Todos pela Natureza!

sábado, 16 de junho de 2012

Araquém de Alcântara - Conservacionista por Natureza






"Precisamos educar nossas crianças no caminho da celebração da vida e no caminho do respeito à natureza"

Araquém Alcântara é um dos raros profissionais da imagem que tem sua carreira respeitada tanto no exterior como no Brasil. Catarinense de Florianópolis, desde 1985 dedica-se integralmente à documentação e à proteção da natureza brasileira. Para Araquém, sua missão é seduzir o público para a beleza das riquezas naturais do país, como também alertar a todos sobre a urgência de proteger o patrimônio ambiental.

Suas publicações compõem um riquíssimo inventário da história natural do país, com o testemunho de uma infinidade de espécies de pássaros, répteis, mamíferos, flores, árvores e outros seres, além das histórias das pessoas que habitam esses locais. Apaixonado pela natureza, já publicou 36 livros em quase 40 anos de carreira. O título Terra Brasil (DBA, 1998; Melhoramentos, 2001) já vendeu mais de 80 mil cópias e é o livro de fotografia mais vendido no país.



"A fotografia pode ser um caminho para o auto-conhecimento"

Prestes a completar 40 anos de carreira, o fotógrafo Araquém Alcântara comemorou em marco com o lançamento de dois livros. Colaborador frequente da NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, Alcântara já fez mais de 100 exposições por todo o mundo e conquistou diversos prêmios pelo Brasil.


                Lago Manariá, Reserva Extrativista Médio Juruá, no Amazonas
Lago Manariá, Reserva Extrativista Médio Juruá, no Amazonas

Especializado em retratar as florestas brasileiras, o fotógrafo entrega dois novos registros bilíngues (português/inglês): Cachaça, que escreveu em parceria com o sommelier Manoel beato, e Amazônia, feito em conjunto com o chef Alex Atala. Ambos chegaram às livrarias no fim de dezembro, mas o lançamento oficial ainda não aconteceu.


                Pescador, Reserva Extrativista Médio Juruá, no Amazonas
Pescador, Reserva Extrativista Médio Juruá, no Amazonas



Amazônia

Em Amazônia, da TerraBrasil Editora, as lentes experientes de Araquém se unem ao paladar apurado de Atala, mostrando uma nova percepção da maior floresta tropical do mundo através da visão e do paladar. Construindo narrativas que permeiam desde as queimadas e derrubadas de árvores ao gosto suculento de uma saúva, o fotógrafo e o chef mapeiam este verdadeiro mundo à parte, escondido sob a imensa floresta.

Já em Cachaça, também da TerraBrasil Editora, Araquém conta com a ajuda de Manoel beato para desvendar os mistérios que rondam a mais brasileira das bebidas. O processo de produção, a história e também como saborear a malvada são explicadas minuciosamente, permeadas pelas fotos de Araquém nos principais polos produtores da cachaça no País.

Além dos lançamentos impressos, Araquém prepara-se para atuar em um projeto cinematográfico, também sobre a Amazônia, neste ano.


Araquém Alcântara é um dos mais destacados fotógrafos em atividade no mundo, e apontado pela crítica especializada como um dos precursores da fotografia de natureza no Brasil. Já ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais, publicou mais de 30 livros fotográficos, além de dezenas de reportagens sobre a natureza. Seu trabalho, presente em importantes museus e galerias do mundo, é referência e fonte de inspiração para fotógrafos de todas as idades. 

Outros destaques:


Cabeça do Cachorro

O livro Cabeça do Cachorro, escrito pelo médico Drauzio Varella, com a participação do cientista social Jefferson Peixoto, e ilustrado com 100 fotos de Araquém Alcântara. Trata-se de uma investigação sobre os mistérios e belezas de uma das regiões mais inóspitas do mundo, o desabitado noroeste do estado do Amazonas, na fronteira com a Colômbia e Venezuela.

É como diz Drauzio Varella nas primeiras frases do livro: “Pegue o mapa do Brasil. Olhe para cima e para a esquerda, no extremo noroeste do estado do Amazonas. O contorno da fronteira com Venezuela e Colômbia não desenha a cabeça de um cachorro? É a essa região que dedicamos este livro: o Alto Rio Negro, terra das florestas mais preservadas da Amazônia. Sobrevoá-las é viver o êxtase. Até onde a vista alcança, são 360 graus de mata virgem; parece o mar.”

