Deliberativo da Resex Verde Para Sempre. 
Entre os produtos estão um vídeo que retrata a dinâmica social e econômica dos moradores da reserva e as mudanças obtidas a partir do trabalho desenvolvido no local. E também o livro “Resex Verde Para Sempre: uma garantia de direitos”, que apresenta informações sobre os direitos do cidadão brasileiro e os benefícios das políticas sociais de educação, saúde, previdência e assistência social e como todos podem acessá-los. A publicação é fruto da parceria com a Universidade Federal do Pará. 
Minibibliotecas da Embrapa 
O chefe geral da Embrapa Informação Tecnológica, Fernando Amaral, também está no evento para entregar oficialmente à Prefeitura e ao Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz, quatro kits de minibibliotecas da Embrapa. São produtos de informação em diferentes mídias, contendo tecnologias geradas pela Embrapa e seus parceiros e orientações para a produção agropecuária e de alimentos de qualidade, respeitando o meio ambiente e a realidade das comunidades rurais das diversas regiões brasileiras. Os kits vão para a resex Verde para Sempre e para a Biblioteca Pública do município. 

KÁTIA PIMENTA
contato@agenciaamazonia.com.br

Saga de soldados da borracha na Amazônia

BRASÍLIA — Esquecidos durante anos pelo governo brasileiro, os soldados da borracha mandados na década de 1940 foram para a Amazônia no chamado esforço de guerra do Brasil viraram notícia novamente. Em reportagem especial assinada pelos jornalistas Edson Luiz e Renata Mariz, do Correio Braziliense, a saga desses heróis é contada na série especial “Soldados da Borracha”.
As reportagens reproduzidas pela Agência Amazônia contam a saga desses brasileiros que trabalharam na Amazônia há mais de 70 e ainda lutam por seus direitos. Alguns desses heróis, ainda vivos, travam na Justiça uma batalha judicial para ter garantidos seus direitos de uma vida digna. Os soldados da borracha foram para a Amazônia, a pedido do governo de Getútilo Vargas, com a promessa de que iriam auferir benefícios financeiros. Até hoje eles estão à espera da ajuda federal.

DÍVIDA DE GUERRA 
Nordestinos que trabalharam na Amazônia há 70 anos ainda lutam por direitos

Em busca das honras e compensações prometidas quase sete décadas atrás, um grupo de 4 mil pessoas com mais de 80 anos poderá, finalmente, usufruir do que o governo se comprometeu a oferecer naquela época: fartura na Amazônia. Eles são os soldados da borracha, que, a partir de 1942, deixaram o Nordeste para cortar seringa na região, como parte do acordo fechado por Getúlio Vargas de fornecer a matéria-prima às forças aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. No lugar de riqueza e progresso, os seringueiros “alistados” encontraram fome, escravidão, doenças e miséria. 
Hoje, exigem do Estado brasileiro uma indenização individual de R$ 763,8 mil, como reparação moral e material por tudo que passaram. A expectativa é de que a decisão da Justiça saia em breve. Embora a Advocacia-Geral da União (AGU) já tenha apresentado suas contestações, refutando o pedido, documentos históricos obtidos pelo Correio revelam que as autoridades esconderam dos recrutados as condições precárias tanto da viagem quanto da vida que os esperava na floresta. A partir de hoje, uma série de reportagens mostrará também o improviso que marcou todo o processo capitaneado pelo governo. 
Valia tudo para honrar o compromisso de fornecer 35 mil toneladas anuais de borracha aos Estados Unidos. Criar uma propaganda enganosa de recrutamento, confabular com autoridades locais, provocar o engajamento da Igreja Católica, deixar trabalhadores sem água ou comida depois de alistados. A reparação que os nordestinos julgam merecer pode vir de decisão da 2ª Vara Federal em Rondônia, que analisa, desde 2009, o processo movido pelo Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros do estado. A instituição representa atualmente 4 mil pessoas, sobreviventes de um exército maior, de 50 mil homens mobilizados à época. O chamado do governo os colocava em posição de destaque. “Ao nordestino, cabe uma tarefa tão importante como a do manejo das metralhadoras (…) impõe-se-lhe o dever de lutar nas terras abençoadas da Amazônia, extraindo borracha, produto indispensável para a vitória, como a bala e o fuzil”, dizia a propaganda.

