Todos pela Natureza!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Chevron na Amazônia: 'Limpe Já!' - Apoio aos povos da floresta do Equador

"CHEVRON 26 anos poluindo a Amazônia"



Agência Brasil | Brasília
Empresa norte-americana Chevron 
é multada no Equador por poluição
A Justiça do Equador multou a gigante petrolífera norte-americana Chevron em um valor que pode chegar a 8 bilhões de dólares (13 bilhões de reais) por danos causados pela poluição de uma área da floresta amazônica equatoriana. A Texaco, que se fundiu com a Chevron em 2001, é acusada de ter derramado 68 bilhões de litros de materiais tóxicos em fossas e rios amazônicos no Norte do Equador – no período de "1972 a 1992". 
Em um comunicado, a Chevron disse que vai recorrer da multa, que considerou “ilegítima”. Segundo a empresa, a sentença foi “resultado de fraude e contrária a provas científicas legítimas”. A empresa não confirmou se a multa chega a 8 bilhões de dólares, mas informou que estava “tentando decifrar” a sentença... 


Escrito por "Lua Estrela"
Índio Equatoriano 
Caros amigos, 
A Chevron, gigante do petróleo poderá perder um processo histórico por despejar lixo tóxico na Amazônia -- vamos ajudar o povo da floresta a vencer nos tribunais da opinião pública e da lei. Ajude a pressionar o novo CEO da Chevron a reparar os danos ambientais causados e acabar com o lobby sujo: 
Assine a petição 
Uma longa batalha judicial entre a Chevron e o corajoso povo indígena da Amazônia Equatoriana está quase chegando ao fim. Os indígenas vem tentando conseguir uma resposta da multinacional em relação aos bilhões de galões de substâncias tóxicas despejadas na floresta. 
Se a Chevron for obrigada a pagar bilhões em danos, o caso irá sinalizar o fim da impunidade para empresas poluidoras do mundo todo. Com uma perda iminente, a Chevron lançou uma agressiva campanha de lobby para abafar o processo . 
O novo CEO da Chevron, John Watson, sabe que a marca da empresa está ameaçada – então vamos fazer a nossa parte! Assine a petição pedindo para o Watson e a Chevron limparem a sujeira que deixaram no Equador. A petição será entregue a eles, aos acionistas a à mídia americana: 
Clique no link  para agir agora: http://www.avaaz.org/po/chevron_toxic_legacy/?vl 
Nos últimos anos, processos civis como este têm ajudado a mudar as políticas de algumas das maiores corporações do mundo. No entanto, a maior parte das multinacionais de petróleo gasta milhões de dólares todo ano em lobby e relações públicas para mudar leis ambientais e negar suas responsabilidades ambientais e de direitos humanos – e a Chevron é uma das piores. 
De 1964 a 1990, a Texaco, pertencente à Chevron, despejou bilhões de galões de lixo tóxico na Amazônia Equatoriana e depois foi embora. Encarando uma derrota nos tribunais, a Chevron tem feito uso de seu poderoso lobby e departamento de relações públicas para intimidar seus críticos a ficarem em silêncio e se esquivar da culpa pelo enorme desastre ambiental e humano causado pela empresa. 
A Chevron disse várias vezes que se recusa a pagar pela limpeza da região, mesmo obrigados pelo tribunal, dizendo que lutarão até o fim. A sua última estratégia: pressionar o governo dos Estados Unidos a obrigar o governo equatoriano a abandonar o caso 



Nós não podemos permitir que a Chevron esculache a justiça – vamos gerar um apoio em massa aos povos da floresta , ajudando-os a ganhar esta batalha. Clique aqui para assinar a petição e ajudar a entregar pessoalmente esta mensagem ensurdecedora ao novo chefe executivo da Chevron:  
Cidadãos do Equador e ao redor do mundo estão se unindo contra uma das empresas mais sujas do mundo. Se ganharmos, isso será mais um passo para um futuro de responsabilidade corporativa, de direitos humanos e ambientais. Vamos juntar nossas vozes e divulgar essa campanha! 
Com esperança e determinação, 
Luisa, Paula, Benjamin, Pascal, Paul, Alice, Ricken, Graziela e toda a equipe Avaaz 
P.S. Essa campanha faz parte de uma iniciativa maior liderada pela Amazon Watch, Rainforest Network e outros aliados de direito ambiental e de direitos humanos ao redor do mundo. Saiba mais: http://www.texacotoxico.org/ 

