Todos pela Natureza!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Urutau - A ave fantasma





  • A Lenda do Urutau (Tupi-Guarani)


Conta a lenda que Nheambiú, uma bela moça, filha do cacique Tuxaua da nação Guarani, certo dia, foi passear na floresta conheceu e logo se apaixonou profundamente por um bravo guerreiro Tupi chamado Cuimbaé. O problema é que, naquela época as duas tribos eram inimigas e com suas frequentes visitas pelas redondezas ao encontro de Nheambiú, acabou sendo feito prisioneiro pelos Guaranis. 

Quando Nheambiú soube disto pediu para o cacique sua permissão para casar-se com seu amado. Porém, esse e os posteriores pedidos foram terminantemente negados, com a alegação de que Cuimbaé era um Tupi, ou seja, um inimigo mortal dos Guaranis. 

Não suportando mais o sofrimento, Nheambiú desapareceu da Taba, causando um enorme alvoroço. No meio do caminho a jovem encontrou um pajé que não era nem tupi e nem guarani. Ele disse que se a moça tomasse uma poção mágica e fosse para o coração da floresta, ela encontraria seu amado e se casaria com ele, mas isto custaria um preço muito caro. Mesmo assim Nheambiú aceitou o trato. 

Assustado com o sumiço da filha, o velho cacique mobilizou então todos os seus guerreiros para que procurassem, por todo o lado, a seu bem mais precioso. Após uma longa busca, a jovem foi encontrada no coração da floresta, paralisada e muda, como uma estátua de pedra. Ao vê-la, o pai sacudiu-a, mas ela não deu nenhum sinal de vida. Então, o seu pai mandou chamar o feiticeiro da tribo, que a examinou dizendo o seguinte ao cacique: – Nheambiú perdeu a fala para sempre; só uma grande dor poderá fazer Nheambiú voltar ao que era.


Então começaram por informar a jovem índia de todas as notícias mais tristes possíveis: a morte do seu pai e a de todos os seus amigos. No entanto, nada surtiu efeito. A jovem continuou inabalável e intacta. Então o pajé da tribo aproximou-se e disse: – Cuimbaé acaba de ser morto. Quando o cacique tocou em sua filha,  o corpo da jovem moça estremeceu-se todo e ela, soltando repetidos lamentos virou uma espécie de pássaro pardo e saiu voando acabando por desaparecer da mata. 

Todos os que ali se encontravam, cheios de dor, acabaram transformados em árvores secas, enquanto Nheambiú  transformada Urutau ficou a voar, noite após noite, pelos galhos daquelas árvores amigas, chorando a perda de Cuimbaé. Assim os índios batizaram aquele pássaro mágico de Urutau, que seria uma junção da palavras tupis: guyra, que significa ave, com táu que quer dizer fantasma. 

Diz a lenda que a ouvem chorar quando a Lua aparece no céu, mas ninguém a vê em seus lamentos em busca de seu grande amor.


  • O Urutau
Seu comprimento é em média de 37cm. Apesar de difícil de ser avistada, uma vez vista é inconfundível pelo aspecto único. Nyctibius griseus é a única espécie do gênero que ocorre em áreas modificadas pelo homem e por isso é a mais facilmente encontrada. Difere de Nyctibius grandis por ser menor que esta e de  Nyctibius aethereus por ser acinzentada e não parda. Seu canto, só ouvido a noite, lembra uma flauta de bambu. 

