Todos pela Natureza!

domingo, 31 de março de 2013

Animal mais ameaçado da Amazônia, sauim-de-coleira pode ser extinto em poucas décadas

Desmatamento ameaça existência do Sauim de Coleira


Macaco da espécie Saguinus, o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) está encurralado. Uma significativa barreira geográfica (os rios Negro e Solimões) e o receio de competir com outra espécie provavelmente mais forte, o sauim-de-mãos-douradas (Saguinus midas), impedem que este primata de duas cores tente sobreviver em outro local.

Por mais ameaçados que estejam, animais como peixe-boi, boto e onça têm uma área de distribuição abrangente. Já o sauim-de-coleira ocorre em uma área extremamente restrita. Só existe em Manaus e em algumas áreas ainda pouco conhecidas dos municípios de Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Mas neste último, somente até a região do rio Urubu.

Se nada for feito para salvá-lo, em um futuro próximo (estimativa de 50 anos ou, para alguns menos otimistas, 20 anos), ele só poderá “ser visto em fotografias”, como alerta o diretor do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, Alcides Pissinatti, um dos maiores especialistas em primata do mundo.

Azar

Também conhecido como sauim-de-manaus (nome que os especialistas preferem não adotar), este pequeníssimo primata pode ser considerado um “azarado”? Para o veterinário e analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Diogo Faria, sim.

O sauim-de-coleira teve o “azar” de optar por viver no que seria, muito mais tarde, Manaus. Azar do sauim-de-coleira, sorte dos manauenses que, contudo, ainda não reconhecem o privilégio de ter nas mãos uma espécie exclusiva de animal silvestre.

A prova está no avanço descontrolado de canteiros de obras nos já poucos fragmentos florestais de Manaus, na ausência de ações de salvaguarda por parte dos grandes empreendimentos, no desconhecimento sobre sua condição vulnerável e até mesmo nos mais banais atos de crueldade, como pedradas, atropelamentos e confinamento em cativeiro doméstico.

“Temos uma espécie de animal lindíssima que ocorre no nosso quintal e que está sumindo. Ao invés das pessoas terem o comportamento de admirar, de gostar, de amar, elas tacam pedra, dão paulada, atropelam, desmatam”, comenta Diogo Faria, um dos vários integrantes de um programa lançado em dezembro 2011 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e cuja execução conta com a participação de várias instituições de pesquisa e órgãos públicos: o Plano de Ação Nacional de Conservação (PAN) do Sauim-de-Coleira.

A constatação do grave perigo vivido pelo sauim-de-coleira levou o ICMBio a se articular com instituições do Amazonas e de outras regiões e com pesquisadores que estudam o sauim-de-coleira. Desta forma, o animal tornou-se o primeiro primata da Amazônia a receber as ações de um PAN do ICMBio.

Portaria

A portaria 94 de 2 de dezembro de 2011, assinada pelo presidente do ICMBio, Rômulo Fernandes Barreto Mello, estabelece planos de ação para proteger o sauim-de-coleira e tentar salvá-lo da extinção. A proposta pretende reduzir a taxa de declínio populacional e assegurar áreas protegidas para a espécie com pelo menos oito populações viáveis de 500 indivíduos cada. O plano tem uma vigência até 2016.

Uma das maiores dificuldades da viabilização do plano é a falta de financiamento. O PAN estabelece as metas, mas seus integrantes precisam correr atrás do dinheiro, o que tem sido um dos obstáculos para que o plano avance.

Diogo Faria, por exemplo, que faz parte da ação dedicada à implementação de campanhas de educação ambiental, tenta produzir um filme destinado especialmente às crianças sobre a importância de proteger o sauim-de-coleira. “Recorremos a algumas empresas, mas ainda não conseguimos. Precisamos de R$ 25 mil para a produção do filme”, disse.

Marcelo Gordo, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e um dos principais especialistas em sauim-de-coleira, diz que a grande relevância do plano é que ele dá o direcionamento à elaboração de projetos que se destinam a conseguir financiamento. Mas ele reconhece que ainda falta muito.