Em algumas viagens pela região, juntos ou separados, Drauzio e Araquém, experientes em aventuras pela selva, se surpreenderam com os milhares de espécies de animais e plantas nativas, os sons e as cores sob a mata fechada. “Viajamos por extensas áreas de igarapés, como também muita terra firme banhada pelas águas pretas do Rio Negro. Encontramos grupos indígenas que há anos não viam gente branca”, relata Araquém. A emoção, o impacto e o perigo de cada instante estão no livro cujo título vem de uma idéia prosaica: Cabeça do Cachorro é o apelido dado pelo povo da região ao traçado fronteiriço entre Brasil e Colômbia, que lembra um cão como se estivesse com a boca aberta e olhando em direção ao Pacífico.


Embora represente um pequeno trecho no mapa do Amazonas, a área explorada por eles é enorme. São 200 mil km² de floresta com densidade populacional de 0,25 habitante/km². Segundo o arqueólogo Eduardo Neves, da Universidade de São Paulo, 23 etnias vivem no local há mais de 3 mil anos. Isolados, indígenas preservam costumes ancestrais, como idiomas falados há mais de 500 anos e a produção de objetos artesanais. 


O livro é beneficiado pela Lei Rouanet e conta com patrocínio da Qualicorp. A viagem de Drauzio e Araquém pela Amazônia contou também com o apoio da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro. 


Bichos do Brasil

O livro Bichos do Brasil, tem 150 fotos ampliadas em 300 páginas, onde Araquém faz uma celebração da riquíssima e colorida fauna brasileira, ao mesmo tempo que alerta para a extinção de espécies – devidamente retratadas – e a urgência de reverter esse processo.


                Ararinha-azul (Cyanopsitta spixi)
Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii): vive na Caatinga. O hábitat natural que restou para esta bela ave é o zoológico. Apenas em zoos e coleções particulares é que podem ser observadas as derradeiras 55 ararinhas vivas. Na natureza, a última que foi vista, em 2000, era um macho, que desapareceu. Desde então, criadouros no mundo todo tentam estabelecer encontros entre os pares para reprodução, evitar o desaparecimento total da espécie e, quiçá, conseguir reintroduzir o animal no meio ambiente da Caatinga 


O prefácio é de Paulo Vanzolini, o zoólogo e compositor paulista (Ronda, Volta por Cima são duas de suas canções mais conhecidas), um dos idealizadores da Fundação de amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (FABESP). Em agosto de 2008, o cientista foi premiado pela Fundação Guggenheim, em Nova Iorque, em virtude de suas contribuições para o progresso da ciência.
“O planeta vive uma grande onda de extinções, problema que afeta especialmente o Brasil. Se por um lado nos orgulhamos de abrigar cerca de 22% dos animais já catalogados, por outro permitimos que as queimadas, o agronegócio e o comércio ilegal de animais ponha a perder esse patrimônio”, protesta Araquém, com energia.


                Tucano-de-peito-branco (Ramphastus tucanus)
Tucano-de-peito-branco (Ramphastus tucanus): vive na Amazônia e no litoral

O fotógrafo fala com autoridade. Em quase 40 anos de carreira, já perdeu a conta de quantas viagens empreendeu pelos diferentes biomas do Brasil. A experiência lhe permitiu publicar mais de 30 livros de fotos, nos quais seduz o público para a exuberância da natureza brasileira enquanto também evidencia a necessidade de pesquisar e proteger mais e destruir menos.


                Mocho-diabo (Cathartes aura)

Mocho-diabo (Cathartes aura): aparece em todo o litoral brasileiro e Mata Atlântica


“O Brasil tem cerca de 200 mil espécies animais registradas. Estima-se que esse número represente só um décimo do total existente. Além disso, apenas 1% das espécies conhecidas é estudado com profundidade, pois o país carece de taxonomistas. Publicações como esta mostram seres que muitas vezes nem os brasileiros conhecem. Mais do que isso, ajudam a colocar a fauna na pauta do dia”, propõe o fotógrafo.