Sua silhueta e suas cores são merecedoras do título de ave mais camuflada do mundo. O urutau vai contra tudo o que conhecemos como uma ave normal. Possui várias adaptações espetaculares. Noturna, passa os dias pousado na ponta de um galho ou tronco seco, com suas cores confundindo-se com o local. Corpo todo cinza claro, manchado e listrado de cinza mais escuro, com bolas claras e escuras sobre as asas, levemente amarronzadas. Seus enormes olhos laranjas que o ajudam a enxergar no escuro da noite seriam uma falha em seu disfarce não fosse pelas pálpebras que os recobrem com um detalhe interessante- há uma pequena prega nas pálpebras, permitindo que a ave enxergue mesmo de olhos quase que inteiramente fechados. Sua defesa é manter-se imóvel, de modo que a qualquer sinal de perigo aumenta sua semelhança com o tronco de apoio (foto). Controla os arredores através de duas pequenas “janelas” nas pálpebras, sem necessitar abri-las. Ao observar qualquer situação de risco potencial, lentamente estica o pescoço e dirige o bico para cima, encostando mais a cauda no tronco de apoio. Desse modo, torna-se praticamente invisível no ambiente.



O bico é uma pequena ponta queratinizada, cercada por penas modificadas que mais parecem um ``bigode'' com função tátil que auxilia a ave a perceber suas presas no escuro, enquanto a boca estende-se até depois da linha dos olhos. É a noite que o urutau se revela um exímio caçador, capturam insetos em vôos verticais  como um falcão ou perseguindo-os em voo, à semelhança de andorinhas. 


Reproduz-se nos meses quentes,  põem  apenas um ovo, também muito disfarçado, sobre uma concavidade em um galho ou tronco, chocando na postura vertical de camuflagem. Não há construção de ninho e o filhote permanece sob as asas da mãe até seu tamanho atrapalhar o disfarce. A mãe passa se empoleirar em outro galho, próximo ao filhote, até que este aprenda a caçar sozinho. O filhote também logo adota a postura de proteção, quando deixado sozinho, voando após 51 dias de nascido.

A observação desta ave é algo completamente fortuito, mas a ave é bem mais comum do que a maioria das pessoas pensam, chegando até o centro de cidades grandes, contanto que sejam ber arborizadas. Se você tiver um bom gravador é possível fazer o playback com o som da ave a noite, pois ela responde e se aproxima bastante. Seu canto é marcante. 

O urutau pode ser identificado pelo reflexo de lanternas ou silibins nas suas grandes retinas, quando iluminamos a copa das árvores. À noite é que emitem o longo canto, composto de 5 notas descendentes, assobiadas e claras, espaçadas por intervalos regulares, a forma mais comum de detectá-los. Sua observação é tão difícil que o nome urutau quer dizer "ave fantasma", em tupi.  As vezes é difícil dizer onde começa a ave e acaba o galho.

Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca., cantando com maior freqüência a partir de julho até o final do ano.




  • Outras lendas e superstições
Devido à sua existência misteriosa, o Urutau além das lendas era objeto de práticas supersticiosas. Os Guaranis acreditavam que partindo-se as asas e as pernas do pássaro durante a noite, no dia seguinte ele amanhecia perfeito. Segundo algumas crendices indígenas, esta ave noturna revestia-se de atribuições que são inerentes ao Cupido. As penas do Urutau eram eficazes talismãs de amor. Assim sendo, aquele que conduzir uma de suas penas, atrai a simpatia e o desejo do outro sexo; que se consegue qualquer pretensão com a escrita com uma de suas penas. Acreditava-se ainda, que as suas penas e as suas cinzas eram remédios contra doenças.

Há também quem diga que, na Amazônia, existe o costume de varrer o chão, sob o véu das noivas, com as penas da cauda do "Jurutauí" (designação pela qual o Urutau é conhecido nesta região), a fim de se garantir para as futuras esposas todas as virtudes do mundo.

Outra das crenças mais curiosas no poder sobrenatural do Urutau é a que faz referências à sua posição face ao ciclo solar. Quando o sol nasce o pássaro volta a sua cabeça para ele e acompanha-o no seu percurso. Quando o astro caminha para o Poente, começa então a entoar o canto dolorido “U – ru – tau”. Conta-se também que, Couto de Magalhães elevou o Urutau à categoria dos deuses, reservando-lhe o segundo lugar da sua teogonia Tupi. Todas essas considerações, entretanto, levam-nos a classificar o Urutau como um pássaro feérico (mágico), que existe por direito próprio. O Urutau é um pássaro que pertence à Ordem dos Caprimulgiformes, família dos Nyctibiidae. No Brasil, ocorrem as seguintes espécies: Nyctibius grandis (Urutau, Mãe-da-Lua Gigante); Nyctibius griseus (Urutau) e Nyctibius aethereus (Mãe-da-Lua Parda).

