Todos pela Natureza!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Carta dos Povos Indígenas do MS entregue à Presidenta Dilma Rousseff


Índios guaranis. Tonico Benites luta pelos direitos dos guaranis que vivem em sua terra ancestral. (Cortesia da Organização Survival Internacional)


12 de julho de 2013
INFORMATIVO DO CONSELHO DA ATY GUASU GUARANI KAIOWÁ


Aty Guasu
Dourados

Esta nota visa comunicar a todas as sociedades nacionais e internacionais que no dia 10 de julho de 2013, às 15h00min, os representantes e porta voz da Assembléia Geral dos Povos Indígenas da Aty Guasu Guarani-Kaiowá, Kadweu e Terena do Mato Grosso do Sul, pela primeira vez estiveram reunidos com a Presidente da República do Brasil DILMA ROUSSEFF, na ocasião da primeira (1ª) reunião com a presidente do Brasil, os representantes indígenas do Estado de Mato Grosso do Sul relataram e entregaram o documento da Assembleia Geral dos povos indígenas à Dilma Rousseff.

Segue o resumo do documento entregue diretamente à presidenta da República do Brasil.


Nós representantes dos povos indígenas Terena, Kadweu, Guarani, Kaiowá, mais uma vez relatamos as realidades indígenas do Estado de Mato Grosso do Sul, ao mesmo tempo solicitamos as soluções urgentes à presidente da República. Uma das demandas urgente é o reconhecimento, demarcação e devolução definitiva de nossas terras tradicionais. Outra reivindicação é a efetivação de nossos direitos constitucionais na área de segurança, nas assistências sociais, na área de produção sustentável, na área de saúde indígena e na educação escolar indígena, que esses direitos não são efetivados pelos governos municipais e estaduais nas aldeias indígenas, nos acampamentos e nas terras indígenas em conflito/litígio, localizadas no Estado de Mato Grosso do Sul. 

Em relação à demora na demarcação de nossas terras reivindicadas, relatamos à Presidenta da República que existem terras indígenas tradicionais reconhecidas, declaradas e homologadas pelo governo federal em meados de 1980, 1990 e 2000 já declaradas e homologadas como terras indígenas, mas até o momento nós indígenas não tomamos a posse das terras e nem usufruímos os recursos das partes das nossas terras homologadas pelo presidente da República, em decorrência disso, os nossos direitos indígenas e humanos básicos são violados e ignorados, as nossas comunidades indígenas passam miséria, morrem, se sentem injustiçados e humilhados, mas os fazendeiros continuam arrendando e explorando as terras indígenas declaradas e homologadas pelo presidente da República. Os fazendeiros continuam se enriquecendo ilegalmente sobre essas terras indígenas. Enquanto que nós povos indígenas estamos morrendo e passando miséria e fome, sem espaço de terras para produzir os nossos alimentos, por isso, as novas gerações indígenas entram em estado de desespero profundo. Relatamos que nesse contexto, há genocídio indígena em curso, desde 1988 até 2013, Um mil (1.000) indígenas Guarani-Kaiowá praticaram o suicídio, por perder a esperança de viver dignamente nas suas terras tradicionais.

Explicitamos à Presidente da República do Brasil que não demarcação de nossas terras indígenas, os atrasos e omissões inexplicáveis por parte do governo e da justiça federal violam legislação e direitos fundamentais de nossos indígenas inscritos na Constituição Federal CF/88, na legislação infraconstitucional inscritos em Acordos e Pactos Internacionais dos quais o Brasil signatário, como a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos – ONU, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais – ONU, e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (OEA).

Relatamos à Dilma Roussef que no Mato Grosso do Sul, existem propagação permanente de racismo, discriminação e ódio contra os indígenas tanto pela mídia local quanto pela manifestação pública dos fazendeiros anti-indígenas e autoridades locais. Os autores e mentores de racismo deveriam a ser apurados e responsabilizados, conforme as leis existentes.

O genocídio dos povos indígenas do MS em curso foi e é alimentado pelos fazendeiros anti-indígenas. Centena de lideranças foi assassinada pelos pistoleiros das fazendas. Os assassinos das lideranças indígenas não são julgados e nem punidos no Mato Grosso do Sul, a impunidade alimenta mais as violências contras os povos indígenas.


Há os crimes de ameaças e assassinatos de lideranças pelos pistoleiros das fazendas (sem investigação e punições conclusivas os responsáveis.)

Nas terras indígenas em conflito, há as omissões, negligências e ausências de políticas públicas elementares e básicas, nas áreas da produção de alimentos, de saúde, de educação, ambientais e sociais.

Destacamos na reunião com a Dilma que nós indígenas do Mato Grosso do Sul sofremos violências tanto pelos pistoleiros dos fazendeiros quanto pela decisão da justiça federal, que nenhuma decisão da justiça federal instalada no Estado de Mato Grosso do Sul não considera os nossos direitos, todas as decisões foram favoráveis aos fazendeiros, ignorando os nossos direitos.

Narramos à Dilma que nós indígenas reocupamos/retomamos uma parte de nossas terras demarcadas após aguardar a anos e décadas a decisão do governo e da justiça, e hoje acabou a nossa paciência, não vamos mais aguardar não, que a nossa decisão e fazer retomada de nossas terras demarcadas e já regularizadas pelo governo, porque as nossas crianças e idosos estão sofrendo e morrendo, estamos sendo massacrados, enganados e humilhados, por isso decidimos a realizar o movimento de retomada das terras tradicionais.

Visto que há o impedimento dos indígenas para caçar, pescar e usufruir da mata nativa que resta na terra já declarada como indígena, mas ainda ocupada por fazendeiros. Há o arrendamento, extração e comércio ilegal de madeira na mata nativa que resta na terra já declarada indígena.

Há várias comunidades indígenas, precariamente instaladas em barracos de lona em barranco à beira da rodovia e acampamento e sofre cerco de pistoleiros das fazendas.

Na rodovia, há atropelamento das crianças e idosos, as ameaças, as mortes, o despejo sofrido (queima de barracos), quando os fazendeiros assassinam os indígenas não há investigações sérias e/ou conclusões a respeito.

