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segunda-feira, 26 de março de 2012

Apesar de ilegal, caça predatória do peixe-boi da Amazônia abastece feiras no Amazonas


Espécie está vulnerável à extinção 

  • Peixe-boi é um dos mamíferos aquáticos da Amazônia
Segundo biólogo da Associação Amigos do Peixe-boi (AMPA), a carne do peixe-boi é comercializada em Manaus e no interior sob encomenda por valores entre R$ 5 e R$ 20 o quilo. 

Apesar de protegido pela legislação brasileira desde 1967, o peixe-boi da Amazônia é uma das cinco espécies de mamíferos aquáticos da região que teve sua população reduzida por conta da caça predatória que, apesar de ilegal, vem abastecendo o ‘mercado negro’ da carne de boto, inclusive, nas feiras de Manaus.




O alerta foi feito pelo biólogo da Associação Amigos do Peixe-boi (AMPA), Diogo Souza. Segundo o especialista, o peixe-boi da Amazônia figura entre as espécies vulneráveis à extinção, segundo a International Union for Conservation of Nature(IUCN).

Mesmo assim, devido ao valor comercial e sabor da sua carne, o Peixe-boi da Amazônia ainda é alvo da caça predatória. Nas feiras das cidades do interior e até na capital, a comercialização da iguaria se dá de forma esporádica, principalmente por encomenda, e o preço pode variar de R$ 5 a R$ 20 o quilo.

“Já ouvimos relatos da venda da carne do peixe-boi na feira do Coroado (Zona Leste de Manaus), por exemplo”, disse Souza.



Espécies

A Amazônia possui apenas cinco espécies de mamíferos aquáticos: a ararinha, a lontra neotropical, o boto vermelho, o tucuxi e o peixe-boi. Mas algumas dessas espécies tem sofrido com a caça predatória e a alguns deles estão na lista dos animais vulneráveis a extinção, como é o caso dos peixes-boi.

O Peixe-boi da Amazônia é o único mamífero aquático herbívoro da região. Ele se alimenta das plantas que nascem nos rios e controla o crescimento das macrófitas (plantas aquáticas).

As fezes e urina do animal servem como fertilizantes das águas, contribuindo assim, para a manutenção do meio ambiente. Esses animais são mais abundantes em rios de águas brancas, mas a sua ocorrência também pode acontecer em rios de águas pretas.

“O peixe-boi é muito importante porque ele é o único mamífero aquático que come plantas aquáticas. Com o desaparecimento da espécie, houve uma época que o governo começou a ter problemas com as construções de hidrelétricas. Como a água fica parada, as macrófitas começam a aparecer em maior quantidade, e sem o peixe-boi para comê-las, elas invadiam as turbinas, causando prejuízos nos equipamentos”, explicou o biólogo Diogo Souza.



Preservação

Instituições de pesquisas vêm desenvolvendo projetos científicos visando a preservação dessas espécies. É o caso do Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos (CPPMA), da Eletrobrás Amazonas Energia, localizado na Usina Hidrelétrica de Balbina, e a AMPA, organização não governamental vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA), criada para fortalecer e aprofundar os estudos sobre esses animais, aumentando, assim, a população dessas espécies.

“Uma Ong tem mais contato com a população e a ampa surgiu exatamente para fortalecer as pesquisas e o trabalho de educação ambiental na região”, ressaltou o pesquisador Diogo Souza.

Atualmente, as duas instituições juntas abrigam mais de 100 animais que na maioria das vezes foram resgatados muito debilitados. Só no CPPMA existem 15 tanques, que abrigam 50 peixes-boi, para tratar e ajudar a reabilitar estes animais, afim de que em um futuro próximo, eles possam ser devolvidos ao seu ambiente natural.




Cativeiros

Segundo o André Franzini, biólogo do Centro, o próximo passo é construir cativeiros em ambientes naturais e fazer o monitoramento, para saber de que maneira esses animais vão se readaptar ao meio ambiente.

“É o que nós chamamos de semicativeiro. Construímos uma barragem no lago, mas o animal vai conseguir viver no ambiente natural e se alimentar sozinho, só que com o nosso acompanhamento e controle. Aí sim, quando ele estiver pronto poderemos ser soltá-lo na natureza”.

No Inpa, outros 50 animais são acompanhados pelos pesquisadores da instituição. Ao longo de 30 anos de pesquisas com os mamíferos aquáticos, nos últimos dez anos, a instituição já conseguiu realizar a soltura de quatro peixes-boi.

Evento 

No último domingo, pesquisadores do CPPMA e AMPA, jornalistas e estudantes de comunicação social se reuniram no auditório da Hidrelétrica de Balbina para debater sobre a preservação dos mamíferos aquáticos, bem como falar da importância da comunicação para sensibilizar a população a não incentivar a caça ilegal dos peixes-boi.

De acordo com o biólogo da AMPA, Diogo Souza, hoje já é possível ver o aumento da população dessas espécies porque as pessoas estão criando mais consciência ambiental. 

“As gerações de hoje preferem não caçar mais o animal porque demanda muito tempo. Além disso, percebemos a influência da mídia na conscientização da preservação das espécies”, acredita.

Já para Franzini, o trabalho de educação ambiental realizado junto à comunidade também é um dos principais fatores a influenciarem na diminuição da mortalidade desses animais.

