Todos pela Natureza!

domingo, 30 de setembro de 2012

Pico dos Marins a montanha mais alta do estado de São Paulo


Localizado na cidade de Piquete/SP, próximo à divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo na Serra da Mantiqueira,  o Pico dos Marins é a montanha mais alta do estado de São Paulo, com 2.420,7 m, e ocupando a 26ª posição entre as montanhas mais altas do Brasil, o Pico dos Marins atrai os amantes do montanhismo pela beleza da região que o cerca, proporcionando uma ampla e fantástica vista do Vale do Paraíba/SP, do Sul de Minas Gerais e das serras paulistas: Bocaina, Quebra Cangalha e Serra Fina.

A dificuldade para se chegar ao cume do Pico dos Marins também é outro atrativo para os montanhistas. Embora, para montanhistas experientes, não seja necessária a utilização de equipamentos de escalada, tampouco o uso de bússolas, GPS ou mapas, o trajeto até o cume é acidentado, longo e demorado, o que exige bastante esforço muscular e articular das pernas do montanhista, além de muito fôlego para resistir a cerca de 4 horas (ou mais) de dura caminhada até o topo.


A caminhada "off-road" propriamente dita inicia-se em um local chamado Morro do Careca. A partir dele até o cume do Pico dos Marins leva-se aproximadamente quatro horas carregando-se apenas alimentação e bebida e o retorno em aproximadamente três horas. Com barraca, provisões e alimentos para acampar no cume o percurso de subida pode ser feito em cerca de seis horas e a descida em cerca de quatro horas e meia. Estes tempos, é claro, não são absolutos pois dependem do grau de condicionamento físico do montanhista.

A temporada de visitas ao Pico dos Marins inicia-se no mês de maio e se estende até o mês de setembro. Fora deste período não é seguro aventurar-se por lá devido ao tempo instável, às fortes tempestades com raios e ao tempo fechado que reduz fortemente a visibilidade, prejudicando a navegação. Além do aspecto da segurança, visitar o Pico dos Marins durante a temporada é garantia de apreciação de todo o explendor da região e de belas fotografias e filmagens.


 




  • Não deixe o seu lixo na montanha. Se puder, recolha o que deixaram para trás. 
  • Respeite a natureza e os demais visitantes. 
  • Clique aqui para mais informações sobre as boas práticas de comportamento na montanha

sábado, 29 de setembro de 2012

Sustentabilidade pode ser fonte de bons negócios para as pequenas empresas


Sebrae

  • Na Feira do Empreendedor, o consultor Ricardo Voltolini também defendeu a preservação ambiental nos negócios


Voltolini defende a preservação do meio ambiente também no ramo empresarial (Foto: João Alves)Porto Alegre - A sustentabilidade não deve ser praticada, somente, dentro de casa e nas ruas das grandes cidades. O diretor-presidente da empresa de consultoria Ideia Sustentável, Ricardo Voltolini, defende a preservação do meio ambiente também no ramo empresarial.

Com a palestra “A Inserção da Sustentabilidade nas MPEs Brasileiras”, na tarde do segundo dia da Feira do Empreendedor, os visitantes puderam ouvir o que, há alguns anos, nem era comentado: ideias sustentáveis que geram lucro a micro e pequenas empresas (MPEs). “Os empreendimentos terão que aprender a produzir, consumir e regular de modo que não agrida tanto a natureza. Precisamos de um equilíbrio de resultados econômicos com resultados ambientais e sociais”, afirma Voltolini. Está comprovado que, com práticas limpas, as MPEs reduzem custos, melhoram o ambiente do negócio e ainda atraem mais consumidores.

Os dados, no entanto, assustaram a plateia: atualmente, o planeta retira 30% a mais de recursos naturais do que consegue repor. Para lavar um carro são usados 350 litros de água, o equivale ao consumo de uma família africana de sete pessoas. Segundo o palestrante, os alertas precisam servir de estímulo para reverter esse quadro: “Sustentabilidade não é risco e sim campo para novas oportunidades”, ressalta.

