Todos pela Natureza!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Projeto Rebimar - Recifes Artificiais

A Instalação de Boias Oficiais para identificar 
corais artificiais do Programa REBIMAR 


Programa REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha)

Recifes Artificiais

Recife artifcial é o termo utilizado para designar um conjunto de estruturas, normalmente de concreto, colocadas propositalmente no fundo do mar para serem colonizadas pela comunidade biológica que vive no meio aquático, a exemplo do que ocorre nos cascos de embarcações, plataformas e pilares de trapiches, que ficam em contato com a água do mar.

Como num recife natural, essas estruturas passam a ser cobertas por uma grande variedade de organismos, como algas, hidróides, briozoários, esponjas, corais e vermes marinhos.


Com o tempo, esses organismos promovem o aparecimento de uma comunidade recifal, que atraem lagostas, caranguejos, ouriços, e anfípodas, bem como milhares de larvas de peixes. Isto acontece pela oferta de uma superfície sólida para fixação, refúgio e alimentação.

Várias espécies que se utilizam dos recifes artificais, possuem interesse econômico tanto para a pesca artesanal e esportiva, como para o mergulho recreativo. Algumas podem ser encontradas ao longo do ano, outras são sazonais ou visitantes ocasionais.

Monitoramento dos Recifes Artificiais

23-08-2010 - Monitoramento ROV (8)

Em cada setor da área de implantação do projeto são realizadas vistorias subaquáticas trimestrais com auxílio de um veículo submarino remoto, chamado de ROV (remotely operated vehicle). Este aparelho é controlado por uma pessoa a bordo de uma embarcação, e é munido de uma filmadora para registrar a posição dos recifes artificiais. Além do ROV, também serã realizadas inspeções complementares por mergulhadores. Os resultados dessas vistorias servirão de subsídios para reposições e re-arranjos das estruturas.

Confira abaixo imagens de experiencias com recifes artificiais em diversas partes do mundo:




REBIMAR realiza reuniões comunitárias


O coordenador de Socioeconomia e Pesca, Guilherme Caldeira, informa os pescadores sobre o andamento do REBIMAR.

Neste mês, as comunidades pesqueiras de Pontal do Paraná, envolvidas com o REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha), recebem a visita de integrantes da Associação MarBrasil. Entre elas estão Barrancos, Canoas, Praia de Leste, Carmery, Olho D’água, Shangri-lá, Ipanema, Guapê, Atami e Vila Nova. As comunidades são convidadas a participar por meio de cartazes que são distribuídos em cada local.

O objetivo das reuniões comunitárias é levar informações sobre os resultados das pesquisas já realizadas nos recifes artificiais e fornecer recomendações a respeito do uso responsável destas áreas. Além disso, são mostrados os vídeos subaquáticos dos recifes para o público visualizar como essas estruturas estão instaladas e os peixes que frequentam a região. Os pescadores artesanais também dão sugestões sobre o Programa e propõem algumas ações.



Atentos, pescadores do balneário de Barrancos ouviram e deram sugestões.

Para Guilherme Caldeira, coordenador de Socioeconomia e Pesca da Associação MarBrasil, existem duas boas razões para incluir os pescadores no andamento do Programa. “Primeiro, porque a costa paranaense é o ambiente de trabalho dos pescadores e, por isso, eles são diretamente afetados pelo projeto. Segundo, porque eles conhecem muito sobre a pesca e os ambientes marinhos da região onde o projeto está implantado. A combinação entre o conhecimento tradicional dos pescadores e o conhecimento científico certamente traz bons resultados”, explica.

O pescador Florismar Santana da Silva, conhecido como “Fico”, um dos representantes da comunidade de Barrancos, conta que os recifes do REBIMAR têm trazido benefícios para suas atividades. “Os recifes só trazem o bem para nós, porque já conseguimos pescar bastante. Vendo os vídeos eu não imaginava que tinha tantos peixes assim. Como representante, eu gosto de trabalhar com o projeto e me sinto privilegiado”.