“Sabe por que o plano não corre do jeito que a gente deseja? Por que não tem dinheiro. Mas esse plano dá uma norteada e facilita para quem está tentando conseguir recursos”, diz Gordo, membro do PAN e do comitê de monitoramento de avaliação do plano.

Metas do Plano de Conservação

. Inserção de, pelo menos, 30% da área de distribuição de sauim-de-coleira em unidades de conservação.

. Aumento da conectividade entre as áreas ocupadas, priorizando áreas acima de 10 mil hectares e em pelo menos 30% dos fragmentos urbanos de interesse para a conservação da espécie.

. Entre estes fragmentos estão Bacia do Mindu, Tarumã-Ponta Negra e Distrito Industrial.

. Programa de pesquisa que compreenda mecanismos relacionados à expansão do sauim-de-mãos-douradas sobre as áreas do sauim-de-coleira.

. Criação de um programa de manejo e em cativeiro para a conservação da espécie.

. Programa de educação ambiental para reduzir em 50% mortalidade do animal causada pelos seres humanos.

. Implementação de 100% das áreas verdes municipais e manutenção e/ou recuperação de pelo menos 20% da cobertura florestal dos loteamentos urbanos.

Fonte: A Crítica - Manaus


Graças ao empenho de países culturalmente mais desenvolvidos desde o ano passado já estão acontecendo esforços com o intuito de ao menos manter alguns exemplares para reprodução e investindo recursos para quem sabe, um monitoramento eficiente por parte das autoridades brasileiras, conforme o vídeo abaixo:  


O técnico chama a atenção sobre a situação do sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) afirmando ser uma espécie em extinção. Segundo a reportagem eles existem (2012) apenas em uma área limitada e em torno da cidade de Manaus, no Brasil. Alguns zoológicos, cuidadosamente selecionados em todo o mundo, foram autorizados a tentar a reprodução da espécie. Um contrato de financiamento com o governo do Brasil foi estabelecido para controlar a espécie em jardins zoológicos. O Zoológico Jersey Zoo Förhoppningsvis e o Universeum Mulhouse Zoo da França (responsável pelo vídeo), irão adotar espécies resgatadas.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Greenpeace - Dia internacional das Florestas. Participe



participe da mobilização online pelo dia mundial das florestas dia 21/03 a partir das 15h e ajude a salvar nossas florestas
Olá Mauricio


Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional das Florestas e vamos agitar as redes sociais para que mais brasileiros conheçam e abracem a lei do desmatamento zero.
Sua participação é muito importante: quanto mais assinaturas tivermos, mais rápido conseguiremos frear a destruição das nossas florestas. Compartilhe a petição com seus amigos e familiares e juntos vamos mostrar aos deputados e senadores que queremos um Brasil com florestas.

Divulgue a campanha
Compartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter
Para completar esse grande dia de mobilização, os voluntários do Greenpeace também estarão coletando assinaturas em várias cidades do Brasil. Mas você também pode ir às ruas: baixe o formulário de coleta de assinaturas e colabore para que mais pessoas façam parte desse time que defende as florestas.

Para continuarmos esse trabalho nas redes e nas ruas, sua contribuição é muito importante. Colabore para que essas e mais ações para proteger nossas florestas sejam possíveis.
Marcio AstriniUm grande abraço,
Marcio Astrini
,
Coordenador da Campanha da Amazônia
Greenpeace
Ajude o Greenpeace a proteger o planeta

Junte-se a nós

quinta-feira, 14 de março de 2013

Saiba mais sobre o "Pacto pela restauração da Mata Atlântica"



Considerando o histórico de degradação e o alto grau de fragmentação dos remanescentes da Mata Atlântica, torna-se impossível viabilizar a preservação dos ciclos naturais, do fluxo gênico e dos serviços ambientais fornecidos pela floresta, sem que se priorizem políticas, programas e projetos de grande escala voltados à restauração do bioma.

Por esta razão, foi criado o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que tem como missão articular instituições públicas e privadas, governos, empresas e proprietários, com o objetivo de integrar seus esforços e recursos para a geração de resultados em conservação da biodiversidade, geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração, manutenção, valoração e pagamento de serviços ambientais e adequação legal das atividades agropecuárias nos 17 estados do bioma.