Para os empreendedores que não sabem como começar a investir em um “futuro verde”, o consultor, jornalista e autor do livro “Conversas com Líderes Sustentáveis” apresenta os sete passos para orientar MPEs: Superar a Inércia, ou seja, sair do papel; Iniciar com atitudes simples como economia de energia e reciclagem de lixo; Identificar os impactos que a empresa tem na sociedade que podem ser emissão de carbono e consumo de água e energia; Redução desses impactos; Planejamento para a execução; Cooperação dos funcionários e, por fim, a divulgação dos valores para que o negócio possa ser reconhecido de forma mais agradável. Para completar, Voltolini encerra a palestra em tom provocativo: “O que a sua empresa está fazendo hoje para garantir o direito das futuras gerações, ao ar limpo pra respirar, solo fértil pra plantar, água potável para se alimentar e clima estável para sobreviver?”.

Feira do Empreendedor

A Feira do Empreendedor segue até domingo, 30 de setembro, no Centro de Exposições da Fiergs, em Porto Alegre. No primeiro dia do evento, mais de 3 mil pessoas visitaram as atrações que abrangem palestras, seminários, talk shows, exposições de empresas, oficinas práticas e muitas outras atividades com foco em quem pretende abrir a sua empresa ou melhorar o empreendimento que já existe.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Clube da Semente


O Clube da Semente é um Organismo Não Governamental (ONG), que tem como objetivo básico desenvolver um trabalho de conscientização ambiental capaz de promover a conciliação da preservação de espécies (arbóreas) da flora brasileira com a elevação da qualidade de vida humana, a partir do uso socialmente justo e ecologicamente sustentável da diversidade biológica.

Suas atividades são mantidas principalmente através de campanhas de distribuição gratuitas de sementes, financiadas por empresas privadas, públicas e por seus inúmeros colaboradores espalhados pelo Brasil e exterior.

Nosso trabalho tem, além do objetivo fundamental ligado à preservação, a preocupação com o processo educativo de cada indivíduo. Contamos também com você, uma semente importantíssima na execução deste projeto.





O Ipê nasceu de um sonho e hoje é referência em educação ambiental




  • O Instituto de Pesquisas Ecológicas teve como primeiro projeto a conservação do mico-leão-preto e hoje oferece até MBA e mestrado
Em 2012, o Ipê – Instituto de Pesquisas Ecológicas completa 20 anos de trabalho reconhecido na área ambiental. Mas sua história começa bem antes disso, no final da década de 80, quando Claudio Padua e sua mulher, Suzana, resolvem recomeçar. Ele, administrador de empresas, convenceu a mulher, designer, a se mudar para o Pontal do Paranapanema, que fica no extremo oeste de São Paulo, para que pudessem realizar pesquisas com o mico-leão-preto, um dos primatas mais raros e ameaçados de extinção no mundo. Suzana enfrentou o medo e a insegurança e partiu para essa aventura que virou coisa séria. Em 1992, houve a fundação oficial e, hoje, a OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) conta com mais de 70 profissionais trabalhando em projetos espalhados por cinco regiões do Brasil.

“Claudio tinha 30 anos e estava infeliz. Ninguém levava a sério um administrador de empresas que queria trabalhar com conservação. Então, prestou vestibular para Biologia, cursou a faculdade e, depois, fez mestrado e doutorado nos Estados Unidos. Foi uma coragem muito grande. Achei que não fosse dar certo. Mas, quando nos mudamos para o Pontal do Paranapanema, para coletar dados sobre o mico-leão-preto, comecei a trabalhar com educação ambiental e me apaixonei. Apesar de formada em comunicação visual, também fiz mestrado e doutorado nessa área e, quando vimos, os estagiários que atraímos também já tinham formação e especialização e continuavam trabalhando com a gente nos projetos”, relembra Suzana, presidente do Ipê.




Claudio e Suzana: marido e mulher em prol da
natureza (Foto: Divulgação / Claudio Rossi)

O projeto de conservação do mico-leão-preto é até hoje uma das principais atividades do Ipê. Para mostrar a importância da espécie para os moradores da região, Suzana e sua equipe trabalham a conscientização de que o animal ajuda a manter viva outras espécies da Mata Atlântica e, dessa forma, as próprias pessoas. A imagem do mico-leão-da-cara-preta, típico de Ariri, que fica ao sul de São Paulo, também está sendo resgatada pelo instituto através desse trabalho de educação ambiental.

