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terça-feira, 17 de abril de 2012

Amazônia Eterna, Protagonista do Século XXI




No início de 2010, as equipes da Agência Tudo e da Giros se reuniram em São Paulo para debater sobre aquele que está se tornando o principal polo de mudanças mundiais nas vertentes sociais, científicas e ambientais: a Amazônia.

Para muitos, a maior floresta tropical do planeta não passa de um imenso santuário verde, com sete milhões de quilômetros de extensão que devem ser preservados. Mas, além de possuir a mais rica biodiversidade do planeta, a Amazônia é também palco de iniciativas pioneiras que conciliam com sucesso economia e ecologia, e irão ditar o futuro da humanidade.

O projeto Amazônia Eterna nasceu com o objetivo de divulgar essa Amazônia dinâmica, produtiva, e que gera riqueza de maneira sustentável: a Amazônia protagonista do século XXI.

Um documentário repleto de imagens deslumbrantes será produzido, reunindo relatos sobre as principais iniciativas na região que geram negócios e rentabilidade, aliadas a medidas de conservação e uso sustentável de recursos naturais. O making of do documentário e as últimas notícias sobre o projeto poderão ser acompanhados no site do Amazônia Eterna.

Para tornar a experiência ainda mais completa, será montada uma exposição itinerante, equipada com recursos tecnológicos e sensoriais que possibilitarão um surpreendente contato do visitante com as belezas naturais da Amazônia, informando sobre os impactos do homem na floresta ao longo do tempo e sobre as iniciativas pioneiras que são o tema central de todo o projeto.

A plataforma de divulgação que alia cinema, televisão, internet e exposição itinerante, irá revelar uma Amazônia que poucos conhecem. O grande laboratório ecológico e econômico do século XXI, a “floresta negócio” de uma nova economia mundial, baseada na geração de valor a partir de seu maior ativo: o Capital Natural Amazônico.


Operação flagra matança de jacarés no Amazonas



  • Jacarés são mortos e a carne serviria de isca para a pesca da piracatinga, a douradinha

Durante onze dias, entre 9 e 20 de março, fiscais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) realizaram a Operação Tambaqui nas Reservas de Desenvolvimento Sustentáveis (RDS) Amanã e Mamirauá. Dentre os ilícitos ambientais encontrados, os fiscais constataram a matança de jacarés para servirem de isca para a pesca da piracatinga, peixe vendido no mercado como douradinha.

A equipe de fiscalização realizou 135 abordagens em flutuantes, embarcações de recreio e de pesca, canoas rabetas, frigoríficos e balsas que resultaram na apreensão de 990 quilos de pescado das espécies tambaqui, pirarucu, surubim e piracatinga.

Considerado “muito grave” pelos fiscais do IPAAM foi a apreensão de 481 quilos de carne de jacaré e mais 12 exemplares de jacarés inteiros, alguns deles maiores de 4 metros, que seriam utilizados como isca para a pesca da piracatinga, em substituição aos botos já utilizados criminosamente nesse sentido.



A Operação Tambaqui também apreendeu 4 tracajás vivos, 5 macacos guaribas e 2 macacos prego, todos mortos, 40 quilos de carne de veado, 390 quilos de sal utilizado na salga do pirarucu e do jacaré, além de armas e munições.

Os fiscais lavraram 6 autos de infração equivalentes a R$45.181,00 em multas, 29 termos de apreensão e/ou depósito, 14 termos de doação e/ou soltura e 2 notificações.

Todo o pescado apreendido foi doado às comunidades ribeirinhas da RDS Mamirauá e para a Secretaria Municipal de Assistência Social de Jutaí. Os macacos guariba e prego abatidos foram doados para pesquisas do Grupo de Ecologia de Vertebrados Terrestres do Instituto Mamirauá.

A ação teve a parceria das Forças Especiais - Canil, Cavalaria e Choque - da Polícia Militar do Amazonas, agentes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e agentes ambientais voluntários, a Operação Tambaqui percorreu o Rio Solimões nos trechos limítrofes à RDS Mamirauá e RDS Amaná, tendo passado pelos territórios dos municípios de Alvarães, Uarini, Jutaí e Tonantins e pela orla dos municípios de Juruá e Fonte Boa, com incursão pelo Auati-Paraná que liga os Rios Solimões e Juruá totalizando aproximadamente 900 quilômetros percorridos.