A meta do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica é a restauração florestal de 15 milhões de hectares até o ano de 2050, distribuídos em planos anuais aprovados por seu Conselho de Coordenação

Ao todo, são mais de 90 projetos e iniciativas cadastradas no site, somando mais de 16 mil hectares em processo de restauração florestal, e mais de 170 organizações trabalhando efetivamente para recuperar um dos biomas mais importantes e ameaçados do planeta.

Embora recente, o movimento, cujo foco é a restauração de uma das florestas mais ricas e mais ameaçadas do planeta, já comemora vários resultados conquistados neste período. O Pacto chegou em abril de 2011 com mais de 170 organizações comprometidas em viabilizar e restaurar 15 milhões de hectares até 2050, o que levará a Mata Atlântica a ter 30% de sua cobertura original, assumindo, neste caso, que hoje há menos de 12% da área total e que haverá iniciativas extras na recuperação do bioma.

Áreas potenciais para restauração (fonte: Pacto pela restauração da Mata Atlântica)O cadastro nacional de inciativas e projetos de restauração é um esforço inédito no Brasil e visa conhecer o estágio atual da restauração ecológica na Mata Atlântica, bem como reunir iniciativas e promover a troca de experiências, contribuindo para o aumento da restauração em qualidade e escala. Mais de 90 iniciativas de restauração já estão sendo cadastradas, sendo que 60 já estão disponíveis para consulta no site, o que somam mais de 16 mil hectares em processo de restauração e uma rede que envolve mais de 16 viveiros e produtores de mudas.

No início de 2012, o Pacto lançou a atualização do Mapa de Áreas Potenciais para Restauração Florestal, que ampliou a área analisada em mais três Estados (PB, RN e SE). Com isso, mais 300.000 hectares foram acrescidos nas áreas potenciais, totalizando 17.728.187 hectares para serem restauradas em 14 dos 17 estados do bioma. Além do levantamento de áreas potenciais, o Pacto trabalha atualmente na conclusão de novos mapeamentos: áreas elegíveis para o mercado de carbono, de serviços ambientais voltados para água e de áreas com maior potencial de conectividade de fragmentos florestais. Os objetivos são conquistar investimentos que levem a melhores resultados ambientais, sociais e econômicos para os projetos desenvolvidos, e também contribuir para a construção de politicas públicas para a restauração na Mata Atlântica.

Outra iniciativa pioneira é a construção do Protocolo de Monitoramente de Projetos de Restauração Florestal. O auxílio para o monitoramento de projetos é uma demanda real de grande parte das organizações que atuam na Mata Atlântica e, para que seja útil, a metodologia deve ser padronizada. O trabalho vai favorecer a mobilização de recursos para os projetos de restauração, pois será possível avaliar os investimentos e a eficiência dos processos.

Atuação nacional e internacional

Integrar pessoas e mobilizar recursos são as principais atividades do Pacto. Segundo o relatório da 1a Oficina realizada em fevereiro de 2011, membros do movimento apresentaram mais de 50 propostas para o BNDES, sendo que 25 projetos de restauração estão em processo de aprovação para restaurar quatro mil hectares de floresta, com um investimento aproximado de R$ 75 milhões em cinco anos. O Pacto também participou do processo de aprovação da conversão da dívida externa entre o governo brasileiro e a United States Agency for International Desenvolvimento (USAID). Este acordo, denominado Tropical Forest Conservation Act (TFCA), tem como objetivo canalizar parte dos US$ 21 milhões da TFCA para atividades de conservação e restauração dos biomas Mata Atlântica (predominantemente), Cerrado e Caatinga. USAID_Relatorio_Encerrramento 2012.pdf

Durante os dois primeiros anos do projeto, vários membros e organizações participaram de eventos nacionais e internacionais representando o Pacto, e mais recentemente a Rio +20. Ainda em agosto de 2011, mereceu destaque, a  coordenação de um simpósio da Sociedade de Restauração Ecológica, na 4ª Conferência Mundial, realizada em Mérida, no México. Passando a ser considerado um centro de difusão de informações e conhecimento sobre restauração florestal. É possível encontrar diversos artigos científicos relacionados ao tema no site, entre outras informações, inclusive a disponibilidade de manter-se informado através de newsletter via inclusão do seu e-mail. 