“A gente trabalha a autoestima das pessoas, mostrando que elas têm uma espécie que mais ninguém tem e que é preciso conservar o habitat para que ela não desapareça. Fazemos eventos, festivais de música e o mico entra sempre como símbolo. Assim, a gente conseguiu diminuir o índice de desmataento e devolver o orgulho às pessoas locais”, diz Suzana.

Em Nazaré Paulista, região importante no abastecimento de água, o escopo é o reflorestamento, a compensação de pegadas de empresas e a manutenção do meio ambiente junto à população. Fora de São Paulo, o Ipê realiza outros trabalhos importantes de educação ambiental. Um deles é na Amazônia, na região do baixo Rio Negro. Lá, as comunidades ribeirinhas estão aprendendo a tirar benefícios da floresta sem prejudicá-la. Projetos, encontros com outras comunidades mais bem-sucedidas são iniciativas que o Instituto de Pesquisas Ecológicas promovem:

“No Pantanal, há uma iniciativa de uma pesquisadora, Patricia Medici, que estuda antas e também faz trabalhos nas fazendas que são abertas à visitação turística. Ela mostra a importância da anta, que está em quase todos os biomas e também sofre ameaça.”

Preservação do mico-leão-preto: uma das ações do
Ipê (Foto: Divulgação / L.Cullen Jr.)

Como se pode ver, a educação ambiental é mesmo o objetivo maior do instituto, que hoje administra um curso de mestrado e um MBA em Ecologia. Claudio é vice-presidente do Ipê e reitor da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS):

“Desde que voltamos dos Estados Unidos, queríamos oferecer mestrado na área de Biologia da Conservação. É uma área que trata a conservação com a complexidade que ela tem. É uma mescla de temas, um curso interdisciplinar por natureza. Faz uns cinco anos que conseguimos autorização da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para oferecermos um mestrado profissional em Ecologia com esse foco interdisciplinar. Há uma disciplina chamada Seminários na qual os alunos aprendem como lidar com conflitos em comunidades, como trabalhar com a economia verde, e outros temas importantes. Nosso mestrado mescla teoria e pratica, social e ambiental. Com parceria com o Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor (Ceats), e Artemísia, o MBA tem a economia como foco.”

A equipe do Ipê - Instituto de Pesquisas Ecológicas reunida 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Atol das Rocas - Resgate do Paraíso Perdido


A Reserva Biológica do Atol das Rocas foi a primeira unidade de conservação marinha criada no Brasil, em 1979. Situa-se a 144 milhas náuticas de Natal/RN e a 80 milhas náuticas do arquipélago de Fernando de Noronha. Circundado por um anel de arrecifes contendo duas pequenas ilhas e uma laguna central, é o único atol no Atlântico Sul. Com 7,2km2 de superfície e 3,2km de diâmetro, é um recife semi-circular composto por esqueletos calcáreos de algas, corais e moluscos. A área da reserva é de 360 quilômetros quadrados, incluindo o atol e toda a área marinha em volta, até a profundidade média de mil metros.




Rocas é a segunda maior área de reprodução da tartaruga-verde (Chelonia mydas) do país, depois da ilha de Trindade, no Espírito Santo. Além das juvenis dessa espécie, também abriga a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), que utiliza essas águas para abrigo e alimentação. A temporada de reprodução ocorre de dezembro a julho, quando se registram em média 400 desovas, com geração de 35 mil filhotes.


As ilhas do Farol e do Cemitério são engolidas pela maré alta. Já na maré baixa surgem na área interna do atol várias piscinas naturais, de tamanhos e profundidades variadas, que funcionam como berçários para diversas espécies marinhas.

As águas cristalinas e abrigadas do interior do atol  facilitam o trabalho de monitoramento das tartarugas marinhas através do mergulho. Neste local, podem ser capturadas para estudo com relativa facilidade, em diferentes estágios de vida - inclusive os machos, que normalmente não sobem às praias -, possibilitando a coleta de dados.