Por fim, relatamos à Presidenta da República do Brasil Dra. Dilma, a decisão da assembleia geral dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, que aguardaremos a conclusão dos relatórios da comissão criada pelo ministério da justiça e do Conselho Nacional da Justiça que o término dos relatórios das comissões está previsto para o dia 05 de agosto de 2013.

Dessa forma, relatamos e comunicamos à presidenta Dilma que antes de continuarmos da reocupação de nossas terras tradicionais reivindicadas decidimos em aguardar o relatório final da comissão do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) e do relatório da comissão do Ministério da Justiça em curso. Aguardaremos até 08 de agosto de 2013. Nos dias e 07 e 09 de agosto de 2013, ocorrerá 3ª assembleia geral dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, nos dias em que iremos discutir e avaliar os resultados de estudos das comissões mencionadas. Depois do dia 09 de agosto de 2013, discutiremos sobre a reocupação de nossas terras tradicionais. Essa é o resumo dos relatos e do documento da assembleia geral dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul que foi entregue diretamente à Presidenta da República do Brasil.


Atenciosamente,

Brasília-DF, 10 de julho de 2013.

Comissão das lideranças da assembleia geral do Mato Grosso do Sul: Aty Guasu Guarani-Kaiowá, Kadweu e Terena.

SOS Mata Atlântica - Assine a petição por um “basta ao carvão de mata nativa”!



Com informações da Frente pela Biodiversidade - A produção de carvão é atualmente um dos maiores vetores de pressão que estimulam o desmatamento em Minas Gerais e em outros Estados brasileiros. A esmagadora maioria das empresas do ramo não são autônomas na produção de carvão através de florestas plantadas e continuam a estimular a derrubada da floresta nativa.

Brecha na lei – A Lei 14.309/02 (Lei Florestal Mineira) estabeleceu um cronograma de consumo do carvão originado de florestas nativas: até o final de 2013 as empresas poderão consumir até 15% do total de carvão anual proveniente destas florestas; a partir de 2014, 10%; e de 2018, 5% – percentual que visa permitir uso de árvores nativas em casos de projetos considerados de utilidade pública, como abertura de rodovias e infraestrutura para fornecimento de água ou energia.

Porém, o cronograma da referida Lei não inclui restrição à entrada de carvão nativo de outros Estados. Assim, além de campeão de desmatamento, Minas Gerais tornou-se o grande incentivador de derrubada da Mata Atlântica nativa do Piauí, Bahia e das formações de Cerrado no Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo a Frente pela Biodiversidade, até mesmo os Estados de Santa Catarina, Paraná e a Floresta Amazônica são fonte de carvão para Minas Gerais.

Além do desmatamento, em muitos desses Estados a produção de carvão está associada a outros problemas graves como a presença de crianças trabalhando nos fornos das carvoarias e trabalho compulsório ou escravo.

Oportunidade de mudança - Esse quadro pode mudar agora, porque a Assembleia Legislativa de Minas Gerais está discutindo Projeto de Lei que modifica a Lei Florestal Mineira vigente.

Por isso, a Frente pela Biodiversidade* enviou diversas propostas à Assembleia para modificação da Lei, e entre elas está a proposta de restringir em Minas Gerais a entrada de carvão vegetal nativo originado de outros Estados.

Campanha e petição – A Frente lançou também uma campanha dar um basta no desmatamento para produção de carvão à custa da degradação ambiental e do trabalho escravo. Para os deputados se sensibilizarem com esta questão, a pressão popular é muito importante neste momento. Colabore!


Campeão de desmatamento – O Estado de Minas Gerais foi o campeão de desmatamento de Mata Atlântica quatro vezes consecutivas, de acordo com os dados mais recentes do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. No período 2011-2012, Minas foi responsável por metade do desmatamento de toda a floresta, com 10.752 hectares perdidos. No total, foram desflorestados 21.977 hectares e suprimidos 1.554 hectares de vegetação de restinga e 17 hectares de vegetação de mangue. Em junho, a SOS Mata Atlântica protocolou pedido de moratória ao governo do Estado, solicitando uma moratória durante um ano na concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa de Mata Atlântica e uma completa revisão de todas as licenças já concedidas nos últimos 24 meses. O governo de Minas Gerais anunciou que suspenderá por “tempo indeterminado” a concessão de licenças para desmatamento e que fará uma revisão das autorizações concedidas desde 2011. Para a Fundação SOS Mata Atlântica, a resposta do governo foi um avanço, mas o Estado deve definir um prazo para a moratória e apresentar os resultados das propostas anunciadas.
* A Frente pela Biodiversidade congrega 18 organizações ambientalistas não governamentais e tem a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) na sua secretaria executiva.

Terra-i - sistema para monitorar desmatamento, terá alcance global


 

Um sistema de monitoramento de desmatamento quase em tempo real em breve cobrirá todas as florestas tropicais do mundo, reportaram os pesquisadores por trás da iniciativa. O Terra-i - um projeto colaborativo entre o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) da Colômbia, The Nature Conservancy (TNC), a Escola de Negócios e Engenharia (HEIG-VD) na Suíça, e o Kings College de Londres - tem testado seu sistema na Ásia tropical, estendendo seu alcance para além de seu reduto na América Central e do Sul.

O Terra-i usa dados dos sensores do satélite Modis da NASA para avaliar as mudanças na cobertura florestal com uma resolução de 250 metros a cada 16 dias. O sistema é similar ao mecanismo de rastreamento de desmatamento quase em tempo real usado no Brasil pelo governo e pela ONG Imazon. "Agora podemos fornecer dados em tempo real sobre mudanças na cobertura da terra na América Latina e esperamos gerar resultados pan-tropicais nos próximos meses", falou Louis Reymondin, pesquisador do CIAT, ao mongabay.com.

New Fresh Data"Já que esse é o primeiro sistema em escala continental em operação e o primeiro a trabalhar fora da Amazônia brasileira, isso permite um nível similar de reporte e entendimento das mudanças na cobertura da terra para outros países, como o Brasil já faz há algum tempo."

O sistema detecta o desmatamento baseado em mudanças na intensidade de verde da vegetação natural. Ele normaliza a resposta da vegetação sazonal à chuva para reduzir falsos positivos. Os dados são então mapeados e disponibilizados para download através do www.terra-i.org. Para a América Latina, os dados estão disponíveis em nível nacional e por área protegida, ecossistema, e estado ou municipalidade.