Além de todos esses resultados, o Pacto está trabalhando para a implementação de outras ações e estratégias previstas em seu planejamento. Seu principal objetivo é garantir à população ar limpo, água, regulação do clima e, ainda, a geração de empregos, renda e negócios sustentáveis.

2a Oficina de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração Florestal do Pacto

Recentemente no dia  09 de março de 2013, oficializou-se  a realização da 2a Oficina de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração Florestal do Pacto

O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica restará realizando entre hoje e amanhã em Campinas, a 2a Oficina de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração Florestal. A oficina tem o apoio do Projeto Cooperação da Mata Atlântica II, por meio da GIZ e Funbio.

Durante o encontro, os profissionais reunidos poderão discutir e aperfeiçoar o PROTOCOLO DE MONITORAMENTO do PACTO, (vide arquivo pdf, abaixo), que foi construído durante a 1a Oficina realizada em Fevereiro de 2011.

Neste intervalo de tempo, muitas organizações puderam testar a aplicação do Protocolo em campo e agora é a oportunidade de rever este documento e, ao mesmo tempo, aperfeiçoá-lo, de forma a torná-lo um documento de fácil e prática aplicação pelas centenas de instituições que atuam com restauração no bioma Mata Atlântica.

Os objetivos da Oficina seguem abaixo e os desdobramentos do encontro serão divulgados para todos os membros e sociedade.

Objetivos:
  • Avaliar o protocolo de monitoramento das áreas em restauração, resultado da “Oficina de Monitoramento do Pacto pela Restauração pela Mata Atlântica”, realizada em março de 2011;
  • Propor melhorias e refinamento ao protocolo de monitoramento,
  • Incluir no protocolo métodos para estimar estoques de carbono em áreas em restauração/regeneração natural na Mata Atlântica.
Dctos para consulta:

Mais informações, entre em contato:

Pacto pela restauração da Mata Atlântica
Rua do Horto, 931 – Casa das Reservas da Biosfera – Jd. Tremembé - São Paulo, SP – CEP 02377-000
TEL/FAX: (11) 2232-2963 2232-5728 – E-mail: secretariaexecutiva@pactomataatlantica.org.br

Assessoria de Comunicação
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
Telefones: 11 2232-2963 e 11 2232-5728


Informativo por ocasião da origem do Pacto, via SOS

2009

Tartarugas de Couro nascem pela 1ª vez na base de Sauípe/BA


As tartarugas de couro são as mais misteriosas

Os pesquisadores do Projeto Tamar registraram pela primeira vez o nascimento de filhotes dessa espécie na área monitorada pela Base de Sauípe/BA, na praia de Massarandupió. 

O nascimento de tartarugas de couro, ou gigantes, nome científico Dermochelys coriacea, aconteceu na área monitorada pela Base de Sauípe, na Bahia, na praia de Massarandupió, município de Entre Rios, aproximadamente 30 quilômetros ao norte da Praia do Forte.

O ninho gerou 49 filhotes que nasceram e seguiram para o mar sem a interferência humana. Quando os pesquisadores chegaram ao local, a maioria já tinha ido para o mar, alguns filhotes ainda estavam no ninho e outros estavam sem vida. Esses filhotes retidos, mais fragilizados, foram levados pelos pesquisadores para os devidos cuidados da equipe de veterinários da base da Praia do Forte. Estes precisarão de ajuda para sobreviver e serão fundamentais para que se possam estudar sua biologia e comportamento, e ainda dar a oportunidade para que as pessoas possam conhecer essa espécie considerada rara pelos pesquisadores.

