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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Reintrodução à natureza da Ararinha-Azul pode ocorrer antes de 2017


Brasília (05/02/2013) – A volta à natureza da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) pode ocorrer mais cedo do que se esperava. Três exemplares da espécie, mantidos em cativeiro na Espanha e Alemanha, serão repatriados para o Brasil no final deste mês. Eles estão em quarentena, e todos os exames requeridos pelo Ministério da Agricultura já foram realizados. Em maio, será feita a repatriação de um novo grupo.

Nesse ritmo, analistas do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que coordena o Plano Nacional (PAN) de Conservação da Ararinha-Azul, já pensam em antecipar as reintroduções na natureza, previstas para 2017. “Essa possibilidade já vem sendo discutida nas reuniões do comitê gestor do PAN”, disse João Luiz, chefe do Cemave.

A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é considerada extinta na natureza desde 2000. Atualmente, há no mundo apenas 79 indivíduos, mantidos em programas de cativeiro. A maioria encontra-se em mantenedores no exterior e somente cinco compõem a população reprodutiva no Brasil. A história de uma ararinha-azul domesticada, descoberta nos EUA em 2002, inspirou o cineasta brasileiro Carlos Saldanha a fazer o filme de animação “Rio”, sucesso de bileteria no ano passado.


Transferência

Ontem (segunda-feira, 4), o Cemave coordenou uma importante transferência de ararinhas-azuis na Europa. O objetivo dessas ações, segundo a analista Camile Lugarini, que acompanhou os trabalhos, é aprimorar, o máximo possível, o pareamento e melhorar os índices reprodutivos da população em cativeiro.

A transferência incluiu um macho, Lampião, e uma fêmea, Bonita, da Fundação Loro Parque, em Tenerife, na Espanha, para a sede da Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), na Alemanha. As duas instituições participam dos programas internacionais de cativeiro.

As ararinhas foram embarcados em um jato fretado especificamente para esse fim, o que garantiu o transporte separado de outros animais e com menos estresse. A viagem durou cerca de nove horas. Ao chegarem à ACTP, as aves foram colocadas diretamente na quarentena. “Eles não mostraram sinais de estresse, alimentaram-se durante o voo e passam bem”, informou Camile.


Plano nacional

O PAN da Ararinha-Azul foi instituído pelo ICMBio em 2012. Prevê um conjunto de medidas que visam a aumentar a população manejada em cativeiro e recuperar e conservar o habitat de ocorrência histórica da espécie até 2017. Para isso, o projeto “Ararinha na Natureza” desenvolve ações nas comunidades do município de Curaçá, na Bahia.

O grande desafio do plano é manejar a população em cativeiro como uma população única, geneticamente viável e com crescimento considerável de, no mínimo, seis indivíduos ao ano. A espécie possui baixos índices reprodutivos. Os mantenedores que têm obtido melhores índices de nascimento são a Al Wabra Wildlife Preservation, no Qatar, e a ACTP, na Alemanha.


O Sobrevivente Solitário
Ararinha Azul

Jardim garrafa: plantas florescem em ecossistema fechado há 50 anos


David Latimer, 80 anos, é o dono deste curioso experimento
que não tem tomado muito do seu tempo


Tanto florescimento de vida vegetal em apenas uma garrafa. Será que isso é mesmo possível? Por mais incrível que pareça, esse jardim garrafa é ainda mais incrível do que parece: não tem sido aberto desde 1972.

David Latimer, 80 anos, é o dono deste curioso experimento que não tem tomado muito do seu tempo. A última vez que ele regou as plantas, o Brasil era governado pelo regime militar e Emílio Garrastazu Médici era presidente.

Mas como essas plantas sobrevivem? Seria uma montagem? De acordo com especialistas, não. É totalmente possível que plantas formem um miniecossistema que “cuida de si mesmo”. E, aparentemente, é o caso do jardim lacrado do Sr. Latimer (embora ninguém possa dizer com certeza se ele realmente não abre ou vem regando a garrafa com frequência).