"O Terra-i tem uma série de aplicações, tais como: monitorar a efetividade da conservação; avaliar o impacto sobre o meio ambiente da construção de novas infraestruturas como estradas; analisar a contribuição do desmatamento para as mudanças climáticas e entender os prováveis impactos do desmatamento nas populações."

O Terra-i não é o único sistema de alerta de desmatamento quase em tempo real em desenvolvimento. O Instituto de Recursos Mundiais(WRI) está dando os retoques finais no Global Forest Watch, uma ferramenta que também rastreará o desmatamento em uma base bi-semanal, enquanto oferece serviços como mapas de concessão de plantio, assim como fornece um mecanismo para usuários compartilharem fotos e relatórios de campo.

FONTE: Carbono Brasil
Publicado originalmente no Mongabay
Rhett A. Butler, do Mongabay

Equipes do InfoAmazonia e Terra-i desenvolveram mapas de cobertura florestal atualizados

Usando dados de Terra-i, e equipes do InfoAmazonia Terra-i desenvolveram atualizados mapas de cobertura florestal para a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Os resultados revelam um aumento de 24% na perda de florestas entre 2011 e 2012 e uma tendência crescente desde 2004.




Imagem InfoAmazonia e equipes de Terra-i desenvolveram mapas de cobertura florestal atualizado

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Jan Akkerman - The Seed Of God (1978) Fernando Pessoa - Fragmentos


The Seed Of God (From 'Magdalena') - Composed By – Heitor Villa-Lobos


Jan Akkerman & Claus Ogerman with Symphony Orchestra - "Aranjuez" (CBS ‎– 81843 - Vinyl, LP - Netherlands, 1978)

Fernando Pessoa - Fragmentos: (Em Busca da Beleza / Quando Tornar a Vir a Primavera - Alberto Caeiro)

"The Seed Of God" (Maestro Heitor Villa-Lobos)
Arranged By, Conductor – Claus Ogerman
Bass – Niels-Henning Ørsted Pedersen
Engineer [Guitar Dubbing] – Jan Schuurman
Engineer [Mixdown] – Joop Niggebrugge, Pieter Nieboer
Engineer [Recording] – Dick Lowzey*
Guitar – Jan Akkerman
Producer – John J. Vis, Ruud Jacobs

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Nascem mais três filhotes de Ararinha-Azul no Catar


Recém-nascido

Já são sete este ano, em centro de pesquisa no Catar

Brasília (23/07/2013) – A organização Al Wabra Wildlife Preservation, que fica no Catar, no Oriente Médio, acaba de divulgar pela imprensa mais uma vitória na preservação da ararinha azul (Cyanopsitta spixii), ave considerada extinta na natureza: o nascimento, neste mês, no seu centro de estudos, de mais três filhotes. Com isso, já são sete nesta temporada reprodutiva.

Al Wabra - Inseminação Artificial

Atualmente, existem pouco mais de 80 exemplares da ave em cativeiros no Brasil, Espanha, Alemanha e Catar. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) coordena o Plano de Ação Nacional de Conservação da Ararinha-Azul e participa das ações internacionais de tentativa de recuperação de populações da espécie.

Esse trabalho é feito por meio do Projeto Ararinha na Natureza, executado conjuntamente com a Vale, a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e os mantenedores Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), da Alemanha; criadouro Nest e Fundação Lymington, do Brasil; além da Al-Wabra, do Catar.


A ideia é ampliar o mais rapidamente possível as populações em cativeiro para fazer a reintrodução da ararinha até 2021 no sertão baiano, seu habitat natural. O problema é que a ave tem dificuldade de se reproduzir em cativeiro. Exatamente, por isso,a Al Wabra recorreu no mês passado, com sucesso e pela primeira vez no mundo, à inseminação artificial. Dois filhotes nasceram através da técnica. Dois outros já haviam nascido naturalmente.

Registro do 1º nascimento.

Al Wabra

Fundada pelo xeque Saoud Bin Mohamed Bin Ali Al-Thani, nobre do Catar apaixonado pela vida selvagem, a Al Wabra abraça a causa das ararinhas azuis desde o ano 2000. A organização tem uma fazenda de de 2,5 km², com mais de 2,5 mil animais de cerca de cem diferentes espécies. São aves, mamíferos e répteis, todos com algum grau de ameaça à sobrevivência.

O local não é aberto ao público e dedica-se à recuperação dos bichos, através do trabalho de veterinários, biólogos e tratadores. Lá os animais têm vida de rei: a alimentação é de qualidade superior, há berçário com cuidados especiais para pequenos órfãos, e até ar-condicionado para os mais calorentos e chuva artificial.

A Al Wabra adquiriu também terras no Brasil. A fazenda Concórdia, em Curaçá, Bahia, é justamente o local onde foi encontrado o ninho da última ararinha azul, em 2000. Com 2.380 hectares, deverá ser o local onde ocorrerão as primeiras reintrodução na natureza das aves nascidas no Catar.

Projeto Ararinha na Natureza

O projeto Ararinha-Azul integra várias instituições nacionais e internacionais, parcerias fundamentais para o sucesso da implementação e, consequentemente, para a sobrevivência da espécie.

O projeto é baseado no Plano de Ação para a Conservação da Ararinha-Azul, terá duração de cinco anos e visa ao população manejada em cativeiro e à recuperação e conservação do habitat de ocorrência histórica da espécie até 2017.

O início da reintrodução está previsto para 2021.


Em 2000, o último exemplar selvagem desapareceu de sua região endêmica, perto de Curaçá - BA. As causas diretas da diminuição da população foram o tráfico internacional de animais e a destruição de seu ambiente.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

BBC - A luta de biólogos brasileiros para impedir a extinção da Onça Pintada (vídeo)


*Documentário especial sobre a natureza, da britânica BBC

Nesse vídeo você vai conhecer um pouco do resultado da luta de dois biólogos que residem próximo ao Parque das Emas, em Mineiros (Anah e Leandro), que lutam para impedir a extinção da Onça Pintada no Brasil. A doação e dedicação da vida aos cuidados desses animais foi objeto desse excelente documentário elaborado pela BBC.