Como explica o coordenador nacional do Projeto Tamar/ICMBio, oceanógrafo Guy Marcovaldi, já houve no norte da Bahia um ninho dessa espécie, mas não foi possível acompanhar o nascimento dos filhotes. As tartarugas de couro podem desovar fora da área comum a sua espécie. Elas são as mais misteriosas, afirma Marcovaldi, pois vivem em águas oceânicas e por seu enorme tamanho, até 2,5 metros com 700 kg, são difíceis de embarcar para marcação e biometria. Poder estudá-las e acompanhar o crescimento dos filhotes será de fundamental importância para o avanço do conhecimento sobre as tartarugas marinhas e sobre as melhores práticas para sua conservação.

A maior tartaruga marinha de todas

Essa espécie de tartaruga é a mais ameaçada de extinção no Brasil, e suas desovas se concentram principalmente em praias do norte do Espírito Santo. No Delta do Parnaíba, também têm sido registradas desovas desta espécie. Podem ocorrer desovas esparsas ao longo da costa, como já registrado isoladamente no Rio de Janeiro, no Paraná, no sul da Bahia (Prado), no sul do Espírito Santo, e no norte da Bahia.

Na temporada passada (2011-12) de reprodução das tartarugas marinhas o Tamar no Espírito Santo levou ao mar em segurança 7.744 filhotes de tartarugas de couro.

Saiba mais sobre as tartarugas gigantes:

Cada fêmea de tartaruga de couro, a gigante Dermochelys coriacea desova pelo menos seis vezes por temporada, mas é a espécie com menor quantidade de ovos por ninho, cerca de 90, enquanto que uma cabeçuda (Caretta caretta) pode chegar a colocar 120 ovos de uma vez. O intervalo entre as desovas varia de 8 a 11 dias.

Normalmente, a tartaruga gigante sai da água enquanto a maré sobe, o que diminui a energia gasta em seu deslocamento na areia. Suas áreas de desova são limitadas às praias arenosas, sem a presença de recifes ou rochas que podem provocar ferimentos devido ao seu grande peso.

Seu casco é preto-azulado, com quilhas brancas longitudinais e salpicado por manchas brancas. Bem desenvolvido, é formado por pequenos ossos organizados lado a lado e cobertos por uma camada de couro que o torna mais flexível (ao contrário das demais espécies). Essa característica possibilita mergulhos a grandes profundidades (superiores a 1.500m), em busca de alimento (águas-vivas e outros organismos semelhantes).

Como diz o seu nome comum, é a maior das espécies de tartarugas marinhas do mundo. Pode atingir dois metros de comprimento e até 750 kg. É também a que tem distribuição mais abrangente: vive em todos os oceanos, atingindo águas subpolares. A estimativa mundial é de uma população em torno de 50 mil fêmeas em idade reprodutiva.

Espírito Santo tem a maior concentração de desovas da tartaruga gigante
Espírito Santo tem a maior concentração de desovas da tartaruga gigante

A espécie ainda é considerada como criticamente em perigo de extinção e está exposta a vários riscos; situação preocupante, alertam os pesquisadores.

Tamar - Plano de Ação Nacional orienta conservação da fauna e da flora do Brasil


A tartaruga de couro é uma das mais ameaçadas de extinção

O Plano de Ação Nacional (Pan), que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) elabora e implementa em conjunto com seus Centros especializados, é ferramenta para avaliação e melhoria do estado de conservação das espécies brasileiras. Trata-se de um planejamento tático centrado na eliminação, neutralização ou redução das ameaças que põem em risco de extinção as espécies da fauna, da flora e o patrimônio espeleológico. No caso das tartarugas marinhas, o Pan elaborado em 2007, em conjunto com o Projeto Tamar, foi atualizado em 2012 e serve como instrumento indispensável para a conservação dessas espécies no Brasil.

Com a participação de especialistas do ICMBio e de entidades de pesquisa e conservação com comprovada experiência com as tartarugas marinhas, foi realizado na Praia do Forte, em novembro de 2012, um Painel de Gestão, instrumento de monitoramento amigável e didático, que apresentou um resumo dos resultados alcançados nos últimos dois anos e serviu de base para reflexão na atualização das ações para os próximos dois anos.