SOBRE A AVAAZ 
Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas. Telefone: +1 888 922 822 - Visite: http://www.avaaz.org  


NEWS/ENVIRONMENT
Stories about Environment campaigns on Change.org
A Chevron foi considerada culpada de dumping ao despejar deliberadamente mais de 18 bilhões de litros de resíduos tóxicos do petróleo na Amazônia equatoriana e condenada a pagar R $ 9 bilhões para limpá-lo. Mas a empresa prometeu nunca para pagar.
Quando a BP, uma companhia baseada no Reino Unido, veio para os EUA e devastou a costa do golfo, a empresa foi obrigada a pagar R $ 20 bilhões para limpar e indemnizar as vítimas de sua poluição. Eu acho que quando Chevron ou qualquer outra empresa americana vai a um país estrangeiro e faz a mesma coisa, é nosso dever como americanos para manter a empresa para o mesmo padrão.
Por Mike Gaworecki , um militante da Rainforest Action Network " Nós podemos mudar Chevron " da campanha de um escritor na Change.org
A impunidade das petroleiras
Khadija Sherife | Cidade do Cabo 
Na sede da companhia de exploração de petróleo Transocean, no cantão de Zug, na Suíça, a explosão da plataforma Deepwater Horizon foi celebrada em um hotel de luxo. No dia 14 de maio de 2010, três semanas após o desastre, o proprietário da plataforma – avaliada em 650 milhões de dólares antes do acidente – esperava um primeiro depósito de sua seguradora, no valor de 401 milhões de dólares, pela perda ocasionada. Logo depois, em uma reunião a portas fechadas, o diretor da empresa, Steven Newman, decidiu conceder a seus acionistas de dólares 1 bilhão em dividendos – bastante otimista e sensato, diga-se de passagem. 
As plataformas petrolíferas, segundo o Direito marítimo internacional, são consideradas embarcações, de modo que os advogados da Transocean podem reivindicar a redução da responsabilidade financeira da empresa no acidente até ao valor da plataforma pós-desastre: meros 27 milhões de dólares. Essa operação jurídica é fundamentada por uma lei do século XIX, o Decreto de Limitação de Responsabilidade (Limitation of Liability Act), publicado em 1851; o mesmo que, em 1912, permitiu aos proprietários do Titanic pagar apenas 95 mil dólares às vítimas do naufrágio – correspondentes ao valor dos equipamentos de segurança e dos botes salva-vidas.



Coreanos criam tablet que dispensa eletricidade e baterias


 
O conceito não utiliza os sistemas de eletricidade convencionais ou baterias e é alimentado pelo toque 
Os tablets têm grande potencial para ser o protagonista de uma era digital. As pranchetas que ganharam fama com o iPad pretendem alcançar o mercado de maneira a substituir parte do acessórios e livros usados tradicionalmente. Diante disso, três designers coreanos desenvolveram uma versão ecologicamente correta do computador.
O trio formado por Jun-se Kim, Yonggu Do e Eunha Seo desenvolveu um iPad do futuro. O conceito não utiliza os sistemas de eletricidade convencionais ou baterias e é alimentado pelo toque, ou seja, ao invés de tomadas a pessoas precisam apenas tocar na tela para que ela funcione, tarefa simples já que os tablets utilizam tecnologia “touchscreen”. 
A tecnologia é possível graças à piezoeletricidade, que é a capacidade que alguns cristais têm para gerar eletricidade ao serem pressionados. Assim os criadores colocaram uma camada de filme piezoelétrico na superfície do tablet, que ao ser pressionado torna possível a visualização das funções do computador. 
A invenção, chamada de Ecopad, surge como uma alternativa limpa aos computadores, que ganham cada dia mais espaço no comércio e na vida de pessoas em todo o mundo. O conceito foi uma das sete criações vencedoras do concurso “A Life with Future Computing”, feito pela Fujitsu, mas ainda assim não tem previsão para ser produzido em escala comercial. Com informações do Tecmundo.


