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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MDIC - Amazonas atrai US$ 1,5 bilhão em investimento de fábricas japonesas

Manaus - O Amazonas foi o Estado com o maior número de projetos anunciados pelas empresas japonesas de 2004 até o primeiro semestre de 2011. Os investimentos somaram US$ 1,57 bilhão (3,76% do total no País), conforme o relatório da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No Brasil, os investimentos japoneses anunciados registraram o valor de US$ 41,8 bilhões, em um total de 153 anúncios.

Minas Gerais foi o principal destino dos investimentos japoneses previstos para o Brasil, US$ 18,9 bilhões (45,2%), mas em número de projetos anunciados, o Amazonas foi o primeiro na lista, com 74 novos investimentos para o mesmo período. Cabe destacar, também, o Estado de São Paulo, que foi o segundo principal destino de investimento, com 7,8% do total previsto (US$ 3,2 bilhões) e 24 projetos previstos. 

Os anúncios de investimentos para o Amazonas foram destinados principalmente às indústrias de equipamentos de transporte (US$ 836 milhões - 30 projetos), eletroeletrônicos (US$ 538 milhões - 31 projetos), automotivos (US$ 119 milhões - 4 projetos) e máquinas e equipamentos (US$ 49 milhões - 3 projetos). 

Cerca de 35 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) têm participação de investimentos líquidos japoneses. Os setores com maior atuação do Japão no PIM são os de Eletroeletrônicos, Duas Rodas e Mecânico, de acordo com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). 

O setor Eletroeletrônicos já é um tradicional receptor de investimentos japoneses, assim como a indústria de equipamentos de transporte, por conta das montadoras do setor de Duas Rodas, afirma o coordenador geral da Renai, Eduardo Celino. “Nos próximos anos, os investimentos japoneses no Brasil devem crescer, principalmente em virtude das oportunidades internas. Tendo em vista a demanda doméstica crescente no Brasil, enquanto a atividade econômica dos países da Europa e dos Estados Unidos arrefece”, aponta Celino. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima um crescimento de 20% nos investimentos diretos dos japoneses no Brasil este ano, comparado ao ano passado. Os aportes serão destinados, principalmente, aos setores Automotivo, Eletroeletrônico, Siderúrgico e Farmacêutico.

Porém, a perspectiva de investimentos no Amazonas poderia ser bem maior se o Estado tivesse uma infraestrutura aeroportuária, de comunicação e distribuição de energia eficientes, destaca o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva. “Há carência de infraestrutura básica e recursos humanos em todo o Brasil e principalmente no Amazonas. O advento da Copa do Mundo no País exigiu do governo federal um compromisso que deveria ter sido firmado muitos anos antes”, afirma Silva.

Join ventures’ lideram em projetos

Os projetos vultosos, que demandam muitos recursos, contemplam a maior parte do total previsto, analisando os anúncios de investimentos japoneses no Brasil por faixa de valor nos últimos seis anos e meio. 

Os projetos entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão e acima de US$ 1 bilhão representam 81% dos valores previstos dos investimentos. Vale ressaltar que as duas faixas com menores valores (até US$ 5 milhões e entre US$ 5 e US$ 100 milhões) registraram 38 e 74 projetos, respectivamente. Apesar de as duas juntas representarem 73% dos projetos anunciados, participam apenas com 5,3% dos recursos previstos.

A faixa intermediária (entre US$ 100 e US$ 500 milhões) registrou um número considerável de projetos (25), correspondendo a 13,6% dos recursos dos investimentos estimados.

Considerando os investimentos japoneses por formação societária, a maior parte dos recursos previstos tem origem de ‘joint ventures’ de empresas japonesas e brasileiras (73,2% do total previsto – US$ 30,6 bilhões), referentes a 33 projetos.

Os demais recursos são provenientes de empresas exclusivamente japonesas, que representaram 23,6% (US$ 9,9 bilhões), referentes a 117 projetos; e de ‘joint ventures’ de empresas japonesas e estrangeiras 3,2% (US$ 1,4 bilhão), referentes a quatro projetos. 

Reflexos

Indicadores de desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM), elaborado pela Suframa revelam que o polo de Duas Rodas faturou no primeiro semestre de 2011 US$ 4,44 bilhões, 36,5% acima do resultado do primeiro semestre do ano passado.