O casal de doutores em biologia animal Leandro Silveira e Anah de Almeida Jácomo, destaques recentes no exterior como protagonistas, (vídeo acima), de uma história que envolve três filhotes órfãos de onça-pintada e as dificuldades para a reabilitação e reintrodução na vida selvagem.

Tudo começou no ano de 1988 quando Leandro e Anah iniciaram uma série de pesquisas pioneiras com a comunidade de mamíferos carnívoros que habitam o Parque das Emas,em Goiás, reserva federal que abriga 18 das 26 espécies de mamíferos carnívoros do Brasil, muitas delas características do Cerrado, como o tatu-canastra. A onça-pintada nem constava da lista oficial de espécies no parque. "Logo descobrimos que essa era a última população de pintadas dos campos do Brasil Central. O fato de o parque estar localizado em terras de agricultura fez com que o entorno da reserva fosse rapidamente convertido em lavouras, isolando,assim, esta população." Explica Anah.

A onça-pintada ocupa diferentes ecossistemas e exerce importantes funções ecológicas para a manutenção do equilíbrio nos ambientes onde vive, porém ela está perdendo esse espaço para a expansão da agropecuária. No Brasil, está desde 2003 na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção.

Diante desse realidade, o casal decidiu se dedicar ao estudo do maior felino das Américas. Paralelamente à pesquisa científica, Leandro aprimorou a técnica fotográfica, fazendo registros inéditos em filmes, gravando cenas que seriam praticamente impossíveis de serem capturadas em poucos dias de filmagem. Anah passou também a produzir livros e a fazer documentários.

Com a parceria fortalecida, os estudos foram sendo ampliados. Não demorou e logo foi confirmado a presença de uma população de aproximadamente 12 onças circulando pela área do parque. Mas os índices sobre a vulnerabilidade dessa população começaram a ficar alarmantes, indicando que era necessário priorizar ao máximo o entendimento do seu comportamento,hábitos,presas,áreas e épocas de reprodução,etc. Com isso, vieram as parcerias com diversos institutos de pesquisadores do Brasil e do exterior.

Com a ajuda e a ampliação dos dados de pesquisa, surgiu em 2002 o instituto Onça-Pintada (IOP), organização não governamental.

Nesse trabalho minucioso, Leandro e Anah também dedicaram parte de suas jornadas para treinar novos colaboradores.


A sede do instituto, onde também para filhotes de onça pintada, fica contíguo ao território do Parque Nacional das Emas, considerado patrimônio nacional pela Unesco.

No final do ano passado, um *documentário especial sobre a natureza, da britânica BBC, mostrou a história de três onças-pintadas órfãs resgatadas às margens do rio Araguaia. Outra vez, Leandro, Anah, o filho Tiago, de 7 anos, e os três filhotes foram destaque em milhões de aparelhos de tevê mundo a fora, levando a história da onça-pintada para além-mar e ajudando a quebrar tabus sobre o maior e mais incrível felino do continente americano.


Ecologia e Conservação da Onça-Pintada na Região do Parque Nacional das Emas

Através da coleta de dados populacionais, ecológicos e epidemiológicos da espécie, o objetivo principal deste projeto é o monitoramento em longo prazo da população de onças pintadas do Parque Nacional das Emas.

A população de onça-pintada do Parque Nacional das Emas (PNE) vem sendo monitorada pelos pesquisadores do Instituto Onça-Pintada desde 1994. O PNE, localizado no bioma Cerrado, possui 1.320 km², dos quais 95% é de hábitats abertos como campos e veredas. Seu entorno é cercado por vastas plantações de soja, milho e algodão e, mais recentemente, por extensas plantações de cana de açúcar. O parque é um dos últimos refúgios para a onça-pintada nesse tipo de hábitat e abriga a última população protegida de onça-pintada da região, sendo que uma das principais ameaças locais para a espécie é o seu isolamento populacional e genético.

Apesar de existirem fragmentos de Cerrado no entorno do PNE, principalmente na região das nascentes do rio Araguaia, ainda é pouco conhecido o uso desta paisagem fragmentada sob alta pressão antrópica pela onça-pintada. Parâmetros ecológicos, demográficos, epidemiológicos, e uso desta paisagem alterada do entorno do Parque ainda são pouco conhecidas para a espécie. Neste contexto, este projeto está sendo desenvolvido com o intuito de melhorar esse conhecimento, caracterizar o estado de conservação da população de onça-pintada do PNE e monitorá-la em longo prazo.

Estima-se que a atual população de onças-pintadas no PNE inclua 30 indivíduos. Através de armadilhas fotográficas está sendo realizado um monitoramento anual desta população. A análise de fezes coletadas com auxilio de cães farejadores de fezes também permitirá o conhecimento de informações sobre dieta, genética e epidemiologia da espécie. Cinco indivíduos de onça-pintada já foram capturados no PNE, e novos esforços para captura de mais indivíduos estão sendo realizados para a colocação de radio-colares com GPS. Espera-se com o uso dessas metodologias conhecer mais sobre o uso da paisagem fragmentada no entorno do parque pela onça-pintada. Estratégias de manejo e conservação da paisagem poderão ser embasadas nestes resultados.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

As borboletas estão desaparecendo na Europa



Sumiço de metade da população de borboletas na Europa indica queda de biodiversidade

Relatório indica intensificação da agricultura como um dos principais fatores para a diminuição das borboletas na região. Mudanças climáticas também contribuíram para sumiço de metade da população desses insetos.

Nas últimas duas décadas, a população de borboletas diminuiu 50% nas regiões de pradaria na Europa – principal habitat desses insetos no continente. Essa redução indica uma perda de biodiversidade preocupante na região, segundo o relatório da Agência Europeia do Ambiente, EEA, divulgado nesta terça-feira (23/07).

A pesquisa analisou dados de 1990 a 2011 sobre 17 espécies de borboletas em 19 países europeus. Esse tipo de inseto é um indicador importante para apontar tendências para outros insetos terrestres que, juntos, formam mais de dois terços de todas as espécies do planeta. Por isso, a agência usa as borboletas como base para medir a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas na Europa.