Das 71 ações de conservação e pesquisa redefinidas para 67 ações, já estão em andamento 54% destas e 6% já foram concluídas. A Fundação Pró-Tamar, instituição privada sem fins lucrativos fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996, coadministra o Projeto Tamar juntamente com o ICMBio, e é responsável pela execução de 27 destas ações redefinidas, além de apoiar outras 34.

Como explica o coordenador nacional do Projeto Tamar-ICMBio, oceanógrafo Guy Marcovaldi, através da participação multilateral, os Pans estabelecem um pacto envolvendo diversos segmentos da sociedade (governo, organizações não governamentais, cientistas, lideranças comunitárias, entre outros) em prol da conservação da biodiversidade brasileira. São instrumentos de gestão e de políticas públicas, construídos de forma participativa. Abrangem políticas públicas, desenvolvimento de conhecimentos científicos e a sensibilização de comunidades.

Abrolhos avalia impacto de mergulho recreativo em corais


Objetivo é melhorar uso público do parque nacional marinho

Brasília (04/03/2013) – O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no litoral sul da Bahia, realizou estudo que investiga o impacto do mergulho recreativo nos recifes de corais protegidos pela unidade de conservação (UC). O objetivo é aperfeiçoar a gestão do uso público do parque.


Abrolhos é considerado um dos melhores pontos de mergulho do Brasil, atraindo visitantes de diversos países. Dentre as atrações, destacam-se espécies endêmicas, como o coral cérebro Mussismilia brasiliensis, e colunas de coral de até 20 metros de altura que se erguem do fundo e se abrem em arcos de até 50 metros de diâmetro perto da superfície, em forma de imensos cogumelos submarinos, os chamados Chapeirões.


Apesar do mergulho autônomo recreativo ser considerado como uma atividade de baixo impacto ambiental, há a preocupação de que possa contribuir para a degradação biológica e estética das comunidades recifais em locais onde ocorrem altas taxas de visitação.

O estudo

Nas temporadas de verão de 2012 e deste ano, o pesquisador Vinícius Giglio, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), na Bahia, acompanhou visitantes durante mergulhos recreativos em Abrolhos. Ele analisou os contatos físicos dos mergulhadores com os corais e em quais condições isso ocorre.

Durante o estudo, foi constatado que há diferenças no comportamento de visitantes com diferentes níveis de experiência de mergulho e entre os que estavam munidos de equipamentos extras como câmeras fotográficas e os que não utilizaram equipamento adicional.


A pesquisa propõe medidas de mitigação dos possíveis impactos aos corais, como a definição de capacidade de carga (limite máximo de visitantes) para mergulhadores recreativos em pontos específicos da unidade. O trabalho contou com o apoio das empresas Horizonte Aberto Catamarãs, Apecatu Expedições e Parú Divers.

Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280

sexta-feira, 1 de março de 2013

The Times: 228 anos de prestígio em defesa dos elefantes



O The Times de Londres é mais do que um jornal. Virou instituição histórica, fundada no primeiro dia de 1785. Tiradentes ainda conspirava em Minas Gerais quando saiu o primeiro número. Beethoven tinha 14 anos de idade.

Por toda sua tradição ficou ainda mais importante seu editorial dessa quinta passada, 21 de fevereiro de 2013. O título: “Siga o dinheiro”.

Os dois primeiros parágrafos dão um retrato do vale-tudo de nossa época:
“Um anos atrás, caçadores sudaneses pesadamente armados e ligados à milícia Janjawid invadiram a república de Camarões e massacraram cerca de 450 elefantes. Foi o maior massacre desse tipo em décadas e o dinheiro gerado serviu para financiar o terrorismo”.

“No mês seguinte, um atirador solitário num helicóptero russo entrou na República Popular do Congo e matou pelo menos 15 elefantes, cada um com um tiro na cabeça. Suas presas foram avaliadas em 2 mil Libras (R$ 6.040) por quilo no mercado negro asiático (…)”

O editorial do The Times faz então uma firme defesa de uma ação internacional contra essa atividade imunda de sangue e que está levando ao extermínio puro e simples dos elefantes. “É entre os campos de morte da África e as butiques de Xangai que a corrupção e a falta de coordenação e decisão política estão levando os elefantes de volta ao abismo”.