Em resumo: só podemos caminhar pela praia e por uma trilha de areia que leva até a escada da base de pesquisa. Qualquer passo em falso para a direita ou para esquerda significa pisar na cabeça ou no ninho de alguma ave. É época de reprodução, e a areia de ambos os lados da trilha está forrada de trinta-réis, ou "esterninhas", cada uma delas deitada sobre um ovo. Aqui, o homem pede licença para passar.

É assim que se caminha pelo Atol das Rocas, uma das mais belas, isoladas e inóspitas unidades de conservação do Brasil. Um recife coralíneo circular incrustado no topo de uma montanha submarina a 270 km de Natal, que passa metade do tempo dentro d'água, metade fora.


Chegar lá exige mais de 20 horas de navegação a vela, quando o vento ajuda. À primeira vista, é uma paisagem surreal, que poucas pessoas além de pesquisadores, navegadores e pescadores intrometidos têm o privilégio ocasional de contemplar.

Um filete de areia branca que se eleva timidamente do mar, adornado de duas casinhas, algumas ruínas e uma meia dúzia de coqueiros que parecem brotar do oceano como um oásis flutuante.

Quem desembarcar neste paraíso em busca de silêncio, sombra e água fresca, porém, vai dar de cara com uma beleza brutal. O atol não tem água doce, as sombras esparsas dos coqueiros não oferecem refresco do sol e as 150 mil aves que se reproduzem ali fazem uma algazarra constante, dia e noite, 24 horas por dia.

Sem falar que esse oásis é guardado há mais de 20 anos por uma fera humana, muito mais eficiente em afastar intrusos do que os tubarões que patrulham suas águas: a natalense Maurizélia, ou Zelinha, como é mais conhecida.


Com pouco mais de 1,60 metro, 53 quilos, 46 anos, cabelos pretos, pele queimada de sol, muita dedicação e um comprometimento inabalável com a conservação, Zelinha é uma lenda do ambientalismo brasileiro. Pequenina, ex-alcoólatra e sem nível superior, nunca portou arma nem ostentou diploma, mas conhece o atol melhor do que qualquer cientista e já botou muito pescador casca-grossa para correr dali. Uma fera para tubarão nenhum botar defeito.

"Se o atol fosse fácil de cuidar eu não seria a chefe; seria algum doutor", resume Zelinha.

Funcionária da reserva desde 1991 e chefe desde 1995, ela fala do atol como uma mãe que fala de um filho. E a lista de dificuldades que enfrentou para defendê-lo é enorme. Sua maior batalha foi com os pescadores, que, atraídos pela abundância de peixes no entorno do atol, recusaram-se por muitos anos a manter suas redes e anzóis fora da reserva.

Armada apenas com um bote, uma câmera e uma filmadora, Zelinha usava de sua autoridade e malícia caiçara para afugentar os invasores. "Quando tinha de peitar a gente peitava; quando tinha de correr a gente corria; quando tinha de conversar, a gente conversava", conta. "A gente fiscalizava sem arma, sem nada, só indo pra cima e não deixando os caras pescar."


"A gente saía feito doido atrás de barco. Era todo dia", lembra Jarian Ribeiro da Silva, de 39 anos, braço direito de Zelinha desde 1996. Mais um que, como ela, chegou ao atol, se apaixonou pelo lugar e nunca mais saiu. Antes, vivia de bicos em Natal, como segurança, pedreiro, marceneiro. Até que seu irmão casou com uma pesquisadora do atol e Zelinha lhe ofereceu um cargo de ajudante, com salário que ela paga do próprio bolso.

Beleza inóspita

A rotina nos primeiros anos era duríssima. Zelinha e Jarian chegavam a passar meses sozinhos no atol, enfrentando os pescadores. A reserva não é aberta a visitação, e as expedições científicas eram esporádicas, pois a infraestrutura era mínima. Nos dois primeiros anos de ocupação havia apenas um acampamento precário, infestado de ratos e escorpiões. Em 1993 inauguraram um pequeno abrigo de dois cômodos, quarto e cozinha, onde Zelinha morou e trabalhou durante 15 anos.


