ONG tem como missão promover a conservação da biodiversidade do bioma e capacitar pessoas para o exercício da cidadania socioambiental
Márcia Hirota, uma das fundadoras da SOS Mata Atlântica
“A SOS Mata Atlântica nasceu de um desejo de um grupo de pessoas que já tinha preocupação com questões ambientais, com a questão da degradação aqui na nossa região. O berço foi o litoral sul de São Paulo. Todo o nosso trabalho foi para lutar em defesa da Mata Atlântica”, diz Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da SOS Mata Atlântica e uma das fundadoras da ONG.
Quando a Constituição Federal de 1988 conferiu à Mata Atlântica o status de Patrimônio Nacional, a definição das áreas que compõe o domínio da Mata Atlântica passou a ser preponderante para a política de conservação. Até 1990, considerava-se Mata Atlântica apenas a Floresta Ombrófila Densa. Depois de um seminário organizado pela SOS Mata Atlântica, o conceito de Domínio da Mata Atlântica também passou a designar as áreas que originalmente formavam uma cobertura vegetal contínua. Depois de algumas reformulações, a definição foi reconhecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em 1992, incorporado ao Decreto 750 de 1993 e reconhecido pela Lei 11.428, de 2006, e regulamentada pelo Decreto 6660 de 21 de 2008.
“Conceituar a Mata Atlântica foi a primeira ação para que ela se tornasse conhecida. Contribuímos para que o termo entrasse no vocabulário. Foi um trabalho de militância pela conservação, com muito voluntariado, diversos projetos, captação de recursos. Fazíamos a mobilização para que as pessoas defendessem a causa e elaborávamos projetos”, lembra Márcia Hirota.
Logo no início, a SOS Mata Atlântica inovou ao implantar um sistema de profissionalização de técnicos para atuarem nos projetos da ONG: “Na época, não existiam muitas instituições que profissionalizassem técnicos. A WWF era uma delas.”
Vieram então os projetos de conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da cobertura florestal da Mata Atlântica, campanhas, estratégias de ação na área de políticas públicas, programas de educação ambiental e restauração florestal, desenvolvimento sustentável e proteção e manejo de ecossistemas.
“Hoje, nós temos 250 mil filiados, que contribuem financeiramente e garantem que a gente desenvolva os projetos. Também recebemos vários patrocínios, doações de empresas e pessoas.
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