“Fazemos isso através de palestras para que eles criem essa consciência de proteger o peixe-boi. O CPPMA trabalha com a reabilitação desses animais, e o nosso objetivo é realizar um trabalho para evitar que as pessoas continuem matando os peixes-boi”, disse.

“É muito difícil mudar o pensamento dos mais velhos. Por isso nós focamos as atividades de educação ambiental nas crianças, porque elas estão em formação e são o nosso futuro”, completou.

A sexta edição do Consciência, organizado pelo Inpa, reuniu aproximadamente 30 pessoas. Entre elas, o estudante da Ufam, Diego Cativo, afirma que a discussão foi proveitosa. “Eu não conhecia muito o peixe-boi e vendo os trabalhos realizados aqui, pude conhecer mais sobre a espécie ter mais consciência acerca da preservação desses animais. O debate foi muito interessante”, garante.

Já o estudante Ruan Matheus, aponta para a necessidade se fazer uma comunicação mais simplificada, onde a informação possa atingir todas as classes sociais. “Muitos textos científicos são carregados e acabam se tornando uma leitura chata. E nesse encontro eu pude aprender que é possível escrever um texto mais acessível, de modo que todos possam entender”, afirmou. 



Curiosidades

O peixe-boi pode viver até 60 anos e sua reprodução começa a partir dos 10 anos de vida. A gestação dura 12 meses e a mãe dá a luz a apenas um filhote a cada três anos. O período de amamentação acontece durantes dois anos.

Esses animais podem chegar a medir 3 metros de comprimento, chegando a pesar 500 kg. Um animal adulto pode ficar até 30 minutos sem subir para a superfície para respirar, enquanto que os bebês sobem com mais frequência. Quando o assunto é alimentação, um adulto pode comer até 25 kg de plantas por dia.

Uma das principais formas da sua comercialização é através da mixira, uma mistura da carne com a gordura do animal que pode conservá-la por até seis meses. Antigamente, o couro do peixe-boi era usado para a fabricação de cola e correias de maquinários, como as de teares e veículos de locomoção. A caça do peixe-boi é proibida pela lei 1.957/67.

De 2010 para 2011 só o INPA realizou o resgate de 26 espécies. Atualmente a instituição possui 18 peixes-boi adultos, 19 jovens e 13 filhotes. Tanto nos tanques do INPA quanto nos tanques do CPPMA, os machos e as fêmeas são mantidos separados porque espaço é insuficiente para todos. “Recebemos muitos animais, por isso temos que separá-los para manter o controle”, comenta Diogo.

Para denunciar um caso ---->>> IBAMA: (Tel: 0800-618080 - "Linha Verde")

James Cameron chega ao ponto mais profundo do oceano



  • Cineasta James Cameron chega ao ponto mais profundo do oceano




James Cameron levou duas horas e 36 minutos para chegar ao ponto mais profundo do oceano, situado a aproximadamente 11 km do nível do mar, permaneceu lá por duas horas e voltou em 70 minutos.


O cineasta de Hollywood, James Cameron, tornou-se o primeiro ser humano a fazer uma viagem para a parte mais profunda do oceano. O local, chamado Challenger Deep (desafio das profundezas, em português), faz parte da Fossas Marianas, no Oceano Pacífico ocidental, na Micronésia.

O diretor vencedor do Oscar com Titanic e Avatar chegou ao ponto mais profundo do oceano, situado a aproximadamente 11 quilômetros do nível do mar, às 07h52 desta segunda-feira (horário local).



Segundo a rede internacional CNN, Cameron levou duas horas e 36 minutos para chegar à zona mais profunda do oceano. Ele passou duas horas observando e coletando amostras de material para pesquisa e, em seguida, reapareceu depois de uma subida que durou 70 minutos.

"Foi apenas sete anos para chegar a este ponto, eu comecei a trabalhar no submarino quando eu ainda estava terminando Avatar, então vamos ver”, disse Cameron na véspera de sua missão em alto-mar ao site da revista People. Com a missão, Cameron bateu um recorde que não era tentado desde 1960, quando Jacques Piccard e Don Walsh usaram o submarino Trieste para ir às profundezas do Oceano, onde ficaram por 20 minutos. Na ocasião, a dupla não conseguiu fazer imagens pela pouca visibilidade.

"Acabo de chegar ao ponto mais profundo do oceano", Cameron twittou quando chegou ao Challenger Deep. "Chegando ao fundo, nunca me senti tão bem. Não posso esperar para compartilhar o que eu estou vendo com vocês."



Cameron fez a viagem no Deapsea Challenge, submarino de alta tecnologia que ele e uma equipe de engenheiros, em parceria com a National Geographic, construíram ao longo dos últimos sete anos - e que pode suportar pressão de até 2.857 quilogramas por centímetro. Além disso, ele é equipado com uma torre de iluminação de LED, câmeras 3D e um braço que coleta amostras do fundo do oceano.


O diretor canadense é um apreciador das águas profundas. Ele passou seu aniversário de 56 anos, em agosto de 2010, em uma viagem ao fundo do lago Baikal na Rússia, o mais antigo e profundo do mundo.

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A gigante de couro pode atingir dois metros de comprimento e pesar até 750 kg.