"Essa dramática redução de borboletas de pradaria é alarmante – em geral, esses habitats estão diminuindo. Se nós não conseguirmos mantê-los, nós poderemos perder muitas espécies no futuro", ressaltou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA. Ele chama a atenção para a importância das borboletas e outros insetos na polinização. "O que eles carregam é essencial para os ecossistemas naturais e para a agricultura."

Das espécies analisadas, oito registram declíno, duas permaneceram estáveis e apenas a população de uma cresceu. O relatório não conseguiu observar a tendência das demais seis espécies examinadas.

Desaparecimento de borboletas preocupa Europa

Agricultura e abandono

Os principais fatores para essa queda é intensificação da agricultura em regiões planas e de fácil cultivo, aponta o estudo. A prática deixa a terra estéril e prejudica a biodiversidade. Outros motivos seriam o abandono de terras em áreas montanhosas e úmidas, principalmente nas regiões sul e leste da Europa, devido à baixa produtividade. "Sem qualquer forma de administração nesses locais, a pradaria será gradualmente substituída por mato e floresta", indica o relatório.

Além disso, a intensificação e o abandono também são responsáveis pela fragmentação e o isolamento das regiões remanescentes. Dessa maneira, as chances de sobrevivência das espécies locais e de recolonização em áreas onde elas foram extintas ficam reduzidas.Os pesquisadores apontam o uso de pesticidas como outro vilão – levados pelo vento, eles acabam matando as larvas desses insetos.

"O Indicador Europeu de Borboletas de Pradaria pode ser usado para avaliar o sucesso de políticas agrícolas", afirma a EEA. Segundo o relatório, o financiamento sustentável de indicadores de borboletas pode contribuir para validar e reformar uma série de políticas e ajudar a atingir a meta dos governos europeus de reduzir a perda de biodiversidade até 2020.

Pradarias estão diminuindo na Europa

Os contadores de borboletas

Estima-se que, das 436 espécies de borboletas presentes na Europa, 382 sejam encontradas em regiões de pradaria em pelo menos um país europeu. Desde de 1950, a vegetação sofre alterações devido ao uso do solo e, em alguns países, ela pode ser encontrada apenas em áreas de reserva natural atualmente.

Milhares de profissionais treinados e voluntários contribuíram para a realização do estudo: eles contaram borboletas em aproximadamente 3500 faixas de pradarias espalhadas pela Europa. Na região, o primeiro trabalho do tipo foi feito pelo Reino Unido, em 1976.

Abrolhos


Conservação Internacional (CI)


A Origem de Abrolhos


O Arquipélago dos Abrolhos começou a se formar entre 42 e 52 milhões de anos, quando erupções vulcânicas submarinas derramaram lava no fundo dos mares. Sobre esta base rochosa desenvolveram-se corais, algas calcárias e outros organismos que hoje formam o arquipélago. O fundo é formado por areia de origem biológica, com pedaços de conchas, corais etc. Há 16 mil anos, durante o auge da última grande era glacial, o nível do mar se encontrava 130 metros abaixo do atual. Acredita-se que parte da plataforma de Abrolhos tenha permanecido submersa durante este período, o que permitiu a sobrevivência dos corais. A região seria, assim, um dos "reservatórios" de corais do mundo, de onde teriam-se irradiado para outros locais, quando as águas subiram novamente.

Chapeirões

Os recifes de coral estão entre os mais ricos ecossistemas existentes no mundo. A região dos Abrolhos possui a principal formação de corais do Atlântico Sul e entre suas principais atrações estão os chapeirões. São colunas de coral de até 20 metros de altura que se erguem abruptamente do fundo e se abrem em arcos perto da superfície, podendo chegar a 50 metros de diâmetro, como imensos cogumelos submarinos. As águas, sempre mornas e de coloração azul-turquesa, escondem estes verdadeiros condomínios, onde habita uma infinidade de seres marinhos. A principal espécie formadora dos chapeirões é o coral-cérebro, que só ocorre na Bahia. Mas, além desta, outras 15 espécies de corais formadores de recifes ocorrem nos Abrolhos. Nos recifes mais próximos da costa, os chapeirões ficam tão perto uns dos outros que acabam unindo-se, formando verdadeiras plataformas.


Ecos do passado

No século XVI, quando um navegador se aproximava de um pequeno arquipélago na costa sul da Bahia, recebia o aviso: "abra os olhos". Os inúmeros corais existentes na região dificultavam a navegação e eram responsáveis por frequentes acidentes e naufrágios. A advertência acabou batizando o arquipélago de Abrolhos, que se tornou o primeiro Parque Nacional Marinho da América do Sul. Das cinco ilhas que formam o arquipélago Siriba, Redonda, Guarita, Sueste e Santa Bárbara somente esta última fica fora do Parque e pertence à Marinha do Brasil. Devido aos vários acidentes, em 1861 foi instalado um farol na Ilha de Santa Bárbara, cuja estrutura é de ferro inglês, e as lentes e maquinário, franceses. Até algumas décadas atrás, o farol ainda funcionava movido a querosene. Hoje, sua iluminação é elétrica e tem um alcance de 32 milhas náuticas.

Com sua instalação, os marinheiros ficaram mais aliviados, mas seus problemas não acabaram. Apesar de estar localizado fora das rotas de navegação, alguns cargueiros deixaram suas marcas no arquipélago. Um deles foi o Rosalina, que naufragou em 1939 no Parcel dos Abrolhos, levando a pique sua carga de cimento e cerveja escandinava. Hoje em dia, o navio é habitado por uma infinidade de seres marinhos e visitado constantemente por mergulhadores.

Além do arquipélago, o Parque inclui dois grandes blocos de recifes de corais: o Parcel dos Abrolhos e o Recife das Timbebas. Este último foi incluído na área protegida pelo Ibama, por ser um dos bancos de recifes mais ricos da região. Sua diversidade, aliás, é o seu maior atrativo. O naturalista inglês Charles Darwin, em 1832, durante sua viagem "em busca da origem das espécies", passou por Abrolhos e ficou intrigado com o que viu: pela sua descrição, devem ter sido ctenóforos, parentes das águas-vivas, boiando, aos montes, nas águas quentes da região.


