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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Degelo do Ártico relacionado ao frio mais rigoroso na Europa dos últimos 20 anos



Pesquisadores alemães afirmam que o declínio na presença de gelo no Mar do Norte pode estar alterando os padrões climáticos do continente e resultando nas baixas temperaturas e nevascas que já causaram a morte de mais de 300 pessoas

Afinal, que aquecimento global é esse que resulta em dezenas de centímetros de neve amontoada em cidades que não viam nada parecido há mais de 20 anos? 

Perguntas como essa vêm surgindo na imprensa europeia nos últimos dias e são responsáveis por acalorados debates. As respostas para elas podem estar em um novo estudo apresentado por cientistas alemães que aponta que todo esse frio é na realidade um sintoma das mudanças climáticas que estão se tornando cada vez mais visíveis na vida das pessoas.

Segundo os pesquisadores da Unidade de Pesquisas de Potsdam do Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Marinha e Polar, a queda das temperaturas na Europa está ligada ao degelo do Ártico.
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De acordo com os cientistas, o grande degelo nos últimos verões está resultando em um oceano mais quente e que não consegue evitar que o calor retorne para a atmosfera. Assim, o ar sobre o oceano se aquece, principalmente entre o outono e o inverno, levando a novos padrões atmosféricos.

Uma das consequências desse fenômeno aparece quando a diferença de pressão entre a região continental e o Mar do Norte fica grande o suficiente para gerar ventos úmidos que sopram com força na direção dos países europeus, trazendo grandes nevascas. Seria isto que estaria ocorrendo nas últimas semanas.

“As altas temperaturas que causam o degelo podem facilmente ser comprovadas pelo monitoramento constante que fazemos do Ártico. Analisamos ainda processos complexos por trás das nevascas e chegamos a dados que mostram que o degelo influencia os padrões de pressão de ar e, por consequência, a circulação de ventos”, afirmou Ralf Jaiser, principal autor da pesquisa.

A atual frente fria, com temperaturas de até -32°C, já vitimou mais de 300 pessoas e está provocando o caos nos transportes por toda a Europa. As previsões afirmam que a situação deve melhorar um pouco no decorrer dos próximos dias.

Muitos meteorologistas estão responsabilizando um sistema de alta pressão que está empurrando o ar gelado da Sibéria para o resto do continente pela onda de frio.

“Diversos fatores possuem naturalmente um papel no complexo sistema do clima. No entanto, nossa pesquisa demonstra como as mudanças regionais na cobertura de gelo do Ártico são um ator importante nesse sistema”, explicou Jaiser.

A presença de gelo no Mar do Norte caiu 20% nas últimas três décadas de acordo com o monitoramento do Instituto Postdam e a tendência é uma taxa de derretimento ainda mais veloz nos próximos anos.

Cientistas norte-americanos afirmaram em novembro, em um estudo publicado na revista Nature, que o nível de degelo atual, 8,6% por década, é o maior em mais de um milênio.


Portanto, ao contrario do que se poderia pensar, a situação da Europa está mais para uma prova do aquecimento global do que para a negação do fenômeno.

"Invernos recentes mais severos que o normal não contradizem o aquecimento global. Na realidade dão mais apoio para as previsões que temos das mudanças climáticas. Vale alertar que o crescente degelo pode triplicar a probabilidade de invernos extremos na Europa e no norte da Ásia”, destacou Vladimir Petoukhov, físico do Instituto Postdam.

facilmente ser comprovadas pelo monitoramento constante que fazemos do Ártico. Analisamos ainda processos complexos por trás das nevascas e chegamos a dados que mostram que o degelo influencia os padrões de pressão de ar e, por consequência, a circulação de ventos”, afirmou Ralf Jaiser, principal autor da pesquisa.

A atual frente fria, com temperaturas de até -32°C, já vitimou mais de 300 pessoas e está provocando o caos nos transportes por toda a Europa. As previsões afirmam que a situação deve melhorar um pouco no decorrer dos próximos dias.

Muitos meteorologistas estão responsabilizando um sistema de alta pressão que está empurrando o ar gelado da Sibéria para o resto do continente pela onda de frio.

“Diversos fatores possuem naturalmente um papel no complexo sistema do clima. No entanto, nossa pesquisa demonstra como as mudanças regionais na cobertura de gelo do Ártico são um ator importante nesse sistema”, explicou Jaiser.

A presença de gelo no Mar do Norte caiu 20% nas últimas três décadas de acordo com o monitoramento do Instituto Postdam e a tendência é uma taxa de derretimento ainda mais veloz nos próximos anos.

