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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Brasil tem potencial para chegar a 40 mil km de hidrovias navegáveis



Com apenas 13 mil km de hidrovias navegáveis, o Brasil tem potencial para chegar a 40 mil nos próximos anos. De toda a carga transportada no país, apenas 13% é movimentada pelo modal hidroviário -- as rodovias, por exemplo, respondem por um índice muito maior: 67%. Esse quadro, destacam especialistas, mostra que o setor ainda tem espaço e capacidade para se desenvolver.

Esse foi o principal ponto abordado no início das discussões do II Seminário Brasil -- Bélgica sobre Hidrovias, realizado na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT) no dia 2 de abril de 2012, em Brasília (DF). O vice-presidente da CNT, Meton Soares Júnior, foi um dos mais enfáticos nessa posição. Disse que o setor hidroviário "pode avançar, e muito, por meio de parcerias públicas e privadas".

Soares afirmou que o potencial precisa ser aproveitado porque o modal hidroviário é o "que pode levar produtos aos locais mais pobres do país, por um preço mais acessível e com menores danos ao meio ambiente". Ele agradeceu a presença da delegação belga e destacou a importância do evento para a troca de experiências entre os dois países.

O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, disse que é fundamental pensar na integração da cadeia logística de todos os modais de transporte. "Não adianta providenciar investimentos específicos para um ou outro modal. Dependemos dessa intermodalidade para continuar com o aumento da produção no país", frisou.

Brito disse que a intenção do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) é aumentar a participação das hidrovias na matriz de transporte do Brasil de 13% para 25%, nos próximos dez anos. "Precisamos aproveitar para aprender com a experiência da Bélgica, que soube construir uma das logísticas mais sofisticadas do mundo", afirmou.

O embaixador da Bélgica no Brasil, Claude Misson, concordou que uma das soluções para alcançar esse desenvolvimento é o uso compartilhado dos modais. Apesar da pequena extensão territorial -- um pouco maior que o estado de Sergipe --, a Bélgica tem um moderno sistema de portos e hidrovias. Os primeiros canais de navegação, por exemplo, começaram a ser construídos no século XIII.

Ainda segundo Brito, além desse incentivo à intermodalidade, a entidade está mapeando as principais bacias brasileiras porque tem um objetivo estratégico muito claro: focar na questão hidroviária brasileira no futuro. A intenção também é aumentar o volume de investimentos no setor, garantiu o dirigente da Antaq.

O Superintendente de Navegação Interior da Antaq, Adalberto Tokarski, confirmou que a Agência elabora e desenvolve ações para fomentar a navegação interior no Brasil. "O país tem capacidade para exportar 50% de toda a alimentação que é consumida no mundo. Diante da nossa potencialidade na área, a experiência do governo belga é muito importante para avançarmos em relação à utilização das hidrovias", destacou.

Cobrança de pedágios em hidrovias pode virar tema de estudo

Com hidrovias de grande extensão, o Brasil poderá estudar a cobrança de pedágios para as embarcações que trafegarem nesses rios, de acordo com o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Pedro Brito. A medida polêmica foi discutida no dia 3 de abril, durante o II Seminário Brasil -- Bélgica Sobre Hidrovias.

Brito deixou claro que o governo federal não pretende adotar o sistema de concessão nos rios brasileiros, mas disse que o país poderá sim estudar a cobrança de pedágios. "O governo não pensa em realizar nenhuma concessão, porque nossas hidrovias são eixos estratégicos. No entanto, podemos estudar um modelo como o argentino. Do ponto de vista econômico, acho justo os usuários pagarem para que hidrovias estejam prontas para navegação", afirmou.

O projeto dos vizinhos argentinos, citado pelo diretor da Antaq, foi apresentado pelo representante da empresa Jan De Nul, Carl Heiremans. A companhia belga especializada em dragagem foi vencedora do processo de licitação pública realizado pelo governo argentino, em 1992. Com o sistema de concessão, ela é responsável pela navegabilidade do Rio Paraná, desde Santa Fé até o Oceano Atlântico.

Nessa hidrovia está concentrada 82% da exportação de produtos agrícolas locais, o maior tráfego siderúrgico do país, e atende a todo o movimento de carga e contêineres cuja origem ou destino é Buenos Aires. Lá, o sistema de cobrança é considerado irrisório. "Cobramos um dólar por tonelada transportada. Comparado com o nosso, o valor cobrado no Canal do Panamá ou em Suez é abusivo. No caso do Brasil, poderíamos aplicar isso nos grandes rios, para transporte de soja, minérios. Teríamos, por exemplo, 800 milhões de dólares para investir", acredita Heiremans, referindo--se à quantidade de toneladas transportadas nas hidrovias nacionais.