O subsetor eletroeletrônicos faturou no primeiro semestre do ano US$ 6,41 bilhões, 16,3% acima do faturamento do mesmo período de 2010, segundo os indicadores da Suframa

MDIC

Importações de Pescado Já Chegam a Cerca de Meio Bilhão de Dólares de Janeiro a Abril de 2011


Filé de Pangasius - Um dos Pescados Importados pelo Brasil

O Brasil, com este imenso potencial aquícola como veremos adiante, importou 128.370 toneladas de pescados no valor de USD 490 milhões de dólares nos quatro primeiros meses de 2011 – aumento de 31,5 por cento em volume e 38,1 por cento em valor em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da SECEX/MDIC.

Se o Brasil continuar importando nesta média mensal, pode chegar no final de 2011 com um volume de importações jamais atingido antes, acima de USD $1,5 (um e meio) bilhões de dólares.

O Brasil tem todas as condições de ser a curto prazo uma potencia mundial em Aquicultura e BioCombustíveis Aquícolas.

Como exemplo de modelos de sucesso, escrevemos artigos anteriores sobre o sucesso dos projetos de cultivo de Tilápia em tanques-redes das Associações do Padre Antonio e Ivone no Rio São Francisco e o fenômeno mundial do Pangasius sp, bagre nativo do rio Mekong do sudeste Asiático.

Embora a aquicultura comercial desta espécie tenha iniciada somente em 1994, o Pangasius já é responsável por 50% de todas as exportações de pescados do Vietnã gerando milhares de empregos e faturando bilhões de dólares anualmente. Vejam uma atividade aquícola com menos de 20 anos de idade!!!!

Surpreendentemente, apesar de um décimo das espécies de peixes do mundo (~ 5.000) ocorrem na Amazônia, nenhuma delas são cultivadas em larga escala como a Tilápia e agora o Pangasius.

Além disto, o Brasil, a oitava economia do mundo, tem 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no seu interior, e detém 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção aquícola.

O Brasil tem 8,5 mil km de costa marítima, com uma Zona Econômica Exclusiva de 4 milhões de quilômetros quadrados, o que significa metade do território brasileiro.

Temos também tecnologias avançadas como os sistemas Aquabioponics e Aquafuelponics (que maximizam o uso de água e espaço) permitem que megas projetos integrando piscicultura-horticultura-biocombustíveis tendo a ativa participação de pequenos, médio e grandes produtores possam ser implementados em regiões metropolitanas dos grande centros consumidores.

Com todo este imenso manancial de tecnologias, mão-de-obra especializada e recursos aquáticos não dá mesmo para entender como podemos estar tão dependentes das importações, não produzindo o que a mercado nacional está consumindo e pagando um dos pescados mais caros do mundo.

Planeta Tilápia

Debate sobre Código Florestal volta a ser discutido



O substitutivo de Aldo Rebelo foi aprovado na Câmara no fim de maio, em meio a acirrados debates

O Senado fará uma audiência conjunta nesta terça-feira das comissões de Agricultura, Ciência e Tecnologia, e de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle para ouvir o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que foi relator na Câmara da reforma do Código Florestal. 

A expectativa é de que o debate sobre o tema comece a esquentar a partir da semana que vem, já que o governo trabalha para alterar o texto aprovado pela Câmara. 

O substitutivo de Aldo foi aprovado na Câmara no fim de maio, em meio a acirrados debates que dividiram ambientalistas e ruralistas. O governo acabou derrotado por sua própria base parlamentar, que aprovou uma emenda do PMDB que prevê a anistia para quem desmatou mata nativa em Áreas de Proteção Permanente (APPs) até 2008.

A emenda teve o apoio da bancada ruralista, mas a presidente Dilma se declarou contra a proposta e ameaça vetar o texto, caso ele seja mantido no Senado, onde o governo tentou, sem sucesso, garantir que a matéria tivesse um relator único, de preferência, disposto a fazer as mudanças exigidas pelo Planalto.

O PMDB, porém, saiu na frente e indicou o senador Luiz Henrique (SC) como relator das comissões de Agricultura e de Constituição e Justiça. Restou ao PT indicar o senador Jorge Viana (AP) para ser relator na Comissão de Meio Ambiente.

