Todos pela Natureza!

sábado, 30 de abril de 2011

Projeto português vai produzir energia ao abrir a torneira



Um projeto promovido pela Águas do Vouga vai permitir gerar energia pelo simples ato de abrir uma torneira de água, de acordo com o Jornal de Notícias.
O projeto chama-se TERESA (Turbina de Energia Renovável em Sistema de Abastecimento) e tem como parceiros a Spheraa, empresa que trabalha em produção de energia através de turbinas, e a Luságua, empresa da Águas do Vouga que tem como objetivo aproveitar o potencial energético das tubulações de abastecimento público.
A solução se dá ao montar uma turbina de 85kw ao do reservatório de abastecimento, em tubulação paralela à original, e para onde a água é desviada antes de entrar no reservatório. Como chega com muita pressão, a água aciona as pás da turbina e produz energia que é armazenada e posteriormente vendida à rede eléctrica nacional.
Segue depois para o reservatório e, de seguida, para a casa dos clientes. “[Em todo este processo], a qualidade da água não é comprometida”, explicou o presidente do conselho de administração da Águas do Vouga, Diogo Faria de Oliveira.
O projeto, foi inaugurado oficialmente em 30 de março pela ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, motivou um investimento de 250 mil euros e deverá produzir anualmente 482 mil kw de energia, o equivalente ao consumo anual de 550 residências familiares em média.
Paralelamente, vai evitar a emissão de 200 toneladas de CO2 por ano, o equivalente e 1100 viagens de automóvel entre Lisboa e Paris.
O projeto vai chegar a outros clientes e outras instalações do grupo Aquapor – que detém a Águas do Vouga – e insere-se no objetivo de “rentabilizar a eficiência energética” das instalações da empresa.
O objetivo é baixar os custos com energia, que rondam entre os 15 e 30% do total, contribuindo no futuro também para a redução da tarifa de água dos clientes.
Ainda segundo o Jornal de Notícias, a ministra do Ambiente já se mostrou interessada em replicar este modelo em instalações da Águas de Portugal.
Recorde-se que 21 março se comemora a cada ano o Dia Mundial da Água.
A Águas do Vouga é responsável pelo abastecimento de água de cerca de 250 mil habitantes de seis municípios: Águeda, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Ílhavo e Murtosa.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Investigadores norte-americanos descobrem vírus que aumenta a eficiência dos painéis solares


Um grupo de investigadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetts) descobriu uma versão modificada de um vírus – conhecido como M13 – que pode ajudar a aumentar a eficiência dos painéis solares.
Os testes mais recentes demonstraram que a estrutura – com o vírus – aumentou de 8 para 10,6% a eficiência da conversão energética. Nesta experiência, os cientistas do MIT utilizaram um tipo de célula solar de baixo custo, na qual a camada ativa é composta por dióxido de titânio. Ainda assim, esta técnica pode ser aplicada em células convencionais de silício.
O estudo, que já foi publicado na revista Nature Nanotechnology, utiliza também nanotubos de carbono para aumentar a eficiência no agrupamento de elétrons na superfície da célula solar para a produção de corrente eléctrica.
Esta propriedade dos nanotubos já era conhecida, mas a sua utilização tinha dois problemas. Em primeiro lugar, a sua produção produz uma mistura de dois tipos – semicondutor e metálico –; em segundo, os nanotubos tendem a aglutinar-se, o que reduz a sua eficiência.
E foi para resolver este último problema que os investigadores recorreram ao vírus M13, que foi usado para controlar o arranjo de nanotubos numa superfície, mantendo-os separados e isolados de modo a não causarem curto-circuito

Código da vida


Muito mais do que uma lei no papel, o Código Florestal diz respeito à vida de todos os brasileiros. “É a discussão do futuro do Brasil, dos nossos filhos e netos, que país eles vão ter no futuro”, afirmou Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, ao Jornal Nacional desta segunda-feira.
Com uma série de reportagens sobre o assunto durante essa semana, o telejornal pretende esmiuçar o debate que está no Congresso e que pouco inclui a população. Na primeira matéria – que pode ser vista aqui – além do Greenpeace foram ouvidos pesquisadores e produtores. E um consenso, pelo menos, já pode ser tirado: produção que não respeita o meio ambiente está fadada ao prejuízo. Seja pelo mercado, que não aceita mais produtos com mancha de desmatamento, seja pela própria produção, que não se sustenta com uma terra arrasada.

Das florestas para o Congresso


Reunidos em Parintins (AM), agricultores familiares, extrativistas, cientistas e ambientalistas pedem a Brasília que pare a derrubada do Código Florestal. 
Greenpeace / Alberto César Araújo
São dois cenários e uma só história: de um lado, Brasília. Do outro, a Amazônia. Enquanto deputados e representantes do agronegócio tentam derrubar o Código Florestal na Câmara dos Deputados, centenas de ribeirinhos, extrativistas e organizações que representam os povos da floresta estão na cidade de Parintins, no Amazonas, dando o que apelidaram de Grito da Floresta. Após estender uma faixa dizendo “Congresso, desliga a motosserra” no Bumbódromo, onde acontece a tradicional Festa do Boi-Bumbá, eles circularam ummanifesto pedindo o fim do desmatamento.
O protesto em Parintins faz parte do evento “Grande Encontro da Floresta, dos Povos e da Produção Sustentável”. Organizado por entidades do movimento social e ambiental que atuam na Amazônia, inclusive o Greenpeace, o encontro tem como meta fortalecer a conservação e a economia da floresta e marcar um pacto pela produção sustentável na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve presente.
O grito somou-se à manifestação de cerca de 3 mil agricultores de base familiar e pequenos produtores rurais em Brasília na semana passada, que foram ao Congresso para pedir a rejeição ao projeto de lei do deputado Aldo Rebelo que muda o Código Florestal. Os manifestantes também defenderam o desmatamento zero e exigiram tratamento diferenciadopara a agricultura familiar, dois itens que estão fora das propostas de mudança no Código Florestal encabeçadas pela bancada ruralista.
“Essa sequência de manifestações feita por pequenos produtores, familiares, ribeirinhos e extrativistas, mostra que quem vive da floresta não quer desmatamento”, diz Rafael Cruz, da campanha Amazônia do Greenpeace. “Sem florestas não há produção. A agricultura familiar – que leva mais de 70% dos alimentos para a mesa dos brasileiros – fica comprometida, já que é a floresta que garante o clima e as chuvas essenciais à produção.”
Contrárias às alterações no Código Florestal que abrem brecha para mais desmatamento, as organizações presentes no encontro de Parintins aguardam uma intervenção do governo. “Os deputados que representam o agronegócio já mostraram que preferem o caminho do tratoraço, e estão ignorando as demandas tanto da ciência quanto dos povos da floresta na discussão da lei”, aponta Cruz. “Esperamos que o governo cumpra seu papel democrático e faça valer o direito dessas comunidades. Qualquer medida que permita mais devastação é desastrosa para quem depende da floresta para se sustentar.”