Redação CicloVivo

Conama quer negociar Código Florestal no Senado


Proposição aprovada nesta quinta-feira pede ao Congresso que amplie as negociações da revisão do projeto de lei aprovado na Câmara. Ministra Izabella Teixeira lembrou que no Senado será um novo debate. 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente decidiu, nesta quinta-feira (26/5), pedir ao Senado que seja rigoroso na revisão do projeto de lei que reforma do Código Florestal, aprovado na última terça-feira pela Câmara. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, cobrou uma posição firme dos membros do Conama no encerramento da 102ª Reunião Ordinária, em Brasília, pedindo que eles ampliem as negociações para toda a sociedade. 
Os membros do Conselho aprovaram proposição em que solicitam, ainda, que a Casa considere nas discussões os compromissos assumidos pelo Brasil nos fóruns internacionais ambientais. O Conama se propõe, inclusive, a contribuir com o debate público amplo sobre o tema. 
"No Senado é um novo debate", lembrou a ministra. Segundo ela, há um apelo da sociedade para que os 40 anos de avanços na política ambiental brasileira não resultem em retrocesso. Ela lembrou que o Brasil "é o país mais importante do mundo em termos de meio ambiente". 
Para a ministra, o país vai continuar crescendo, mas não precisa abrir mão da responsabilidade ambiental. Ela classificou de "falso" o argumento de que o cuidado com o meio ambiente atrapalharia o desenvolvimento. "É necessário sairmos do desmatamento ilegal para o manejo sustentado, que gera emprego e renda", salientou. 
Izabella, que também é presidente do Conama, alertou os membros para que exerçam sua capacidade de negociação "além dos muros da área ambiental". Ela avaliou que o Conselho sairá fortalecido dependendo da atuação de seus membros. "O Conselho está numa nova fase", lembrou. 
Para ela, a política ambiental avançou e já dialoga em pé de igualdade com as demais políticas públicas. Os próximos passos, segundo avalia, convergem para a construção de uma política inovadora de meio ambiente e desenvolvimento com sustentabilidade.

 Fonte: MMA - Ministério do Meio Ambiente

Energia eólica ganha impulso e reforça matriz renovável brasileira

O Brasil aposta no potencial dos seus ventos para ampliar o leque de opções e garantir a sustentabilidade no fornecimento de energia e o investimento em energia eólica ganhou força nos últimos dois anos. 
Atualmente, a energia eólica no Brasil possui aproximadamente 1,1 GW (gigawatt) de potência instalada, o equivalente a quase uma usina nuclear brasileira (Angra 1 tem 0,65 GW e Angra 2 tem potência de 1,35 GW). O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina eólica para geração de energia elétrica conectada à rede foi instalada na Dinamarca em 1976.
“Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala; hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura”, observa. 
Preço da energia eólica 
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no Brasil. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul.
Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados. 
Um dos motivos que estão estimulam o investimento em energia eólica no Brasil é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Segundo Eduardo Soriano, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual. 
“Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva”, informa o especialista. 
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade de compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética: em torno de 45% da energia produzida no Brasil vem de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica. 
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de uma só fonte de energia. 
“[É necessário] diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?”, indaga. “Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética”, sustenta. 
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras. 
Além da região Nordeste, os ventos do Sul do país e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra. 
Investimento e pesquisa 
O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte. 
Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais). 
Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no país por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Profissionais na área de energia 
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão-de-obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica. 
A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano. De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica. 
“Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil”, reforça Soriano.


Fonte: MCT

São Paulo é sede de encontro internacional - C40 Cities - Climate Leadership Group

 
C40 reúne representantes de diversas cidades do mundo para discutir problemas e soluções para o aquecimento global
A cidade de São Paulo vai receber entre terça-feira (31/05) e sexta-feira (03/06) cerca de 500 representantes de cidades de todo o mundo para o encontro do C40, evento que tem como objetivo debater as alterações climáticas, apontar seus problemas e levantar soluções.
A reunião do C40, grupo de 40 grandes cidades de todo o mundo comprometido a lidar com as mudanças climáticas, é uma oportunidade para que os governos troquem informações sobre as alterações climáticas e conheçam novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas para combater o problema. 
“O C40 nasceu do fato de que muitas cidades são pioneiras nas melhores práticas pra reduzir as emissões de gases do efeito estufa, mas são ruins na hora de contar umas pras outras o que estão fazendo. O C40 junta todo mundo pra conversar, aprender com a experiência e com os erros do outro”, esclareceu Simon Reddy, diretor executivo do encontro. 
A troca de informações no evento permitiu, por exemplo, que Joanesburgo, na África do Sul, aprendesse e utilizasse na Copa de 2010 uma técnica de construção de corredores de ônibus desenvolvida em Bogotá, na Colômbia. Neste ano, entre outros projetos, será apresentado por São Paulo o ônibus movido a etanol, que começou a circular na última sexta-feira (27), e a ciclofaixa de lazer, ampliada no último domingo (29). 
O encontro, que ocorre desde 2005 a cada dois anos, já foi sediado em Londres, na Inglaterra (2005), em Nova York, nos Estados Unidos (2007) e em Seul, na Coreia do Sul (2009). No Hemisfério Sul, é a primeira vez que uma cidade recebe a reunião. 