Por sugestão da senadora Ana Amélia (PP-RS), a Comissão de Agricultura também aprovou requerimento propondo audiência pública também com Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Jacob Palis Júnior, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC); Renato Sebastião Valverde, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFG-MG); e Luís Carlos Silva de Moraes, procurador da Fazenda Nacional e autor do livro "Código Florestal Comentado". 

Com informações do G1

Rede Globo lança game que desafia jogador a proteger o meio ambiente

Objetivo é impedir o avanço da devastação sobre os biomas brasileiros.
'Missão Bioma' é primeiro jogo com conteúdo jornalístico da casa.


A Rede Globo lança, nesta segunda-feira (15), um novo jogo na internet - o Missão Bioma. No game, o jogador tem o desafio de ajudar a proteger os seis biomas brasileiros - Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampas - de ameaças como tratores com motosserras e bichos contaminados por poluição. Ele faz isso gerenciando recursos e posicionando estrategicamente os seus personagens num tabuleiro virtual.

O jogo combina raciocínio e estratégia com ação e rapidez. Cada personagem colocado no tabuleiro do jogo impede de maneira diferente o avanço dos agentes da devastação.

Jogador terá de ajudar a proteger os seis biomas brasileiros. 

CLIQUE AQUI PARA JOGAR
Online e gratuito, Missão Bioma é o primeironewsgame - jogo com conteúdo jornalístico - da Rede Globo.

Para melhorar seu desempenho, o participante tem de ler ou assistir notícias da Rede Globo sobre meio ambiente e responder perguntas sobre elas. Também pode compartilhar conteúdo noticioso sobre questões ambientais com seus amigos.

A proposta é que o jogo seja uma forma diferente e divertida de se manter atualizado sobre o que acontece no campo ambiental no Brasil.

Missão Bioma foi desenvolvido dentro do Projeto Globo Natureza, que inclui reportagens especiais nos telejornais da emissora, programetes exibidos nos intervalos da programação, além da editoria Natureza do portal G1, com notícias de meio ambiente atualizadas em tempo real.


O principal desafio do game é impedir o avanço da destruição nos biomas brasileiros. Acima, a caatinga. 

Indígenas bolivianos protestam contra rodovia na Amazônia boliviana, o verdadeiro interesse é explorar petróleo


Pouco mais de 300 indígenas do leste da Bolívia começaram nesta segunda-feira uma marcha de 30 dias das suas aldeias até La Paz, em protesto contra a construção de uma rodovia que cruzará o coração da rica reserva ecológica onde vivem os nativos. O projeto para a construção da rodovia é do presidente boliviano Evo Morales, que sonha unir o altiplano à Amazônia boliviana.

A marcha começou após os indígenas escutarem uma missa na catedral de Trinidad, 500 quilômetros ao noroeste de La Paz. O dirigente indígena Adolfo Moye afirmou que os habitantes são contra a construção da rodovia porque temem a perda do seu modo de vida, baseado na caça, pesca e agricultura de subsistência. O vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, disse que é um "exagero" afirmar que a rodovia "destruirá os bosques" do Parque Nacional Isiboro Sécure, uma área de 12 mil quilômetros quadrados na Bolívia central.

Evo Morales afirma que consultará os indígenas sobre a construção da rodovia mas disse que ela será feita porque é uma prioridade nacional. A construção da rodovia é defendida pelos moradores das cidades. A polêmica, contudo, decorre do fato de Evo ter se apresentado várias vezes como um defensor da ecologia e da "Mãe Terra". O projeto é apoiado pelo governo do Brasil, que financiará a obra. Uma construtora brasileira já recebeu a luz verde para começar a desmatar o trecho florestal que será cortado pela rodovia.

O governo boliviano também acusa organizações ambientalistas de instigarem os indígenas, mas a Liga de Defesa do Meio Ambiente opina que o verdadeiro interesse é explorar o petróleo. Na semana passada, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, José Luis Gutiérrez, disse que a região do parque obriga potenciais reservas de hidrocarbonetos.

Não foi o único protesto que aconteceu hoje contra o governo na Bolívia. Em El Alto, cidade proletária perto de La Paz, moradores bloquearam avenidas e ruas exigindo a realização neste ano de um censo que foi adiado no ano passado. Os moradores querem que a cidade tenha mais verbas do governo porque a população local cresce mais.

As informações são da Associated Press.