Guia Quatro Rodas e a revista National Geographic lançam listas de hotéis sustentáveis de todo o Brasil

   

O Guia Quatro Rodas e a revista National Geographic lançaram recentemente listas de hotéis sustentáveis de todo o Brasil, separadas por regiões. 

Nordeste
, a região brasileira que mais apresentou opções de turismo sustentável nas publicações citadas. Escolha o seu paraíso:

Ecopousada Teju-açu (pelo Guia Quatro Rodas e revista National Geographic)

Foto: Divulgação

Na ilha Fernando de Noronha, a pousada Teju-açu se divide entre a Mata Atlântica e o mar, mas nem por isso possui algum imapcto sobre a natureza local. O abastecimento de água e energia, assim como a rede de esgoto, foi planejado para preservar a natureza - por meio de energia renovável, reciclagem de resíduos e reutilização da água da chuva. Para quem quiser se hospedar nos bangalôs disponíveis, a diária custa a partir de R$ 735,00.

Hotel Villa Bahia (pela National Geographic)

Foto: Divulgação

Só porque um hotel é instalado em uma construção do século 17 e lembra a época medieval, não quer dizer que a comida servida na cozinha não pode ser orgânica. Muito pelo contrário. E os orgânicos da Villa Bahia, por exemplo, são abastecidos por fazendas a poucas horas de distância.

Os visitantes que se hospedarem no terceiro andar possuirão seus próprios terraços, e próximo ao hotel encontram-se lojas, restaurantes, galerias e até uma escola de samba. As diárias custam a partir de R$ 455,00 e incluem café da manhã e wi-fi.

Pousada do Toque (pelo Guia Quatro Rodas)

A população de São Miguel dos Milagres em um projeto de valorização da cultura local/Foto: Divulgação

Como já falamos aqui no EcoD, em meio aos coqueiros e as águas do litoral de Alagoas a Pousada do Toque promove projetos de leitura, escrita e produção oral de histórias da cultura alagoense para crianças e adolescentes do povoado de São Miguel dos Milagres.

Não bastasse o trabalho social, o lugar ainda tem ares de sustentabilidade. A pousada é decorada com artesanato da região e peças de lixo reciclado. Uma diária custa a partir de R$ 645,00, com jantar.

Pousada Mangabeiras (pela National Geographic)

Foto: Divulgação

Em julho de 2006, 20% da propriedade da Pousada Mangabeiras foi registrada pelo IBAMA como Reserva Legal. O lugar é a casa de dendezeiros, cajazeiras, cajueiros, bromélias, orquídeas e, é claro, mangabeiras, além de pequenos animais como tatus, tamanduás e calangos.

Em meio à mata foram erguidos bangalôs desenvolvidos para ter o menor impacto possível no ambiente, seja na própria construção ou na rede de esgoto. O mais barato deles custa cerca de R$ 300,00, incluindo café da manhã.

Tivoli Ecoresort (pelo Guia Quatro Rodas)

Foto: Divulgação

O Tivoli Ecoresort recolhe óleo residual para ser transformado em biocombustível e realiza coleta seletiva, mas o forte do local são os passeios pela região. Localizado na Praia do Forte, o hotel é uma opção para quem quer conhecer a natureza com acompanhamento especializado, com guias biólogos. Para descançar em um resort em meio aos coqueiros do litoral baiano, os visitantes pagam por diárias a partir de R$ 939,00, com jantar incluso.

Toca da Coruja (pelo Guia Quatro Rodas e revista National Geographic)

Foto: Divulgação

A praia da Pipa, no Rio Grande do Norte, é um espaço utilizado tanto pelas tartarugas (para a desova) quanto pelos golfinhos (para a diversão). Nesse paraíso, o hotel Toca da Coruja foi erguido com materiais de construção reutilizados e possui uma horta orgânica.

A pousada também tem um projeto de preservação da mata local, o que lhe oferece a presença de vizinhos como pássaros e iguanas. A reserva para esse paraíso pode ser feita por a partir de R$ 280,00, com café da manhã incluso.

Transamérica (pelo Guia Quatro Rodas)

Foto: Divulgação

Em uma parceria com a Universidade Estadual Santa Cruz, o hotel Transamérica, da Ilha de Comandatuba (distrito do município de Unas, na Bahia), já transformou em biodiesel mais de 24 mil litros de óleo residual, desde 2002. Mas essa não é a única ação sustentável do resort, outro projeto é um trabalho de conscientização ambiental realizado com a população de Una, em parceria com a ONG Ecotuba.

O hotel fica no meio de um paraíso baiano, a dez minutos de barco, a partir do povoado de Comandatuba. Ele faz parte do grupo Transamérica e possui diárias a partir de R$ 968,00 em apartamento ou R$ 1.040,00 em chalés, ambos com jantar.