Jardim garrafa

No domingo de Páscoa de 1960, o Sr. Latimer pensou que seria divertido começar um jardim garrafa, por curiosidade.

Em um garrafão globular de cerca de 37 litros, Latimer derramou um pouco de composto e cuidadosamente colocou uma muda de plantas do gênero Tradescantia, usando um pedaço de arame.

Na época, colocou só um pouco de água, e apenas em 1972 deu outra “regada”. Desde então, o sistema tem prosperado, enchendo sua garrafa com folhagem saudável.

“O jardim fica em uma janela, para tomar um pouco de luz solar. As plantas crescem em direção à luz”, conta o Sr. Latimer.


No domingo de Páscoa de 1960, o Sr. Latimer pensou que seria divertido começar um jardim garrafa, por curiosidade

Cientistas explicam que o jardim garrafa criou seu próprio ecossistema em miniatura. Apesar de ter sido cortado do mundo exterior, porque ainda está absorvendo luz, pode realizar fotossíntese, o processo pelo qual as plantas convertem luz solar em energia que precisam para crescer. A fotossíntese cria oxigênio e também coloca mais umidade no ar. A umidade se acumula no interior da garrafa e “chove” de volta na planta.

As folhas que apodrecem caem na parte inferior da garrafa, criando o dióxido de carbono necessário para a fotossíntese e os nutrientes que as plantas reabsorvem através das suas raízes.
A garrafa está atualmente em exposição sob as escadas no corredor da casa do Sr. Latimer em Cranleigh, Surrey (Reino Unido), no mesmo lugar que ocupou por 27 anos.

Segundo o designer de jardim e apresentador de televisão Chris Beardshaw, o jardim garrafa é um grande exemplo da maneira pela qual as plantas são capazes de se reciclar, e mostra a razão pela qual a NASA está interessada em levar plantas ao espaço.

“Plantas operam como purificadores, tirando poluentes no ar, de modo que uma estação espacial pode efetivamente se tornar autossustentável”, disse. “Este é um grande exemplo de quão pioneiras as plantas são, e como persistem dada as oportunidades”.

O Sr. Latimer espera passar o “experimento” adiante para seus filhos adultos uma vez que não estiver mais por perto. Se eles não quiserem, vai deixá-lo com a Royal Horticultural Society, uma sociedade britânica, para ver por quanto tempo esse ecossistema sustentável pode perdurar.

O processo

Jardins garrafa só precisam de luz para sobreviver

Jardins garrafa só precisam de luz para sobreviver. Ela é absorvida sobre as folhas da planta pelas proteínas que contêm clorofila (um pigmento verde). Parte dessa energia da luz é armazenada sob a forma de trifosfato de adenosina (ATP), e o restante é usado para remover elétrons a partir da água absorvida do solo pelas raízes das plantas.

Estes elétrons então tornam-se “livres” e são usados em reações químicas que convertem o dióxido de carbono em carboidratos, liberando oxigênio. Este processo de fotossíntese é o oposto da respiração celular que ocorre em outros organismos, incluindo humanos, em que os carboidratos que contêm a energia reagem com o oxigênio para produzir dióxido de carbono e água e liberar energia química.

Mas o ecossistema também usa respiração celular para quebrar material em decomposição derramado pela própria planta no solo. Nesta parte do processo, as bactérias no interior do solo da garrafa absorvem oxigênio dos resíduos, liberando dióxido de carbono que a planta pode reutilizar.

E, claro, à noite, quando não há luz solar para conduzir a fotossíntese, a planta também utiliza a respiração celular para manter-se viva, quebrando os nutrientes armazenados.

Como o jardim garrafa é um ambiente fechado, o ciclo de água também é um processo de autocontido. A água na garrafa é absorvida pelas raízes das plantas, liberada para a atmosfera durante a transpiração, e condensada, onde o ciclo começa novamente.

O vídeo demonstra o processo:

Às Estrelas


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A gigante de couro pode atingir dois metros de comprimento e pesar até 750 kg.