Cientistas norte-americanos afirmaram em novembro, em um estudo publicado na revista Nature, que o nível de degelo atual, 8,6% por década, é o maior em mais de um milênio.

Portanto, ao contrario do que se poderia pensar, a situação da Europa está mais para uma prova do aquecimento global do que para a negação do fenômeno.

"Invernos recentes mais severos que o normal não contradizem o aquecimento global. Na realidade dão mais apoio para as previsões que temos das mudanças climáticas. Vale alertar que o crescente degelo pode triplicar a probabilidade de invernos extremos na Europa e no norte da Ásia”, destacou Vladimir Petoukhov, físico do Instituto Postdam.
  • Euronews (via Portugal):


Fontes: Instituto CarbonoBrasil/Unidade de Pesquisas de Potsdam

"Cajuína", alto teor de vit. C - Versão orgânica



  • Cajuína é bebida tradicional do Piauí

Bebida mais popular do Piauí, a cajuína ganha versão orgânica. Trata-se de um suco de caju mais leve. No estado, 400 fábricas produzem 4 milhões de garrafas por ano, porém apenas uma indústria oferece a orgânica. O negócio do engenheiro agrônomo Josenilto Lacerda Vasconcelos participa do Projeto de Fruticultura do Piauí, organizado pelo Sebrae.

A instituição atende 70 empresas rurais, capacitadas em Gestão e Qualidade. Para conquistar os consumidores, o empreendedor buscou a fórmula perfeita. Ele realizou vários testes e alcançou o melhor sabor com a mistura de três espécies de caju. Preparar a bebida é trabalhoso. As frutas são lavadas com uma solução de água clorada para eliminar fungos e bactérias. Depois, são trituradas, filtradas e engarrafadas.

Todo o processo leva seis horas e garante uma cajuína com alto teor de vitamina C. Essas qualidades agregam valor ao produto. A fábrica produz 40 mil litros da bebida por ano. Com a certificação orgânica, subsidiada pelo Sebrae, o preço aumentou 20%. O Sebrae leva a cajuína para feiras no Brasil e até no exterior. Dessa forma, a empresa consegue novos clientes, mas, a maior parte da comercialização ainda é feita no Piauí, em 2,5 mil pontos de venda.


Central de Relacionamento: 0800-570-0800
Site: www.sebrae.com.br
Cajuína Cristal
Contato: Josenilto Lacerda Vasconcelos (Empresário)
BR 343, km 30 - Ditalpi
Parnaíba – PI – CEP: 64200-970
Telefone: (86) 3323-0650

"Núcleos Exóticos" - Físicos estudam os elementos fundamentais para vida com acelerador de particulas


 
  • Acelerador de partículas do IF, necessário para criação de núcleos exóticos

Estudos que vêm sendo realizados no Instituto de Física (IF) permitirão aos cientistas compreender como se formam no universo elementos fundamentais para a vida, como o carbono e o oxigênio, entre outros. Para tanto, os pesquisadores utilizam dois equipamentos: o Radioactive Ion Beams in Brazil (RIBRAS), único no hemisfério sul, e o acelerador de partículas Pelletron-tandem. Com os aparelhos, os pesquisadores estudarão a formação dos elementos por meio da análise de núcleos exóticos.

A equipe do IF é liderada pelos professores Rubens Lichtenthäler Filho, Valdir Guimarães e Alinka Lépine. “Núcleos exóticos são aqueles que não são encontrados na Terra, apenas em estrelas de massa muito maior do que a do Sol, e que podem ser produzidos em laboratório, com aceleradores nucleares como o nosso”, descreve Lichtenthäler.

Segundo o pesquisador, estes núcleos possuem excesso ou falta de neutrons em relação aos elementos estáveis, como por exemplo o Helio-6 que possui 2 nêutrons a mais do que o estável Helio-4, ou o Lítio-8 que tem um neutron a mais do que o estável Lítio-7. “Por isso, esses elementos são instáveis e apresentam propriedades diferentes dos elementos encontrados na Terra. Devido à sua instabilidade eles possuem meias-vidas (tempo de vida) curtas da ordem de frações de segundos ou menores ainda”, explica o professor.

Os experimentos do laboratório trabalham com núcleos exóticos com meia-vida de aproximadamente 0,8 segundos, tempo suficiente para se realizar uma segunda reação e estudar as propriedades destes elementos.

“A formação dos elementos físicos ocorre nas estrelas. A partir de reações de fusão nuclear de elementos leves, como por exemplo, quando 4 átomos de hidrogênio se fundem para formar o Helio-4 e assim, sucessivamente, até elementos mais pesados como o Carbono-12 e Oxigênio-16, entre outros. Acontece que não existem na natureza elementos estáveis com massas 5 e 8, o que representa uma barreira para a formação destes elementos mais pesados. É como se faltassem dois degraus de uma escada”, exemplifique Lichtenthäler.