Txai (pelo Guia Quatro Rodas)

Foto: Divulgação

O hotel Txai monitora o nascimento de tartarugas em mais de 30 km de praia de Itacaré, na Bahia, com ajuda da comunidade. Dessa forma, auxilia na educação ambiental dos moradores e visitantes da região, além de preservar espécies nativas. Localizado em uma área preservada do tamanho de 100 campos de futebol, o resort fica em Itacarezinho e possui diárias a partir de R$ 900,00 em apartamento ou R$ 1.300,00 em bangalôs.

Vila Galé (pelo Guia Quatro Rodas)

Foto: Divulgação

No Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, o Vila Galé Eco Resort realiza ações para a preservação. Além de reutilizar a água da lavanderia e ter placas solares para abastecer os equipamentos, o resort possui um centro de triagem no qual recicla o próprio lixo. São cerca de 300 apartamentos rodeados de uma extensa área verde, perto do mar e de jardins. As acomodações diárias custam em média R$ 909,00.

Uxua Casa Hotel (pela National Geographic)

Foto: Divulgação

No centro de uma aldeia de pescadores, com vista para o oceano Atlântico, o Uxua Casa Hotel recebe hóspedes interessados em conhecer a beleza de Trancoso. A pousada foi construída com materiais reutilizados e possui o design de Wilbert Das - que já foi diretor de criação da Diesel. Uma das curiosidades da decoração são os chuveiros escavados à mão em madeira de eucalipto.
Os hóspedes instalados ainda podem conhecer mais sobre a cultura local Pataxó, com a visita de indígenas que vendem produtos naturais (eles vendem repelentes!). Os quartos custam a partir de R$ 1.100,00, com café da manhã.



 Redação EcoD

Geração de lixo no Brasil cresce mais do que população e coleta seletiva


Destinação inadequada do lixo no Brasil segue 
preocupante. - Redação EcoD/Foto: Arthur Rolim


O Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2010, quantia 6,8% superior ao registrado em 2009 e seis vezes superior ao índice de crescimento populacional urbano apurado no mesmo período. Contudo, tanto a correta destinação desses resíduos quanto os programas de coleta seletiva não avançam na mesma proporção, segundo dados do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos, divulgados na terça-feira, 26 de abril.
De acordo com o levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a média de lixo gerado por pessoa no país foi de 378 quilos (kg), montante 5,3% superior ao de 2009 (359 kg). Ao longo de 2010, o montante chegou a 60,8 milhões de toneladas de lixo. Dessas, 6,5 milhões de toneladas não foram coletadas e acabaram em rios, córregos e terrenos baldios. Do total de resíduos produzidos, 42,4%, ou 22,9 milhões de toneladas/ano, não receberam destinação adequada: foram para lixões ou aterros controlados (que não têm tratamento de gases e chorume).
Os programas de coleta seletiva também deixaram de avançar: dos 5.565 municípios brasileiros, 3.205 possuem alguma iniciativa de coleta seletiva. Em 2009, eram 3.152 - uma alta de apenas 1,6%, aquém do crescimento da geração de resíduos.
Mesmo com o aumento da geração de resíduos, o crescimento da coleta de lixo apresentou crescimento expressivo, superior à geração. Em 2010, das 60,8 milhões de toneladas geradas, 54,1 milhões de toneladas foram coletadas, quantidade 7,7% superior à de 2009.
O levantamento identifica ainda uma melhora na destinação final dos resíduos sólidos urbanos: 57,6% do total coletado tiveram destinação adequada, sendo encaminhados a aterros sanitários, ante um índice de 56,8% no ano de 2009.
Mesmo assim, a quantidade de resíduos encaminhados a lixões ainda permanece alta. “Quase 23 milhões de toneladas de resíduos seguiram para os lixões, em comparação a 21 milhões de toneladas em 2009”, afirmou o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
Em relação à reciclagem, o estudo mostra tendência de crescimento, mas em ritmo menor ao da geração de lixo. Em 2010, 57,6% dos municípios brasileiros afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, ante 56,6% em 2009. “É importante considerar que, em muitos casos, as iniciativas resumem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária”, ressaltou o diretor.
Os dados mostram que o país está em uma trajetória ascendente na geração de resíduos, o que já havia sido verificado nos anos anteriores. No entanto, a destinação adequada não avança no mesmo ritmo, diz Carlos Silva Filho.
Centro-Oeste e São Paulo
A região Centro-Oeste foi a que mais descartou resíduos sólidos em lixões em 2010, segundo o levantamento. Das 13,9 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos coletados por dia, em 2010, no Centro-Oeste, 71,2% tiveram como destino final os lixões e aterros que não impedem a contaminação do meio ambiente. No Nordeste, onde foi produzida 38 mil toneladas diárias de resíduos, o porcentual de destinação foi 66%. No Norte, 65% das 10,6 mil toneladas de lixo diário recolhido não tiveram descarte adequado.
Nas regiões Sudeste e Sul o cenário é menos negativo. Das 92 mil toneladas de lixo coletadas diariamente em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e Espírito Santo, 28,3% foram para lixões. Nos três estados do Sul, que juntos coletaram quase 19 mil toneladas por dia em 2010, o percentual de resíduos que tem destino inadequado é de 30,3%.
Em São Paulo, maior estado do país, a geração de resíduos por habitante subiu 9% em 2010. No mesmo período, a população paulista cresceu 1%. O número preocupa, segundo a Abrelpe, porque, caso continue a subir, não haverá infraestrutura adequada para acondicionar todos esses dejetos. De acordo com a pesquisa, cada paulista gerou 1,265 kg de lixo por dia em 2009, ante 1,382 kg no ano passado - como o estudo considera apenas números oficiais, o lixo clandestino, que fica nas ruas, praças ou terrenos baldios e não é coletado, deixa de ser contabilizado.
A boa notícia é que São Paulo foi o estado que mais avançou na gestão do lixo, ao destinar menos resíduos para lixões - 8,7%, ou 4.776 toneladas/dia. Desde 1997, o governo estadual vem implementa ações para interditar lixões e regularizar aterros, explicou ao Estadão Maria Heloisa de Assumpção, engenheira da Cetesb, a agência ambiental paulista. "Em 1997, 77,8% dos municípios paulistas dispunham o lixo de forma inadequada. Hoje, são apenas 3,7%", comparou.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Regulamentada em dezembro de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que atualmente está em fase de estruturação, estabelece a extinção dos lixões até 2014, o que significa que os 61% dos municípios brasileiros que ainda destinam o lixo de forma inadequada têm pouco tempo para se adaptarem.
Para Silvano Silvério Costa, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, o prazo para adequação dos municípios é factível. "O Brasil precisa trabalhar para cumprir a lei [PL 1991/07]. Se depender do governo federal, a PNRS será feita no prazo estipulado."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Taoísmo: Respiração e Ecologia