 Fonte: Instituto CarbonoBrasil
 Autor: Jéssica Lipinski 

Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica

Mata Atlântica perdeu mais de 300 km2 em dois anos

Informações do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica indicam que Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná foram os estados que mais desmataram; ambientalistas acreditam que novo código pode piorar situação

Em um ano particularmente simbólico para a Mata Atlântica, no qual se celebra o Ano Internacional das Florestas, os 20 anos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e os 40 anos do programa Homem e Biosfera (MAB) da Unesco, os defensores da floresta não terão muito o que comemorar. 
Nesta quinta-feira (26), na véspera do Dia da Mata Atlântica, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a ONG SOS Mata Atlântica divulgaram o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que analisou entre 2008 e 2010 a situação da vegetação original restante nos 16 estados que fazem parte do ecossistema.
Foram avaliados 1.288.989 km2, da área total de 1.315.460 km2, o que corresponde a 98%. 
O resultado apresentado pelo atlas é preocupante. De acordo com o documento, da área original da Mata Atlântica, restam apenas 7,9%, e durante o período considerado, foram desmatados 311,95 km2 ou 31.195 hectares, o que equivale a aproximadamente 30 mil campos de futebol. 
Os dados do atlas mostram que o estado onde houve mais desmatamento da Mata Atlântica foi Minas Gerais, com perda de 12.467 hectares, seguido da Bahia, com 7.725 hectares, Santa Catarina, com 3.701, e Paraná, com 3.248. Na classificação por cidade, das vinte que mais desmataram, oito são mineiras, oito são baianas, três são paranaenses e uma catarinense. 
Em comparação com o período analisado anteriormente, entre 2005 e 2008, houve uma redução nos níveis de desmatamento de cerca de 55%, mas para Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica, é preciso continuar combatendo o desmatamento para que o bioma seja conservado. 
“Quase acabamos com a Mata Atlântica, o que ainda existe precisa ser preservado a qualquer custo. É preciso ficar alerta, porque, apesar da queda, as ameaças ainda são grandes. Ainda observamos desmates para reflorestamento [com espécies não nativas], para pastagens e para transformação em carvão”, lamentou Hirota. 
Para a coordenadora do atlas, as informações do documento poderiam ser usadas para estimular a criação de políticas públicas que incentivem a conservação e a restauração do ecossistema, que é recordista em biodiversidade. “Dependemos dos recursos naturais e dos serviços ambientais da Mata Atlântica que são essenciais para a sobrevivência dos 112 milhões de habitantes no domínio do Bioma”, enfatizou. 
Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica afirmou que “a aprovação na Câmara dos Deputados da proposta de alterações no Código Florestal só piora a situação já dramática da Mata Atlântica”. 
O novo Código e o desmatamento 
Se o novo código florestal, aprovado na Câmara na última terça-feira (24) por 410 votos a 63, vai ou não incitar novos desmatamentos, em especial na região da Mata Atlântica, onde se encontra grande parte da produção agrícola do país, é um assunto que tem gerado muita discussão entre defensores e críticos da nova legislação. 
Para analistas ligados aos órgãos que integram a Campanha SOS Florestas, “o novo texto continua muito aquém do que a sociedade brasileira espera de uma lei florestal para o século XXI, e ignora completamente os apontamentos feitos recentemente pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Associação Brasileira de Ciência (ABC)”. 
Em nota divulgada no dia 25 comunicando a posição das entidades científicas sobre aprovação do código, a SBPC e ABC consideraram precipitada a ratificação do conjunto de leis, afirmando que não houve convite para que as entidades participassem da discussão sobre a legislação, e que o ideal seria que houvesse mais tempo para discutir o atual Código Florestal e seu substitutivo. 
José Galizia Tundisi, especialista em recursos hídricos do Instituto Internacional de Ecologia e membro titular da ABC, acredita que o novo código poderá favorecer a derrubada de mais florestas e acabar prejudicando a própria agricultura. “Não se pode aumentar as áreas agrícolas à custa do desmatamento. Porque isso vai prejudicar a biodiversidade e inviabilizar a produção de alimentos. Vai faltar água para a agricultura”. 
Tundisi acrescenta ainda que “quem trabalha com água e recursos florestais sabe perfeitamente que a diminuição de qualquer quantidade de vegetação pode prejudicar o ciclo da água e conseqüentemente a produção agrícola. Cerca de 30% da água que estão presentes na atmosfera são repostas pelas florestas”. Para o cientista, em vez de aumentar as áreas de plantio, é necessário aperfeiçoar a produtividade. 
Outra controvérsia é se a isenção de recuperar as áreas desmatadas ilegalmente dada aos donos de até quatro módulos de terra vai levar a mais devastação ou impedir a recuperação florestal. De acordo com Clóvis Borges, presidente da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS), a melhor alternativa seria o pagamento de subsídios para os agricultores manterem áreas de preservação, responsáveis por centenas de serviços ambientais. 
“Não é o Código que deve mudar, as propriedades irregulares é que deveriam se adequar a ele. 90% das propriedades na irregularidade é uma triste realidade, que só mostra o descaso com que a agricultura vem tratando a natureza”, conclui Borges em entrevista para a Universidade Positivo. 
Para o diretor exewcutivo da SPVS, a questão da produção de alimento não é contrária à preservação ambiental. “Não se trata de produzir mais ou menos alimentos, argumento forçado usado pelos que defendem as mudanças no Código Florestal, e sim de gerar reflexões acerca da segurança da população e de uma alternativa de uso consciente dos recursos naturais de nosso país”. 
Nessa semana, foi realizada a Semana Nacional da Mata Atlântica, em Curitiba. Na abertura do encontro, Renato Cunha, coordenador das ONGs da Mata Atlântica, propôs um minuto de silêncio em repúdio à aprovação do novo código. O evento discutiu as políticas de conservação e recuperação da floresta e a articulação entre setores da sociedade, além de apresentar medidas adotadas para assegurar a conservação e recuperação do bioma. 
“No Brasil restam apenas 7% de remanescentes de Floresta Atlântica. Esperamos discutir propostas para reverter estes dados, bem como iniciativas que evitem o avanço do desmatamento das áreas de Mata Atlântica que ainda restam”, enfatizou Paulo Roberto Castella, um dos organizadores do evento e coordenador de educação ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná.


Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências
Autor: Jéssica Lipinski  

Especialistas sugerem uma nova estratégia para o REDD

Estudo publicado na Nature recomenda a criação do 'Smart-REDD', um mecanismo pelo qual o dinheiro dos créditos de carbono seria utilizado para suprir as necessidades que levam ao desmatamento, como a compra de combustível e alimento

O mecanismo de redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD) das Nações Unidas sempre enfrentou diversos problemas, um deles sendo a chamada 'leakage' (vazamento), quando uma determinada área da floresta está sob proteção e as comunidades próximas simplesmente passam a explorar outras regiões, provocando assim a mesma destruição.
Uma possível solução para essa questão foi apresentada por um grupo de pesquisadores na edição desta semana da revista Nature Climate Change. A idéia central propõe que o dinheiro arrecadado com o REDD seja utilizado para suprir as demandas dos povos nativos para que não exista mais a necessidade de desmatar.
“Para usar de forma inteligente o dinheiro dos créditos de carbono, você deveria aproveitar esses recursos para combater os fatores que levam as pessoas a provocar a destruição da floresta”, afirmou Brendan Fisher, economista ambiental da Universidade de Princeton e autor do estudo.
Para embasar sua teoria, a equipe de pesquisadores liderada por Fisher analisou os impactos do mecanismo de REDD+ (uma evolução do REDD que leva em conta o manejo florestal sustentável) na Tanzânia.