A campanha efusiva de recrutamento divergia muito da postura do Brasil poucos meses antes, ainda indeciso sobre a conveniência de enviar homens para lutar nos fronts europeus. Só depois que submarinos nazistas atacaram os navios Buarque, Olinda e Cabedelo em águas brasileiras, matando 55 pessoas, foi que o governo saiu do clima de flerte com a Alemanha de Adolf Hitler e escolheu ficar do lado das tropas aliadas na Segunda Guerra. Também pesou na decisão a ajuda econômica prometida pelos Estados Unidos. A partir de 1942, milhares de soldados da borracha começaram a ser deslocados para a ainda desconhecida floresta. Dois anos depois, 25 mil pracinhas partiram para a Europa sob as bênçãos do governo, que em troca receberia dinheiro para construir, entre outras obras, a Companhia Siderúrgica Nacional. Alheio a tanta negociação, Adelmo Fernandes Freitas se alistou, aos 12 anos, com o pai.
Ele queria ser soldado da borracha, apesar de não saber como era a mata. Conhecia apenas a seca e a miséria do Nordeste. Aos 80 anos, Adelmo tem uma recordação clara da chegada ao Acre, em 1943, na companhia do pai, Manuel Pedro Fernandes, e de outros sertanejos. “Aquilo era uma vida de bicho”, define o ex-seringueiro, que passou 15 anos dentro da floresta. Ainda menino, ele sonhava ganhar muito dinheiro no seringal. A esperança de ter uma vida melhor, porém, durou só o tempo do trajeto entre o seu Ceará e as terras acrianas, cerca de três meses. Na chegada, já foi possível prever que o plano de enriquecer naquele mundo tão diferente de onde foi criado não passava de ilusão.
O trabalho era incessante. “Seis dias para cortar a seringa e, no sábado, a gente defumava a borracha”, lembra Adelmo. Alguns poucos domingos de folga tinham de ser aproveitados para garantir a sobrevivência nos dias seguintes. “A gente aproveitava o dia para recolher cocos e juntar cavaco para fazer fogo”, conta o soldado da borracha. Medo da floresta, ele garante que não tinha. O pavor vinha das doenças que mataram vários de seus companheiros. Uma delas é a malária, da qual foi vítima por várias vezes. “Até perdi as contas”, observa o senhor. Na falta de um tratamento e diante das condições precárias de vida, ele fazia qualquer coisa para tentar se livrar do mal-estar e das dores provocadas pela peste amazônica. “No barracão, não tinha uma pílula sequer. Quantas vezes tive que ir para o igarapé para aliviar a febre”, recorda o ex-seringueiro. 
Direitos esquecidos 
“Os soldados da borracha foram vítimas de violação dos direitos humanos e viveram em regime de escravidão”, sustenta o advogado Irlan Rogério Erasmo da Silva, que defende a categoria na ação judicial. “Por isso, o pedido de indenização é por dano moral. A outra alegação é o dano material, já que o governo dos Estados Unidos mandou dinheiro para o Brasil pagar os trabalhadores que seguiram para a Amazônia, mas os seringalistas, donos do seringais e também conhecidos por patrões, ficaram com os recursos”, explica Irlan.
Em sua defesa, a AGU argumentará que os fatos ocorreram na década de 1940, quando vigente a Constituição de 1937, e em período de guerra. Portanto, de acordo com a contestação, o pedido dos soldados da borracha não podem ser atendidos, já que se baseia na Constituição atual, de 1988. A União salienta ainda que os efeitos patrimoniais reclamados por meio da ação são sujeitos à prescrição e que não existe, nos autos em questão, provas dos prejuízos sofridos pelo autor, requisitos necessários em demandas dessa natureza. 
 
O conto do Seringal

Promessas de enriquecimento rápido e de apoio às famílias deixadas no Nordeste faziam parte das artimanhas usadas pelos recrutadores para convencer sertanejos a trabalharem na Floresta Amazônica 
Classificados em relatórios oficiais de "desconcertantes e estúpidos", os boatos de índios que devoravam homens ou de que trabalhadores seriam vendidos a preço de ouro na floresta precisavam ser eliminados da cabeça do sertanejo. Não bastavam os conclames do presidente Getúlio Vargas dirigidos aos soldados da borracha, que "lutariam" na Segunda Guerra Mundial tirando seringa das árvores para abastecer as tropas aliadas com a matéria-prima. Foi preciso prometer muito mais. Dirigida à maioria analfabeta, a cartilha de recrutamento do governo apresentava, por meio de desenhos, feitos pelo artista plástico suíço Jean-Pierre Chabloz, uma nova Amazônia. "Pedaço do Brasil que não é mais o inferno verde, mas, atualmente, a terra da promissão", mentia o material publicitário, divulgado a partir de 1942.
Além das cartilhas, cartazes foram espalhados em cidades devidamente escolhidas — com base na época de maior ou menor desemprego — do Piauí, Maranhão e principalmente Ceará. Coordenada pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (Semta), órgão criado por Vargas, a propaganda prometia toda a pesca e caça, 60% da produção da borracha e muitas outras vantagens. Mas ainda esbarrava na desconfiança do "caipira", como eram chamados os nordestinos pelas autoridades em cartas confidenciais. Relatório de um médico que selecionou 217 homens, no período de um mês, em municípios cearenses, revela alguns dos artifícios usados no recrutamento, como um acordo com o empregador local para que dispensasse os funcionários solteiros, mais propensos a se tornarem soldados da borracha, e contratasse os casados. 
Aproveitando-se da paralisação do serviço industrial da carnaubeira cearense durante o inverno, no Vale do Jaguaribe, o médico ressalta, em certa altura do relatório, que 15 homens se alistaram "com a condição de serem alimentados até o dia do embarque". O fato é que, para muitos, devido à realidade precária do sertão, a única saída foi acreditar nas maravilhas que os esperavam na floresta. Até mesmo quem tinha um pouco de condição financeira sonhava com uma vida melhor. "Vi a floresta pelo jornal e achei bonita. Além disso, diziam que a borracha dava dinheiro", conta João de Deus Alencar, hoje com 88 anos. "Me arrependi. Se estivesse ficado lá no Ceará, minha terra natal, minha vida seria outra", ressalta.
Considerado uma pessoa que tinha um "saberzinho", já que seu grau de escolaridade era o equivalente à quinta série atual, João de Deus deixou a companhia dos militares americanos — com quem trabalhava — pela dos arigós, alcunha dada aos sertanejos que chegavam à Amazônia. Filho de um oficial do Exército, ele era recruta quando decidiu dar baixa para enfrentar a floresta. Nada sabia sobre a seringa até ser treinado no Pará, depois da viagem de navio. "Eles colocavam um tronco para que a gente treinasse a extração do leite", lembra o soldado da borracha. 
Como todos os outros homens recrutados, João recebeu, ao se alistar, um kit de viagem, composto de roupa, alpercata, chapéu, mochila, rede, prato fundo, caneco, garfo e colher. Além de assistência à saúde, deslocamento seguro e confortável, comida saudável, as promessas durante a campanha de mobilização incluíam o valor de Cr$ 6 (seis cruzeiros) diários, caso o soldado não prestasse serviços, e Cr$ 10 (dez cruzeiros) por dia de trabalho. A família do combatente da borracha também estaria protegida, de acordo com os compromissos assumidos pelo governo em documentos oficiais. Ninguém poderia imaginar que depois das privações ao longo da viagem, eles seriam enquadrados numa espécie de regime de escravidão.
Empregadores locais, líderes da comunidade e párocos eram os incentivadores não governamentais, mas com grande influência, do alistamento dos nordestinos. Carta de dom Helder Câmara, naquele momento chefe do Departamento de Assistência Religiosa, um dos setores do Semta, deixava claro que havia uma certa resistência dos religiosos da região. Mas explicava, em seguida, que os bispos e arcebispos decidiram dar suporte à mobilização por medo de perderem espaço para os padres e pastores norte-americanos. "Vindos de país rico e progressista trariam recursos técnicos e financeiros nada desprezíveis", escreveu dom Helder, repetindo o que tinha ouvido dos párocos da região, em relatório de janeiro de 1943. 
O artista 
Contratado pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia, o suíço Jean-Pierre Chabloz era o chefe da Divisão de Desenhos Publicitários da Campanha Nacional da Borracha. Ele criou cartazes e cartilhas para ajudar no recrutamento. Montou também, com seus traços, desenhos do biotipo do nordestino, para ajudar os médicos na seleção. E foi a Belém para ver de perto a extração do látex, em seguida representando-a por meio de desenhos.
Confira aqui o hotsite da série Soldados da Borracha