“Quem respira apressado não dura Quem alarga os passos não caminha”. Lao Tse – Tao Te Ching cap. 24
Mestre Wu Jyh Cherng, Sociedade Taoísta do Brasil
Os versos de Lao Tsé falam da pressa. Todas as coisas feitas com pressa são feitas de uma maneira superficial. Falam da naturalidade. Todas as coisas têm um tempo próprio para acontecerem. Ao darmos um passo maior do que podemos dar, nos cansamos e não podemos caminhar mais.
Também essas palavras dizem que a cultura moderna é uma cultura de “alargar passos”. Nós consumimos muito rapidamente. Existe uma grande crise na Terra em função do que o ser humano dá um passo maior que a natureza. Ou seja, o homem deixa de se integrar à natureza, com o céu, com a terra, com a floresta e com outros seres, por que tende a dar passos maiores, consumir mais do que pode oferecer.
A terra é rica, mas por mais rica que seja, esse consumo exagerado, esses grandes passos, acabam cansando a terra, cansando o mundo.
Igualmente, passos grandes podem significar o excesso de informações. Temos informação através da visão, da audição, do paladar, das sensações. Nossos sentidos sensoriais e não sensoriais (intelectuais, racionais e memórias) estão em processo muito acelerado. A quantidade de informações é muito grande. São os grandes passos. Isso nos leva ao stress, a uma ruptura.
Se andarmos muito rapidamente com passos grandes, vamos tropeçar, cair e pisar em buracos, sem conseguirmos nos desviar dos obstáculos da estrada. Ou nos cansamos. Isso traz a ruptura, a quebra.
Quando a vida é vivida em excesso de informação, alimentação e preocupações, de efeitos intelectuais, racionais e sensoriais, todo o nosso recurso humano é desgastado rapidamente quando “alargamos os passos” estamos reduzindo nossa distância de vida.
Se a vida é uma estrada que pode ser caminhada durante digamos, até 120 anos, hoje somos capazes de caminhá-la em doze, trinta, cinqüenta anos e terminá-la.
A vida reduz e a intensidade de cada momento aumenta. Isso faz com que a vida se torne muito estressante e curta. O Taoísmo dá muita importância à longevidade, à constância e a fluidez contínua da vida humana. E “alargar os passos” é metaforicamente, uma atitude de redução da vida.
Uma respiração muito apressada não dura muito tempo. Quando a respiração é lenta, podemos respirar por muito tempo. Quem pratica o Tai-Chi, Chi Kun ou meditação sabe disso.
Existe no Taoísmo um conceito que é pouco diferente das outras tradições místicas. As outras tradições dizem que uma pessoa quando nasce já vem com um relativo karma que lhe proporciona a possibilidade de uma certa duração na vida. A maioria das escolas pensa que, dependendo do karma da pessoa, ela pode ter uma vida de menor ou maior duração.
O Taoísmo não vê assim. O Taoísmo diz que quando uma pessoa nasce, de acordo com o seu karma anterior, ela vai ter provavelmente uma certa quantidade de respirações.
Em resumo, se a pessoa conseguir realizar um bom trabalho respiratório, profundo, e não apressado, naturalmente terá um prolongamento de sua vida, independente do seu “merecido karma”. Respiração mais suave e profunda, vida mais longa.
Quem respira profunda e suavemente capta maior quantidade de oxigênio, energia vital e elimina mais gás carbônico e energias impuras. Uma pessoa com uma respiração suave e profunda possui um diafragma mais conservado, sem tensão e sem reter energias do campo emocional.
Na parte superior do corpo, uma boa energização e oxigenação, possibilitam uma capacidade mental mais ampla. Na parte inferior do corpo, as energias vitais e sexuais ficarão mais plenas. A pessoa tem mais saúde física e mental.
Por isso o taoísmo prega que quem respira mais suavemente e profundamente, naturalmente terá mais saúdo física, energética, mental e emocional.
Imaginemos nós e um trilhão de pessoas respirando com ansiedade, como seria a energia do planeta? Isso traz os desastres naturais como a alteração do clima, do vento, das tempestades, na Terra.
A alteração emocional altera imediatamente a respiração. A grande alteração emocional coletiva altera a respiração da humanidade”.
Devemos ter equilíbrio para respirar e caminhar integrados com a vida. O Taoísmo tem uma visão da consciência. Uma pessoa com consciência é naturalmente uma pessoa ecológica e sensata.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

CESE e CDESl, discutem hoje e amanhã segurança alimentar e desenvolvimento sustentável, Dilma Rousseff, estará presente.