O que eles perceberam foi que o dinheiro arrecado com o mecanismo mal compensava as perdas das pessoas por não poderem converter a floresta em área agrícola. Segundo Fisher, a maior parte das análises do REDD+ subestimam os ganhos que as comunidades conseguem transformando árvores em carvão, por exemplo. Dessa forma, o mecanismo, se seguido à risca, acabaria levando os já humildes povoados para uma pobreza ainda maior.
“Somente conservando uma área de floresta não significa que um mercado de algum lugar estará disponível para suprir os povos nativos com alimentos. O dinheiro, por si só, não garante a subsistência dessas pessoas, ainda mais se os recursos estiverem aquém do que seria justo”, esclarece Fisher.
Diante dessa constatação, os pesquisadores chegaram a idéia do 'Smart-REDD' ('REDD Inteligente'). Nesse novo modelo, os recursos arrecadados com os créditos de carbono seriam destinados para melhorias na agricultura, como financiamentos e transferência de tecnologias. Além disso, o REDD funcionaria em parceria com iniciativas de construção de fornos mais limpos e eficientes, que melhoram a qualidade de vida das pessoas e utilizam menos lenha.
Claro que isso tem um preço. Para sair do papel, o 'Smart-REDD' necessita que o preço da tonelada de carbono esteja no mínimo em US$ 6,50, quase o dobro dos US$ 3,90 pagos atualmente no mecanismo convencional.
Porém, o novo modelo apresentaria uma série de benefícios, já que ao mesmo tempo em que evitaria o ‘vazamento’ e reduziria as emissões, aumentaria a produção de alimentos e a qualidade de vida das populações.
Mesmo levando em conta os possíveis custos para melhorar a capacidade agrícola de uma região a ponto de que dobre sua produção para compensar a não exploração da floresta em outra, o preço final ficaria em torno dos US$ 12 a tonelada do carbono. O que seria ainda abaixo dos atuais US$ 24/t cobrados nos mercados de carbono compulsórios, como o Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS), que não inclui projetos de REDD.
“O custo do 'Smart-REDD' é bastante competitivo. Seria um dos modelos mais baratos para reduzir o aquecimento global”, afirmou Doug Boucher, diretor de pesquisas climáticas e análise da Union of Concerned Scientists.
Segundo Fisher, pode ser que em locais diferentes fora da Tanzânia existam outros fatores que impulsionam o desmatamento além da produção de alimentos e lenha, mas a idéia central do 'Smart-REDD' seria a mesma: identificar esses fatores e compensá-los com os recursos adquiridos pelos créditos de carbono.
“É possível manter os estoques de carbono, aumentar a segurança alimentar e preservar a biodiversidade com um custo baixo”, concluiu Fisher.

  Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Nature
Autor: Fabiano Ávila

Após tragédia no Japão, Alemanha anuncia fechamento das usinas nucleares até 2022

Após tragédia no Japão, Alemanha anuncia fechamento das usinas nucleares até 2022
Ativistas do Greenpeace penduraram um banner no Portão de Brandeburgo, cartão postal de Berlim, em protesto contra a energia nuclear/Foto: Günter Vogel/Greenpeace Hamburg/Foto: GreenpeaceHH

O ministro alemão do Meio Ambiente, Norbert Rottgen, anunciou nesta segunda-feira, 30 de maio, que todas as usinas nucleares do país serão desativadas até 2022. A chanceler Angela Merkel criou uma comissão de ética para analisar a energia nuclear após o desastre ocorrido na usina japonesa de Fukushima.

A Alemanha foi palco de protestos contra a energia nuclear depois do grande terremoto e o tsunami que danificaram a usina japonesa e provocaram um dos maiores desastres nucleares da história.

Rottgen afirmou que os sete reatores mais antigos do país, que já estavam parados por uma moratória determinada pelo governo, além da Usina Nuclear Kruemmel, não serão reativados. Além disso, mais seis reatores devem ser desligados até 2021, e os três mais novos devem ser desativados em 2022.

“É definitivo. O fim das últimas três usinas nucleares será em 2022. Não haverá cláusula para revisão”, garantiu o ministro. Antes da reunião que decidiu pelo fechamento das usinas nucleares, Merkel advertiu que muitas questões ainda têm que ser consideradas.
Se você quer deixar algo, também tem que provar como a mudança vai funcionar e como podemos garantir o fornecimento duradouro de energia sustentável - Angela Merkel, chanceler alemã.