                Guarás (Eudoscimus ruber)
Guarás (Eudoscimus ruber): vive em lagoas e mangues. Uma revoada de guarás colore os céus cinzentos de Cubatão, no litoral de São Paulo. Incrustada na Mata Atlântica, entre a serra do Mar e o litoral, a cidade, um polo industrial, chegou a ser considerada a mais poluída do mundo nos anos 1980. Na região portuária de Santos e Cubatão, a mancha das cidades invadiu manguezais, mas a criação de reservas isolou dessa ameaça trechos valiosos de floresta

O livro é editado com o patrocínio do Grupo ThyssenKrupp, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet


                Socó-boi (Tigrisoma lineatum)
Socó-boi (Tigrisoma lineatum): vive em rios e lagos


Mata Atlântica

Como forma de chamar a atenção para a riqueza da floresta nativa da costa brasileira e para a importância da preservação, o livro Mata Atlântica conta com o texto de apresentação de Paulo Nogueira-Neto, presidente da Fundação Florestal e um dos pioneiros na causa ambiental, com trabalho de reconhecimento internacional.

Jaguatirica
Jaguatirica (Leopardus pardalis): vive em todo o território brasileiro

Em 140 fotos, Araquém registra todos os aspectos e regiões da mata, do sul ao nordeste do Brasil. Com um trabalho apaixonado, propõe uma experiência sensorial ampla. “A Mata Atlântica é uma sinfonia de sons e silêncios. São milhares de espécies de animais, flores, plantas e árvores. Tem avencas e samambaias pelo chão, orquídeas por toda parte, as bromélias estão em cada árvore, os liquens parecem cobertores para os troncos. A Mata Atlântica é a coisa mais bela que já vi”, se delicia Araquém Alcântara.

Com a juventude passada em Santos (SP), o fotógrafo possui ligação afetiva com a floresta: “Há mais de dez anos eu queria fazer um livro específico sobre a Mata Atlântica. E agora o dedico a Tom Jobim, um apaixonado pela natureza e que a definiu como ‘floresta encantada’”, afirma Araquém sobre este seu 37º livro.

Araquém se mudou na adolescência para Santos. Na costa paulista seu pai lhe apresentou a Mata Atlântica. O jovem ficou encantado: “Foi pelas mãos de meu pai que percebi, ainda garoto, a beleza extraordinária da mata, o quanto ela possui de unidade e mistério”, diz.

Para ele, documentar a floresta tropical é de uma dificuldade estimulante. “A mata fechada é escura. Ela entrecorta o sol e a sombra. Por um lado, fascina. Por outro, aflige. A mata não é convidativa para um fotógrafo, é preciso enfrentar toda a sorte de desconforto e exercitar a todo instante a paciência e a contemplação. 


Araquém conta mais: Perco a maioria das fotos na mata, mas aquelas que dão certo compensam toda a busca. "Viver a mata é uma experimentação mística, o encontro com a beleza e o eterno"
.

Expedição Pantanal  Araquém Alcântara

Expedição Pantanal com Araquém Alcântara“Queria lembrar que o Pantanal da Serra do Amolar é um Patrimônio Mundial da Humanidade, Reserva da Biosfera da Unesco, um espaço considerado pelos cientistas e ecólogos do mundo inteiro como de vital importância para o futuro da biodiversidade do Brasil e do planeta. E, além disso tudo, talvez sobretudo, um lugar de poder que transformar aqueles que são tocados. Espero que algum de vocês que já puderam estar aqui, tenha sido. Todos vocês são guardiães desta porção fantástica de vida e têm como obrigação moral defender e ampliar a ideia de uma nova consciência ecológica neste país. 

Essa nova consciência que já brota e frutifica em vários recantos exige a paralisação imediata do desmatamento, exige corredores ecológicos para que os animais encontrem espaço para se multiplicar, exige desenvolvimento sustentável para as populações que vivem nas florestas, exige uma melhor distribuição das riquezas. Seremos o Povo da Luz, seremos um grande berço do Novo Povo (como dizia Darcy Ribeiro) quando esta força revolucionária se entranhar em nossos corações. Evoé.”






"Entrar em comunhão com a floresta é entrar em comunhão com Deus"


Araquém de Alcântara


Para mais informações, visite www.araquem.com

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