Brasil e União Europeia



               
        
Entre hoje e amanhã, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) e o Conselho para o Desenvolvimento Econômico e Social brasileiro vão reunir-se para discutir a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.
A reunião fará parte do encontro União Europeia – Brasil, uma parceria estratégica criada em 2008 e que se reúne pela quarta vez.
“O objetivo desta parceria é aprofundar a excelente cooperação entre o CESE e o Conselho para o Desenvolvimento Económico e Social brasileiro, [para] percebermos onde é que as visões dos líderes sociais brasileiros e da União Europeia convergem mas também [para identificarmos] oportunidades para [eventuais] parcerias”, explica aqui a União Europeia.
Para perceber a importância desta reunião basta referir que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, estará presente, assim como uma delegação de 14 membros europeus e que inclui o presidente do CESE, Staffan Nilsson.
O encontro servirá ainda para que a CESE e os seus parceiros internacionais anunciem as suas recomendações para a conferência que as Nações Unidas irá organizar no Rio de Janeiro já em 2012, aRio + 20.
Para mais informações sobre esta reunião podem contatar diretamente Beatriz Porres –Beatriz.Porres@eesc.europa.eu -, do Comité Económico e Social Europeu.
O CESE é um órgão consultivo da União Europeia manifesta os seus pontos de vista avalizados, através de pareceres, às principais instituições da UE, como a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu.
Uma das suas principais funções é intermediar as instituições da UE e a sociedade civil organizada.

Ecobags podem causar piores danos ao ambiente, segundo relatório de pesquisa

Sacos plásticos são bastante prejudiciais 
ao meio ambiente por Redação EcoD

Relatório da Agência britânica do Meio Ambiente afirmou que o PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nos sacos plásticos causa menos danos ao meio ambiente do que as ecobags, sacolas reutilizáveis que vem sendo aderidas por supermercados de todo mundo.
O estudo, divulgado no último domingo, 27 de fevereiro, pelo jornal britânico “The Independent”, está sendo avaliado desde 2009 e sua publicação oficial será feita em breve, segundo a agência britânica. Intitulado de “Lige Cycle Assesment of Supermarket Carrier Bags”, o relatório criado pelos pesquisadores Chris Edwards e Meyhoff Jonna poderá reaver as opiniões de ambientalistas e muitos consumidores que já utilizam a sacola ecológica.
Encomendada em 2005 para descobrir qual tipo de saco que menos polui no mundo, o relatório defendeu o uso das sacolas de plástico porque, segundo ele, estes sacos são cerca de 200 vezes menos prejudiciais ao clima do que os sacos de algodão. Adicionado a isso, os sacos de polietileno emitem um terço do CO2 lançado pelas sacolas de papel aprovadas pelos varejistas.
De acordo com as informações divulgadas, os consumidores deveriam usar a mesma sacola de algodão, ou o mesmo saco de papel, durante todos os dias úteis do ano para conseguirem diminuir o impacto ambiental dessas sacolas em comparação ao pequeno impacto, segundo os estudiosos, dos sacos de PEAD.
No entanto, o estudo aponta que esse uso constante não é feito entre os consumidores pesquisados. O documento alertou que os sacos de papel são utilizados apenas uma vez e os de algodão somente 51 vezes antes de serem descartados. O que comprova, de acordo com o relatório, que estes tipos de sacos são mais poluentes do que os saquinhos plásticos descartados na primeira utilização.

Ecobags vem sendo aderidas por 
supermercados do mundo inteiro.
Foto: Srta.Bia

Sacos plásticos
“O PEAD teve o menor impacto ambiental entre as opções de uso individual em nove das dez categorias. A sacola de algodão teve um bom desempenho porque foi considerada a mais leve", afirmou o relatório ainda em testes.
Porém, mesmo com o estudo realizado, o que ainda prevalece é o lado negativo dos sacos plásticos, que poluem lixos e mares. Diminuir o uso e sempre reutilizá-los ainda é a maneira mais eficiente de ajudar o meio ambiente.
Para os sacos de algodão, seria válido a utilização deles centenas de vezes, o que diminuiria também a poluição desse tipo de sacola.

São Paulo se mobiliza em camapnha para fim do uso das sacolas plásticas este ano


Sacos plásticos demoram cem 
anos para se decompor/Foto. 
 Redação EcoD
Governo de São Paulo e varejistas entraram em acordo e vão abolir o uso das sacolinhas plásticas no estado. Até o fim do ano, serão retiradas do Pão de Açúcar/Extra, Carrefour, Walmart e de outras redes de supermercados as sacolas de plástico, que demoram mais de cem anos para se decompor na natureza
A campanha, que será oficializada nos dias 9 e 12 de maio na feira da Associação Paulista de Supermercados (Apas), pretende tornar São Paulo o primeiro estado do país a banir o material das redes. A medida, porém, não tem força de lei e, por isso, feiras e lojas poderão continuar distribuindo os sacos plásticos.
Novas embalagens
Após a feira da Apas, as redes varejistas terão até seis meses para deixarem de oferecer aos consumidores as sacolas. Como alternativa, os plásticos serão substituídos por embalagens feitas de amido de milho
( ecologicamente viável), que serão vendidas ao preço de custo de R$ 0,19.

Sacos plásticos sairão dos mercados 
paulista até o fim do ano.


Outra solução aceita é o uso das sacolas retornáveis de pano, a R$ 1,80. "Vamos incentivar entidades assistenciais e ONGs a fazer suas sacolinhas retornáveis. Os supermercados também vão comprar essas sacolas para vender no caixa." afirmou João Galassi, presidente da Apas.
Caixas de papelão já utilizadas pelos consumidores também serão outra maneira de substituição eficiente dos sacos plásticos.
A campanha de substituição já foi testada pelo estado em Jundiaí, onde o apoio popular retirou 132 milhões de sacos em seis meses, o que soma 480 toneladas de plásticos não biodegradáveis lançados no meio ambiente.
Na cidade de Belo Horizonte uma lei que proíbe o uso das sacolas entrou em vigor no dia 18 de abril e, no Rio de Janeiro, a lei de proibição ainda enfrenta resistência de grandes redes da cidade.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cientistas recomendam mais dois anos de discussão sobre novo Código Florestal



A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) querem que o Congresso Nacional adie por dois anos a votação do novo Código Florestal e tome a decisão sobre a nova lei com base em estudos científicos. A recomendação das duas entidades é baseada em estudo feito por um grupo de trabalho formado por 12 especialistas e publicado hoje (25).

