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quarta-feira, 6 de julho de 2011

A fabulosa Ilha de Trindade no Programa Globo Mar

Globo Mar esteve em um trecho do Brasil que pouca gente conhece. Ele é tão longe da costa que só dá para chegar por barco, atravessando e águas internacionais: as ilhas de Trindade e Martim Vaz. Abastecido por fragatas da Marinha a cada dois meses, o local é completamente desabitado, um desafio total para quem tem que chegar lá. Depois de sair da costa do Rio de Janeiro, a fragata Greenhalgh ganha a companhia de um helicóptero, que não fica no navio quando este está atracado por uma questão operacional.


  
A ilha da Trindade fica a quase 1,2 mil quilômetros do litoral brasileiro. Junto com Martim Vaz, é a fronteira leste do país, o primeiro pedaço de Brasil para quem vem do Atlântico Sul. Junto com a tripulação de mais de 200 homens do navio, vão os militares que irão guardar a ilha pelos próximos quatro meses. 

São três dias de viagem, em uma rotina militar.No segundo dia de viagem, já sem nenhum pedaço de terra firme por perto, os pesquisadores que foram a bordo da fragata entram em ação e aproveitam para colher dados a cada 27 quilômetros, ou seja, de hora em hora. Os apitos convocam a tripulação para cada tarefa do dia, mas também para a hora do almoço e do jantar. 

O vai-e-vem constante pelos corredores é sempre cercado de muita segurança.No terceiro dia, os militares começam reuniões para acertar todos os detalhes do desembarque na ilha, e o helicóptero a bordo finalmente vai entrar em ação. Mas, antes de tudo, é preciso pesar tudo que vai desembarcar do navio, inclusive as pessoas.

A ilha da Trindade é o topo de uma montanha submarina, cuja base está a 5 mil metros de profundidade. O acesso à ilha, que fica bem no meio do Oceano Atlântico, é feito de helicóptero.Primeiro, são levados de helicóptero os passageiros, depois começam a chegar os mantimentos, a bordo de uma espécie de cesta gigante que fica presa em baixo do helicóptero. Na volta, são levados os militares que estavam na ilha há meses isolados.
Serão mais de 100 voos em dois dias, uma ponte aérea com a ilha. Até o lixo de Trindade vai voltar de navio para o continente. Os que estão de despedida recebem os cumprimentos do Vice-Almirante. 
Entre os destaques, está a presença da primeira mulher na tripulação que patrulhou a ilha, a Primeiro-Sargento Ana Cristina Nunes. Ela conta que a experiência tem uma parte difícil, que é o contato com o marido e os filhos, que só acontece pela internet e pelo telefone.
Após o desembarque na ilha, começa a corrida contra o tempo dos pesquisadores, que têm pouco tempo na ilha. Apenas dois estudiosos do Projeto Tamar ficarão na ilha até a próxima viagem de reabastecimento, que acontecerá em dois meses. 
Depois de seguir pela trilha e chegar à Praia das Tartarugas, onde os pesquisadores acompanham o período da desova e monitoram as fêmeas adultas. A desova já está no fim, as fêmeas já fizeram seus ninhos, e as tartaruguinhas começam a nascer. A pressa para chegar na água é questão de sobrevivência, pois muitos perigos espreitam os primeiros passos. Vários animais, como fragatas e caranguejos ficam esperando as novas tartarugas saírem do ninho para capturá-las. 
Durante uma expedição pela ilha, todos ficaram reféns do Pirajá, que é uma pancada rápida de chuva que passa por cima da ilha. É uma sequencia sem fim de nuvens de chuva. O clima local pode ser instável, mas Trindade é um posto avançado da previsão do tempo. 
A cada manhã, a estação meteorológica da ilha lança um balão que carrega instrumentos que ajudam a dizer como vai ser o tempo em dois ou três dias nas praias brasileiras, a 1,2 mil quilômetros de distância. Os dados recebidos depois são encaminhados para Brasília. 
Atualmente, quase não é possível ver a floresta de árvores nativas que cobria grande parte da ilha até 1850. Durante muito tempo, as cabras que chegaram com os primeiros navegadores comeram tudo que viam pela frente, destruindo a vegetação nativa. 
A ilha de Trindade é a única ilha oceânica brasileira que tem nascentes de água doce permanentes. Os biólogos responsáveis pelo reflorestamento da ilha explicam que a ideia é ir plantando no alto dos picos, para as sementes irem caindo, rolando e gerando novas mudas de cima para baixo. 
No alto de um paredão de pedra, a capelinha de Nossa Senhora de Lourdes guarda uma curiosidade: todas as pessoas que visitam o local costumam deixar presentes. Dizem que, quem deixa um presente dentro do local, um dia vai voltar. A ilha ainda tem mais uma surpresa para quem a visita: a onda camelo. 
Por conta da profundidade em volta da ilha de Trindade, que é de quatro ou cinco mil metros bem perto da costa, e da presença de algumas áreas mais rasas e das correntes marinhas no Atlântico Sul, formam essa onda, que aparece do nada, como se fosse uma corcova de camelo, e passa levando tudo. 
Aos pés de enormes paredões, piscinas se formam na maré baixa, mas, de repente, uma sequência de ondas deixa a equipe encurralada, mudando totalmente a paisagem. As ondas varrem quem estiver por perto, e oito mortes já foram registradas. Uma pane no motor do helicóptero impediu a equipe de ir até a ilha de Martim Vaz, mas gerou mais uma aventura: a volta para a fragata teve que ser feita de botes, que quase não conseguiram sair da ilha por conta do mar revolto.
   

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