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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Natureza Brasileira em Detalhe

A natureza posa para fotos (TV Cultura)




Evaristo Eduardo De Miranda / Fotos de Fabio Colombini 

Cientista e fotógrafo unem conhecimentos para realizar a obra "A Natureza Brasileira em Detalhe". Além das belas imagens,o livro traz informações científicas sobre a rica diversidade de espécies da natureza brasileira.

A foto da borboleta Myscelia orsis ilustra o capítulo dedicado à metamorfose.

Uma asa de borboleta pode esconder cores e desenhos nunca vistos, já o caule de uma árvore repleto de gotas de orvalho é capaz de parecer uma escultura, assim como o rastro de algum animal deixado na areia pode revelar muita beleza.

Detalhe da asa da borboleta Catoblepia berecynthia.

Com cerca de 140 fotografias selecionadas a partir de mais de trinta mil imagens produzidas pelo fotógrafo Fabio Colombini em vinte e dois anos de carreira, a obra destaca bichos e plantas em momentos que geralmente não notamos. Um exemplo é o exato instante em que formigas fazem uma roda em volta de uma gota de suor. Com sensibilidade, o fotógrafo registrou a linda ciranda que elas formaram.

No livro, as fotografias estão divididas em 12 capítulos, sendo que cada um traz um texto explicativo preparado por *Evaristo Eduardo de Miranda, especialista em Ecologia e na Embrapa Monitoramento por Satélite supervisionou a Área de Comunicação e Negócios e Chefe Geral da Unidade nas Gestões 1989-1991 e 2005-2009. Aqui é responsável pelas informações científicas sobre os animais e plantas retratados, além de curiosidades sobre as fotos.

No primeiro capítulo, chamado “A Grandeza dos Detalhes”, por exemplo, o livro traz fotos de insetos, plantas e peixes. Já o texto conta a travessia, feita a pé, do fotógrafo e de sua equipe na floresta do Acre, uma verdadeira aventura. A caminhada foi acompanhada por um guia que mostrava os melhores lugares para se ir e dava informações sobre os mistérios da floresta. No caminho, a equipe pôde apreciar “obras de arte” feitas pelas formigas, que talham pedaços de madeira, formando desenhos.

A onça pintada (Panthera onca) 

Detalhes como esse, que antes estavam escondidos na mata, agora podem ser visto por todos. Portanto, vale a pena conferir o que as lentes da máquina fotográfica de Fabio Colombini, bem como ampliar seus conhecimentos científicos através dos apontamentos do cientista Evaristo Eduardo de Miranda.

A jequitiranabóia (Fulgora lanternaria)


Com uma qualidade impecável, bilíngüe, Fabio ilustra com maestria 
o texto do cientista ecólogo e escritor Evaristo Eduardo de Miranda.



  • Fábio Colombini ensina a fotografar belas paisagens




  • PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA


Neste artigo, algumas das opiniões e análises desenvolvidas pelo ecólogo e historiador da natureza Evaristo Eduardo de Miranda da entrevista que concedeu à National Geographic. Evaristo, que também é diretor do Instituto Ciência e Fé, se apóia na ciência para explicar o passado de um éden.

O leitor poderá conhecer com detalhes o fascinante enredo da formação das florestas úmidas do hemisfério sul caso da nossa Mata Atlântica. Paisagem original do Brasil no relato dos viajantes do século 16, essa Mata ou o que restou dela é familiar à maioria da população de um país cujo ônus da ocupação foi o fim da floresta.

Evaristo não é pessoa de meias palavras: defende suas ideias com sólidos argumentos técnicos, herdados da longa vivência como pesquisador da Embrapa.

O editor Ronaldo Ribeiro da revista National Geographic destaca que nenhum artigo da publicação repercutiu tanto entre os leitores como a entrevista "A agricultura é a salvação" com o ecólogo Evaristo de Miranda, publicada nesta revista. Evaristo também foi o autor da reportagem “A invenção do Brasil”, sobre a história pré-cabraliana do país, que rendeu o Prêmio Abril de Jornalismo na área de ciência.