Como a votação do Projeto de Lei nº 1876/99 divide ambientalistas e ruralistas, as duas entidades científicas se oferecem para mediar o “diálogo”, termo escolhido no lugar de “debate”. “A ciência brasileira não pode ficar fora do diálogo sobre o novo Código Florestal”, afirmou a presidenta da SBPC, Helena Nader.

Segundo ela, nenhum cientista ou pesquisador foi consultado para "aquela proposta" do deputado Aldo Rebelo (PCdo B-SP). Rebelo é o autor do relatório aprovado em julho do ano passado em comissão especial na Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a proposta deve ser votada na próxima semana, no dia 3 ou 4 de maio.

Integrantes do grupo de trabalho da ABC e da SBPC explicam que o prazo de dois anos é necessário para que se avaliem os possíveis efeitos que as mudanças na legislação terão no meio ambiente. Para o grupo, é preciso prazo também para o desenvolvimento de tecnologia que permita analisar, por exemplo, por meio de maquetes digitais (com topografia feita com base em imagens de satélite), as condições do solo e medir o tamanho das áreas que devem permanecer protegidas.

“O que está sendo proposto [no relatório de Aldo Rebelo] não tem embasamento científico”, diz o engenheiro Antônio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nobre não criticou diretamente os ruralistas e disse à Agência Brasil que "tem fundamento" a reclamação dos produtores rurais em relação às exigências do atual Código Florestal, que é de 1965. “Existe uma série de tópicos que carecem de melhor definição”, diz o cientista, ressaltando, porém, não acreditar que as exigências do atual código inviabilizem a atividade rural.

Para o advogado do Instituto Socioambiental (ISA), Raul Telles do Valle, o Congresso Nacional deveria acatar o pedido da SBPC e da ABC. “Não é razoável fazer uma votação e jogar isso aí [o estudo] no lixo. A ciência é parte”, reconheceu.

Os cientistas programaram entregar nesta tarde o estudo ao presidente da Câmara dos Deputados e ao próprio deputado Aldo Rebelo. Além desses, irão receber o texto, ao longo da semana, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, da Educação, Fernando Haddad; e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

O documento será levado na quarta-feira (27) à Casa Civil da Presidência da República.

O texto está disponível no site da SBPC (www.sbpcnet.br) e da ABC (www.abc.org.br).



26/04/2011 - Fonte: Agência Brasil

BNDES libera recursos não reembolsáveis para projetos de recuperação da Mata Atlântica


Três projetos de reflorestamento da Mata Atlântica, localizados nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia, receberão apoio financeiro não reembolsável do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor total de R$ 11,8 milhões. O anúncio foi feito nesta terça (19) pelo banco.

Os beneficiados são o Instituto BioAtlântica (Ibio), que receberá R$ 6,2 milhões, o Grupo Ambiental Natureza Bela (R$ 3,1 milhões), e a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), com R$ 2,4 milhões. Os recursos são oriundos do Fundo Social do BNDES e direcionados para o  programa BNDES Iniciativa Mata Atlântica

 O banco informou, por meio da assessoria de imprensa, que os projetos prevêem, no caso do Ibio, a recuperação florestal de 300 hectares de Mata Atlântica no Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, entre os bairros de Vila Valqueire e Campo Grande, na zona oeste da cidade, onde a degradação resulta de antigas pastagens.


O apoio ao Grupo Natureza Bela visa a recuperação florestal de 220 hectares de Mata Atlântica no Parque Nacional Monte Pascoal, em Porto Seguro (BA), dentro do Corredor Ecológico Monte Pascoal/Pau-Brasil, considerado uma das áreas prioritárias do Projeto Corredores Ecológicos, do Ministério do Meio Ambiente, que engloba também programas de capacitação e geração de renda para comunidades indígenas locais, além da conservação da biodiversidade.


Já o projeto Fiotec pretende reflorestar 344 hectares de Mata Atlântica com espécies nativas, no Rio de Janeiro, além de promover investimentos em pesquisa e capacitação. Está prevista ainda a reativação do Horto-Escola do Campus Fiocruz da Mata Atlântica e o fortalecimento da produção de sementes e mudas, além da realização de serviços ambientais.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A invasão do saco de plástico de uso único

Eles invadem nossas casas, se escondem em nossos quintais, vagueia pelas nossas ruas, nadam no nosso oceano, flutuar para baixo nossos rios e córregos, e encontram abrigo entre as árvores e arbustos. Eles são encontrados nos lugares mais populosos e nos mais remotos da Terra. Eles não precisam de recursos para se manter e podem mesmo sobreviver à raça humana. Não podemos ignorá-los, não podemos escapar e não podemos destruí-los. 