Ambiente insular

Ilhas são ecossistemas terrestres isolados do continente e cercados de água por todos os lados. Este fato as torna especiais, justamente devido ao seu isolamento: a biodiversidade varia conforme a área, a idade, a distância entre o continente e/ou ilhas vizinhas e a diversidade de hábitat da própria ilha e da fonte colonizadora (continente e/ou ilhas vizinhas). Cada ilha possui uma comunidade própria e única, adaptada e eficiente em seu ambiente, que está sujeita à competição, e à consequente extinção, toda vez que se quebra o isolamento que a protege.

Assim, são ambientes propícios à especiação (aparecimento de novas espécies) e contam com grau acentuado de endemismos (espécies que só ocorrem naquele local). Em geral, os grupos de animais terrestres mais comuns em ilhas são os insetos, crustáceos, aranhas, aves e répteis. Praticamente não há mamíferos terrestres e anfíbios em ilhas oceânicas. Apesar de Abrolhos ser formado por ilhas costeiras localizadas sobre a plataforma continental, estas se comportam como ilhas oceânicas, pela distância em que estão da costa.


Bichos e plantas

A vegetação das ilhas restringe-se a umas poucas espécies de plantas baixas, na maioria gramíneas e ciperáceas. Existem também alguns coqueiros plantados. O solo pouco profundo e ausência de água doce são dois fatores limitantes para a ocorrência de vegetação de maior porte. A fauna terrestre também não é abundante, mas lagartos vivem muito bem por aqui. Juntamente com os primeiros cargueiros que aportaram no arquipélago, vieram os ratos e as aranhas-caranguejeiras, que acabaram se adaptando ao local. O arquipélago abriga ainda grande variedade de aves marinhas atraídas pela farta alimentação. O piloto (ou atobá) é a ave mais abundante e faz seus ninhos sobre o solo. Outras espécies são Benedito, o atobá-marrom, a elegante grazina com sua cauda comprida, a fragata e o trinta-réis-das-rocas. A tartaruga-cabeçuda procura suas praias para desovar. Debaixo da água, a vegetação é rica. As algas marinhas crescem sobre o fundo de areia, compondo, juntamente com as gorgôneas, o que se pode chamar de “pradarias submarinas”. Algas calcárias formam grande parte dos recifes em franja ao redor da Ilha de Santa Bárbara. As formações coralinas hospedam inúmeras espécies: peixes pequenos, grandes, listrados, achatados e coloridos. Dos sargentinhos aos badejos-quadrados, dos cardumes de agulhinhas aos budiões-azuis, das estrelas às lulas, das esponjas aos caranguejos, a fauna marinha encanta os visitantes pela diversidade de formas e cores.

TV Cultura - Parque Nacional de Abrolhos

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos 



Área: 913 km2, sendo 110 no Recife das Timbebas.
Atitude: de 0 a 36 metros
Criação: abril de 1983
Ecossistemas: insular e marinho.
Estado: Bahia
Pais: Brasil

O arquipélago de Abrolhos é formado por cinco ilhas, porém, só é permitido o desembarque e visita em uma delas, a Siriba. As maiores atrações, portanto, ficam na água. Nos mergulhos pode-se apreciar os recifes e toda a fauna marinha. A observação de baleias jubarte é a grande diversão dos passeios de barco.

Ilha Siriba – Única do Parque aberta aos visitantes, ao desembarcar percorre-se uma *trilha de 1.600 metros que circunda a ilha. Centenas de pequenas conchas e corais se acumulam na ponta sudoeste da ilha, formando uma espécie da praia. A outra extremidade é formada por piscinas naturais que abrigam peixes coloridos e caramujos. Uma grande quantidade de pilotos procura a Siriba para fazer seus ninhos.

Ilha Guarita – É a menos do Parque e repleta de pedras arredondadas que parecem pintadas de branco. Na realidade, esta cor é originada das fezes das inúmeras aves que vivem no local, como o Benedito, que elegeram a ilha para pouso e procriação.

Ilha Redonda – A mais alta de todas, só perde para a Santa Bárbara, que se encontra fora dos limites do Parque. Possui encostas abruptas onde fragatas costumam fazer seus ninhos. Durante o verão, recebe a visita das tartarugas-cabeçudas para a desova.

Ilha Sueste –A mais distante do arquipélago encontra-se a 1.300 m da Siriba é também a mais preservada, justamente pela dificultada de acesso. A ausência do homem na ilha permite que as aves marinhas espalhem seus ninhos por quase todos os cantos.

Naufrágio Rosalinda – A popa está a 20 metros de profundidade, mas a proa aflora na superfície na maré baixa, oferecendo boas oportunidades para mergulho livre e autônomo. Espie pelas escotilhas e “suba” a escada no convés. Cuidado com as correntes, que costumam ser muito fortes no local. 


Enseada da Ilha Santa Bárbara – Um dos principais pontos de mergulho do Parque, permite a observação de badejos e budiões que, acostumados com a presença humana, se aproximam dos mergulhadores.

Pradaria Siriba – Redonda – Localizada entre as ilhas Siriba e Redonda, é uma área rasa, de fundo arenoso, onde são encontrados cabeços de coral em profusão. Por aqui também passeiam cardumes de peixes-cirurgiões e os enormes e folgados badejos-quadrados. Olhando com atenção, dá para ver as raias manteiga e treme-treme enterradas na areia.

Cavernas da Siriba – As cavidades no paredão da Ilha Siriba atraem vários peixes, que as utilizam como abrigo. Aqui podem ser vistos caramurus (ou mareias-verdes), peixes-frade e o colorido frade-real ou ciliaris.

Recife de Timbebas – Incluído na área do Parque, mas distante do arquipélago, o recife fica visível na maré baixa e é um ótimo ponto para mergulho livre. Peixes de todas as cores e formatos podem ser vistos no local, onde grandes leques de coral-de-fogo são encontrados.

Arquipelago de Abrolhos recebe a visita das baleias Jubarte

*Trilha da Ilha Siriba



A única trilha existente no Parque contorna a Ilha Siriba, permitindo observar suas formações rochosas. O mais interessante, no entanto, é a possibilidade de ver de perto os ninhos dos atobás.