A formação da Mata Atlântica

A gente se pergunta por que existe uma floresta Atlântica acompanhando o litoral do Brasil, porque do lado do litoral africano são desertos... não existe nenhuma floresta do outro lado do Atlântico. E a razão da existência da mata Atlântica é uma razão astronômica. O eixo da terra é inclinado e devido a essa inclinação nós temos estações, existe um movimento de rotação e isso tudo provoca um caminhar das águas dos oceanos. As águas saem frias lá da Antártica, sobem frias ao longo da África; por isso não há chuva, não há nuvens, há desertos; vão até o equador e descem aquecidas ao longo da costa brasileira, com evaporação. E é essa formação de nuvens, esse berçário de nuvens, que é a corrente do Brasil, que vai alimentar essas chuvas muitos frequentes, muito abundantes na nossa fachada Atlântica, e viabilizar a existência dessa mata.

Uso sustentável da floresta

Uma das formas mais eficazes de conservar uma vegetação ou uma floresta, é usá-la de forma sustentável. Os seringueiros defendem as reservas extrativistas porque eles podem explorar, eles tiram o látex da seringueira e até desmatam pequenas áreas para criar gado e etc., mas eles usam aquela floresta, então eles defendem aquela floresta.

Evidentemente nós precisamos de unidades de conservação, de parques, etc.; mas nós não temos hoje uma boa política florestal no Brasil. Nós devíamos inspirar-nos, praticamente, em Dom Manoel. Dom Manoel logo fez concessões, esses contratos tinham regras, o estatuto do pau-brasil.

O regimento do pau-brasil realmente foi o que permitiu a manutenção da mata Atlântica, ao contrário do que as pessoas imaginam, não foi o pau-brasil que causou o desmatamento da mata Atlântica; a exploração do pau-brasil garantiu a manutenção da mata, porque era proibido fazer roça, e aquilo era couto real, pertencia à coroa. Ao mesmo tempo, também nós temos que ter o entendimento de usar as terras conforme o seu potencial, e quando você usa errado tem que reconstituir as terras; foi o que Dom Pedro II fez ao mandar plantar a floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, que é hoje uma mata belíssima, onde a gente leva chefes de estado para conhecer; é um parque plantado pelo Imperador. Eu não conheço nenhum presidente que tenha plantado 10 hectares, 1 hectare, muito menos uma mata como aquela. Mas, naquela época, houve a preocupação da coroa de recuperar o ambiente, com essa floresta magnífica que nós temos hoje. Eu acho que a gestão florestal implica isso: preservar áreas, com unidades de conservação; restaurar áreas que foram degradadas e permitir a exploração das florestas. Acho que o Ministério do Meio Ambiente está avançando nesse sentido com as concessões de exploração em florestas nacionais. Mas nós estamos muito no começo e isso precisa avançar bastante. Esta seria uma das maneiras de preservar as matas na Amazônia.

Políticas de preservação

Hoje, no caso da floresta Atlântica, eu acho que nós devemos dar prioridade para preservar as áreas remanescentes fora de parque. O que já está em parques está protegido: parques nacionais, estaduais (como o Parque da Serra do Mar, no caso do Estado de São Paulo)... Precisa haver plano de manejo, precisa cuidar bem dos parques, enfim, isso é um problema de gestão; não é um problema da mata. Mas existem ainda muitas áreas remanescentes e elas podem ser legalmente desmatadas. Então a gente deveria ter uma política ambiental, até para que as pessoas pudessem compensar o uso de APP (Área de Preservação Permanente) ou o uso de reserva legal, preservando essas áreas remanescentes. Ainda existem muitas áreas remanescentes de mata Atlântica úmida, na região de Apiaí, São Paulo. enfim na borda mesmo do planalto, indo pro litoral. Acho que a prioridade seria preservar essas áreas remanescentes.

*Evaristo Eduardo de Miranda
Email: mir@cnpm.embrapa.br

Natural de São Paulo, SP. Graduou-se pelo Institut Supérieur d`Agriculture Rhône Alpes, de Lyon, França. Tem Mestrado e Doutorado em Ecologia pela Universidade de Montpellier, França e uma centena de trabalhos técnicos e científicos publicados no Brasil e exterior. É autor de 25 livros. Professor-orientador, credenciado em mestrados da USP e da UNICAMP, é membro da Diretoria do Instituto Ciência e Fé. Trabalha com desenvolvimento sustentável e em suas pesquisas sobre gestão territorial do agronegócio busca conciliar proteção ambiental e produção agrícola.

