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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Entre as águas de Cananéia e os botos-cinza de ilha do Cardoso



O extremo Sul do litoral paulista guarda um santuário ecológico ainda pouco explorado. Além de oferecer banhos de rio, lagoa e mar, a cidade de Cananéia, a 264 quilômetros da Capital, gaba-se de reunir quatro tipos de ecossistema na mesma região: manguezais, dunas, restingas e Mata Atlântica. Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio natural da humanidade, o município também preserva inúmeros sítios arqueológicos e ruínas da época colonial, além de abrigar na vizinhança o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, procurado não só por turistas como também por biólogos interessados em pesquisar a imensa biodiversidade de fauna e flora locais. 

Cananéia é um município brasileiro no litoral do estado de São Paulo. Pertence à Mesorregião do Litoral Sul Paulista e Microrregião de Registro e localiza-se a sudoeste da capital do estado, distando desta cerca de 265 km. Ocupa uma área de 1 242,01 km², sendo 2,3677 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2011 foi estimada em 12 220 habitantes, sendo que em 2010 era o 326º mais populoso do estado paulista.

A sede tem uma temperatura média anual de 19,9°C e na vegetação do município predomina a mata atlântica, com trechos de mangues e restingas ao longo de sua faixa litorânea. Com uma taxa de urbanização da ordem de 80%, o município contava, em 2009, com onze estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,775, considerando como médio em relação ao estado.

O município é considerado o segundo mais antigo do Brasil, perdendo apenas para São Sebastião, fundado poucos meses antes. Atualmente, o Centro Histórico de Cananéia ainda preserva os estilos arquitetônicos adotados pelas primeiras casas desde o período colonial até o final do século XIX. As praias também atraem milhares de pessoas na alta temporada, sendo que na Ilha do Cardoso há várias trilhas e cachoeiras, além de vários sítios arqueológicos. As festas, a culinária e o artesanato também são atrativos à parte da cidade, cujas principais fontes de rendas são a pesca e o turismo.


Parque Estadual da Ilha do Cardoso

O Parque Estadual da Ilha do Cardoso abrange um dos mais significativos e complexos remanescentes de ecossistemas de Floresta Atlântica do Brasil. Foi considerado pela Rede Hemisférica de Aves Marinhas (RHAP – USA) uma das três regiões na América do Sul que apresenta a maior diversidade de aves limícolas (Blanco & Canevari 1992). Também é considerada uma das duas áreas que apresenta a maior concentração de espécies de aves ameaçadas da região neotropical (Wege and Long 1995), por concentrar em seus domínios uma alta diversidade de espécies de aves ameaçadas de extinção e ou raras (Collar et al.), portanto o PEIC deve ser tratado como região prioritária para o estabelecimento de estratégias de conservação.

Parque Estadual da Ilha do Cardoso

O parque é dividido em duas áreas: Perequê, conhecida pelas trilhas, e Marujá, uma vila de pescadores com acesso ao mar aberto. O acompanhamento de monitores ambientais é obrigatório em todas as atrações, mas é possível tomar um banho de mar sozinho e sentir a natureza pulsar em toda a extensão do território, já que 90% são cobertos por Mata Atlântica. 


CANANEIA

De volta à cidade, vale reservar uma tarde para conhecer os principais pontos turísticos de Cananeia, como a figueira centenária, os canhões deixados pelos ingleses na época colonial, a Igreja de São João Batista (construída em 1577 como fortaleza contra invasores), o morro São João e a Trilha do Mirante, percurso que permite adentrar a Mata Atlântica e visualizar o complexo estuarino lagunar, a cidade, as praias e as ilhas. 

Turismo

Praia na Ilha do Cardoso.

Dentre os atrativos naturais, há de se destacar as praias. Segundo a Biblioteca Virtual do Governo de São Paulo, Cananéia conta com sete praias: a Praia da Comunidade Marujá; a Praia de Laje; a Praia do Fole Pequeno; a Praia da Comunidade; a Praia de Ipanema; a Praia da Comunidade Itacuruçá (Pererinha); e a Praia da Comunidade Pontal do Leste. No Parque Estadual da Ilha do Cardoso há os sítios arqueológicos, além de praias, e de 22 mil hectares de mata atlântica preservada, havendo no meio desta várias cachoeiras e trilhas para caminhadas. Cananéia já foi apontada pela revista Condé Nast Traveler como melhor roteiro ecológico do mundo, sendo também tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Natural da Humanidade.

A cidade conta com vários atrativos de valor histórico e cultural, principalmente em seu Centro Histórico, tombado por resolução aprovada em 11 de dezembro de 1969. Ele engloba a Praça Martim Afonso de Souza, a Avenida Beira Mar e várias ruas, como a Dom João III e Pêro Lopes. A arquitetura urbana que predomina no Centro foi a que predominou desde o período colonial até o final do século XIX, mostrando-se com casas construídas sobre o alinhamento das vias publicas e as paredes laterais, sobre os limites do terreno. No Museu Municipal, onde está em exposição o segundo maior tubarão do mundo, que foi encontrado em águas pertencentes ao litoral de Cananéia e hoje encontra-se taxidermado;

Cananeia também oferece algumas cachoeiras aos aventureiros que curtem o contato próximo com a natureza. São quatro belíssimas quedas de dificuldades leves e médias, com taxas que não ultrapassam o valor de R$ 5. São elas: Pitu, Mandira, Rio das Minas e Encanto.

Os pontos mais frequentados por turistas são as piscinas naturais, localizadas na praia da Laje; a Cachoeira Grande e o Pontal do Leste (trecho mais ao Sul de Marujá). O acesso à ilha, no entanto, não é dos mais fáceis: a partir de Cananeia, a passagem é feita através do porto, de onde partem escunas e voadeiras (pequenas lanchas) até as comunidades tradicionais. 

A empresa Lagamar II – (0xx13) 3851-3771) – cumpre o trajeto de escuna (R$ 25, ida e volta, para Perequê, com duração de 25 minutos, ou R$ 50 para Marujá, em três horas) e voadeira (R$ 25 para Perequê, em dez minutos, e R$ 70 para Marujá, em 50 minutos). 

A Ilha do Cardoso também acolhe animais que encantam quem a visita. São 86 espécies catalogadas pelo Instituto Florestal de São Paulo. Além de mamíferos grandes, como os botos-cinza que acompanham os barcos, há bugios, suçuaranas e veados-mateiros.

O parque comporta pousadas e campings para a hospedagem. A dica é reservar acomodação antes de dar início à aventura, pois o número de visitantes dentro da ilha é controlado.

Ilha do Cardoso - Repórter ECO

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