Mega Plantio Sorocaba 2012 - 100 mil árvores em 1 hora

 

  • Este é o segundo Mega Plantio realizado em Sorocaba. 

A cidade de Sorocaba, no interior paulista, está preparando um Mega Plantio. A proposta é mobilizar a população local para tornar o município mais verde. O evento será realizado no dia 25 de março e as inscrições já estão abertas.



Este é o segundo Mega Plantio realizado em Sorocaba. O trabalho faz parte de uma das ações públicas dentro do Plano de Arborização Urbana, cuja meta é plantar 500 mil árvores até o final do ano. Por enquanto, já foram contabilizadas 282.272 mudas, espalhadas por diferentes áreas da cidade.

De acordo com o material de divulgação feito pela prefeitura, a expectativa é de que dez mil pessoas participem do evento e auxiliem o plantio de cem mil árvores. Todo o trabalho deve ser feito em apenas uma hora. Para isso, serão disponibilizados monitores que fornecerão dicas sobre o plantio e é necessário que os interessados se inscrevam através do site,até o dia 16 de março.


A atividade é aberta a pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Conforme publicado na página do evento, “a ideia é que as pessoas levem suas famílias, promovendo cidadania e educação ambiental”. 

As árvores serão plantadas do canteiro central da Avenida Itavuvu, que corta grande parte da cidade. Serão, em média, 80 espécies, nativas e frutíferas, espalhadas por seis quilômetros. Para promover a sustentabilidade, o local também receberá uma ciclovia, como parte do Plano Cicloviário de Sorocaba, que pretende dispor de cem quilômetros de pistas exclusivas para os ciclistas até o final de 2012. Com informações da Prefeitura de Sorocaba.



Data: 25/03/2012
Horário: 9h
Local: Canteiro central do novo trecho da Av. Itavuvu (próximo à área da instalação da fábrica da Toyota, do Parque Tecnológico e do Parque da Biodiversidade)

Gavião-Real (Harpia harpyja) A mais poderosa predadora entre as aves de rapina da Amazônia e do mundo


 
HARPIA (Harpia harpyja)



  • Características
A águia mais poderosa entre as aves de rapina da terra , o gavião-real ou harpia é a maior ave de rapina da América do Sul, possuindo porte majestoso e imponente. Além de uma das maiores envergaduras de asa desse grupo, é a força das pernas que consagra esse título à ave. Pode medir de 50 a 90 cm de altura, cerca de 105 cm de comprimento e possui 2 m de envergadura. O macho pode pesar de 4 a 4,5 Kg e a fêmea de 6 a 10 Kg. 

Suas asas são largas e redondas, as pernas curtas e grossas e os dedos extremamente fortes com enormes garras. A cabeça é cinza, o papo e a nuca negros. As harpias são predadores tremendamente eficazes, com garras mais compridas do que as de um urso. É uma águia adaptada ao voo acrobático em ambientes florestais de espaços fechados.

A realeza das harpias não se deve apenas à sua aparência imponente - asas, cauda e um colar em torno do pescoço negro, peito branco e cabeça ornada por um cocar cinza e macio, do qual despontam dois conjuntos de penas maiores, semelhantes a "chifres". Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. 

Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar suas capacidades auditivas. O peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancas. Seus olhos são pequenos. Possui um longo topete, uma crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa. É a ave de rapina mais forte do Brasil, capaz de levantar um carneiro do chão. 

Uma harpia adulta carrega um animal de mais de 10 quilos. Suas garras são tão poderosas (a unha chega a medir 7 centímetros) e sua força tão grande, que ela consegue, em pleno vôo, arrancar uma preguiça da árvore. Pode viver até 40 anos.