Água doce sempre foi o bem mais precioso, usado a conta-gotas, exclusivamente para alimentação. A comida também precisava ser racionada, pois não havia entrega rotineira de mantimentos. Zelinha e Jarian viviam de doações feitas por barcos de passagem, pela Marinha, ou trazidas por pesquisadores.

"A gente tinha de pedir comida e água para todo mundo", recorda Zelinha, com lágrimas nos olhos. "Tinha dias que a gente só sentava e chorava. Chorávamos escondidos dos pesquisadores, para não mostrar fraqueza."

Sua personalidade forte e luta incansável contra os pescadores rendeu a Zelinha o apelido de "xerife dos mares". Na intimidade, porém, ela revela seu lado mais frágil. "A gente mostrava muita coragem no mar, mas voltava para o atol e as pernas tremiam de tanto medo", lembra ela, com Jarian ao lado. "Criamos esse personagem, incorporamos essa atitude, e assim sobrevivemos."

A solidão era um problema. Até 2008, nunca houve uma linha de comunicação permanente com o continente. O abrigo tinha uma antena de internet via satélite, mas nem sempre um laptop para tirar proveito dela. Sobrava apenas o rádio, para falar com navios e aeronaves de passagem. "Quando encostava um veleiro aqui a gente dava piruetas de alegria, porque era alguém para conversar", lembra Zelinha.

Parceria


As coisas só começaram mesmo a melhorar a partir de 2007, quando a organização SOS Mata Atlântica resolveu expandir suas atividades para o mar e escolheu o Atol das Rocas como primeiro "filho adotivo" de um programa criado para apoiar a gestão de áreas marinhas protegidas no País.

A organização captou R$ 1,7 milhão em doações privadas e criou um fundo (hoje com R$ 2,6 milhões), cujo rendimento líquido será usado para custear as despesas da reserva. Em cima disso, foram levantados R$ 900 mil para pagar a construção de uma nova base, compra de botes, motores, sistema de energia solar, internet, equipamentos, comida e outras necessidades imediatas.

A média de investimento até agora foi de R$ 50 mil por ano, segundo a SOS. As doações são de empresários paulistas, que não querem ter seus nomes divulgados. Como contrapartida, eles têm o direito de visitar o atol uma vez por ano - sob a supervisão de Zelinha, sem exceções.

O suporte é dado em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pelas unidades de conservação federais do País, que continua a bancar, principalmente, o transporte até o atol e os custos administrativos da unidade.


Os dias de penúria e mendicância acabaram. Zelinha e o atol agora têm uma base com 130 metros quadrados de área útil, com três quartos, cozinha ampla (e com geladeira cheia), e decks espaçosos para área de convívio e trabalho. Do lado de fora, dois botes infláveis e três motores. E o mais importante: uma agenda de pesquisa lotada até 2014, com equipes de até cinco cientistas revezando-se na base a cada mês.

"O atol está funcionando de forma exemplar", comemora o empresário Roberto Klabin, presidente da SOS Mata Atlântica.

Quando ele procurou o ICMBio pela primeira vez pedindo a indicação de uma unidade de conservação marinha para "adotar", ofereceram-lhe Fernando de Noronha. Mas não; ele queria um lugar menos complicado, onde a organização pudesse fazer a diferença e produzir resultados reais rapidamente. Apareceu o atol, e ele adotou na hora. 


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Projeto Rebimar - Recifes Artificiais

A Instalação de Boias Oficiais para identificar 
corais artificiais do Programa REBIMAR 


Programa REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha)

Recifes Artificiais

Recife artifcial é o termo utilizado para designar um conjunto de estruturas, normalmente de concreto, colocadas propositalmente no fundo do mar para serem colonizadas pela comunidade biológica que vive no meio aquático, a exemplo do que ocorre nos cascos de embarcações, plataformas e pilares de trapiches, que ficam em contato com a água do mar.

Como num recife natural, essas estruturas passam a ser cobertas por uma grande variedade de organismos, como algas, hidróides, briozoários, esponjas, corais e vermes marinhos.


Com o tempo, esses organismos promovem o aparecimento de uma comunidade recifal, que atraem lagostas, caranguejos, ouriços, e anfípodas, bem como milhares de larvas de peixes. Isto acontece pela oferta de uma superfície sólida para fixação, refúgio e alimentação.