A China como sempre faz seu papel de predador planetário sem qualquer vestígio de escrúpulo ou consciência. É na China que está a grande maioria dos novos ricos que compram as peças de marfim feitas com as presas dos elefantes mortos. Segundo o The Times, o preço dessas peças quintuplicou nas lojas chinesas.

Esse mercado funciona com a mais cruel das lógicas. Quanto mais raro um animal, mais caro fica seu produto. Quanto mais caro seu produto, mais valioso fica o animal. E quanto mais valioso o animal, mais ele é caçado. Os elefantes vão desaparecer da Terra se essa cadeia não for interrompida com firmeza. E o The Times tratou isso como uma questão de Estado, como trataria um genocídio ou uma guerra civil. E levanta uma questão para se pensar: por que não tratar o tráfico de animais com a mesma importância dada ao tráfico de drogas? Nesse sentido, o massacre de elefantes se torna muito mais trágico por ter consequências definitivas. Extinção, sabemos, é para sempre.

“Traficantes de marfim e drogas são geralmente o mesmo tipo de gente”, conclui o Times no seu editorial. “Chefes de sindicatos de crime arrancando lucros tipo cocaína de negociatas com marfim, com pouco risco. É tempo de identificar os (Pablos) Escobars desse tráfico detestável e saír à caça deles”.

Fonte: 
DMP - Dagomir Marquezi Produções
http://dagomir.blogspot.com.br/

Greenpeace - Ibama intensifica fiscalização nas rodovias Transamazônica e BR-163


Assine a petição

Mauricio, obrigado por fazer parte da história


Na última semana, o Ibama aterrisou no oeste do Pará e deu início a uma operação para intensificar a fiscalização nos arredores das rodovias Transamazônica e BR-163. Isso não é obra do acaso. A presença deles por ali tem forte influência da pressão que nós, sociedade civil, fazemos a cada dia. Obrigado por fazer parte fundamental dessa história!

A região, como já cansamos de denunciar, é historicamente problemática. O mosaico de conflitos inclui roubo de madeira, grilagem, invasão de terra pública e de áreas protegidas. Por isso, vamos continuar monitorando. E é por isso, também, que lançamos a campanha nacional pela lei popular do desmatamento zero. Mais de 763 mil pessoas – como você – já assinaram para dar um fim nesse cenário de devastação. Continue espalhando essa ideia.

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Dados do Imazon mostram que nos últimos seis meses o desmatamento na Amazônia aumentou mais de 100% se comparado com o mesmo período do ano anterior. Não vamos deixar que essa tendência volte a ser regra. No último ano, tivemos a menor taxa de desmatamento da história e esse número tem que chegar a zero. Compartilhe a petição do desmatamento zero.
 
Marcio Astrini Um abraço,
Marcio Astrini
Coordenador da Campanha da Amazônia
Greenpeace
Ajude o Greenpeace a proteger o planeta

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WWF - Hora do Planeta 2013: Sábado 23 de março, 20h30.




 Hora do Planeta 2013: Sábado 23 de março, 20h30. A Hora do Planeta passou de uma iniciativa em apenas uma cidade em 2007 para a maior campanha em defesa do planeta, unindo centenas de milhões de pessoas ao redor de 7001 cidades em 152 países e territórios.

O vídeo oficial de 2013 contém a música "Without You" de David Guetta e Usher, fornecendo uma trilha otimista que combina com a celebração do evento deste ano pelo mundo. A missão da Hora do Planeta é unir as pessoas para proteger a Terra, então vá além da hora e faça o upload do seu desafio Eu Faço se Você Fizer em www.YouTube.com/horadoplaneta. Desafie o mundo a salvar o planeta.

Às Estrelas


The Most Astounding Fact
O Fato Mais Importante (Legendado)

PET



Medicamentos - Descarte Consciente


Google Street View - Dados cartográficos

A gigante de couro pode atingir dois metros de comprimento e pesar até 750 kg.