Então o que podemos fazer? Podemos parar de produzi-los.
 Sacolas de plástico de único uso são o produto mais amplamente distribuído no mundo. A família em média acumula centenas de sacos de plástico por ano, sem perceber o dano que plásticos de uso único ausam para os seres humanos, animais e meio ambiente. De fato, estima-se que, em todo o mundo, aproximadamente um bilhão de sacos plásticos são usados ​​a cada minuto! É fácil pensar em sacos de plástico como ferramentas gratuitas, abundantes e disponíveis para melhorar a nossa qualidade de vida. Eles são, na verdade ambientalmente caras; um custo em que ambos, os animais terrestres e oceânicos, morrem do entrelaçamento ou ingestão de sacos plásticos. Eles são persistentes; sacos de plástico pode demorar até 1000 anos para a foto-degradação (quebra em pedaços pequenos), e nunca são biodegradáveis. E reduzem o nosso nível de qualidade de vida; sacos plásticos perturbam a nossa apreciação de paisagens da natureza intocada. Mais significativamente, elas entopem os bueiros, aumentando a probabilidade e a gravidade de enchentes durante as estações chuvosas.
A predominância de sacos de plástico na Terra criou um problema tão extenso que muitos países ao redor do mundo estão tomando medidas para impedir a distribuição do saco de plástico. Já em 1988 as pessoas preocupadas com a ecologia perceberam que os custos de sacolas plásticas de uso único ultrapassavam em muito os benefícios. Em 1998, trinta aldeias do Alasca proibiram o saco de plástico. Agora, em 2011, vários países na África, incluindo: Quénia, Botswana, Ruanda, Uganda e África do Sul proibira o saco de plástico. Países africanos  não são os únicos em recuperação: Butão, Brasil, Itália, Macedónia e de Taiwan têm todos medidas que  proíbem ou limitam o consumo de sacolas de plástico. Várias cidades no Reino Unido, França, Índia, Canadá, Austrália e Estados Unidos também oficialmente proibiram os sacos plásticos. E esses são apenas os lugares que proibiram a distribuição do saco de plástico. Muitos outros países, como Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Israel e Holanda, estabeleceram uma quota de sacos plásticos para retardar a proliferação dos sacos.
Há uma clara evidência de que os impostos e proibições visam reduzir a quantidade de sacos de uso único de plástico no meio ambiente. Em 2002 o governo da Irlanda introduziu uma taxa ao saco plástico chamada PlasTax. A lei resultou em uma redução de 90% no consumo de sacos plásticos, uma enorme redução no lixo saco plástico e uma diminuição significativa no uso do petróleo. A iniciativa privada e as empresas já provaram que podem fazer a diferença também. Whole Foods Market proibiu os sacos de plástico no dia da Terra em 2008 e, desde então, estima-se que o uso de sacos reutilizáveis ​​triplicou a cada ano! 
Aqui na Califórnia, estamos lutando para a mudança com esperança e determinação. Em 2007,  San Francisco começou a especular a tendência de proibição dos sacos plásticos nos Estados Unidos. Ao saber que os sacos de plástico não podem legalmente ser tributados na Califórnia, San Francisco se tornou a primeira cidade do estado a aprovar uma lei completa sobre não-biodegradáveis, ​​sacos de plástico em grandes supermercados e farmácias. Desde a decisão lendária em San Francisco para proibir o saco, uma avalanche de campanhas anti-bag  com o objetivo de eliminar o único uso sacolas de plástico varreu a Califórnia. Algumas cidades da Califórnia, efetivamente "proibiram o saco", incluindo Malibu, Fairfax, Palo Alto e San Jose. Em novembro de 2010, o Condado de Los Angeles aprovou a proibição do saco de plástico que afetam as zonas sem personalidade jurídica, mas como a proibição não é aplicável para as cidades de Los Angeles, as cidades estão atualmente trabalhando no caso da proibição do saco de forma independente. Em 25 janeiro 2011, Marin County, Conselho de Supervisão, aprovou por unanimidade uma lei que vai proibir sacos de plástico e cobrar uma taxa de cinco cêntimos por saco de papel a partir de 2012. Também no final de janeiro, em Santa Monica aprovou uma proibição que será promulgada em setembro deste ano! Calabasas se juntou a muitas cidades se esforçando no sentido da sustentabilidade, eliminando os sacos de plástico em fevereiro. Mais recentemente, a Albertson's em Carpinteria,  concordou  em executar um programa piloto que irá testar a praticidade do plástico e do papel, proibindo sacolas em suas lojas Albertson's. A Albertson's não é a primeira empresa a tomar essa atitude. 
Embora as batalhas estejam sendo vencidas a nível local, a oposição não vai desistir sem lutar. Oakland, Fairfax e Manhattan Beach tem todas encontrado como resistência principal o Conselho Americano de Química, o principal proponente de sacolas plásticas e seu uso único. A Save the Plastic Bag Coligação, bem como a Coalizão de Apoio Plastic Bag Reciclagem têm ambos arquivados processos judiciais ganhos contra as cidades, afirmando que as proibições foram implementadas ​​sem suficiente respaldo do Relatório de Impacto Ambiental. Embora a proibição do saco de plástico tenha sido promulgada por Oakland e Manhattan Beach, são atualmente ineficazes devido a esta complicação, Fairfax quer evitar ser processada, repassando a iniciativa ao eleitor para banir as sacolas de plástico. 
Sucessos em pequena escala nos deram a esperança e os conhecimentos essenciais para a mudança em grande escala. Apesar de campanhas californianos  anteriores para uma proibição em todo o estado falharam, os defensores do meio ambiente não estão desistindo. O movimento quer abolir o plástico de uso único e  adotar práticas sustentáveis ​​está constantemente ganhando velocidade. Campanhas de educação e programas de reciclagem dão passos na direção certa, mas as estatísticas mostraram que não são suficientes para mudar o comportamento dos consumidores. A experiência diz-nos que, a fim de obter resultados, ou fazemos do saco de plástico uma mercadoria valiosa, ou nos livramos dele.
Na Ocean Futures Society, apoiamos a proibição sacolas plásticas de uso único, pois estamos atrás do princípio "Não há desperdício na natureza." Isto significa que tudo o que a natureza gera é reciclado de uma forma ou de outra. Mesmo as defesas químicas prejudiciais às plantas e animais são naturalmente discriminados na inofensivas matérias-primas que se tornam disponíveis para a reutilização de outra forma. Com esta valiosa lição da natureza, concluímos que só devemos produzir materiais que podem ser facilmente tornados inofensivas após o uso e, em seguida, tornar-se matéria-prima para outra utilização.
Acreditamos firmemente que é crucial parar de produzir os sacos plásticos descartáveis ​​que produzem resíduos que nem humanos, nem a natureza podem dispor de forma adequada. Existem mais materiais ecologicamente corretos que podem ser usados ​​para transportar nossos mantimentos e pertences. Nós não somos contra o uso de material plástico resistente a produtos de longa duração, simplesmente não faz sentido usar um saco plástico por dez minutos para levar nossos mantimentos e depois jogá-lo fora, libertando-o a permanecer em nosso planeta por milhares de anos . Nós somos mais espertos do que isso. Mas é preciso  vontade para criar a mudança. Precisamos sustentar o desafio e dar apoio às empresas e cidades que estão se movendo na direção correta, a direção que devemos seguir para que todos possamos desfrutar de um futuro mais sustentável. 