Fonte:  Correio Braziliense

sábado, 28 de maio de 2011

Código Florestal ganha destaque na imprensa internacional

A aprovação do Código Florestal teve repercussão na mídia mundial, com diversos jornais estrangeiros criticando a decisão brasileira. Um dos principais, segundo informações da BBC, foi o espanhol “El País”, que colocou a medida como uma vitória rural sobre o meio ambiente.
A reportagem, publicada nesta quinta-feira (26), aponta que o Brasil é comandando pelos interesses dos latinfundiários, que segundo eles, controla boa parte da Câmara dos Deputados, por meio de redes de apoio partidário.
No Reino Unido as críticas vieram por parte do periódico “The Independent”, que destinou duas páginas do jornal e um infográfico para falar do assunto, mostrando como a Amazônia pode ser afetada pela nova decisão e o perigo que a floresta corre.
O norte-americano “Wall Street Journal” e o inglês “Financial Times” optaram por falar do impacto econômico que alteração no Código Florestal poderá gerar no país. As publicações exaltam o fato de que os grandes produtos e pecuaristas brasileiros tenham conquistado uma vitória. Além disso, o jornal estadunidense alegou que o governo de Dilma Rousseff “adotou a plataforma pró-desenvolvimento e geralmente se alia aos produtores rurais aos invés dos ambientalistas”.
No Brasil, os ambientalistas, ONGs e demais ativistas contrários à decisão se preparam para se manifestar diante da votação no Senado, para onde será encaminhada a proposta do deputado Aldo Rebelo. A presidente Dilma Rousseff deve prorrogar a aplicação das mudanças, para que o novo código Florestal seja devidamente discutido entre os senadores, a pedido deles mesmos. Com informações da Folha e Estadão.

Redação CicloVivo

Projeto Floresta Sustentável busca restaurar áreas degradadas na Bahia

 O Projeto Floresta Sustentável foi implantado
 na Bahia para recuperar áreas degradadas 
da Mata Atlântica e formar um corredor ecológico. 
O Projeto Floresta Sustentável foi implantado na Bahia para recuperar áreas degradadas da Mata Atlântica e formar um corredor ecológico. Aprovado no ano passado, o programa também capacita e conscientiza moradores da região.
O projeto é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, que envolve as comunidades de Tapera/Sapiranga, Barreiro e Pau Grande, e tem como objetivo restaurar 90 hectares de Mata Atlântica presentes na região. A área sofre com o desmatamento mesmo em locais considerados Áreas de Preservação Permanente (APP), às margens do rio Pojuca.
A região que mais carece de conservação e aprimoramento é a área de reserva do Sapiranga, localizada a dois quilômetros da Praia do Forte, em que pesam as metas de conservação e o aprimoramento de estrutura.
Durante dois anos, o projeto estimulará a capacitação de 700 moradores para que estes possam ter sua fonte de renda, seja empreendendo ou trabalhando na produção artesanal, de mudas com vegetação nativa, formação de sistemas agroflorestais e de ecoturismo. O coordenador técnico do projeto, Álvaro Meirelles, ressalta essa questão econômica: “A proposta também promoverá o desenvolvimento econômico da região e melhorará a qualidade de vida das comunidades de modo sustentável”, afirmou ele.
O Floresta Sustentável, desenvolvido pela Fundação Garcia D’Ávila, é um dos vencedores do Programa Petrobras Ambiental 2010. Foi apresentado em abril na Praia do Forte, cartão postal do estado da Bahia. O plano é que a execução do projeto aconteça durante dois anos.
O projeto, que também apóia a educação ambiental, está em parceria com o evento de aventura e cross-country da Bahia, Running Daventura. Tal evento realiza no próximo domingo (29) sua terceira edição. As ações de produção e reflorestamento participativo podem ser conhecidas por todos que acompanharem o evento.
O evento reunirá atletas amadores e profissionais de corridas de rua, de aventura, triátlon, multisport e ativistas. Juntos o evento Running Daventura e o projeto Floresta Sustentável ainda promoverão as campanhas “Adote uma Árvore” e “Doe Livros”. Os livros arrecadados serão doados à biblioteca da Reserva da Sapiranga e escolas municipais de Mata de São João. Com informações do Ministério Público do Estado da Bahia e Consulado Social.

Redação CicloVivo

Inpe e SOS Mata Atlântica divulgam Atlas da Mata Atlântica

Apenas 7,9% da área ocupada originalmente pela 
Mata Atlântica permanece preservada. 
A Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. O estudo mostra uma análise da situação do bioma entre os anos de 2008 e 2010.
Durante dois anos os pesquisadores analisaram 98% do território brasileiro que abriga esse tipo de floresta, espalhados por 17 estados. A conclusão do estudo é que durante esses dois anos, o bioma perdeu 31.195 hectares, o equivalente a 311,95 quilômetros quadrados. Mesmo sendo números altos, eles significam que neste período houve redução de 55% no desmatamento, em relação ao período que vai de 2005 a 2008.
O Atlas, lançado na última quinta-feira (26) – um dia antes da comemoração do Dia Nacional da Mata Atlântica, serve como alerta para o cuidado com esse bioma brasileiro. Segundo a publicação, apenas 7,9% da área ocupada originalmente por essa floresta permanece preservada, enquanto a maior parte sofreu “os impactos de diferentes ciclos de exploração, da concentração das maiores cidades e núcleos industriais e da alta densidade demográfica”.
Durante os dois anos em que as análises foram feitas, o estado de Minas Gerais foi o que mais desflorestou, com uma área de mais de 12 mil km2 de áreas florestais destruídas. Na sequência vêm: Bahia, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
A Mata Atlântica merece atenção especial por abrigar mais da metade da população brasileira (62%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), ao mesmo tempo em que acolhe uma “parcela significativa da diversidade biológica do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente no meio científico”. Além disso, muitas espécies nativas da Mata Atlântica são endêmicas, ou seja, existem apenas neste bioma, o que valoriza ainda mais a sua importância, não só para o Brasil, mas para todo o planeta.
Clique aqui para ter acesso completo aos mapas do Atlas e aos dados estatísticos da pesquisa.