Ao todo, a caminhada tem 1.600 metros de extensão. Dependendo da maré, não é possível contornar toda a ilha, pois as ondas quebram sobre as rochas, tornando o passeio perigoso. Aqui é obrigatório estar acompanhado de um guia, que vai mostrando flora, fauna e geologia locais. Andar pelo interior da ilha é proibido, devido justamente à presença das aves marinhas e seus ninhos no local.

Não deixe de dar uma espiada nas piscinas naturais, onde uma infinidade de seres marinhos dá vida à rocha escura.

É bom lembrar:

O sol forte da Bahia exige chapéu e protetor solar o tempo todo.
Uma máscara de mergulho com respirador é essencial. As águas claras convidam para um mergulho a todo instante.

É interessante ter sempre vários filmes extras à mão, pois não há onde comprá-los no Arquipélago.
Uma sandália confortável para caminhar - daquelas com velcro - ou tênis são necessários para a trilha da Siriba.

Preste atenção às correntes marinhas e às ondas, o mar pode estar só para os peixes!
A melhor época para mergulhos vai de dezembro a fevereiro, quando o mar está mais transparente. De julho a novembro é a temporada das baleias jubarte.


Abrolhos, Brazil - Conservation International (CI)

Projeto Abra os olhos para a ciência - Abrolhos

Confira a lista das 10 florestas mais ameaçadas do mundo



Um estudo divulgado em fevereiro deste ano, pela *ONG Conservação Internacional, (dirigida por Harrison Ford), dedicada à conservação e utilização sustentada da biodiversidade, listou as 10 florestas mais ameaçadas do mundo. São regiões, chamadas de "hotspots de biodiversidade", áreas de extrema riqueza biológica, com alto índice de espécies endêmicas (que só são encontradas naquela região) sob risco de extinção ou altamente degradadas.

No caso dos 10 hotspots florestais mais críticos, todos perderam já 90% ou mais da cobertura original e abrigam pelo menos 1,5 mil espécies de plantas endêmicas. E também estas regiões armazenam mais de 25 gigatons de carbono, o que abranda os efeitos da mudança climática.

A Terra é coberta por apenas 30% de área florestal, que abriga 80% da biodiversidade terrestre mundial. Cerca de 1,6 bilhão, também garantem seu sustento através das florestas, dado estimado pela Conservação Internacional. Outro adendo importante é que a área florestal é o mais importante reservatório de água doce do planeta.

Situação:

1º lugar: Regiões da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico)


Os rios e pântanos desse hotspot são extremamente importantes para a conservação de aves, tartarugas e peixes de água doce, incluindo alguns dos maiores peixes de água doce do mundo. Os ecossistemas aquáticos estão sob intensa pressão de fatores de destruição em muitas áreas da Indo-Birmânia (região que compreende Mianmar, Camboja, Vietnã, Tailândia, Laos, um pedaço da China e da Índia), como a destruição de áreas alagáveis de planícies aluviais de água doce pelo cultivo de arroz e rios sendo represados para gerar eletricidade. Hoje subsistem apenas 5% do habitat original.

2º lugar: Nova Zelândia (Oceania)


Um arquipélago montanhoso uma vez dominado pelas florestas temperadas, a Nova Zelândia é uma terra de paisagens variadas e abriga extraordinários índices de espécies endêmicas, incluindo seu representante mais famoso, o kiwi. Nenhum de seus mamíferos, anfíbios ou répteis é encontrado em outro lugar do mundo. Com o impacto da vinda dos europeus, trazendo centenas de espécies de ervas daninhas invasoras, somado ao da caça e da destruição de habitats, há apenas 5% do habitat original do arquipélago.

3º lugar: Florestas de Sunda, na Indonésia, Malásia e Brunei (Ásia-Pacífico)


O hotspot de Sunda cobre a metade ocidental do arquipélago Indo-Maláio, um arco de cerca de 17 mil ilhas equatoriais, dominado pelas duas maiores ilhas do mundo: Boréo e Sumatra. Suas espetaculares flora e fauna estão sucumbindo devido ao crescimento explosivo da indústria florestal e do comércio internacional de animais que consome tigres, macacos e espécies de tartarugas para alimentos e remédios em outros países. Populações de orangotangos, encontradas apenas nessas florestas, estão em dramático declínio. Hoje, apenas cerca de 7% da extensão original da floresta permanecem mais ou menos intactos.

4º lugar: Filipinas (Ásia-Pacífico)


Mais de 7.100 ilhas estão dentro das fronteiras do hotspot das Filipinas, identificado como um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Diversas espécies endêmicas estão confinadas a fragmentos de florestas que cobrem apenas 7% da extensão original do hotspot. Isso inclui cerca de 6 mil espécies de plantas e diversas espécies de aves tais como a águia das Filipinas (Pithecophaga jefferyi), a segunda maior águia do mundo. As florestas filipinas são também uma das áreas em maior perigo de destruição. Historicamente devastadas pela atividade madeireira, os hoje poucos remanescentes estão sendo dizimados pela agricultura e para acomodar as necessidades da alta taxa de crescimento populacional e severa pobreza rural do país. O sustento de cerca de 80 milhões de pessoas depende principalmente de recursos naturais provenientes das florestas.

5º lugar: Mata Atlântica (América do Sul)

A foto mostra Foz do Iguaçu, município brasileiro localizado no extremo oeste do Estado do Paraná.

A Mata Atlântica se estende por toda a costa atlântica brasileira, alongando-se para partes do Paraguai, Argentina e Uruguai, incluindo também ilhas oceânicas e o arquipélago de Fernando de Noronha. A Mata Atlântica abriga 20 mil espécies de plantas, sendo 40% delas endêmicas, ou seja, restritas a essa região. Ainda assim, menos de 10% da floresta permanece de pé. Mais de duas dúzias de espécies de vertebrados ameaçadas de extinção – listadas na categoria “Criticamente em Perigo” - estão lutando para sobreviver na região, incluindo micos-leões-dourados e seis espécies de aves que habitam uma pequena faixa da floresta no Nordeste. Começando com o ciclo da cana-de-açúcar, seguido das plantações de café, a região vem sendo desmatada há centenas de anos. Agora, a Mata Atlântica está enfrentando pressão por conta da crescente urbanização e industrialização do Rio de Janeiro e São Paulo. Mais de 100 milhões de pessoas, além da indústria têxtil, agricultura, fazendas de gado e atividade madeireira da região dependem do suprimento de água doce desse remanescente florestal.