Antes da moratória nas usinas nucleares decretada em março, após o acidente em Fukushima, a Alemanha dependia da energia nuclear para 23% de seu suprimento.

A onda de protestos contra a energia nuclear na Alemanha fortaleceu o Partido Verde, que no fim de março venceu as eleições locais em Baden-Wuerttemberg, antes controlada pelo Partido Democrata Cristão, de Merkel. No último fim de semana, milhares de alemães foram às ruas pedir o fim da energia nuclear no país. Ativistas do Greenpeace penduraram um banner no Portão de Brandeburgo, cartão postal de Berlim, em protesto contra o uso dessa fonte energética.
Fontes: BBC Brasil, Reuters e EcoD

Copa de 2014 colocará a questão da sustentabilidade na agenda mundial

Federico Addiechi é diretor de Responsabilidade Social da FIFA 
Os organizadores da Copa de 2014 pretendem usar a visibilidade do evento para colocar na agenda mundial a questão da sustentabilidade. 
De acordo com o diretor de Responsabilidade Social da Fifa, Federico Addiechi, o papel do Brasil será de grande relevância para que a entidade consiga avançar em seu objetivo de usar o esporte mais popular do mundo para desenvolver uma cultura sustentável e social não apenas nos países-sede, mas em todo o planeta. 
“O Brasil é um exemplo para o mundo, até mesmo em função de suas características físicas. Esta será uma oportunidade de o país mostrar ao mundo que a agenda de responsabilidade social e ambiental deve ser levada adiante, para além dos eventos mundiais esportivos”, afirmou Addiechi durante os trabalhos de abertura da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa de 2014. 
Segundo ele, desde 2005 a Fifa tem uma estratégia de associar responsabilidade social ao futebol. “É no Brasil que temos a chance de avançar de forma mais significativa nessas áreas. Acreditamos que a Copa será uma plataforma de comunicação muito importante em relação a esses temas”. 
Addiechi afirmou que as benesses da Copa vão além da infraestrutura e da economia. “Teremos a possibilidade de deixar legados maiores, em termos educativos, permitindo um diálogo com a cidadania brasileira e mundial sobre temas relacionados à proteção de meio ambiente e à responsabilidade social”. 
Quem também defende o mesmo ponto de vista do diretor da Fifa, é o assessor especial do Ministério dos Esportes, Claudio Langone. “O Brasil é reconhecido internacionalmente como país mega diverso, o que implica em uma oportunidade para avançarmos nesses temas. É uma decisão política do governo federal agendar o mundo para a questão da sustentabilidade, correspondendo à grande expectativa que a Fifa tem nesse campo”, disse. 
Uma das cidades-sede previstas para o Mundial da FIFA é Salvador
A Copa, avalia Langone, “é uma oportunidade para aportarmos em agendas relacionadas ao meio ambiente urbano nas 12 principais regiões metropolitanas, envolvendo novas alternativas de transportes menos danosos ao meio ambiente e combustíveis mais amigáveis ecologicamente. Os projetos visam também à integração de modais motorizados com não motorizados, como ciclovias, já que as diretrizes da Fifa apresentam fortes restrições a veículos particulares nas proximidades dos estádios, que terão preocupação centrada na sustentabilidade”.
Addiechi destacou que nunca houve iniciativas como a de hoje onde, com três anos de antecedência ao evento, a direção da principal entidade futebolística participa de uma câmara específica da área de meio ambiente e de sustentabilidade para discutir a implantação de projetos. “Isso também será um elemento motivador para a Rússia e para o Catar [onde acontecerão as competições de 2018 e de 2022]”. 
Por sua vez, Langone concorda com o representante da Fifa, no que se refere às vantagens econômicas que podem ser proporcionadas ao país, a partir da associação de sua imagem à questão ambiental. 
“A oportunidade é ótima para as empresas que desenvolvem negócios verdes e para a indústria do ecoturismo, com o fortalecimento dos parques brasileiros”, informou o assessor do Ministério dos Esportes. “Novos mercados para produtos orgânicos e sustentáveis brasileiros podem surgir, além das oportunidades que a reciclagem pode proporcionar para novos negócios”, completou. 
Langone, no entanto, chama atenção para os cuidados a serem tomados em relação ao cumprimento de prazos. “Não estamos atrasados. Estamos fazendo as discussões no momento certo e com a metodologia certa. Mas daqui para frente não podemos relaxar. Qualquer espaço de tempo perdido certamente trará prejuízos aos objetivos que estamos desenhando”, completou. 
Entre os pontos que mais preocupam o governo, Langone destaca os atrasos das cidades-sede em definir claramente os responsáveis pelos projetos. “Precisamos fazer os desenhos técnicos já tendo definidos os orçamentos”.