  • Habitat
Florestas tropicais altas e densas. Árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Na Mata Atlântica a população está em declínio, mas sua maior ocorrência é na Amazônia. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de mamíferos.





  • Ocorrência

Do México a Bolívia, Argentina e Brasil. Hoje ainda sobrevive em alguns estados do Nordeste, em Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, e nos estados do Sul.

  • Hábitos 
Tem um assobio longo e estridente. Voa alternando rápidas batidas de asas com planeio. Quando ataca uma presa, torna-se veloz e possante, podendo carregar para uma árvore, mamíferos de médio porte. Avessas a mudanças de habitat, as harpias costumam se estabelecer em um território de caça de cerca de 100 quilômetros quadrados de extensão.

  • Alimentação

Animais de médio porte como preguiças, macacos, filhotes de veado e caititu, aves como araras e serpentes. A harpia está no topo da cadeia alimentar (não tem outros predadores a não ser o homem).

  • Reprodução
As harpias, como as águias em geral, são monogâmicas, unindo-se por toda a vida.

Reproduzem-se de junho a novembro. O ninho, construído pelo casal em uma das árvores mais altas da área, é perene e refeito a cada período de reprodução, que normalmente ocorre de dois em dois anos. Nidificam em árvores altas e de troncos fortes, seu ninho consiste em uma pilha de galhos, a fêmea coloca dois ovos. 

A incubação dura em torno de 56 a 58 dias, caso ambos os ovos sejam incubados com sucesso, em condições naturais somente o primogênito sobrevive, já que o filhote maior invariavelmente matará o menor (este "cainismo" é comum a várias espécies de águia, e permite estratégias de conservação baseadas na remoção do filhote menor do ninho para criação artificial), filhote que é alimentado pelos pais até sair do ninho. 

O filhote testa suas asas com seis meses. No entanto, fica sob os cuidados dos pais, sendo alimentado, por outros seis a dez meses, mantendo, assim, uma longa dependência. A maturidade sexual é atingida aos quatro ou cinco anos e o indivíduo pode retornar ao mesmo ninho em que nasceu.

 
Esta ave da família Accipitridae

Ameaçada de extinção. 

Destruição de seu habitat, uma vez que necessita de grandes áreas para viver. Atualmente, a harpia encontra-se praticamente restrita à floresta amazônica, devido à caça indiscriminada pelo homem, destruição do habitat e o tráfico de animais.

É ameaçada pela caça predatória. Seja por ser considerada perigosa para as criações de animais domésticos, seja pelo simples vandalismo. Na Revista Globo Rural, chegou a ser publicada uma foto, mandada por leitor da revista a título de curiosidade, em que um grupo de peões numa área de desmatamento no Mato Grosso exibiam, orgulhosamente, o cadáver de uma harpia abatida a tiros sem qualquer razão a não ser o prazer da exibição da caça.

De acordo com a ONG americana Peregrine Fund, que se dedica à proteção internacional de aves de rapina diurnas, a harpia é uma espécie "dependente de conservação", na medida em que o declínio da espécie em toda a sua área de ocorrência, produzido principalmente pelo desmatamento, exige políticas ativas de conservação e/ou reprodução em cativeiro, que impeçam que a ave se torne uma espécie imediatamente ameaçada de extinção.

O Peregrine Fund realizou, aliás, algumas experiências bem sucedidas de criação em cativeiro e libertação de harpia em uma reserva florestal no Panamá. 

Curiosidades:

Por causa do tamanho e ferocidade do animal, os primeiros exploradores na América Central nomearam estas águias em função das monstruosas meio-mulheres/meio-águias da mitologia grega clássica.

A harpia é o pássaro nacional e está desenhada no brasão do Panamá.

A harpia é também o animal que artistas desenharam para criar 'Fawkes a fênix' para o filme Harry Potter e a Câmara Secreta.
A harpia é capaz de exercer uma pressão de 42 kgf/cm² (4,1 MPa ou 530 lbf/in²) com suas garras. Ela pode erguer mais de 3/4 de seu peso.