A deficiência dos fundos ambientais na Amazônia



Visando a melhor utilização e implementação de mecanismos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) na Amazônia, o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com o Instituto Centro de Vida (ICV), analisou o estado da gestão dos fundos ambientais e florestais nos dois estados da federação que mais desmatam: Mato Grosso e Pará. De acordo com o estudo, os fundos apresentam muitas deficiências, como falta de transparência e monitoramento.

A proposta faz parte de um projeto maior chamado Iniciativa de Governança Florestal, que verifica a gestão dos recursos florestais e ambientais em todos os estados amazônicos. Segundo uma das autoras da análise, Priscilla Santos, pesquisadora do Imazon, o objetivo do estudo é ajudar na melhoria da capacidade dos fundos atualmente existentes e também constatar as principais deficiências para que sejam corrigidas em iniciativas futuras.

“Os estados que consideram a criação de fundos como estratégia de captação de recursos para implementação de REDD e para mitigação de mudanças climáticas precisam aprender lições e experiências dos fundos anteriores. Hoje há vários estados em diferentes etapas de implementação de fundos, mas se faz necessária a aplicação de alguns critérios”, explicou. 

De acordo com ela, foram analisados dois fundos em cada um dos estados: Fundo Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso (Feman/MT), MT Floresta, Fundo Estadual de Desenvolvimento Florestal do Pará (Fundeflor) e Fundo Estadual de Meio Ambiente do Pará (Fema/PA). Dentre os quatro, só um deles – o MT Floresta – possui mecanismos de participação civil: um comitê.

Quanto à transparência, a pesquisadora dá o exemplo do Fema/PA: “Criado em 1995, ele não possui prestação de contas desde então”. Segundo Priscilla Santos, não há informações disponíveis sobre quantidade de projetos em curso, localização, etc. Ela ressalta ainda que o aumento de transparência pode ampliar a capacidade de captação de recursos aos fundos, pois aumenta a confiança dos doadores.

“O objetivo de um fundo é apoiar projetos de base sustentável, mas para isso tem de haver transparência e monitoramento, além de dados disponíveis sobre quantos projetos foram aprovados e apoiados, quanto de recurso foi destinado, quais os critérios de aprovação, um relatório de cumprimento dos objetivos, etc. E tampouco há um acompanhamento da eficácia de tais iniciativas”, afirmou.

De acordo com a pesquisadora Alice Thuault, do ICV, também autora do estudo, os fundos estaduais, se bem administrados, podem ser mecanismos eficazes para distribuição e aplicação de recursos para REDD. Mas, para isso, devem seguir princípios básicos de governança, como “a transparência na administração, participação pública, capacidade de execução e de prestação de contas para a sociedade”.

Entre outras deficiências apontadas estão a ausência de apoio técnico para grupos com dificuldades de elaborar propostas como, por exemplo, populações que dependem da floresta, mas que possuem baixo nível de escolaridade.

Diante dessa realidade, o estudo propõe medidas de ajustes para os fundos já existentes e orientações para a criação e funcionamento de novos fundos que estão sendo planejados em vários estados da Amazônia. 

Mapa ilustrativo abaixo: Nível de risco de desmatamento por município na Amazônia Legal, entre agosto de 2011 e julho de 2012


Estudo do Imazon analisa o risco de desatamento até julho de 2012 na Amazônia Legal. Os fundos ambientais são uma forma de captar e aplicar recursos para gerar incentivos à manutenção da floresta em pé e no combate ao desmatamento e à degradação florestal. 

Crédito: Imazon


Encontro de colecionadores de história em quadrinhos - Amazônia Comicon

Amazônia Comicon anima cena de quadrinhos em Belém

A ideia é valorizar a memória dos grandes mestres do gênero e debater a linguagem utilizada ao longo do tempo por quem faz história em quadrinho no Brasil, especialmente aqueles que ficam à margem, na chamada cena independente. É o Amazônia Comicon - Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop da Amazônia, que promete agitar o circuito cultural de Belém . O evento, inédito no Pará, poderia ser pioneiro na região Norte, não fosse Manaus sair na frente e conseguir patrocínio primeiro para realizá-lo em julho deste ano.

O festival ocorre na capital paraense no mês de outubro, no Instituto de Artes do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e Fundação Curro Velho. A programação terá mostras de filmes, exposições, workshops, oficinas, palestras, sessões de autógrafos e performances com atrações nacionais e internacionais.