6º lugar: Montanhas do sudoeste da China (Ásia)


As Montanhas do Centro-Sul da China apresentam uma ampla gama de habitats incluindo a flora temperada com a maior taxa de endemismo no mundo. O ameaçado panda gigante (Ailuropoda melanoleuca), que pode chegar a até 1,80 m de altura e é quase totalmente restrito a essas pequenas florestas, é a bandeira da conservação da região. Essas montanhas também alimentam a maioria dos sistemas hídricos da Ásia, incluindo diversas ramificações do rio Yangtze. O Rio Mekong corta a província de Yunnan e o Laos, o Camboja e o Vietnã em seu curso até o mar do sul da China. O Nujiang atinge o Oceano Índico pela província de Yunnan e Burma. As atividades ilegais de caça, coleta de lenha e pastagem são algumas das principais ameaças à biodiversidade da região (que inclui o panda vermelho, na foto). A construção de barragens está sendo planejada em todos os rios principais da floresta, o que deve afetar os ecossistemas e a subsistência de milhões de pessoas. Ao todo, apenas cerca de 8% da extensão original do hotspot permanecem em condições inalteradas.

7º lugar: Província Florística da Califórnia (América do Norte)


A Província Florística da Califórnia é uma zona de clima do tipo mediterrâneo, que possui altos índices de plantas endêmicas. É o lar da sequoia gigante, o maior organismo vivo do planeta (pode viver por mais de mil anos), e alguns dos últimos condores da Califórnia, a maior ave da América do Norte. É o local de maior reprodução de aves dos Estados Unidos. Diversas espécies de grandes mamíferos antes encontrados nesse local estão extintas, incluindo o urso cinzento (Ursus arctos), que aparece na bandeira da Califórnia e tem sido símbolo do Estado há mais de 150 anos. A vasta destruição causada pela agricultura comercial é uma grande ameaça para a região, que gera metade de todos os produtos agrícolas utilizados pelos consumidores dos EUA. O hotspot é também fortemente ameaçado pela expansão de áreas urbanas, poluição e construção de estradas, o que tornou a Califórnia um dos quatro estados mais ambientalmente degradados do país. Hoje, apenas cerca de 10% da vegetação original permanecem mais ou menos intacta.

8º lugar: Florestas Costeiras da África Oriental (África)


Apesar de pequenos e fragmentados, os remanescentes que formam as Florestas Costeiras da África Oriental contêm níveis extraordinários de biodiversidade. As 40 mil variedades cultivadas da violeta africana, que formam a base de um comércio global de folhagens que movimenta US$ 100 milhões anualmente, são todas derivadas de um punhado de espécies encontradas nas florestas costeiras da Tanzânia e do Quênia. Os primatas são espécies-símbolo da região, como o Colubus Vermelho de Zanzibar, que é uma atração turística importante. A expansão agrícola continua sendo a maior ameaça para as Florestas Costeiras da África Oriental. Devido à pobre qualidade do solo e a uma tendência de crescimento populacional, a agricultura de subsistência, assim como as fazendas comerciais, continua a consumir mais e mais dos recursos naturais da região, com apenas 10% restante das florestas originais.

9º lugar: Madagascar e ilhas do Oceano Índico


Este hotspot é um exemplo vivo da evolução de espécies em isolamento. Apesar da proximidade com a África, as ilhas não compartilham quaisquer dos grupos típicos de animais do continente vizinho. Ao invés disso, elas contêm uma exuberante coleção única de espécies, com altos níveis de endemismo. Madagascar e o grupo de ilhas vizinhas possuem um total impressionante de oito famílias de plantas, quatro famílias de aves e cinco famílias de primatas que não existem em nenhum outro lugar da Terra. As mais de 50 espécies de lêmures de Madagascar são os carismáticos embaixadores para a conservação da ilha, embora diversas espécies já tenham entrado em extinção. Em uma área que é das mais prejudicadas economicamente no mundo, a alta taxa de crescimento populacional está colocando uma enorme pressão sobre o ambiente natural. A agricultura, a caça e a extração não sustentável de madeira, além da mineração em grande e pequena escalas, são ameaças crescentes. Estima-se que restam apenas 10% do habitat original.

10º lugar: Florestas de Afromontane


As montanhas do hotspot de Afromontane Oriental são dispersas ao longo da extremidade oriental da África, desde a Arábia Saudita ao norte até o Zimbábue ao sul. Embora geograficamente dispersas, as montanhas que compreendem a região possuem flora extraordinariamente similar. O Vale do Rift abriga mais mamíferos, aves e anfíbios endêmicos do que qualquer outra região da África. O evento geográfico que criou as montanhas desse hotspot também gerou alguns dos mais extraordinários lagos do mundo. Devido aos grandes lagos, um grande montante de diversidade de peixes de água doce pode ser encontrado na região, que é o habitat de 617 espécies endêmicas. Assim como na maioria das áreas tropicais, a principal ameaça a essas florestas é a expansão da agricultura, especialmente com grandes plantações de banana, feijão e chá. Outra ameaça relativamente nova, que coincide com o aumento da população, é o crescente mercado de carne. Hoje, apenas 11% de seu habitat original permanecem intacto.

Segundo Edward O. Wilson, professor da Universidade de Harvard e uma das maiores autoridades mundiais em biodiversidade, as atividades humanas poderão ser responsáveis pelo desaparecimento de cerca de 20% das espécies nos próximos 30 anos. Se isso ocorrer, haverá a maior extinção de espécies no planeta, comparável apenas à ocorrida há 65 milhões de anos, quando teve fim a era dos dinossauros.

Paixão pela Floresta

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A Conservação Internacional (CI) é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987 com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global – amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. 

A missão da Conservação Internacional (CI) é promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza - nossa biodiversidade global - amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo.

Como uma organização global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de uma unidade avançada em iCaravelas-BA. Para mais informações sobre os programas da CI no Brasil, visite www.conservacao.org, o Twitter @CIBrasil e o Facebook http://www.facebook.com/ConservacaoInternacional.





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