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quinta-feira, 9 de junho de 2011

“O que vai salvar a Amazônia é o desenvolvimento”, diz general do Exército

Vice-chefe do Estado-Maior de Brasília, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, enfatiza que o Brasil ainda não completou sua expansão interna, e que o vazio de poder é o maior problema da Amazônia 
Para Villas Bôas, “não adianta congelar áreas para preservá-las”, e enquanto não houver projetos que ofereçam alternativas sustentáveis, não há como controlar a entrada de migrantes na Amazônia apenas por meio de proibições. 
“O Estado brasileiro mais desenvolvido da Amazônia é o Amazonas. Ao mesmo tempo, o Amazonas também é o Estado com a maior quantidade de floresta preservada”. Com esse argumento, o general do Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas levanta a posição de que é, sim, possível, criar uma Amazônia desenvolvida e correta nos padrões ecológicos. 
“Há que se encontrar um meio termo. Hoje em dia, ninguém mais sobrevive extraindo látex”, ataca o general. Segundo ele, planos de manejo, recurso humano e infraestrutura são os primeiros passos para uma Amazônia desenvolvida. Tudo isso, claro, simultaneamente, sem guerra e rápido, já que o Brasil está no centro das atenções do mundo e deseja se desenvolver para ser, em breve, a quinta maior economia do planeta. 
A geopolítica interna da Amazônia, porém, dá dor de cabeça a muitos especialistas. Enquanto sua parte central está totalmente preservada, suas áreas periféricas já sofreram uma degradação irreversível. Ao mesmo tempo, a região se torna alvo para grandes construções como a usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, além de uma rodovia interoceânica que irá até o Oceano Pacífico, ligando a Amazônia – e, consequentemente, o Brasil – à Ásia. Porém, tudo isso acontece sem que haja infraestrutura e recurso humano para manter esses projetos em pé e em busca por mais desenvolvimento.
Uma das maiores preocupações do general – e do Exército Brasileiro – é o fato de o Brasil, com mais de meio milênio de vida, ainda não ter completado sua expansão interna. “Ainda não integramos todo o nosso território. Ainda há metade dele ‘por fazer’”, diz Villas Bôas. A situação preocupa o vice-chefe do Estado-Maior de Brasília porque a região menos ocupada é a Amazônia, que está cercada de ameaças iminentes, como instabilidade dos países vizinhos, problemas fundiários, internacionalização, questões indígenas e ambientais e, principalmente, o vazio de poder na região, que atua como causador e potencializador de todos os outros problemas. 
Segundo dados apresentados por Villas Bôas, a dificuldade em expandir o Brasil até onde seu território, de fato, delimita, traz problemas nas identidades dos povos também: há povos indígenas que ocupam o território brasileiro, mas ao recorrerem à ajuda em cidades vizinhas fronteiriças, nem sempre têm fácil acesso a cidades do próprio Brasil. Nessa questão, o Exército é o principal responsável por levar recursos e serviços para essa população, o que ajuda na delimitação de fronteiras e na busca dos povos mais isolados por uma identidade frente ao restante da sociedade.

Fonte: amazonia.org
Por Rafaela Carvalho estudante de jornalismo da USP

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