Durante as abordagens de fiscalização, também foram realizados trabalhos de educação ambiental, sendo entregue material da campanha Pescador Fique Legal. Segundo os fiscais do IPAAM, eles aproveitaram para orientar sobre o fim do Defeso das espécies Matrinxã, Pirapitinga, Sardinha, Pacu, Aruanã e Mapará desde 15 de março, e do fim do Defeso do Tambaqui a partir do próximo dia 1 de abril.

A orientação dos fiscais chamou a atenção para o tamanho mínimo de captura dessas espécies, com o fim do defeso. “É preciso observar os tamanhos mínimos de captura estabelecidos pela legislação”, explicou um dos fiscais.

No período de 18 a 27 de janeiro, por meio da Operação "Macaco D’água 4", o IPAAM e parceiros já haviam apreendido 1.838 quilos de pescado ilegal no percurso do Rio Solimões até a orla do município de Fonte Boa.

Musa realiza palestra em Manaus, sobre cogumelos da Amazônia



  • Pesquisadora Noemia Kazue Ishikawa, do Inpa, será a palestrante do evento, cuja entrada é gratuita
  • Fungos como o cogumelo apresentam diversas atividades biológicas, incluindo algumas conhecidas como os antibióticos 

Com o tema Cogumelos da Amazônia: cores, formas, ciência e arte, a bióloga Noemia Kazue Ishikawa será a palestrante do Museu da Amazônia (Musa), na próxima quinta-feira (19), a partir das 17h, na sede administrativa da entidade, localizada na Rua EG, 11A, Conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus. A entrada é gratuita 

Noemia é pesquisadora da Coordenação de Biodiversidade, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e integra o Grupo de Pesquisas Cogumelos da Amazônia, do Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (CENBAM), uma rede de instituições que tem como objetivo integrar as pesquisas biológicas na Amazônia em cadeias de produção científico/tecnológica.



A diversidade de fungos tem sido estimada, por diversos autores, variando de 0,5 a 2,7 milhões de espécies, sendo a estimativa mais aceita de 1,5 milhões de espécies. Entretanto, em torno de 80 a 120 mil espécies estão descritas, correspondendo de 5% a 8% a quantidade estimada. Entre as diversas localidades possíveis de se encontrar as espécies de fungos ainda não exploradas pela ciência, estão os países com conhecimento escasso sobre sua diversidade fúngica, hospedeiros, habitats, nichos ou tecidos ainda pouco estudados.

A floresta Amazônica se enquadra nestas circunstâncias e tem sido grande alvo de interesse científico nacional e internacional. De fato, a grande diversidade de fungos na Amazônia é facilmente visualizada mesmo em curtas caminhadas pela floresta, principalmente após as chuvas, quando frequentemente cerca de 40 a 50 espécies podem ser observadas em menos de duas horas de caminhada.



Os fungos atraem a atenção de cientistas por apresentarem diversas atividades biológicas, incluindo os bem conhecidos antibióticos. São fontes de compostos com ações antitumorais, hipocolesterolêmicas, antiparasitarias, antiinflamatórias, antinociceptivos entre outras, que têm contribuído com a melhoria da saúde pública, tendo importante participação na indústria química-farmacêutica e no comércio mundial de medicamentos.

Na natureza, os fungos são os principais decompositores de matéria orgânica de origem vegetal nos ecossistemas florestais, atuando na ciclagem de nutrientes limitantes para a produção primária em florestas tropicais.

Extinta na natureza, árvore é redescoberta no Jardim Botânico, no Rio


 

  • A espécie foi vista pela última vez em 1942 e dada como extinta em 1998 pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

Rio de Janeiro - Houve um tempo em que a guarajuba tinha uma presença significativa na Mata Atlântica. Sua madeira alimentava a construção civil e naval e era usada em engenhos, na fabricação da tubulação de água. Sua popularidade, porém, não lhe rendeu louros no mundo acadêmico, onde ninguém a estudou; nem garantiu a continuidade de seu plantio — sua última coleta foi há 70 anos.