Redação CicloVivo

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Jack Johnson dá exemplo de comprometimento ambiental


Diversas celebridades têm levado a sério a questão ambiental e têm dado exemplos de como serem ou terem uma vida mais ecologicamente correta. Muitos artistas fazem doação de dinheiro e alguns participam de campanhas de conscientização, mas outros são ativistas e lideram organizações não governamentais para ajudar o planeta, como é o caso de Jack Johnson.

O cantor e compositor havaiano, incentiva a reciclagem entre outras coisas, nas letras de suas músicas. Além disso, ele também possui uma fundação, Kokua Hawaii, que apóia a educação ambiental nas comunidades e escolas da ilha. De acordo com o site “A missão da fundação é fornecer aos alunos encontros emocionantes e interativos que permitam aumentar a sua valorização e compreensão do seu ambiente”.

Como parte da Campanha “All At Once”, a turnê “Jack Johnson To The Sea” colaborou com mais de 22 grupos de comunidades, focando em iniciativas para se livrar do plástico e incentivar sistemas de alimentação local, educação ambiental, cuidado com os oceanos e as bacias hidrográficas, plantio de árvores e outros projetos comunitários.

A seguir estão alguns dos destaques do que a banda conseguiu no ano passado através de seus esforços em busca da sustentabilidade.
Em 2010, mais de 800 mil pessoas assistiram a mais de 50 shows em 10 países ao redor do mundo.A turnê foi feita em parceria com 220 organizações ambientalistas sem fins lucrativos que trabalham em todos os cantos do globo, que atingem mais de 600 pessoas. A ação trouxe 3.680 novos membros a esses grupos. A All At Once, conpessoas em mais de 40 eventos comunitários.

A Johnson Ohana Charitable Foundation doou 525 mil dólares diretamente para os parceiros sem fins lucrativos do All At Once em 2010. Um adicional de US $ 700 mil foram alcançados por estas organizações sem fins lucrativos através do programa de doação do All At Once.

Uma boa parte dos frequentadores dos shows da banda participaram do programa “All At Once Village Green Passport”. Juntos eles completam mais de 105 mil ações individuais nos shows. As ações incluídas são: reciclagem, recarga de garrafas reutilizáveis em estações de água, “carpooling” ou carro cheio (para mais de dois ocupantes), doações para parceiros locais, sem fins lucrativos, entre outras coisas.

 
Mais de 70 mil membros on-line levaram cerca de quatro mil ações para a organização, mais de dez mil vídeos sem fins lucrativos foram vistos, e mais de 90 mil pessoas visitaram o site para aprender sobre a campanha de 2010.

As pessoas puderam fazer e registrar seus compromissos ambientais on-line e no All At Once Photo Booth nos shows, como parte do concurso de Capture Seu Compromisso, em parceria com explore.org.

Os frequentadores dos show foram incentivados a usarem garrafas reutilizáveis. A utilização da água filtrada impediu que aproximadamente 55 mil garrafas plásticas, de uso único, entrassem no fluxo de resíduos. Por causa disso, os fãs receberam um certificado por terem se tornados livres dos plásticos.

Os dados mostram que 420 toneladas de resíduos foram desviadas do aterro, através de esforços de reciclagem e compostagem nos shows. O transporte usado na preparação dos shows também teve uma atenção especial. Os ônibus de turismo, caminhões e geradores locais foram abastecidos com 26.000 galões de biodiesel sustentável. Mais de 200 frequentadores organizaram o “carpool” inecntivando as caronas. Como resultado, estes esforços combinados salvaram mais de 200 mil quilos de CO2.

Os fãs comprometidos em poupar mais de 591 milhõesde milhas alimentares, comeram alimentos cultivados localmente pelo menos uma vez por semana.

Como parte do programa “Farm to Stage” a turnê direcionou 18 mil dólares para apoiar mais de 50 explorações agrícolas locais. A turnê ficou parceira da EatWellGuide.org para criar 33 guias personalizados para ajudar os fãs a encontrarem alimentos frescos, locais e sustentáveis em cada cidade por onde a banda passou.

Todas as propagandas da turnê foram feitas a partir de materiais sustentáveis, com foco em energias renováveis e reutilizáveis. Os fãs compraram 2.715 garrafas de água reutilizáveis, que se usadas por um ano, impediriam que 509.062 garrafas plásticas de uso único fossem descartadas. Eles também compraram 9.605 sacolas reutilizáveis, que em um ano permitiriam poupar cerca de 12,8 milhões de barris de petróleo e 14,9 milhões de árvores.

A participação dos fãs no apoio dos projetos possibilitou a compensação de CO2. Além disso, os concerto locais, que integra o Jack Johnson Green Rider compensaram seu impacto totalizando mais de 3,3 milhões de quilos de CO2.
Após todos os esforços de conservação que foram tomados, as 1.600 toneladas métricas de CO2 restantes da turne “To the Sea” 2010 foram compensadas apoiando projetos nacionais e internacionais, de energia eólica, solar, de metano em comunidades onde a turnê percorreu.
Graças às pessoas que contribuíram, a comunidade All At Once está fazendo diferença. Mais de 180 mil pessoas em todo o mundo estão tomando medidas ambientais e efetuando mudanças positivas.

Redação CicloVivo

Dave Matthews Band no festival "SWU – Começa com você", incentivo à sustentabilidade no Brasil.