A harpia é, com controvérsias, a águia mais pesada ainda vivente, e a águia-das-filipinas é a única águia viva que se compara a ela em tamanho. Entretanto, a extinta águia-de-haast da Nova Zelândia era aproximadamente 50% maior do que ela.

A harpia dá nome ao projeto de inteligência artificial mantido pela Receita Federal Brasileira.

É considerada uma das mais interessantes e raras aves pois vive solitária, exceto na época de acasalamento.

 
Gavião Real

Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae
Gênero: Harpia
Espécie: H. harpyja
Nome binominal (inglês): Harpia harpyja - Lineu, 1758
Nome vulgar (popular): Gavião-real ou uiraçu-verdadeiro


Fontes: 
bioparqueamazonia.com.br
cdpara.pa.gov.br
vivaterra.org.br 
portalamazonia.globo.com

Flona de Tapajós ganha relevância global na área de pesquisa


  • Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Pará,  é conhecida por suas belezas naturais. O grande rio que banha as terras ribeirinhas muda de cor a cada hora do dia - ficando azul, amarelo, laranja, vermelho e prateado. Também muda de tamanho. No inverno, quando chove bastante, fica bem cheio formando os igapós. De canoa é possível andar no meio da floresta. Já no verão, o rio baixa, fica encolhidinho, quando aparecem as praias com suas areias brancas possibilitando a atividade da Piracaia. A água é transparente e limpa, repleta de peixes de diferentes espécies.


Flona consolida-se cada vez mais como uma unidade de conservação (UC) vocacionada para a pesquisa e produção de conhecimentos científicos sobre a biodiversidade da Amazônia. Somente em 2011 a floresta recebeu 103 solicitações de pesquisa em seu interior – um aumento de 115%, em relação ao ano de 2010.

Algumas dessas pesquisas contam com a coordenação de pesquisadores vinculados a instituições estrangeiras e muitas delas geram informações de relevância global como as vinculadas ao Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), que ajudam a entender os mecanismos que governam as interações da floresta com a atmosfera, tanto em condições naturais (da floresta intacta) como alteradas.

Os estudos começaram há 36 anos na 
Floresta Nacional (Flona) pela Embrapa.

  • A Embrapa Amazônia Oriental é pioneira nas pesquisas com manejo florestal na Amazônia.

As pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Oriental também merecem destaque pela importância que têm para o contexto da economia florestal na Amazônia brasileira. Os resultados gerados são importantes para justificar ecologicamente a aplicação do manejo florestal no bioma, como principal ferramenta para conciliar a geração de renda com a conservação do ecossistema.

FLORA – Entre os diferentes tipos de pesquisas, predominam as relacionadas à flora, em razão da potencialidade da unidade de conservação para a atividade de manejo florestal e, principalmente, pela existência de projetos de manejo florestal no passado e no presente que fomentam novas pesquisas.


Os estudos realizados principalmente pela Embrapa têm enfoque nas espécies com potencial madeireiro, no entanto, diversas instituições realizaram e realizam estudos com objetivo de caracterizar a composição florística da Floresta Nacional do Tapajós.

Inclusive as pesquisas em manejo florestal executadas pela Embrapa Amazônia Oriental são as mais antigas do Brasil e seus resultados foram utilizados, inclusive, para embasar a atual legislação vigente que normatiza o manejo florestal na Amazônia.

FAUNA – Na área de fauna, nos últimos anos, várias pesquisas têm se desenvolvido, dentre elas pesquisas com gavião real (Harpia harpyja) e espécies ameaçadas pela pressão de caça das comunidades, existentes na unidade de conservação. Além disso, algumas pesquisas têm tentado avaliar os impactos da exploração madeireira sobre a fauna existente nessas áreas de manejo florestal.