O evento celebra os 20 anos do Ponto de Fuga, grupo formado por profissionais e amadores do universo dos quadrinhos. O nome, aliás, está perfeitamente alinhado à linguagem. “O ponto de fuga é uma regra de desenho, de onde nasce o desenho”, explica um dos integrantes do grupo e organizador festival, Luiz Cláudio Negrão.

De acordo com o Luiz Cláudio, os últimos dois anos foram marcados por uma efervescência cultural no cenário de quadrinhos no Brasil. Aficionado pelo tema, o arte-educador e desenhista de 36 anos acredita que o festival chega a Belém na hora certa.

“É um momento favorável à produção e ao debate sobre a linguagem das HQs. O evento que me inspirou mesmo foi o Rio Comicon, que rolou em novembro do ano passado, com exposições, feira, bate-papo e uma proposta também comercial, com apoio da Oi Futuro. Outra questão é que não existe nenhum festival desse porte na região Norte. Tudo acontece em Brasília, Rio, São Paulo, Curitiba, e por aí vai. Por aqui perdemos espaço, apesar de termos nomes de peso nos quadrinhos e excelentes desenhistas”, diz.

Inscrições: Apesar de só movimentar a cidade em outubro, o evento abre em agosto as inscrições para duas programações: Mostra de Filmes e Exposição de Histórias em Quadrinhos do Espaço Ponto de Fuga. A mostra tem como proposta exibir filmes e documentários sobre a arte dos quadrinhos e da cultura pop. As inscrições começam dia 22 de agosto e vão até 5 de outubro.

“É uma oportunidade para o lançamento de produções locais inéditas sobre quadrinhos, animações e ficção. Além da exibição de obras clássicas do gênero”, afirma Luiz Cláudio.

Já a exposição no Ponto de Fuga será destinada a paraenses, de qualquer idade, que queiram expor seus trabalhos inéditos ou publicados em jornais, fanzines ou na internet. “Serão selecionados 20 artistas para ocuparem os espaços de exposição de quadrinhos nacionais, cada um com uma história. Vamos tentar envolver artistas de outros municípios, pois o que ocorre é que sempre são os artistas de Belém que participam nas exposições. As outras exposições serão de artistas convidados”, adianta Luiz.

Paraenses terão destaque

Os trabalhos para a seletiva devem ser enviados à comissão organizadora no formato jpg ou pdf, entre 15 de agosto e 30 de setembro. Para os artistas de outros Estados, o período de envio é o mesmo. O formato e a técnica também, mas o número de páginas será menor, apenas cinco por artista, ao contrário das dez permitidas aos desenhistas do Pará. A comissão escolherá um artista por Estado brasileiro, para garantir a maior representação possível de quadrinhistas brasileiros na Amazônia. As participações estrangeiras se darão por meio de convite ou indicação de mestre de quadrinho nacional, editora, pesquisador ou representação de classe do segmento.

Palestras e mostras internacionais

A programação detalhada do Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos ainda está em fase de fechamento. Mas os organizadores adiantam que os apaixonados por quadrinhos já podem se programar entre 25 e 29 de outubro. O Amazônia Comicon terá as seguintes palestras: Quadrinhos na Publicidade, Quadrinhos na Literatura, Quadrinhos e Cinema, Quadrinhos e Cultura Pop Japonesa: Mangá e Anime e História dos Quadrinhos Brasileiros.

“Ainda vamos estabelecer se algumas oficinas e palestras serão pagas. Tudo vai depender do patrocínio que conseguirmos. Vamos divulgando conforme formos fechando os detalhes”, destaca o organizador do evento.

O festival vai promover também oficinas como “O roteiro nas histórias em quadrinhos”, “Histórias em Quadrinhos, modelagem computacional e animação”, “Desenho de histórias em quadrinhos”; “Fanzine digital” e “Colorização de HQs”.

Entre os destaques internacionais do Amazônia Comicon está a exposição “Jayme Cortez: Ilustração, Quadrinhos e Arte Comercial”. A mostra é organizada por Fábio Moraes e Jayme Cortez Filho e apresenta a obra do quadrinhista que nasceu em Portugal em 1926 e morreu no Brasil em 1987.