Várias espécies que se utilizam dos recifes artificais, possuem interesse econômico tanto para a pesca artesanal e esportiva, como para o mergulho recreativo. Algumas podem ser encontradas ao longo do ano, outras são sazonais ou visitantes ocasionais.

Monitoramento dos Recifes Artificiais

23-08-2010 - Monitoramento ROV (8)

Em cada setor da área de implantação do projeto são realizadas vistorias subaquáticas trimestrais com auxílio de um veículo submarino remoto, chamado de ROV (remotely operated vehicle). Este aparelho é controlado por uma pessoa a bordo de uma embarcação, e é munido de uma filmadora para registrar a posição dos recifes artificiais. Além do ROV, também serã realizadas inspeções complementares por mergulhadores. Os resultados dessas vistorias servirão de subsídios para reposições e re-arranjos das estruturas.

Confira abaixo imagens de experiencias com recifes artificiais em diversas partes do mundo:




REBIMAR realiza reuniões comunitárias


O coordenador de Socioeconomia e Pesca, Guilherme Caldeira, informa os pescadores sobre o andamento do REBIMAR.

Neste mês, as comunidades pesqueiras de Pontal do Paraná, envolvidas com o REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha), recebem a visita de integrantes da Associação MarBrasil. Entre elas estão Barrancos, Canoas, Praia de Leste, Carmery, Olho D’água, Shangri-lá, Ipanema, Guapê, Atami e Vila Nova. As comunidades são convidadas a participar por meio de cartazes que são distribuídos em cada local.

O objetivo das reuniões comunitárias é levar informações sobre os resultados das pesquisas já realizadas nos recifes artificiais e fornecer recomendações a respeito do uso responsável destas áreas. Além disso, são mostrados os vídeos subaquáticos dos recifes para o público visualizar como essas estruturas estão instaladas e os peixes que frequentam a região. Os pescadores artesanais também dão sugestões sobre o Programa e propõem algumas ações.



Atentos, pescadores do balneário de Barrancos ouviram e deram sugestões.

Para Guilherme Caldeira, coordenador de Socioeconomia e Pesca da Associação MarBrasil, existem duas boas razões para incluir os pescadores no andamento do Programa. “Primeiro, porque a costa paranaense é o ambiente de trabalho dos pescadores e, por isso, eles são diretamente afetados pelo projeto. Segundo, porque eles conhecem muito sobre a pesca e os ambientes marinhos da região onde o projeto está implantado. A combinação entre o conhecimento tradicional dos pescadores e o conhecimento científico certamente traz bons resultados”, explica.

O pescador Florismar Santana da Silva, conhecido como “Fico”, um dos representantes da comunidade de Barrancos, conta que os recifes do REBIMAR têm trazido benefícios para suas atividades. “Os recifes só trazem o bem para nós, porque já conseguimos pescar bastante. Vendo os vídeos eu não imaginava que tinha tantos peixes assim. Como representante, eu gosto de trabalhar com o projeto e me sinto privilegiado”.

Recifes Artificiais

Associação MarBrasil comemorou 8 anos em 15/08/2012

Há oito anos atrás, a organização dava os seus primeiros passos rumo à conservação dos ambientes costeiros do Paraná e de todo o país e, agora, já pode comemorar algumas conquistas.

Desde 2004, graças a dedicação de todos os funcionários, são idealizados e colocados em prática diversos projetos. O primeiro deles foi o PREAMAR em seguida vieram o PROMERO, o Projeto Caiçara, Abrindo os Olhos para a Natureza, Intermar, Maricultura em MarAberto, ProToninhas, Projeto Currais e o REBIMAR (Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha).

Podemos afirmar que, com o desenvolvimento de todas essas iniciativas, a MarBrasil tem cumprido seu papel de incentivadora no processo de valorização do litoral brasileiro e de todas as riquezas que aqui se encontram.

A Associação MarBrasil é uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, fundada por profissionais de competência científica, técnica e administrativa. A Associação Mar Brasil foi criada para buscar soluções visando harmonizar o desenvolvimento do litoral paranaense e brasileiro. 