Esta foi a segunda vez no Brasil, a banda sul-africana
Dave Matthews Band: música e engajamento ambiental


Um evento que vale a pena recordarmos não só por ter sido aclamado pelos que lá estiveram presentes bem como pela mídia especializada, mas também pelo momento crítico decorrente da decisão lamentável em nossa câmara de deputados promovendo o Novo Cõdigo Florestal
Mesmo com a derrota, os líderes do governo disseram que impedirão a degradação ambiental que pode ocorrer, mediante a aprovação do novo código. Segundo o G1, Cândido Vaccarezza (PT), disse: “Não vamos admitir qualquer agressão ao meio ambiente. Se precisar ficar sozinha nesta questão [a presidente Dilma] ficará e vetará o ponto. Esta emenda é uma vergonha”.
A emenda citada, 164, foi o ponto mais discordante durante a sessão, pois deixa a cargo dos governos estaduais o poder de decisão sobre as atividades agropecuárias nas Áreas de Preservação Permanente (APP). Segundo o governo, a posição contrária a ela se dá pelo fato de que o governo federal deve ter poder absoluto para punir os proprietários rurais que não estiverem de acordo com as normas propostas.
A sugestão vitoriosa de Aldo Rebelo isenta os pequenos produtores da obrigatoriedade na recomposição das áreas de reserva legal e permite que alguns tipos de cultivos sejam mantidos em APP. A anistia, muito criticada pela bancada ambientalista, foi aprovada, no entanto será reavaliada pelos senadores, que poderão fazer alterações e acrescentar punições mais severas a quem desrespeitar a legislação. Só nos resta aguardar...


Estiveram em Itu para o festival SWU – Começa com você – evento que uniu arte, música e sustentabilidade. Em 2009, eles estiveram na Chácara do Jóquei, em São Paulo, no Festival About Us – que utilizava o slogan de “entretenimento a favor da sustentabilidade”.
O motivo pelo qual a banda conquistou respeito na área ambiental está fora dos palcos. Seus membros participam de um grupo informal que trabalha para deixar as turnês mais verdes. Há dois anos, o líder da banda, decidiu compensar as emissões de todo o carbono emitido em sua carreira – o que tem sido feito com energia limpa e plantio de árvores. Além disso, a banda ajudou a construir a turbina eólica Rosebud, a primeira de grande escala nos EUA. Na turnê deste ano, eles firmaram parceria com a ONG FilterForGood, e têm incentivado os fãs a levarem de casa sua própria garrafa de água – reduzindo o uso de plásticos.



Dave Matthews não é do tipo que costuma fazer discursos ecológicos durante os shows. Além disso, ele não compõe músicas de caráter ambiental, como as bandas australianas Blue King Brown e Midnight Oil. “Acho que o show é um momento para conectar nossas almas. Não de dar discursos. E também não quero que arremessem coisas em mim”, diz o músico ao Estadão.
O cantor diz que deseja evitar a hipocrisia. “Viajo o mundo todo de avião, quem sou eu para cobrar dos outros? Mesmo nos Estados Unidos, quando atravessamos o país de ônibus, também estamos poluindo”, questiona ele.
O músico, que cresceu acampando e fazendo caminhadas, lamenta que, em seu círculo de amigos, ele seja a pessoa que mais consome energia. “Estar numa indústria com tanto desperdício me faz pensar que preciso tomar medidas drásticas para compensar o que eu faço. Preciso lembrar que trago muitas pessoas, carros, ônibus e equipamentos para os shows”, diz ele.

 Nos vídeos – que podem ser vistos no YouTube – em que fala sobre as atitudes sustentáveis de sua turnê, ele afirma acreditar que podemos dar oportunidade para que o planeta se recupere. Quando passou por São Paulo, no ao passado, ele chegou a plantar duas árvores para dar o exemplo. Dave diz que acredita mais nos fãs do que nos políticos para fazer alguma mudança positiva no mundo.
Quando vê desastres ambientais, o músico fica revoltado, como aconteceu com o vazamento de óleo no Golfo. “Os políticos diziam que a exploração de petróleo em águas profundas era segura, até ocorrer o acidente e não ser mais. É dessa forma que tudo está acontecendo. Depois, só nos resta lidar com as consequências.”

Também estiveram presentes...

JOSS STONE



KINGS OF LEON



Rio Será Primeira Cidade a receber o mutirão de Coleta de Lixo Limpa Brasil! Vamos fazer isso!


O primeiro mutirão de limpeza do Rio de Janeiro ocorrerá no dia 5 de junho,
 Dia Mundial do Meio Ambiente

O Rio de Janeiro será a primeira das sete cidades brasileiras a receber o Limpa Brasil Let's do it!, movimento mundial de mobilização social voltado para o envolvimento da sociedade no recolhimento dos resíduos sólidos descartados.
O primeiro mutirão de limpeza na cidade ocorrerá no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, e a expectativa é reunir cerca de 50 mil voluntários, entre coordenadores, catadores e supervisores. Os interessados devem se inscrever no site do projeto.
Na capital fluminense, 18 ecopontos, que estão espalhados por todas as regiões da cidade, funcionarão entre 9h e 17h, recebendo o lixo recolhido pela população. As tendas serão instaladas em lugares onde já atuam organizações não governamentais (ONGs) que trabalham na defesa do meio ambiente.
Três dias antes do movimento, os inscritos poderão participar de oficinas de capacitação, nas quais aprenderão métodos de recolhimento do material reciclável.
O coordenador nacional de Logística do Limpa Brasil, Tião Santos, acredita que, como até 2016, o Rio de Janeiro será a porta de entrada do Brasil, com dois grandes eventos esportivos (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016) e um sobre desenvolvimento sustentável (Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável), a população carioca deve receber noções de educação ambiental.
“Eu acho que tem que começar a dar exemplo [o Rio de Janeiro]. Vamos receber pessoas de todos os lugares do mundo, a cidade vai estar com excesso de pessoas circulando, ou seja, consumindo e produzindo lixo e qual exemplo a gente dá com isso? Acho que o Rio de Janeiro tem que se preparar para não fazer feio”, disse Tião.
Nos próximos meses, Brasília, Campinas (SP), Guarulhos (SP), Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte também participarão da iniciativa.