Cortez publicou, em julho de 1944, sua primeira HQ no semanário “O Mosquito”, no qual colaborou até 1946. O artista teve ainda passagens pelo cinema, tanto como ator, como desenhista de cartazes de filmes. Em 1951, organizou em São Paulo a primeira exposição internacional de Histórias em Quadrinhos. O pioneirismo desse mestre completou 60 anos em junho de 2011.

“A exposição está rodando o Brasil, e como nunca veio para a Amazônia, resolvemos prestar essa homenagem”, comenta Luiz Cláudio.

Lançamento

No próximo dia 25, os organizadores do festival realizam o Encontro de Colecionadores de Histórias em Quadrinhos, no Instituto de Artes do Pará, a partir das 18h. Durante o encontro, haverá um pré-lançamento do Amazônia Comicon e serão anunciados mais detalhes da programação.

PARTICIPE

Amazônia Comicon - Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop da Amazônia. De 25 a 29 de outubro, no Instituto de Artes do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e Fundação Curro Velho. Pré-Lançamento: 25 de agosto, às 18h, no Instituto de Artes do Pará. Entrada franca. Promoção: Espaço Ponto de Fuga. Realização: Centro de Estudos e Memória da Juventude Amazônica.

Energia Solar Concentrada - CSPT (Concentrated Solar Power Tower)

Quase um século atrás, o engenheiro americano Frank Shuman ergueu cinco imensas calhas em forma de espelhos na cidade de Meadi, no Egito. Os refletores parabólicos concentraram a luz solar em um tubo suspenso a 70 metros de altura.

A água dentro do tubo ferveu e criou vapor. O vapor acionou um motor de 65 cavalos, o qual bombeou 6.000 litros de água por minuto a partir do rio Nilo para os campos de algodão nas proximidades. Estava inventada a primeiro usina thermal de Energia Solar Concentrada (CSP) do mundo.

Energia Solar Concentrada (CSP) tecnologia utiliza espelhos para concentrar (ou focalizar) energia da luz do sol e convertê-la em calor para produzir vapor que aciona turbinas que geram energia elétrica.

CSP Sistemas: Calha, Parabólica/Motor e Heliostat-Torre

Na realidade, os sistemas CSP geram energia elétrica usando espelhos para concentrar a energia do sol e convertê-la em calor de alta temperatura. Esse calor é depois canalizada para um gerador convencional. As usinas CSP consistem em duas partes: a) uma que coleta a energia solar e converte em calor, b) e a outra que converte a energia do calor em eletricidade. Existem quatro tipos de CSP sistemas: torre, calha plana, calha curva e parabólica/motor-gerador. Vamos falar neste artigo sobre o sistemas de torre -CSPT

Torres de Energia Solar Concentrada (Concentrated Solar Power Tower – CSPT) geram energia elétrica concentrando os raios solares no top de uma torre. Esta torre tem um receptor-trocador de calor que aquece um liquido condutor (uma mistura de sais em estado liquido) que circula no sistema.

Diagrama Simplificado-Esquemático 
de uma Usina de Geração de Eletricidade CSPT

O calor contido no liquido condutor vaporizado passa por turbinas e move geradores convencionais para produzir eletricidade. Do mesmo modo que a agua de uma represa passa (move) nas turbinas de uma hidroelétrica. Nas usinas CSPT o vapor produzido pelo aquecimento solar do liquido condutor, movem as turbinas dos geradores de eletricidade.

Usina CSPT no Deserto

A usina CSPT de geração de eletricidade utiliza centenas de milhares de espelhos rotatórios controlado por computadores chamados Heliostats. Os Heliostats têm um sistema automático que permite que os espelhos estejam sempre voltados direto para o sol girando e acompanhado o sol de frente: do amanhecer ao anoitecer e enquanto tiver radiação solar. Os Heliostats ficam sempre refletindo e concentrando radiação solar focalizando no receptador na parte de superior da torre. Esta concentração corresponde a centenas de sois focalizados em um ponto.

Heliostasts Concentrando Raios Solares numa Torre CSPT

As Torres de Energia Solar Concentrada - CSPT - são mais adequadas para aplicações de larga escala entre 30-800 Mega-watts. Para você ter uma ideia, a pioneira usina hidroelétrica de Paulo Afonso I, em Paulo Afonso no Rio São Francisco tem uma capacidade de 180 Mega-watts, isto é, quando tem agua suficiente no Velho Chico (rio) para movimentar todas suas turbinas. Nos períodos de grandes secas esta capacidade chegar a baixar para 20% ou menos.

