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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Povos indígenas falam sobre seu futuro



Entre dezembro de 2012 e abril de 2013 a ONU realizou 20 encontros com grupos da sociedade civil para que eles expressassem o que consideram mais importante para seu futuro. As opiniões coletadas fazem parte da Consulta Pós-2015 promovida pela ONU em todo o mundo. Este vídeo documenta as discussões dos povos indígenas e mostra o que eles pensam sobre seu futuro.

O documentário foi gravado em abril de 2013 na aldeia Panambizinho, em Dourados, Mato Grosso do Sul, e foi produzido pela Associação Cultural de Realizadores Indígenas (Ascuri).

Assista ao vídeo e participe também da campanha MEU Mundo. Você pode votar no que considera importante no site: myworld2015

-->Um capítulo da realidade indígena<--

domingo, 24 de novembro de 2013

Telhado verde reduz temperatura e aumenta umidade (Como fazer)


Como fazer um telhado verde

O uso de telhado verde se mostrou eficiente para reduzir os impactos no microclima no topo de um edifício na região central de São Paulo, como mostra estudo realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Telhado verde é o uso de vegetação como gramíneas, arbustos e árvores no topo de telhados comuns ou em laje de concreto.

Os prédios analisados foram o Edifício Conde Matarazzo (sede da Prefeitura de São Paulo), localizado entre a rua Dr. Falcão e o Viaduto do Chá, e que possui um amplo telhado verde; e o Edifício Mercantil/Finasa (rua Líbero Badaró), cuja laje é de concreto. Os resultados indicaram que o edifício com telhado verde chegou a ficar 5,3 graus Celsius (ºC) mais frio do que o edifício de concreto; já a umidade relativa do ar foi 15,7% maior. Os dois edifícios estão no centro de São Paulo.

Edifício Conde Matarazzo, sede da Prefeitura de SP: telhado verde tem até lago

“O telhado verde absorveu grande parte da radiação solar emitindo uma menor quantidade de calor para a atmosfera, o que aumenta a qualidade ambiental das cidades, podendo fazer parte das políticas públicas do município como forma de ampliar as áreas verdes”, diz o geógrafo e professor universitário Humberto Catuzzo, autor da tese de doutorado Telhado verde: impacto positivo na temperatura e umidade do ar. O caso da cidade de São Paulo. A tese, defendida em 4 de outubro deste ano, teve orientação da professora Magda Adelaide Lombardo.

Os edifícios foram escolhidos pois ambos se localizam na borda direita do Vale do Anhangabaú e estão sujeitos a condições atmosféricas e de insolação semelhantes . No topo foram instalados sensores a 1,5 metros (m) do chão (padrão internacional para medição da temperatura e umidade relativa do ar) e que foram captados de 10 em 10 minutos durante um ano e onze dias. Dois sensores foram colocados em lados diferentes do Edifício Conde Matarazzo. Os dados foram comparados com os do outro sensor, instalado no Edifício Mercantil/Finasa.

A coleta ocorreu de 20 de março de 2012 até 31 de março de 2013. A partir daí foi feita a comparação dos dados primários coletados por meio de estatística e gráficos, demonstrando as variações das temperaturas máximas, mínimas e umidade relativa do ar. Também foram analisadas as amplitudes térmicas e higrométricas (umidade relativa do ar) em todas as estações do ano. “Fiz ainda uma comparação destes resultados com os dados oficiais coletados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizado no Mirante de Santana.”



Sede da Prefeitura (esq.): telhado verde chegou a ficar 5,3ºC mais frio do que o edifício Edifício Mercantil/Finasa, com laje de concreto (dir.). Umidade relativa do ar foi 15,7% maior

Resultados
A diferença entre as temperaturas máxima e mínima (amplitude térmica) do dia chegou a ser 6,7º C menor no telhado verde em um dia de verão. “Isso significa que ele demora mais a aquecer e a resfriar, o que mantém a temperatura do ar muito mais constante”, aponta. Já a amplitude higrométrica chegou a ser 7,1% menor no telhado verde, o que significa que ele perde menos umidade do que o telhado de concreto ao longo do dia.

Na comparação com os dados do INMET, a variação mais significativa foi de 3,2º C mais frio no telhado verde e 21,7% mais úmido. Ou seja, o telhado verde mesmo estando em plena área central, apresenta menor aquecimento e maior umidade relativa do ar, comparado com o telhado de concreto ou até mesmo com a estação do INMET.

Segundo o pesquisador, o concreto possui características que fazem com ele esquente muito quando o sol incide, e irradie muito calor ao mesmo tempo, fazendo, inclusive, o vapor d´água diminuir (umidade relativa). Já as áreas verdes possuem característica oposta — demoram mais para aquecer, retém o calor por mais tempo e mantém a umidade também por muito mais tempo — por isso nos sentimos tão bem debaixo da sombra de uma árvore.

“Há ainda outros fatores que não foram estudados nesta tese, mas que podem trazer benefícios se criarmos uma política de implantação de telhados verdes. A criação de corredores ecológicos onde pássaros e insetos possam “migrar” entre parques e o conforto interno dos prédios que poderiam diminuir custos com ar-condicionado são exemplos de efeitos possíveis que merecem investigação”, destaca. “Cabe ressaltar que, em países europeus, e em algumas cidades dos Estados Unidos e da Argentina, existem leis, incentivos fiscais e financeiros dados às construções que utilizam este tipo de estrutura. O poder público tem um papel de extrema importância, uma vez que em nossas cidades é cada vez mais necessário melhorar a qualidade socioambiental do meio urbano.”