 Fonte: Agência Brasil

Em nota, entidades científicas criticam aprovação do novo Código Florestal


Insatisfeitas com a aprovação do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro junto à Câmara dos Deputados, duas das principais entidades científicas do país, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), divulgaram uma nota na qual manifestam posição sobre a decisão da maioria dos parlamentares - foram 410 votos a favor, 63 contrários e 1 abstenção. 
O texto-base do projeto, que tenta alterar a legislação que data de 1965, segue agora para o Senado (sem previsão de votação), onde poderá ser alterado ou mantido. Em seguida, ele chegará as mãos da presidente Dilma Rousseff, a fim de que ela sancione ou vete a proposta de reforma na lei.
Leia na íntegra a nota conjunta da SBPC e ABC:
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC), tendo em vista a decisão majoritária da Câmara dos Deputados sobre o substitutivo do Código Florestal esclarecem que: 
Nunca houve convite oficial por parte do Parlamento Nacional para que a ABC e SBPC, entidades representantes da comunidade científica brasileira, participassem das discussões sobre o substitutivo do código florestal. 
A participação ocorreu em função de uma demanda da própria comunidade científica que resultou na formação de um grupo de trabalho (GT) composto por cientistas das diferentes áreas abrangidas no código florestal. Os trabalhos foram iniciados no dia 07 de julho de 2010, e resultaram na publicação do livro O Código Florestal e a Ciência. Contribuições para o diálogo, que foi lançado em Brasília, no dia 25 de março. 
Durante o período de trabalho, várias pessoas e entidades foram convidadas para dialogarem com o GT. Duas cartas foram produzidas e enviadas a todos congressistas e presidenciáveis alertando da necessidade de mais tempo para estudos aprofundados sobre os vários aspectos tratados no código florestal e seu substitutivo. 
Reconhecem a importância do agronegócio na produção de alimentos e na balança comercial brasileira, bem como a necessidade de que o desenvolvimento e a ampliação do agronegócio ocorram sem prejuízos à preservação e conservação dos recursos ambientais do País. 
Entendem que a agricultura familiar, responsável por 38,8% do valor bruto da produção agropecuária, representando 84,4% do número total dos estabelecimentos rurais que ocupam 24,3% da área agriculturável do Brasil, deve ter um tratamento especial por parte da legislação ambiental. Tratamento semelhante deve ser conferido às áreas consolidadas em ambientes urbanos e rurais que não provoquem degradação ambiental. 
Que o código florestal de 1965 (Lei 4771), apesar de construído com o aporte científico da época, necessita de aprimoramentos à luz da ciência e tecnologia disponíveis na atualidade. Ao mesmo tempo entendem que o Projeto de Lei nº 1.876 aprovado na Câmara dos Deputados também não resolve as necessidades de modificações na legislação anterior, pois o mesmo não contempla uma fundamentação científica e tecnológica. 
Que em função dos fatos expostos acima, a SBPC e ABC solicitaram mais dois anos para construção de um código florestal com base científica e tecnológica considerando aspectos jurídicos não punitivos e com equidade econômica, social e ambiental. 
Desta forma, a SBPC e a ABC consideram precipitada a decisão tomada na Câmara dos Deputados, pois não levou em consideração aspectos científicos e tecnológicos na construção de um instrumento legal para o país considerando a sua variabilidade ambiental por bioma, interação entre paisagens urbanas e rurais que propiciem melhores condições de vida para as populações com uma produção agrícola ambientalmente sustentável. 
Esclarecem também que esta decisão não tem nenhum vínculo com movimentos ambientalistas ou ruralistas, pois o mais importante é a sustentabilidade do País. 
Reafirmam que estão dispostas a colaborar na construção de um código florestal/ambiental justo e que confiam que o Senado considere os aspectos científicos e tecnológicos na análise do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados.

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