A espécie, que atende no mundo científico por Terminalia acuminata e tem as cores da bandeira nacional, foi vista pela última vez em 1942 e dada como extinta em 1998 pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Em dezembro, no entanto, três exemplares foram achados por pesquisadores do Jardim Botânico nos canteiros da própria instituição.

A redescoberta da T. acuminata veio quase por acaso, em meio aos esforços do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora) para atualizar a Lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Sabe-se quase nada sobre esta árvore. Seu tempo de vida, a idade que alcança e a quantidade de vezes que já floresceu e frutificou, por exemplo, são um mistério para os botânicos. Daí o sentimento de urgência que cerca a coleta de sementes produzidas pela planta.



— Há uma semana minha equipe vem aqui diariamente para fazer este trabalho — conta Ricardo Reis, curador de Coleções Vivas do Jardim Botânico. — Descobrimos que a T. acuminata estava dando frutos por volta do fim do ano passado. Certamente ela já floresceu e frutificou outras vezes, mas, como o grau de raridade da árvore só foi diagnosticado no fim do ano passado, não estávamos acompanhando.

Reis já conseguiu mais de 400 sementes, mas não sabe quantas das mudas levadas à sua curadoria vingarão. Outras espécies do gênero Terminalia teriam um índice de germinação muito baixo, de apenas 20%, segundo estudos. Mas não necessariamente o mesmo valeria para esta espécie.

O tronco reto da árvore se ramifica só a uma altura considerável do chão, após a metade dos 25 metros que a espécie pode alcançar. A imponência da T. acuminata contrasta com as sementes, verdes e amarelas e facilmente confundíveis com folhas perdidas na terra do canteiro.



O levantamento biográfico relacionado à espécie não contribuiu muito com os pesquisadores. Há dois trabalhos que a citam — de 1867 e 1876 —, ambos escritos em francês, por um cientista de nacionalidade desconhecida.

As descrições de onde era encontrada também são vagas. Em 1928, alguns exemplares foram colhidos na Estrada da Tijuca. O CNCFlora pretende descobrir o que corresponde hoje a este endereço — pode ser, portanto, que a árvore sobreviva anônima na Floresta da Tijuca. Ela também foi vista em Paty do Alferes, no Vale do Paraíba, uma região onde a Mata Atlântica foi intensamente desmatada.

— Ficamos muito felizes em constatar em nosso levantamento que, apesar de a planta estar extinta na natureza, ainda contava com três indivíduos aqui — revela Danielli Kutschenko, bióloga do CNCFlora. — Sua redescoberta é quase como se a árvore suspirasse por socorro.

Para Danielli, a T. acuminata pode se tornar um símbolo do Jardim Botânico. E junta-se ao hall de plantas abatidas por séculos no país, como a araucária, o pau-brasil e o palmito jussara.

— Quando uma espécie é dada como extinta, você desiste de seus esforços, de um plano de conservação que seria feito para ela — explica Tainan Messina, também bióloga do CNCFlora. — Por isso é preciso fazer uma busca bem exaustiva antes de dizer que uma espécie não existe mais na natureza.



Danielli e Tainan não descartam a possibilidade de que outras espécies, também foragidas de áreas verdes, reapareçam com o amadurecimento Lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. A nova edição do trabalho será publicada em meados deste ano, próximo à Rio+20.

Enquanto o CNCFlora busca plantas desaparecidas, Reis já estuda onde plantar os futuros exemplares da T. acuminata. Segundo o curador, alguns certamente terão como destino o próprio Jardim Botânico. Outros poderão ser cedidos para parques semelhantes em outras cidades, que ainda serão escolhidos. Talvez municípios fluminenses, visto que a espécie é exclusiva do estado.

— Os botânicos que passaram por aqui nesses 200 anos poderiam não ter noção de que uma espécie estivesse ameaçada ou que isso poderia ocorrer, mas eles tinham um olhar técnico — destaca Reis. — Eles iam a campo colhendo amostras e, assim, transformaram de fato o Jardim Botânico em um santuário, num local muito importante para a conservação da flora.

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