Lana Cristina - Agência Brasil

São Paulo - Medição da qualidade do ar nos moldes da OMS

Poluição acentuada pelo tempo seco na capital paulista

nuvem de polui��o encobre s� paulo: cena comum

O Estado de São Paulo passará a contar com um sistema de medição da qualidade do ar cujo o padrão de rigidez é semelhante ao da Organização Mundial da Saúde (OMS)
O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovou na quarta-feira, 25 de maio, por unanimidade, o relatório que definiu esses novos parâmetros. O documento era preparado desde 2010 por representantes de diversas organizações públicas e da sociedade civil.
Com o padrão mais rígido, São Paulo delimita metas de qualidade do ar mais exigentes que as vigentes hoje. Pelos padrões usados atualmente pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o índice aceitável de poeira que os paulistanos respiram em um dia é de 150 mg/m³. A OMS, no entanto, estabelece que essa taxa deva ser de 50 mg/m³ por dia. Em relação ao chamado material particulado (partículas inaláveis muito comuns nas cidades), a capital paulista apresenta quantidade três vezes superior ao padrão recém aprovado.
"Agora temos um novo desafio", destacou ao Estadão.com o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, que preside o Consema. "Os padrões atuais são de 1976. E são padrões, não metas como agora. É importante que as pessoas percebam que deve haver uma mudança de comportamento e cabe ao Estado ser o indutor das alterações para atingir essas metas." Na cidade de São Paulo, quatro mil pessoas morrem por ano de doenças provocadas ou agravadas pela poluição.
Metas e prazo
De acordo com o relatório aprovado, as mudanças serão progressivas, em três etapas. “Imediatamente será aplicada a meta 1, que é de até 120 mg/m3 por dia. Depois de três anos entrará em vigor a meta 2, de 100 mg/m3 por dia. E neste momento, a partir de análises da situação que teremos então, definiremos quando entrará em vigor a meta mais rígida, a meta 3, de 75 mg/m3 por dia”, explicou Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb. Segundo ela, que é uma das autoras do documento, nenhuma cidade, estado ou país adota o padrão de referência da OMS, de 50 mg/m3 por dia.
A revisão ainda será encaminhada ao governador Geraldo Alckmin, que deve publicar um decreto com essas determinações. O prazo para que essas metas sejam alcançadas, porém, geraram algumas críticas entre membros da comunidade científica. "O primeiro nível da meta, a ser alcançado em três anos, é relativamente baixo. E é um pouco frustrante que a meta final não tenha um prazo definido", exemplificou a bióloga Sonia Maria Gianesella, professora da USP.
Agora, as secretarias estaduais do Meio Ambiente, da Saúde e do Desenvolvimento Econômico terão dois meses para elaborar um documento técnico a partir dos dados expostos no relatório. As medidas passam a valer imediatamente após o decreto emitido pelo governador.
O Consema se reúne uma vez por mês para tratar das questões mais importantes para proteger o meio ambiente no estado. São 30 conselheiros, representantes de entidades e universidades, ambientalistas e integrantes do governo. A reunião é comandada pelo secretário Bruno Covas.

Código Florestal: relator aponta erros do governo

Deputado Aldo Rebelo fala em ausência durante discussão e aprovação do texto na Câmara 
O relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo, afirmou nesta quinta-feira que o governo federal cometeu erros durante a discussão e aprovação do texto. Segundo ele, o governo ficou praticamente ausente dos dois processos. Durante evento no Jóquei Clube de São Paulo, Aldo Rebelo disse que o governo só participou da primeira fase de discussões por meio do Ministério do Meio Ambiente e deixou de conversar sobre o tema com o setor da agricultura.
Para o deputado, a proposta apresentada pelo governo com novas soluções para o código ocorreu tardiamente, mas, se tivesse sido apresentada antes, poderia ter sido incorporada ao texto.
Ouça os detalhes com o repórter Jovem Pan André Guilherme.
Jornal Jovem Pan

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Veja quem votou contra ou a favor das alterações no Código Florestal


Veja na lista abaixo se os políticos que elegemos votaram contra ou a favor das mudanças no Código Florestal. Escreva aos seus deputados e manifeste sua opinião. E guarde esses nomes para os responsabilizarmos pelo futuro de nossas florestas e os impactos ambientais



Brasília - Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão extraordinária destinada a votação do projeto de lei do novo Código Florestal

A Câmara dos Deputados votou a favor das alterações no Código Florestal. O Projeto de Lei 1876/99 foi aprovado por 410 votos contra 63 e uma abstenção. Na tarde desta terça-feira, recebemos inúmeras mensagens através de nossas mídias sociais se manifestando contra às alterações.
Temos aproximadamente 206 mil seguidores nas redes sociais. A conservação ambiental deve estar acima dos interesses de deputados que promovem um modelo retrógrado de desenvolvimento. O Brasil precisa olhar para o futuro e ser o líder de uma economia verde, baseada no desenvolvimento sustentável, com uma agricultura responsável e sem"correntão" em matas nativas.
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Câmara dos Deputados aprova alterações no Código Florestal

O Código Florestal foi aprovado por 273 votos a favor e 182 contra. 