Os estudos de identificação dos tipos de solo e de caracterização vegetal são sempre utilizados para identificação e escolha de novas áreas de pesquisa e para definir as potencialidades da área para o manejo de seus recursos naturais.

Atualmente, estão em processo de formação grupos de pesquisadores que atuam na Floresta Nacional do Tapajós que tenham afinidade em temas de pesquisa tais como solos, flora, fauna, pesquisas socioambientais, entre outros. A expectativa é de que eles colaborem na revisão do Plano de Manejo da unidade de conservação que deverá ser iniciado ainda em 2012.

FLONA – Criada pelo Decreto nº 73.684 em fevereiro de 1974, a Floresta Nacional do Tapajós possui uma área de aproximadamente 545 mil hectares, localizada no Oeste do Estado do Pará, nos municípios de Belterra, Ruropolis, Placas e Aveiro.


A existência da Floresta Nacional do Tapajós tem representado um diferencial na formação de recursos humanos na região, principalmente na cidade de Santarém/PA – pólo universitário – onde se concentram as principais universidades e faculdades do Oeste do Pará.

As primeiras pesquisas tiveram por objetivo avaliar práticas de manejo e exploração florestal visando desenvolver parâmetros para o uso sustentável dos recursos florestais Amazônicos.

Os projetos de pesquisa instalados garantiram a infraestrutura básica de apoio – como alojamento e internet – que até hoje servem de apoio aos pesquisadores.

Flona do Tapajós -2


Clima e Geografia
O clima desta região, caracteriza-se geralmente como quente-úmido, com temperatura média anual oscilando entre 25 e 26 ºC. A temperatura mínima pode chegar a 21ºC e máxima de até 31ºC. As chuvas ocorrem com volume entorno de 2000mm anuais, com maior intensidade de dezembro a junho e ocorrência de 4 meses, com precipitações que chegam a 60 mm, sendo a umidade relativa do ar superior a 80% em todo ano. 

Flona do Tapajós-3

Como Chegar
Existem vôos aéreos diários para Santarém e barcos proveniente de Manaus e de Belém. Depois de chegar em Santarém você pode ir a Floresta Nacional do Tapajós de carro com tração, ônibus ou barco, dependendo da comunidade. Para quem vai por terra, há as casas de comunitários que se dispõem a receber o visitante e redários. Quem vai de barco, normalmente, se hospeda nele mesmo. Não esqueça de levar sua rede.

Flona do Tapajós-1

Como é a alimentação?
Na comunidade você encontra a farinha, peixes e frutas da época. São poucas as mercearias. É importante levar sua alimentação se for a FLONA de ônibus ou de carro ou avisá-la, com antecedência, de sua chegada.

Como posso avisar a comunidade da minha chegada?
A comunidade pode ser avisada através da agência de turismo local ou quando você estiver tirando a autorização no IBAMA, para entrada na FLONA, via rádio amador.

  • Agências de turismo cadastradas pelo ICMBio para visitações na Flona:

GreenTur
Avenida Cuiabá 649B - Liberdade
Fone: 93 3523-2423/2424
FAX: 93 3523-2401
email: info@greentur-viagens.com.br

Mãe Natureza
Ilha Guajará - Alter do Chão -
Fone: 93 3527-1264
e-mail: maenatureza@uol.com.br

Sararaca Passeios
Rua Idinaldo Martins s/n - Alter do Chão
Fone: 93 9121-7113

Santarém Tur
Av. Adriano Pimentel 44 - Centro
Fone: 93 3522-4847/3523-1840/3523-5140

Santarém Palace Hotel
Av. Rui Barbosa 726
Fone: 93 3523-2820/Fax: 3522-1779
e-mail: stmpalace@netsan.com.br

RENATUR - Renato Turismo, Transporte e Serviços
Av. Rui Barbosa 2009 - Aldeia
Fone/fax: 93 3522-3681

Cronologia

1975 - Embrapa instala experimentos em uma área de 70 hectares de floresta de terra firme, situada no km 67 da Rodovia Cuiabá-Santarém e, posteriormente, foram instaladas parcelas experimentais no km 144.