Recifes Artificiais

Associação MarBrasil comemorou 8 anos em 15/08/2012

Há oito anos atrás, a organização dava os seus primeiros passos rumo à conservação dos ambientes costeiros do Paraná e de todo o país e, agora, já pode comemorar algumas conquistas.

Desde 2004, graças a dedicação de todos os funcionários, são idealizados e colocados em prática diversos projetos. O primeiro deles foi o PREAMAR em seguida vieram o PROMERO, o Projeto Caiçara, Abrindo os Olhos para a Natureza, Intermar, Maricultura em MarAberto, ProToninhas, Projeto Currais e o REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha).

Podemos afirmar que, com o desenvolvimento de todas essas iniciativas, a MarBrasil tem cumprido seu papel de incentivadora no processo de valorização do litoral brasileiro e de todas as riquezas que aqui se encontram.

A Associação MarBrasil é uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, fundada por profissionais de competência científica, técnica e administrativa. A Associação Mar Brasil foi criada para buscar soluções visando harmonizar o desenvolvimento do litoral paranaense e brasileiro. 

Jornalista Responsável: Gabriela Perecin (DRT 8968/PR)

Paraíso dos agrotóxicos



O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de insumos químicos para agricultura. Substâncias já proibidas em vários países encontram mercado fértil em terras brasileiras.

Cada dólar gasto com a compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em tratamentos de saúde. Apesar das evidências, o Brasil faz pouco caso das dívidas sociais e ambientais dos agroquímicos. 

O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pujante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior consumidor deagrotóxicos do planeta. Balança comercial tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de taiscommodities – que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialismo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados nos cálculos do comércio internacional?

“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas.

“Ao final das contas, quem paga pela intoxicação dos trabalhadores e pela contaminação ambiental é a sociedade”, afirma Soares. Em seu melhor economês, ele garante que as “externalidades negativas” de nosso modelo agrário continuam de forados cálculos.

Segundo o economista do IBGE, que recentemente estudou propriedades rurais no Paraná, cada dólar gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos 1,28 dólar em futuros gastos com a saúde de camponeses intoxicados.

Mas este é um valor subestimado. Afinal, Soares contabilizou apenas os custos referentes a intoxicações agudas. Levando-se em conta os casos crônicos, acrescidosda contaminação ambiental difusa nos ecossistemas, os prejuízos podem atingir cifras assustadoramente maiores. “Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”, diz.

“Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”

Seja na agricultura familiar, seja nas grandes propriedades rurais, “os impactos dosagrotóxicos na saúde pública abrangem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais”, afirma dossiê publicado em abril pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entidade que reúne pesquisadores de diversas universidades do país.

Milhares de casos de contaminação são registrados todos os anos pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, gerido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada 50 quadros de intoxicação por agrotóxico no mundo, apenas 1 é notificado.

Não são apenas agricultores e suas famílias que integram grupos de risco. Todos os milhares de profissionais envolvidos no comércio e manipulação dessas substâncias são potenciais vítimas. E, além deles, “todos nós, diariamente, a cada refeição, ingerimos princípios ativos de agrotóxicos em nossos alimentos”, garante a médica Raquel Rigotto, da Universidade Federal do Ceará (UFC). O agricultor Jeferson Matias da Rosa, de Boa Vista das Missões (RS), reafirma: “Hoje, todo mundo come veneno”.

Nenhuma novidade até aqui. O que nem todos sabem é que o Brasil é destino certo para insumos agroquímicos que, por elevados graus de toxicidade, já foram banidosem diversos países.

Veneno nosso de cada dia

Estão registrados no mercado brasileiro 434 ingredientes ativos, que, combinados, resultam em pelo menos 2.400 formulações de agrotóxicos amplamente utilizadas em nossas lavouras. O cardápio é eclético: inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscidas, formicidas e por aí vai – os responsáveis pela regulação e controle de tais produtos são os ministérios da Saúde (MS), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Meio Ambiente (MMA).