Foi consultor da ONU na Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, a Rio-92, e presta assessoria para FAPESP, FAO, UNESCO, Banco Mundial, OEA e outras entidades nacionais e internacionais. É consultor da Presidência da República, do Gabinete de Segurança Institucional – GSI/PR e assessor da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional – CREDEN e da Comissão de Assuntos Econômicos – CAE do Senado Federal. Publica em revistas e jornais como a National Geographic, Terra da Gente, A Tribuna, Jornal da Universidade, O Estado de São Paulo etc. Há sete anos atua em programa semanal sobre o agronegócio da EPTV/Globo.

Na Embrapa Monitoramento por Satélite supervisionou a Área de Comunicação e Negócios e foi Chefe Geral da Unidade nas Gestões 1989-1991 e 2005-2009. Hoje lidera, entre outros projetos: Monitoramento Orbital das Obras do PAC e de seus impactos, Sustentabilidade Agrícola na Amazônia e Monitoramento da Infra-estrutura Crítica da Agroenergia, além de gerenciar diversos contratos. Entre prêmios e condecorações recebeu: a Ordem do Rio Branco, a Ordem do Mérito Militar, o prêmio Abril de Jornalismo, a Medalha do Pacificador e o Prêmio Newton Freire-Maia.

Velho Chico, o Rio - Adriano Gambarini



"Making off" do Livro: Velho Chico, o Rio

O fotógrafo Adriano Gambarini fez várias viagens pelo Rio São Francisco nos últimos 15 anos, acumulando mais de 3 mil fotos e vários textos. Este trabalho pode ser agora visto no livro "Velho Chico, o Rio" (Editora CulturaSub). Marco Sarti, da Fusilli VideoDigital, produziu este making of mostrando um pouco a rotina e conceitos do fotógrafo e autor, no universo de belezas naturais e culturais existentes ao longo deste rio, carinhosamente chamado de Velho Chico.

"Há alguns meses lancei o livro Velho Chico, o Rio. Uma compilação de imagens com mais de duas décadas, algumas delas apresentadas em posts anteriores! Na verdade, minha relação com o rio remonta dos meus tempos idos de mochileiro; em 1989 subi o rio caronando num barco que transportava minério em toda sua extensão navegável. Naquela época meu fascínio por aqueles cenários sertanejos sobrepôs qualquer insight sobre o temor que rondava os ares do rio. Anos depois soube que este barco já não navegava mais por conta de um grave assoreamento.

Cerca de 10 anos depois percorri o rio, da nascente à foz, como fotógrafo profissional. Foram quase três meses de viagem documentando os paraísos e tristezas que rondam o mundo do Chico. Já às voltas do Programa de Revitalização do Rio, voltei a serviço do Ministério do Meio Ambiente. Algumas centenas de imagens a mais, mais gritos silenciosos do rio, de suas margens, de seus moradores humanos e faunísticos. Mas também encontrei o prazer da cultura sertaneja, paraísos escondidos ainda naturais; fé, coragem e busca de uma vida íntegra!

Com um trabalho árduo para compilar uma centena de fotos que pudesse representar o fantástico universo deste que é, certamente, um dos mais importantes rios brasileiros, me enveredei pela escrita, juntando informações atuais e históricas, e traços dos diversos diários de bordo que escrevi nas viagens de outrora.

Reza a lenda que um missionário, há muitos e muitos anos atrás, ao chegar no Vale do rio profetizou: ‘Que sermão imenso é por si mesmo toda esta terra! Sem negar abrigo nem descanso a todos que dele se fizeram necessitados, mesmo com todas as agruras vividas desde os tempos imemoriais, assim é, e continuará a ser, o Rio São Francisco. Velho Chico, para os íntimos’.”

Sejam bem-vindos! Será um honra recebê-los nas páginas deste livro.

Adriano Gambarini














Durante duas décadas "Gamba" viajou bastante. E,sempre ao voltar para casa organizava um 'slideshow' de suas imagens aos amigos. Até que, "por acaso", virou fotógrafo em 1992. Desde então, suas fotos já ilustraram reportagens em grandes revistas Brasil afora e outras fora do Brasil. Gambarini diz que sua missão é dividir com as pessoas tudo o que já viu e sentiu por aí porque só assim o que aprendeu se torna de fato real. Não à toa, é autor de nove livros. Só tem um detalhe: ele nunca fez um curso de fotografia na vida.

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