CSPs usam como elemento de absorção e retenção de calor um liquido condutor. Este liquido é uma mistura de dois sais composto de: 60% de nitrato de sódio 60 por cento e 40 % do nitrato de potássio. A mistura liquidifica-se a 220 º C (428 º F) e é mantido em estado liquido a (290 º C/554 º F) no “tanque de armazenamento esfriado”.

Usina de CSPT de Geracao de Eletricidade - Heliostasts e Torre

O liquido condutor é bombeado do “tanque de armazenamento esfriado” até o receptor de calor no top da torre. Ao circular na parte superior da torre o liquido condutor é aquecido a 565 º C (1.049 º F) indo em seguida para os tanque armazenadores de liquido superaquecido. Nesta tanque o liquido fica estocado armazenando calor ou vai alimentar as turbinas do sistema.

Quando as turbinas precisam de calor, o liquido condutor é bombeado para as vaporizadoras que produzem vapor superaquecido que se expandem e vão movimentar as turbinas-geradores de produção de eletricidade.

Após circular nas turbinas geradores de vapor, e trocar-liberar calor, o liquido condutor “esfriado” volta para os tanques de “estocagem esfriado” onde fica armazenado até ser novamente bombeado e re-aquecido no top da torre. E ai começa tudo novamente.

Usina CSPT de Gerar Eletricidade na Espanha

Para que a central-usina CSPT continue produzindo eletricidade continuadamente, o liquido condutor é termicamente armazenado (os tanques sao revestidos de isolantes térmicos) durante períodos nublados ou à noite. Isto permite a usina CSPT operar 24 horas por dia..

O dimensionamento dos tanques de estocagem e retenção de calor é um fator super importante no dimensionamento das usinas CSPTs. Os tanques de alta temperatura se bem isolados podem estocar o liquido condutor por até 13 horas ou um pouco mais.

Usina Solar de Geracao de Eletricidade 
CPST em Seville - Espanha

Atualmente existem várias CSPTs sistemas funcionando no mundo inteiro. Nos USA, plantas CSPT vêm operando comercialmente de forma contínua e confiável por mais de 15 anos produzindo eletricidade em estados como California e Nevada.

A empresa privada, Arizona Power Company, estar construindo uma CSPT no deserto do Mohave para uma capacidade de 280 Mega-watts ou para abastecer 70.000 casas.

O maior CSPT ate agora construída esta na cidade de Sevilla na Espanha. A usina CSPT no Sul de Espanha, conhecida como Andasol 1, começou a operar em novembro passado e agora produz 50 mega-watts de potência, energia suficiente para abastecer 50,000 a 60,000 casas.

Como vimos no artigo anterior, os elétrons viajam centenas-milhares de quilômetros das termal-hidroelétricas ate chegarem nas nossas casas. Quando é que nossos lideres vão descobrir que o sol esta sobres nossas cabeças todo dia derramando energia solar para todos os lados e a todo tempo. Sera que um dia vamos aproveitar tudo isto de formar racional, tecnológica e eficiente? 

Este mês o grupo de energia do Google propôs que para os Estado Unidos reduzirem a dependência de combustíveis fósseis (USA importa quase 70% do petróleo que consume) precisam gerar energia usando Solar Power, tanto em forma de fotovoltaica (PV) como energia solar concentrada (CSP). Para isto esta previsto que os USA tenham uma capacidade instalada de PV e CSP no ano de 2030 de 250 Giga-Watts (250,000 Mega-watts). 

Estudos recentes estimam que em 2050, 15% da total demanda de energia mundial poderá ser suprida por CSP sistemas. Para ter uma ideia, recentemente uma empresa do Arizona assinou um contrato com a China pra produzir 2.000 megawatts de energia solar no interior do deserto da Mongólia . O projeto prever o fornecimento de energia suficiente para abastecer 3 milhões de casas. China planeja produzir 20 gigawatts de energia solar até 2020.

Quantas cidades de paises em desenvolvimento poderiam ser completamentes autosuficientes e independentes na produção de eletricidade e bio-eletricidade usando PV e CSP tecnologias associadas com green-bio-combustiveis.Quando vamos despertar para todo este potencial solar caindo todo dia dos ceus nas nossas comunidades? 

Às Estrelas


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