Jornalista Responsável: Gabriela Perecin (DRT 8968/PR)

Paraíso dos agrotóxicos



O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de insumos químicos para agricultura. Substâncias já proibidas em vários países encontram mercado fértil em terras brasileiras.

Cada dólar gasto com a compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em tratamentos de saúde. Apesar das evidências, o Brasil faz pouco caso das dívidas sociais e ambientais dos agroquímicos. 

O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pujante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior consumidor deagrotóxicos do planeta. Balança comercial tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de taiscommodities – que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialismo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados nos cálculos do comércio internacional?

“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas.

“Ao final das contas, quem paga pela intoxicação dos trabalhadores e pela contaminação ambiental é a sociedade”, afirma Soares. Em seu melhor economês, ele garante que as “externalidades negativas” de nosso modelo agrário continuam de forados cálculos.

Segundo o economista do IBGE, que recentemente estudou propriedades rurais no Paraná, cada dólar gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos 1,28 dólar em futuros gastos com a saúde de camponeses intoxicados.

Mas este é um valor subestimado. Afinal, Soares contabilizou apenas os custos referentes a intoxicações agudas. Levando-se em conta os casos crônicos, acrescidosda contaminação ambiental difusa nos ecossistemas, os prejuízos podem atingir cifras assustadoramente maiores. “Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”, diz.

“Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”

Seja na agricultura familiar, seja nas grandes propriedades rurais, “os impactos dosagrotóxicos na saúde pública abrangem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais”, afirma dossiê publicado em abril pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entidade que reúne pesquisadores de diversas universidades do país.

Milhares de casos de contaminação são registrados todos os anos pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, gerido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada 50 quadros de intoxicação por agrotóxico no mundo, apenas 1 é notificado.

Não são apenas agricultores e suas famílias que integram grupos de risco. Todos os milhares de profissionais envolvidos no comércio e manipulação dessas substâncias são potenciais vítimas. E, além deles, “todos nós, diariamente, a cada refeição, ingerimos princípios ativos de agrotóxicos em nossos alimentos”, garante a médica Raquel Rigotto, da Universidade Federal do Ceará (UFC). O agricultor Jeferson Matias da Rosa, de Boa Vista das Missões (RS), reafirma: “Hoje, todo mundo come veneno”.

Nenhuma novidade até aqui. O que nem todos sabem é que o Brasil é destino certo para insumos agroquímicos que, por elevados graus de toxicidade, já foram banidosem diversos países.

Veneno nosso de cada dia

Estão registrados no mercado brasileiro 434 ingredientes ativos, que, combinados, resultam em pelo menos 2.400 formulações de agrotóxicos amplamente utilizadas em nossas lavouras. O cardápio é eclético: inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscidas, formicidas e por aí vai – os responsáveis pela regulação e controle de tais produtos são os ministérios da Saúde (MS), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Meio Ambiente (MMA).


Até junho deste ano, era permitida no país a comercialização do metamidofós, poderoso genotóxico e neurotóxico usado principalmente em plantações de alface e tomate e proibido na Europa, China, Índia e Indonésia. (foto: Josa Júnior/ Flickr – CC BY-NC 2.0)

Das 50 substâncias mais usadas em terras brasileiras, 24 já foram banidas nos Estados Unidos, Canadá, Europa e, algumas, mesmo na Ásia. Atualmente, apenas 14 delas estão em processo de reavaliação pela Anvisa – procedimento que se arrasta desde 2008.

Alguns notórios destaques: o endossulfam, amplamente utilizado em culturas de soja, café, algodão e cacau, é sucesso de vendas no Brasil. Se as previsões da Anvisa se concretizarem, seu uso será banido – como já é em 45 países – até 31 de julho de 2013. É um provável desregulador endócrino, responsável também por danos irreparáveis ao sistema reprodutivo.

A cihexatina, empregada até muito recentemente em plantações de café, laranja, maçã, morango e pêssego, também entrou para a lista negra da Anvisa, e foi proibida somente no final de 2011. Carcinogênica e neurotóxica, a substância é ilegal na Austrália, China, Japão, Tailândia, Líbia, Paquistão, Canadá e Estados Unidos. 

