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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Restauração florestal é o foco do programa Florestas do Futuro


A ONG SOS Mata Atlântica trabalha com o sequestro de carbono, a manutenção da biodiversidade e a preservação de nossos recursos hídricos

Ludmila Pugliese trabalha com o projeto Florestas do Futuro 

No Globo Ecologia cujo tema é Florestas do Futuro, a gerente de restauração florestal da SOS Mata Atlântica, Ludmila Pugliese, explica como funciona o programa que vem reunindo, há sete anos, a sociedade civil organizada, a iniciativa privada, os proprietários de terras e o poder público em um projeto de restauração florestal. O nome é Florestas do Futuro e a idealização é da organização não governamental na qual a bióloga atua. Ludmila falou ao site um pouco mais sobre o assunto.


“O projeto Florestas do Futuro foi criado em 2004, a partir de uma outra iniciativa de restauração que tínhamos. A gente viu que havia alguns gargalos nos programas porque os proprietários não conseguiam fazer eles mesmos a restauração”, conta Ludmila.

Através da restauração de áreas degradadas, feita com espécies nativas, o Florestas do Futuro atua em três frentes importantes para a preservação e recuperação do meio ambiente: o seqüestro de carbono, a manutenção da biodiversidade e a preservação de recursos hídricos.

“Além da doação da muda, a SOS Mata Atlântica é responsável pela manutenção por dois anos. Os proprietários viram parceiros e são treinados por uma equipe formada pela ONG”, explica Ludmila.

Os objetivos são: a promoção e a recuperação das bacias e sub-bacias hidrográficas, através da recomposição das matas ciliares (nas margens dos rios) e das áreas de preservação permanente, bem como as de reserva legal; a conscientização dos públicos de interesse sobre a importância da conservação das florestas, em especial da Mata Atlântica; a criação de um modelo de programa de reflorestamento com espécies nativas, que envolva a iniciativa privada, a sociedade civil e o poder público e possa ser multiplicado; o fortalecimento da relação entre água e floresta através de um programa participativo de educação ambiental e cidadania, associado a recomposição das matas ciliares e reserva legal.

“A gente fala que tem participação de todos porque temos os proprietários de terra e a empresa de reflorestamento e a pessoa física pode patrocinar a compra de mudas”, diz Ludmila.

O projeto visa também apoiar ações sócio-ambientais e capacitação técnica por meio de atividades sustentáveis que auxiliem na conservação da Mata Atlântica:

“Temos um trabalho forte, de aproximação e metodologia. A gente tem o link com o proprietário da terra e patrocínio de empresas que têm interesse na conservação ambiental ou na compensação das emissões de carbono”.

A divulgação é feita através do portal SOS Mata Atlântica e também de palestras que Ludmila e outros profissionais fazem pelo Brasil. “fazemos o corpo a corpo no dia a dia para tentar convencer proprietários de terra”, diz Ludmila.

Desde o início, o Florestas do Futuro já plantou 2,5 milhões de mudas em 2 mil hectares de Mata Atlântica espalhados por São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.

“A idéia é que no futuro essas áreas tenham florestas, melhor qualidade de ar e de água, e que melhorem a qualidade de vida das pessoas. O projeto está sendo feita agora, mas o impacto maior é mais pra frente.”


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