O Código Florestal foi aprovado em votação realizada na última terça-feira (24), na Câmara dos Deputados, por 273 votos a favor e 182 contra. A proposta de alterações, feita pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB), deverá ser votada no senado e ainda pode passar por alterações.
Essa foi a primeira derrota da base aliada do governo Dilma Rousseff, no entanto muitas coisas ainda podem mudar, já que a proposta segue para análise entre os senadores e, segundo governantes do PT, a presidente não está contente com as condições determinadas nas mudanças do atual Código Florestal.
O debate, que marcou a decisão, foi repleto de acusações entre os representantes de diferentes bancadas, que usaram diversos artifícios para defender seus pontos de vista. Mesmo com a derrota, os líderes do governo disseram que impedirão a degradação ambiental que pode ocorrer, mediante a aprovação do novo código. Segundo o G1, Cândido Vaccarezza (PT), disse: “Não vamos admitir qualquer agressão ao meio ambiente. Se precisar ficar sozinha nesta questão [a presidente Dilma] ficará e vetará o ponto. Esta emenda é uma vergonha”.
A emenda citada, 164, foi o ponto mais discordante durante a sessão, pois deixa a cargo dos governos estaduais o poder de decisão sobre as atividades agropecuárias nas Áreas de Preservação Permanente (APP). Segundo o governo, a posição contrária a ela se dá pelo fato de que o governo federal deve ter poder absoluto para punir os proprietários rurais que não estiverem de acordo com as normas propostas.
A sugestão vitoriosa de Aldo Rebelo isenta os pequenos produtores da obrigatoriedade na recomposição das áreas de reserva legal e permite que alguns tipos de cultivos sejam mantidos em APP. A anistia, muito criticada pela bancada ambientalista, foi aprovada, no entanto será reavaliada pelos senadores, que poderão fazer alterações e acrescentar punições mais severas a quem desrespeitar a legislação. Com informações do G1.

Redação CicloVivo

Nível do mar pode subir um metro até 2100. O que podem estes números representar?


Como estarão, em 2100, cidades como Lisboa, Rio de Janeiro ou Luanda? De acordo com um estudo tornado ontem público pelo Governo australiano, estas cidades poderão passar a sofrer cada vez mais inundações, à medida que o nível do mar vai subindo.
Assim, e de acordo com o primeiro relatório da Comissão Clima do Governo australiano, o nível do mar pode elevar-se em um metro no próximo século, devido ao aquecimento central, o que poderá multiplicar o número de inundações devastadoras nas regiões costeiras.
Recorde-se que a última década foi avaliada como a mais quente desde que há registos.
O documento foi escrito por uma equipa de investigadores e cientistas e baseou-se nos mais recentes dados globais sobre o aquecimento central e as emissões de gases causadores do efeito de estufa, o principal responsável pelo aumento das temperaturas.
“Creio que o aumento médio do nível do mar, em 2100 e comparado com 1990, será de 50 centímetros a um metro”, revelou Will Steffen, que coordena a comissão e escreveu o prefácio do relatório.
O relatório, como seria de esperar, coloca um grande ênfase nas cidades australianas. As regiões costeiras perto de Sydney e Melbourne, por exemplo, estão “altamente vulneráveis” ao aumento do nível do mar.
Em 2100, Sydney pode sofrer “eventos extremos” uma vez por mês (!!!!!), desde inundações a tempestades caóticas.
O relatório pretende também mudar o debate político que decorre, hoje, na Austrália, com os partidos divididos em relação à questão das alterações climáticas – o que acaba por dividir, também, os próprios australianos.
“Esta década é crítica. As decisões que tomarmos agora e até 2020 vão determinar a severidade das alterações climáticas”, revela o estudo. “Para minimizar o risco precisamos de descarbonizar a nossa economia e caminharmos na direcção das fontes de energia limpas até 2050. As emissões de CO2 deverão ter o seu pico nos próximos anos e depois decair fortemente”, concluíram os cientistas.
A Austrália é, entre os países desenvolvidos, o que mais polui per capital. Os 22 milhões de australianos são responsáveis por 1,5% de todas as emissões de gases com efeito de estufa do mundo.

Semana Verde arranca hoje em Bruxelas. Conheça os principais temas em agenda.

A eficiência de recursos será o tema da 11ª edição da Semana Verde, que hoje arranca em Bruxelas, Bélgica. O evento decorrerá até sexta-feira, 27 de Maio, e vai explicar, através de mais de 40 ações, como utilizar menos recursos e, com isso, viver melhor.
Em cima da mesa estarão discussões sobre como enfrentar a escassez de recursos, e os desafios e oportunidades que poderão ser encontradas por este constante “bloqueamento” na procura de novos recursos.
Em 2010, participaram na Semana Verde cerca de 3.400 organizações, desde Governos, negócios e indústrias, ONG, academias e mídia.
Durante os quatro dias haverá tempo também para uma extensa conferência, que mostrará exemplos de estratégias públicas e privadas de promoção a uma mudança no sentido minimizar a utilização de CO2 e, assim, uma utilização mais eficiente dos recursos.Todos os eventos da Semana Verde são abertos ao público e a participação é gratuita. 
Saiba mais sobre a Semana Verde no site da Comissão Europeia. Pode também acompanhar todos os eventos a partir de sua casa, através destes live streams. (clicar em Greenweek Live, no segundo tópico a contar da direita, em cima).

Bateria “movida” a micróbios é testada por cientistas norte-americanos

O grupo escolheu a África Subsaariana como parte do estudo de campo e distribuirá algumas baterias, caso o projeto dê certo. (imagem: euligo.com)
Cientistas da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard (SEAS, em inglês) estão desenvolvendo um carregador de bateria capaz de reaproveitar a energia produzida por microorganismos presentes no solo.
O dispositivo utilizado pela equipe captura elétrons liberados durante o processo metabólico dos micróbios. A ideia já é testada em laboratório há mais de um ano e tem dado certo. Por enquanto, a tecnologia foi usada para fornecer energia apenas a lâmpadas do tipo LED. O grupo escolheu a África Subsaariana como parte do estudo de campo e distribuirá algumas baterias, caso o projeto dê certo.
Nessa região do continente africano mais de 500 milhões de pessoas vivem sem energia elétrica em suas residências. De forma que a maior parte dos 22% domicílios que têm telefones móveis precisa percorrer longas distâncias para conseguir recarregar os aparelhos.
A intenção é que, futuramente, a própria população construa seus protótipos. Segundo matéria do site O Eco, a líder do projeto, Dra. Aviva Presser Ainden, afirma que é simples construí-los e os materiais estão disponíveis na região, como telas de janelas e latas de refrigerante. Além de simples a bateria tem custa menos de um dólar. Acredita-se que a bateria movida a micróbios recarregue um telefone em até 24 horas.
Na África, o mercado de celulares é o que mais cresce mundialmente, pois esta é a única forma de comunicação barata que chega aos lugares mais remotos. Ainda assim, há centenas de milhares de pessoas que não usam o serviço devido à falta de acesso à energia elétrica. O projeto recebeu uma bolsa de cem mil dólares da Fundação Bill & Melinda Gates. Com informações do O Eco.