“É inaceitável que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do planeta”

Não menos emblemático é o caso do metamidofós, poderoso genotóxico e neurotóxico, já proibido na Europa, China, Índia e Indonésia. Usado principalmente em plantações de alface e tomate, sua comercialização, por aqui, só foi proibida em junho último.

Os demais 11 produtos na mira da Anvisa estão devidamente elencados no relatório da Abrasco, disponível no sítio da instituição – que lançou, recentemente, em parceria com a Fiocruz e dezenas de instituições pelo Brasil afora, o Abaixo-assinado por banimento de banidos. A ideia é cobrar do governo federal a proibição dos princípios ativos já vetados em outros países. “É inaceitável que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do planeta”, lê-se no documento.

Pelo banimentos dos agrotóxicos já banidos em outros países
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançou um abaixo-assinado em que exige o banimento, pelo governo brasileiro, de toda importação, produção e comercialização de 14 agrotóxicos e substâncias já proibidas em vários países do exterior. Clique aqui para assinar o abaixo-assinado online.

Censo da Vida Marinha: Morte dos Oceanos? (BBC)

legendado

Censo da vida marinha

Durante 10 anos, quase três mil cientistas de todo o mundo, inclusive do Brasil, mapearam as espécies que habitam os oceanos do planeta. Para falar sobre esse trabalho, o Estúdio CH recebe um dos cientistas brasileiros envolvidos no projeto, a bióloga Lúcia de Siqueira Campos, da UFRJ.

Em entrevista a Fred Furtado, a pesquisadora do Departamento de Zoologia da UFRJ fala sobre os fatores que motivaram a realização do censo. Segundo ela, é preciso ampliar o conhecimento sobre a vida marinha para garantir sua preservação. Embora ocupem a maior parte da superfície da Terra, os oceanos têm hoje – mesmo após o mapeamento – menos de 1% de sua área estudada.
Os oceanos têm hoje menos de 1% de sua área estudada

Campos conta que o foco central do censo foi avaliar o que existiu nos oceanos, agregar dados novos e atuais e, com essas informações passadas e presentes, tentar predizer o que poderá viver nesse ambiente no futuro. Esse levantamento da vida marinha, segundo ela, incluiu todo tipo de organismo, desde micróbios até predadores de teias alimentares – como aves e mamíferos –, além de invertebrados.

A bióloga, um dos dez cientistas brasileiros que coordenaram projetos do censo, apresenta alguns resultados, como as descobertas de milhares de novas espécies e de ambientes profundos nunca antes vistos. Ela fala ainda sobre a participação do Brasil no levantamento e as próximas etapas do trabalho.

Clique abaixo para ouvir a entrevista completa.

Duração da faixa: 12:51 (mm:ss)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Greenpeace: Espalhe nossa mensagem no Dia da Árvore

21/09 - Dia da Árvore, dia de mobilização!
Olá Mauricio,
Revirando nosso arquivo em busca de uma imagem para ilustrar o Dia da Árvore, nos deparamos com essa foto. Fizemos o clique em 2010, neste mesmo mês, quando sobrevoávamos, entre muita fumaça, uma área de queimadas no Pará. De lá para cá, a situação melhorou pouca coisa. 
Dia da Árvore, dia de mobilização: 21/09, das 15h às 22h (horário de Brasília)No próximo dia 21, sexta-feira, celebramos o Dia da Árvore. Convidamos você a fazer barulho na internet e a divulgar nossa petição pelo Desmatamento Zero. Vamos dar um grito nas redes sociais para mostrar que imagens como essa são inaceitáveis.
Divulgue a Campanha
Precisamos de 1,4 milhão de assinaturas para levar ao Congresso esse projeto de lei popular pelo desmatamento zero. Mais de 500 mil pessoas já se uniram a nós! 
Mobilize-se nas suas redes sociais. Vale tudo: Facebook, Twitter, Google+,etc. Espalhe essa mensagem!Este ano completamos 20 anos no Brasil, graças a pessoas como você, que acreditam que um futuro mais verde e pacífico é possível. 
Greenpeace, junte-se a nós.
Tatiana de CarvalhoUm abraço,
Tatiana de Carvalho
Coordenadora da Campanha da Amazônia
Greenpeace
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