Além do projeto da Jan De Nul, outras cinco companhias belgas trouxeram seus cases e serviços para o fórum brasileiro. O representante do Mobiliteit en Openbare Werken (MOW), Geert Van Cappellen, falou sobre os estudos realizados pelo departamento para integrar a infraestrutura de hidrovias belgas ao sistema europeu de logística e transporte, principalmente as da região de Flandres.

Já os membros das empresas Stratec, Hugues Ducâteau, e Tractebel Engineering, Erik Van Celst, demonstraram as soluções adotadas para os rios Seine-Scheldt e Danúbio, respectivamente. A construção de novas eclusas no canal do Panamá, com a utilização de um sistema de derrocagem a base de explosivos químicos, foi exibida pelo representante da empresa de dragagem Deme, Jeroen Gheysens. E David Monfort, do Escritório de Estudos GREISCH, expôs o projeto das eclusas de Ivoz-Ramet, no Rio Meuse. 

Durante o encerramento do II Seminário Brasil -- Bélgica Sobre Hidrovias, o diretor da Antaq agradeceu ao embaixador belga, Claude Misson, pelo convite de visitar o país europeu. O Brasil deve realizar uma missão em junho, para conhecer in loco as iniciativas das companhias belgas e suas hidrovias. "Espero que este seja o segundo de uma longa série de seminários e que vocês possam ver as obras que fizemos para valorizar as hidrovias. No futuro, espero que nossas empresas sejam ainda mais numerosas no mercado brasileiro", destacou o embaixador.

O superintendente de Navegação Interior da Antaq, Adalberto Tokarski, e o gerente de Outorga e Afretamento da Superintendência de Navegação Interior, Walneon de Oliveira, também compuseram a mesa de encerramento do evento.

FONTE

Agência CNT de Notícias
Rosalvo Streit e Jacy Diello - Jornalistas

IBF lança Programa Eco Parceiros para ampliar a oferta de mudas nativas florestais em várias regiões do Brasil




Com o aumento das demandas por mudas nativas, o Instituto Brasileiro de Florestas investirá em programa de apoio a criação de viveiros florestais em parceria com produtores

Com intuito de ampliar a oferta de mudas nativas nos mercados regionais e contribuir para diminuir as consequências do apagão florestal, o Instituto Brasileiro de Florestas desenvolveu o Programa Eco Parceiros, que visa a implantação de um viveiro de crescimento em parceira com agentes que visam cultivar um projeto que integra o homem e a natureza.

O Eco Parceiro recebe a monitoria e orientação para a implantação de viveiros pelo IBF. Durante este período, o IBF orientará quanto a todos os cuidados técnicos necessários (adubação, controle de pragas, entre outros), assim como informações sobre mercado e apoio no escoamento das mudas, proporcionando assim o seu melhor desempenho.

O Programa Eco Parceiros conta ainda com o sistema de parcerias no modelo de uso da marca, em que o Eco Parceiro deve seguir procedimentos pré-determinados para receber certificação de mudas de qualidade pelo IBF, selo Muda Padrão IBF.

Principais benefícios:

• Apoio e assessoria no processo de implantação de viveiros de crescimento;
• Criação de um empreendimento verde promissor, devido a alta demanda por mudas nativas para compensações ambientais;
• Capacitação quanto a atividade de gestão de viveiros florestais;
• Boa rentabilidade devido a baixa concorrência neste empreendimento.

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Les Echos relata indenização bilionária aplicada pelo Brasil à Chevron



Vista aérea do desastre ecológico causado pela Chevron na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pelo vazamento num posto de extração petrolífera da Chevron.

O diário econômico Les Echos noticia hoje que o Brasil está pedindo 22 bilhões de dólares de indenização à americana Chevron pelos vazamentos de óleo bruto no litoral do Rio de Janeiro.

Les Echos transcreve uma declaração do secretário do Meio Ambiente, Carlos Minc, que havia prometido dar uma lição às companhias petrolíferas sobre sua responsabiliade em proteger o meio ambiente. A declaração de Minc, dias atrás, foi um sinal claro de que o governo brasileiro não iria aceitar a impunidade nos acidentes envolvendo a Chevron e outras companhias estrangeiras.

O jornal francês explica que metade da indenização bilionária se refere ao vazamento do dia 4 de março, no campo que se encontrava a 270 km do litoral do Rio e era explorado pela Transocean, empresa subcontratada pela Chevron. O restante se refere a uma multa aplicada à Chevron e à Transocean, por outro vazamento no ano passado.

Les Echos diz que a companhia americana, segunda maior empresa do setor petrolífero nos Estados Unidos, vai apelar da decisão da justiça brasileira, por considerar as somas cobradas arbitrárias em relação ao volume de óleo que vazou dos poços. O jornal registra o argumento do promotor Eduardo Santos de Oliveira, alegando que o primeiro vazamento não foi contido até hoje e continua causando danos à fauna e à flora brasileiras.

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