Segundo ele, a existência de núcleos exóticos como o Lítio-8 e o Helio-6, mesmo que com meia-vida curta pode alterar esse cenário, pois sua presença na estrela pode influir na formação dos outros elementos, como os que constituem a vida. Além disso, alguns núcleos exóticos como o Berílio-7 também servem como ferramentas para que a equipe entenda processos de produção de energia no Sol.

Acelerador de Partículas e RIBRAS

Adquirido em 2001, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o RIBRAS é essencial para a produção e seleção artificial dos feixes de elementos exóticos necessários para o estudo. O sistema foi montado e começou a operar em 2004 quando foram realizados os primeiros experimentos.

Devido às características do acelerador de partículas Pelletron este é, no momento, um dos poucos laboratórios do mundo que produzem feixes de núcleos exóticos em baixas energias. “As energias nas estrelas são baixas, por esta razão, os estudos em astrofísica utilizam baixas energias”, conclui o pesquisador.

  • Assista um breve modelo explicativo neste vídeo:

Nitrogênio aumenta período de maturidade de folhas

USP Universidade de São PauloNo Instituto de Biociências (IB) da USP, pesquisa mostra que o nitrogênio do solo, ao estimular o crescimento das plantas, reduz o acúmulo de açucares nas folhas, fazendo com que permaneçam no estado de maturidade por mais tempo. A mudança verificada no trabalho do biólogo Mauro Marabesi permite que as árvores realizem mais fotossíntese e absorvam mais carbono em suas copas, além de poder aumentar a produtividade de espécies agrícolas.


Maior período de maturidade leva folhas a absorverem mais carbono da atmosfera

O objetivo do estudo foi entender os fatores que determinam a longevidade das folhas. “Verificou-se que a quantidade de açúcares na folha, que é o resultado de sua produção na fotossíntese menos as quantidades que são utilizadas na respiração e no crescimento das plantas, determinam a longevidade e o desenvolvimento foliar”, conta Marabesi. Os experimentos foram realizados com a Senna alata, leguminosa conhecida popularmente como “mata-pasto”, que por ser uma planta invasora, tem altas taxas de fotossíntese e crescimento. “Também foi averiguado se o nível de nitrogênio do solo pode modificar a intensidade do crescimento”.

Ao determinar a melhor fonte de nitrogênio, a pesquisa verificou que os melhores resultados de crescimento foram obtidos com o amônio, em relação ao uso de nitrato. As concentrações testadas variaram entre 0 e 64 milimolar (cada milimolar equivale a um volume aproximado de 18 miligramas). “Conforme se amplia a dosagem de nitrogênio, aumenta a biomassa e a produção de folhas, o que também leva a uma maior taxa de fotossíntese”, aponta o cientista.

As maiores taxas de crescimento levam a maior utilização dos carbohidratos pela planta, reduzindo seu acúmulo nas folhas. “Acredita-se que o acúmulo de açúcares acelera o envelhecimento, fazendo com que as folhas morram mais depressa”, diz o biólogo.

Longevidade


Comparação entre maturidade (acima) e senescência de folhas de Senna alata

Marabesi explica que a longevidade das plantas é dividida em três ciclos: expansão, maturidade e senescência. “Na maturidade há uma maior produção de carbohidratos, enquanto na senescência as folhas verdes vão adquirindo uma coloração amarelada até morrerem”, conta.

A adubação nitrogenada fez com que a quantidade de carbohidratos acumulados nas folhas se reduzisse. “A redução permitiu que elas permanecessem no estado de maturidade durante mais tempo”, ressalta o pesquisador. O estudo foi orientado pelo professor Marcos Buckeridge, do IB.

De acordo com o biólogo, o maior número de folhas produtivas na copa das árvores poderá aumentar a absorção de carbono. “Isso permitiria uma maior retenção de dióxido de carbono (CO2), o que seria benéfico em um contexto de mudanças climáticas”, aponta.

Ao mesmo tempo, nas espécies agrícolas, o aumento da taxa de fotossíntese pode direcionar a maior quantidade de carbohidratos para ampliar a produtividade. “Na cana-de-açúcar, por exemplo, haveria maior disponbilidade de açúcar, na soja aumentaria a quantidade de grãos, outras espécies elevariam a produção de frutos, e assim por diante”, conclui Marabesi.

Por Júlio Bernardes - jubern@usp.br
Mais informações: email mauromarabesi@usp.br

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