Telhado verde da sede da Prefeitura (esq.) e a laje de concreto do Mercantil/Finasa (dir): uso de telhados verdes como políticas públicas poderiam ampliar áreas verdes das cidades

Tipos de telhado verde
Catuzzo explica que o telhado verde pode ser do tipo intensivo (vegetação de porte arbustivo a arbóreo, com grama permanente, que requer adequado processo de impermeabilização, sistema de irrigação e drenagem, alta manutenção e tem um alto custo). Há ainda o extensivo (vegetação rasteira, geralmente gramíneas, com baixa manutenção, nenhuma irrigação e menor custo). Existe também um terceiro tipo, classificado como semi-intensivo (gramíneas e arbustos, sendo também necessário sistema de impermeabilização e irrigação constante).

“Para todos eles é fundamental que se realizem cuidados especiais quanto à impermeabilização e o cálculo de peso da estrutura, para verificar se realmente o edifício ou casa suporta o peso”, conclui.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Bee or not to be? Campanha mostra efeitos de agrotóxicos em abelhas


Estudos mostram que uso de agrotóxicos reduz populações de abelhas

Reduzir o uso de pesticidas tóxicos que causam o desaparecimento de abelhas em larga escala é um dos objetivos da campanha coordenada pelo professor Lionel Segui Gonçalves, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Atualmente aposentado da FFCLRP, o professor preside o Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte (CETAPIS). Gonçalves criou e coordena o movimento Bee or not to be? que busca assinaturas on-line para a Petição pela Proteção das Abelhas, a qual será entregue às lideranças governamentais

A iniciativa, que já conta com mais de 3.300 assinaturas, baseia-se em estudos que apontam associação entre redução das populações de abelhas e uso de agrotóxicos. Segundo o especialista, este desaparecimento traz como principal consequência a falta de alimentos. “Aproximadamente 70% dos alimentos que consumimos dependem da polinização das abelhas. Elas também polinizam as áreas verdes. Assim, se elas acabarem, podemos sucumbir por falta de oxigênio”.

O problema, já considerado mundial, atinge quatro estados brasileiros (Piauí, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo). Entre as alternativas para proteção de abelhas está a substituição de agrotóxicos e pesticidas pelo controle biológico. “É preciso também aumentar as áreas verdes, proteger o meio ambiente, cultivando plantas de interesse das abelhas para que elas possam proliferar”, defende.

Campanha
Daniel Maluzá, publicitário e coordenador da campanha Bee or not to be? (em português, literalmente abelhas ou não existir, um paralelo ao slogan sem abelhas, sem alimento), explica que o objetivo é conscientizar a população para a importância destes insetos, responsáveis pela polinização.

Como forma de chamar a atenção das autoridades, foi criada uma petição on-line em favor das abelhas. Segundo ele, “a pessoa só precisa disponibilizar o nome e o e-mail”. Paralelamente, estão desenvolvendo amplo trabalho de conscientização em escolas, esclarecendo, desde cedo, crianças e adolescentes sobre a importância destes insetos. A divulgação é feita por meio de palestras, cartazes, folders e diversos materiais ilustrativos. O material foi produzido gratuitamente por uma agência de publicidade de Ribeirão Preto, cujo dono é filho do professor Gonçalves.

Os primeiros relatos de desaparecimento de abelhas em larga escala surgiram em 1995, nos Estados Unidos da América (EUA). Entretanto, apenas em 2007 o problema foi discutido oficialmente, durante Congresso Mundial de Apicultura. Recentemente, o Departamento de Agricultura dos EUA divulgou a morte de um terço das abelhas durante o inverno de 2012/2013. O levantamento também aponta que, nos últimos seis anos, o número de colônias de abelhas caiu 30,5%.

Estudos concluíram que as abelhas apresentam Colony Collapse Disorder (CCD),também conhecida como Síndrome do Desaparecimento de Abelhas. O mal afeta o sistema nervoso desses insetos, com prejuízo da memória e senso de direção. Ao saírem em busca de néctar e pólen, elas se perdem e não conseguem retornar para as colmeias. A síndrome pode ser identificada quando o número de integrantes das colmeias é reduzido ou até mesmo extinto. Nesses casos, as abelhas perdidas deixam mel, crias e até mesmo a rainha.

Para os pesquisadores, que ainda trabalham com hipóteses, o CCD seria caudado principalmente pelo uso de pesticidas do tipo neonicotinoides. Em abril de 2013, notando a interferência dessa substância na vida das abelhas, a União Europeia suspendeu seu uso por dois anos. O manifesto pela proteção das abelhas está integralmente disponível no site Sem Abelhas, Sem Alimento. Lá também podem ser acessados vídeos, explicações sobre a importância desse inseto para a vida humana e ficha para assinatura da petição.

O coordenador do movimento, professor Gonçalves, pede a ajuda da população e faz um alerta: “se perdermos as abelhas seremos os primeiros prejudicados”. A campanha cita Albert Einstein: “Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas, não há polinização, não há reprodução da flora. Sem flora não há animais, e sem animais não haverá raça humana”.

Mais informações: e-mail: lsgoncal@ffclrp.usp.br

Marcela Baggini e Tauana Boemer, do Serviço de Comunicação Social da Prefeitura USP do Campus de Ribeirão Preto
imprensa.rp@usp.br

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