1997 - Instalação do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia – LBA

1999 – Instalação do Projeto Dendrogene e o “Projeto ITTO” (Projeto de Manejo da Florestal Nacional do Tapajós para Produção Sustentável de Madeira Industrial), ampliando as oportunidades de pesquisas

DIRETRIZES E SOFTWARES

Considerado um marco na história da silvicultura brasileira, o livro “Diretrizes técnicas de manejo para produção madeireira mecanizada em florestas de terra firme na Amazônia brasileira” é um dos produtos que resultaram do projeto Bom Manejo.

A obra é um guia para a aplicação de boas práticas nas concessões florestais, de acordo com os padrões requeridos pelos órgãos ambientais e pelas certificadoras.

As ferramentas desenvolvidas pelo Bom Manejo são softwares silviculturais (relacionados às operações nas florestas) e gerenciais (relacionados à administração da floresta), num total de cinco e todos disponíveis no sítio eletrônico da Embrapa Amazônia Oriental (http://bommanejo. cpatu.embrapa.br/ ferramentas.htm).

Dois softwares são silviculturais: o Monitoramento de Florestas Tropicais (para avaliação do crescimento e dinâmica florestal) e o Smalian (para avaliação do volume real). Os outros três são ferramentas gerenciais: Planejo (planejamento e monitoramento da colheita florestal), MOP (monitoramento operacional) e MEOF (monitoramento econômico). 

Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280

GJ 1214b - Existência de planeta água confirmada






  • Exoplaneta GJ 1214b é uma espécie de Super Terra.

Uma equipa internacional de astrónomos confirmou a existência de um planeta água e este contém uma espessa atmosfera. O exoplaneta GJ 1214b é uma espécie de "Super Terra" — maior que nosso planeta, mas menor do que gigantes gasosos como Júpiter. A descoberta foi publicada no Astrophysical Journal.

Observações com o telescópio Hubble parecem agora confirmar que uma grande fracção do planeta é composta por água. As altas temperaturas sugerem, também, a existência de materiais exóticos.

O GJ 1214b não é parecido com nenhum planeta que conhecemos, segundo afirmou Zachory Berta, o responsável pelo estudo e investigador do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.

a descoberta ocorreu em 2009 com telescópios terrestres. Tem 2,7 vezes o diâmetro da Terra, mas pesa cerca de sete vezes mais – o que o coloca na classe dos exoplanetas conhecidos como super-terras. Orbita uma estrela-anã vermelha a uma distância de apenas dois milhões de quilômetros, o que significa que a temperatura do GJ 1214b é provavelmente superior a 200 graus Celsius.

Este exoplaneta encontra-se na constelação conhecida como Serpentário – a 40 anos-luz da Terra.



Ciências Hoje

Cientistas 'ressuscitam' planta com 30 mil anos

Biólogos germinam planta de 30 mil anos
encontrada em toca de esquilos pré-históricos

Planta do Pleistoceno 
manteve-se preservada no permafrost


  • 'Silene stenophylla' é uma planta herbácea do Plistoceno. 

Uma equipa de cientistas russos conseguiu 'ressuscitar' uma planta com 30 mil anos. Os investigadores desenterraram o fruto e algumas sementes da planta do solo gelado da Sibéria e a partir dos seus tecidos conservados abaixo de zero graus, conseguiram fazer réplicas da planta.

A chave da ressurreição está no permafrost, a camada de solo gelado que ocupa milhares de quilômetros quadrados das latitudes boreais e onde se armazena uma grande banco de sementes e organismos congelados desde há vários milhares de anos.

Os cientistas já tinham conseguido reanimar vários microrganismos, mas até ao momento não tinham ainda encontrado restos viáveis de plantas com flor. A experiência está relatada num artigo publicado na PNAS.

Os restos da Silene stenophylla, uma planta herbácea do Pleistoceno, faziam parte da despensa de um roedor pré-histórico, uma espécie de esquilo que enterrou a sua comida num lugar perto do rio Kolyma, nordeste da Sibéria.