Até junho deste ano, era permitida no país a comercialização do metamidofós, poderoso genotóxico e neurotóxico usado principalmente em plantações de alface e tomate e proibido na Europa, China, Índia e Indonésia. (foto: Josa Júnior/ Flickr – CC BY-NC 2.0)

Das 50 substâncias mais usadas em terras brasileiras, 24 já foram banidas nos Estados Unidos, Canadá, Europa e, algumas, mesmo na Ásia. Atualmente, apenas 14 delas estão em processo de reavaliação pela Anvisa – procedimento que se arrasta desde 2008.

Alguns notórios destaques: o endossulfam, amplamente utilizado em culturas de soja, café, algodão e cacau, é sucesso de vendas no Brasil. Se as previsões da Anvisa se concretizarem, seu uso será banido – como já é em 45 países – até 31 de julho de 2013. É um provável desregulador endócrino, responsável também por danos irreparáveis ao sistema reprodutivo.

A cihexatina, empregada até muito recentemente em plantações de café, laranja, maçã, morango e pêssego, também entrou para a lista negra da Anvisa, e foi proibida somente no final de 2011. Carcinogênica e neurotóxica, a substância é ilegal na Austrália, China, Japão, Tailândia, Líbia, Paquistão, Canadá e Estados Unidos. 

“É inaceitável que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do planeta”

Não menos emblemático é o caso do metamidofós, poderoso genotóxico e neurotóxico, já proibido na Europa, China, Índia e Indonésia. Usado principalmente em plantações de alface e tomate, sua comercialização, por aqui, só foi proibida em junho último.

Os demais 11 produtos na mira da Anvisa estão devidamente elencados no relatório da Abrasco, disponível no sítio da instituição – que lançou, recentemente, em parceria com a Fiocruz e dezenas de instituições pelo Brasil afora, o Abaixo-assinado por banimento de banidos. A ideia é cobrar do governo federal a proibição dos princípios ativos já vetados em outros países. “É inaceitável que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do planeta”, lê-se no documento.

Pelo banimentos dos agrotóxicos já banidos em outros países
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançou um abaixo-assinado em que exige o banimento, pelo governo brasileiro, de toda importação, produção e comercialização de 14 agrotóxicos e substâncias já proibidas em vários países do exterior. Clique aqui para assinar o abaixo-assinado online.

Censo da Vida Marinha: Morte dos Oceanos? (BBC)

legendado

Censo da vida marinha

Durante 10 anos, quase três mil cientistas de todo o mundo, inclusive do Brasil, mapearam as espécies que habitam os oceanos do planeta. Para falar sobre esse trabalho, o Estúdio CH recebe um dos cientistas brasileiros envolvidos no projeto, a bióloga Lúcia de Siqueira Campos, da UFRJ.

Em entrevista a Fred Furtado, a pesquisadora do Departamento de Zoologia da UFRJ fala sobre os fatores que motivaram a realização do censo. Segundo ela, é preciso ampliar o conhecimento sobre a vida marinha para garantir sua preservação. Embora ocupem a maior parte da superfície da Terra, os oceanos têm hoje – mesmo após o mapeamento – menos de 1% de sua área estudada.
Os oceanos têm hoje menos de 1% de sua área estudada

Campos conta que o foco central do censo foi avaliar o que existiu nos oceanos, agregar dados novos e atuais e, com essas informações passadas e presentes, tentar predizer o que poderá viver nesse ambiente no futuro. Esse levantamento da vida marinha, segundo ela, incluiu todo tipo de organismo, desde micróbios até predadores de teias alimentares – como aves e mamíferos –, além de invertebrados.

A bióloga, um dos dez cientistas brasileiros que coordenaram projetos do censo, apresenta alguns resultados, como as descobertas de milhares de novas espécies e de ambientes profundos nunca antes vistos. Ela fala ainda sobre a participação do Brasil no levantamento e as próximas etapas do trabalho.

Clique abaixo para ouvir a entrevista completa.

Duração da faixa: 12:51 (mm:ss)

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