Redação CicloVivo

Energia solar na Índia terá o mesmo preço da convencional em 2019-2020: Relatório

  
Estudo divulgado nesta terça-feira avalia a queda do custo da geração como um incentivo para o uso da energia solar
A consultoria KPMG afirmou que uma política agressiva pode fazer com que o preço da energia solar caia entre 5% a 7% por ano na próxima década, garantindo a paridade com a rede em breve.Os planos da Índia é produzir 20 gigawatts de energia solar até 2022, apesar de obstáculos como custos de produção, falta de mão de obra especializada e conhecimento ainda existam.“O ritmo no qual a diferença entre as tarifas solares e as convencionais diminui vai determinar o ritmo pelo qual a energia solar irá decolar", afirma o relatório.“Enquanto nós esperamos a paridade para os consumidores domésticos e agrícolas em 2019-2020, a adoção da energia solar deverá acontecer ainda antes”.Em certos estados como o Rajastão e Gujarat no oeste e Tamil Nadu no sul a paridade deve se dar mais rapidamente por causa das políticas favoráveis e das melhores condições climáticas para a produção solar.Além disso, a energia convencional é mais cara nesses estados, pois eles são localizados longe das reservas de carvão.O carvão, abundante na Índia, fornece eletricidade ao custo de 2 rúpias, enquanto o quilowatt-hora pela solar fica na faixa das 11 ou 12 rúpias.De acordo com a Missão Solar Indiana, iniciativa criada em 2009, a energia solar vai gerar o equivalente a 13% da eletricidade do país até 2022, ajudando a terceira maior economia da Ásia a diminuir sua dependência do carvão.Já o relatório do KPMG afirma que a solar deve representar 7% da eletricidade da Índia, substituindo 16,900MW até 2022. Isso diminuiria em 30% a necessidade de importação de carvão do país. “Além disso, a energia solar pode evitar as emissões de 95 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano até 2022”, o que significa um corte de 2,6% no total de emissões previstas para a Índia naquele ano.
Em 2009, a Índia adotou o objetivo de diminuir o crescimento de suas emissões, dizendo que iria reduzir sua intensidade de carbono – a quantidade de dióxido de carbono emitido por unidade do PIB – entre 20% a 25% até 2020, com relação aos níveis de 2005.
A Índia é o terceiro maior emissor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e China, e seu crescimento acelerado está levando a um aumento nas emissões na geração da energia e de setores como transporte e indústria.  
Sua emissão per capita está em 1,8 toneladas, cerca de um terço da chinesa e um décimo da norte-americana.
Fonte: Reuters
Autor: Krittivas Mukherjee
Leia na íntegra (inglês)

Em 20 anos, Brasil perdeu 11 Bélgicas de Floresta Amazônica

Cerca de 333 mil quilômetros quadrados (km2) – um território equivalente a 11 Bélgicas, dois Reinos Unidos e uma Malásia foi devastado na floresta amazônica nos últimos 20 anos. Os dados foram apresentados pelo governo federal nesta sexta-feira, 20 de maio, em meio as celebrações do Dia Internacional da Biodiversidade, lembrado no domingo (22).
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a discussão sobre o tema não está restrita à proteção de plantas e animais. “A sociedade brasileira tem que entender o que significa a conservação da biodiversidade no seu dia a dia”, afirmou à Agência Brasil. “É importante que cada um entenda o que significa biodiversidade e o que isso tem a ver diretamente com a qualidade de vida, qualidade do crescimento econômico e do desenvolvimento social do país”, completou a ministra.
Mesmo com toda a destruição registrada no Brasil nas últimas duas décadas, o país detém a quarta maior área do mundo coberta por unidades de conservação – mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, o que equivale a 8,5% do território brasileiro.
Segundo Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atualmente 10% de toda a biodiversidade brasileira é responsável por 50% dos fármacos e cosméticos produzidos no mundo inteiro. “Conservar a nossa biodiversidade é garantir o nosso futuro no ponto de vista ambiental e econômico porque, a partir dessa biodiversidade, podemos garantir a sustentação do ser humano na Terra”, lembrou.
Para o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, o grande desafio do Brasil é definir estratégias para os próximos anos, compatíveis com as metas internacionais aprovadas na 10ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica (COP10), realizada entre outubro e novembro de 2010 em Nagoya, no Japão.
“Nosso compromisso é finalizar isso para a Conferência Rio+20, no ano que vem, para aprovar quais serão as estratégias e metas por meio de um amplo diálogo com a sociedade”, adiantou Dias. “Preservar a biodiversidade não é função só do governo, e sim de cada um de nós”, completou o secretário do ministério.
Falha na conservação
Na opinião da jornalista Miriam Leitão, o Brasil deixa a desejar quando o assunto é a conservação de sua biodiversidade (embora esta seja a maior do mundo). “Alguns países administram a escassez e nós administramos a abundância. Acho que não estamos sabendo fazer isso, como mostram os dados de desmatamento.”
A insustentabilidade de algumas práticas na agricultura foi apontada pela jornalista como um dos problemas nesse sentido. “A pecuária brasileira pode ser muito mais eficiente. Em vez de pecuária intensiva, que é largar o boi no pasto, poderia investir em áreas menores, de forma mais eficiente, e liberando mais terra para agricultura. Em várias áreas, a relação é de um boi para um hectare. É muita terra desperdiçada. Você pode usar melhor, porque a terra é rica”, argumentou.
O Dia Internacional da Biodiversidade foi instituído pela Organizações das Nações Unidas (ONU) em 1993. A partir de 2000, a data passou a ser comemorada no dia 22 de maio. Biodiversidade é o termo usado para designar a variabilidade de organismos vivos (flora, fauna, fungos e micro-organismos) existentes no planeta e responsáveis pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas.

Fonte: EcoD

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