As sementes e os frutos estavam conservados a 38 metros de profundidade, em sedimentos que têm permanentemente temperaturas abaixo de zero. Depois de recolhidas e datadas através do método de carbono 14, as sementes foram replicadas pelos cientistas da Academia Russa das Ciências. O método utilizado foi o do cultivo de tecidos e micro-propagação, o que lhes ofereceu clones do exemplar obtidos na parte germinativa dos frutos congelados.

Os rebentos foram transplantados para vasos de crescimento, e um ano mais tarde floresceram e deram frutos. Segundo os investigadores, as plantas regeneradas apresentam um fenótipo diferente ao dos exemplares da mesma espécie existentes atualmente. Este estudo, defendem os cientistas, demonstra que o permafrost é uma fonte rica em material genético de plantas silvestes e uma reserva de genes antigos.


PNAS

Desenterrada na Mongólia, floresta com 300 milhões de anos



Floresta do começo do Pérmico. 

  • A floresta situada na Mongólia ficou preservada devido a cinzas vulcânicas 
Uma floresta com 300 milhões de anos, que se manteve conservada debaixo de cinza vulcânica, foi agora desenterrada no norte da China. Com uma extensão invulgarmente grande, este sítio fóssil permitiu a reconstrução da composição botânica e da estrutura de uma floresta do Pérmico.

A floresta estava num terreno pantanoso, semelhante a uma turfeira atual, e era composta por plantas de grandes dimensões e fetos arbóreos. A vegetação era muito pouco semelhante à atual. Naquela altura, as coníferas atuais e as plantas com flor ainda não existiam. O estudo, realizado por investigadores chineses e norte-americanos, está publicado na PNAS.

O sítio foi descoberto durante a extração de mineral numa mina no interior da Mongólia. A utilização de maquinaria pesada permitiu aceder a grandes extensões da camada interior do terreno. Foi assim realizado um estudo muito maior do que os paleontólogos têm, normalmente, oportunidade de fazer. Foram analisados 1000 metros quadrados de floresta fóssil.


Os investigadores acederam a três manchas de estrato próximas entre si. A floresta estava enterrada em cinza e separada dos estratos superiores por uma camada de tufo vulcânico. Os cientistas dataram a floresta com a idade de 298 milhões de anos, o começo do Pérmico, quando os continentes tinham distribuições muito diferentes das de hoje: Europa e América estavam unidas e a China era um continente à parte. Curiosamente, o clima era semelhante ao de hoje.

Os investigadores encontraram folhas, ramos e troncos. O norte-americano que participou no trabalho, Hermann Pfefferkorn, da Universidade da Pennsylvania, afirma que estava tudo "maravilhosamente preservado. Foi possível encontrar ramos com todas as folhas, depois o ramo seguinte e outro, até chegar ao tronco principal da árvore".

Os cientistas puderam também utilizar a sítio onde se encontrava cada uma das plantas para entender como se distribuía a floresta. Identificaram cada espécie e localizaram-na no mapa, reconstruindo assim a estrutura e a ecologia da formação vegetal daquela época.


Os autores acreditam que estas condições excepcionais de conservação se devem a uma erupção vulcânica que cobriu a floresta com grandes quantidades de cinza em apenas uns dias.

Foram identificados seis grupos de plantas. Os fetos herbáceos formavam o estrato mais baixo e o mais alto era formado por espécies do grupo Cordaítes – conífera primitiva – e do grupo Sigillaria, um tipo de plantas relacionada com os musgos atuais, produtora de esporas que alcançavam o tamanho arbóreo. As copas mais altas podiam atingir os 25 metros.

Os paleontólogos também desenterraram exemplares quase completos de três espécies do grupo
Noeggerathiales, tipo de árvores produtoras de esporas que não deixaram descendentes.

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A gigante de couro pode atingir dois metros de comprimento e pesar até 750 kg.