Warm Regards,

Primeira Foto: Gaivota com saco de plástico. © Persoon Jamie
Segunda: saco de plástico na árvore. Domínio Público
Terceira: O Monstro Bag © Holly Lohuis, Ocean Futures Society

Ban afirmou que as cidades precisam adotar uma transição para a economia verde

Ban defende economia verde para combater malefícios da urbanização



 ban defendeu o desenvolvimento sustent�el das cidades

O desafio coletivo atual é incentivar o desenvolvimento urbano sustentável e a transição para uma economia verde. A afirmação foi feita pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a abertura da 23ª sessão do Conselho de Administração do Programa das Nações Unidas para Assentamentos (ONU-Habitat), situada em Nairóbi (Quênia).

Segundo Ban, a era urbana na qual o mundo está entrando tem muitas incógnitas, mas algumas certezas, como os perigos associados às mudanças climáticas. ”As discussões são oportunidades importantes para garantir que a agenda do desenvolvimento urbano se reflita na próxima Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20″, observou o secretário-geral da ONU.

O encontro realizado no Quênia, intitulado Desenvolvimento urbano sustentável através da expansão do acesso equitativo à terra, habitação, serviços básicos e infraestrutura, debate novas formas de lidar com a rápida urbanização das cidades de todo o mundo.

O evento foi aberto pelo presidente queniano, Mwai Kibaki, que alertou que as altas taxas de urbanização trazem pobreza urbana, desemprego, transporte inadequado, proliferação de assentamentos precários e favelas. “Estamos enfrentando a realidade na qual a maioria das pessoas vive em áreas urbanas. A previsão é de que até 2020 a população urbana global atingirá 4,2 bilhões e atingirá 70% em 2050″, acrescentou. Segundo ele, não há maneira de evitar o processo de urbanização e todas as partes devem assumir suas responsabilidades e enfrentar os desafios.

Em seu discurso, o diretor executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, ponderou que apesar de as cidades estarem enfrentando muitos desafios, estes podem ser alcançados se o planejamento urbano for pensado cuidadosamente. “Nos últimos 20 anos a cidade tem sido vista como um espaço de problemas, o pessimismo nos levou a falta de ação. No entanto, se olharmos para a história vemos que a cidade tem sido um lugar de crescimento econômico e pessoal”. Ele pediu aos planejadores que parassem de falar em crise nas cidades e estivessem mais otimistas sobre o futuro das mesmas. ”Um lugar para começar é a rua. Se bem projetadas podem trazer benefícios para outras partes da cidade.”

O Conselho de Administração é um órgão subsidiário da Assembleia Geral das Nações Unidas e serve como um organismo intergovernamental das decisões da ONU-Habitat. Ele envia relatórios à Assembleia Geral, por intermédio do Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da ONU.

Redação EcoD

Google investe na maior fábrica eólica do mundo

Investimento de $100 milhões para a construção da fábrica eólica 


Usina eólica usa tecnologia do imã permanente pela primeira vez nos EUA/Foto: Wikipedia, CC

Após anunciar o financiamento de US$168 milhões em energia térmica solar na semana passada, a Google informou que vai investir US$100 milhões no projeto da usina eólica de Oregon, chamada de Shepherds Flat Wind Farm, que se tornará a maior usina do mundo, com 845MW a serem gerados.

A empresa americana de sites de infraestrutura parece estar interessada com os rumos das energias renováveis não só nos EUA, mas em todo mundo. Constantemente, ela vem realizando ações em prol das novas energias ( já contribuiu com indústrias eólicas, solares e geotérmicas em mais de US$ 350 milhões). Mas a injeção de recursos para a construção da nova usina eólica foi um passo importante no incentivo da energia dos ventos no mundo.

A nova fábrica vai superar, segundo avaliações, o Roscoe Eólico do Texas, que possui 627 turbinas e produção estimada em 781,5 MW. O Sheperds deve gerar 845 MW, com apenas 338 aerogeradores. O que significa que cada turbina vai trabalhar na fabricação de 2,5 MW de energia, o dobro do que as unidades de Oregon fazem atualmente.

Além disso, a fábrica será a primeira eólica comercial nos EUA a implantar, em escala, turbinas que utilizam imã permanente na geração da energia, tecnologia que melhora a eficiência e a capacidade de ligação na rede. O projeto, que deve empregar cerca de 400 pessoas, tem como construtoras principais a Cailthness Energy e a GE.

 Redação EcoD

terça-feira, 19 de abril de 2011

A NASA divulgou mais imagens da seca na Amazônia


18/04/2011   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Mongabay


A Agência Espacial norte-americana (NASA) divulgou neste domingo (17) novas imagens de satélite da seca que afetou a região amazônica em 2010. Foi o segundo período de seca extrema em cinco anos.

As imagens fortalecem a sensação de que a seca do ano passado pode ter sido ainda mais severa do que a de 2005. Um novo estudo no Geophysical Research Letters, afirma que cerca de 2,5 milhões de quilômetros quadrados perderam seu tom “esverdeado” (greenness) no ano passado. Uma área cinco vezes maior do que a de 2005.

Cientistas estão preocupados que as secas na Amazônia sejam consequências das mudanças climáticas e que isso signifique que no futuro a floresta deixará de ser um absorvedor de carbono para se tornar um emissor, através da morte de suas árvores.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) já alertou que o desmatamento e as queimadas, mais frequentes nos períodos de seca, podem transformar 40% da Amazônia em uma savana.
Imagem: Em vermelho as áreas que perderam mais “verde” durante a seca de 2010 / NASA

Às Estrelas


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A gigante de couro pode atingir dois metros de comprimento e pesar até 750 kg.