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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Thandie Newton: "Abraçando os outros, abraçando a si mesmo" (Videos TED)



A atriz Thandie Newton conta nesta palestra a história de seu encontro com sua alteridade - inicialmente como uma criança crescendo sob duas culturas diferentes, e depois como uma atriz atuando como diversas personagens. Uma calorosa e inteligente conversa recém saída dos palcos do TEDGlobal 2011.

Logo no início da apresentação, a atriz hollywoodiana lembra que todas as pessoas possuem um "eu", mesmo que não tenham nascido com ele. “Bebês recém nascidos acreditam que fazem parte de tudo. E em algum ponto durante a primeira infância a ideia do ‘eu’ começa a se formar. Nossa pequena porção da unidade ganha um nome, e lhe dizem muitas coisas a respeito dela mesma. Porém, esse ‘eu’ é uma projeção baseado nas projeções de outras pessoas. Esse ‘eu’ é quem realmente somos? Ou quem queremos, ou devemos ser?”, questiona.

Nascida em uma família atéia de pai branco e britânico e de uma mãe negra e africana, Thandie sempre sofreu com as constantes rejeições da sociedade – especialmente na Inglaterra católica dos anos 1970. “Eu era uma anomalia e meu ‘eu’ estava à procura de uma definição e tentando pertencer”, conta.

Quando descobriu a dança e a atuação, a jovem percebeu que naqueles momentos ela poderia ser quem ela não era na vida real – por mais que tentasse se adequar. Ainda assim, Thandie sofreu com depressão, bulimia e baixa altoestima.

Segundo a atriz, a humanidade criou um sistema de valores e uma realidade física que valida essa noções de "eu". “A lógica nessa conclusão é de que o ‘eu’ é uma coisa viva. Mas não é; é uma projeção, que nossos cérebros criam para nos enganar da inevitabilidade da morte”, defende.
“A Dr. Phyllis Lee que me entrevistou, e me perguntou: ‘Como você definiria raça?’ Eu respondi: ‘Cor de pele’. ‘Então biologia, genética?’ ela replicou, ‘por que Thandie, isso não é correto, existem mais diferenças genéticas entre um queniano negro e um ugandense negro do que um queniano negro e um branco norueguês. Pois todos viemos da África. E a África teve mais tempo para criar diversidade genética’. Em outras palavras, raça não tem nenhuma base em dados biológicos ou científicos. Raça é um conceito ilegítimo que nós criamos baseado no medo e na ignorância.”

Porém, a atriz acredita que existe algo que pode dar ao "eu" a conexão definitiva e infinita - a noção essencial de unidade. “O crucial, o que nós não conseguimos entender, é como viver em unidade com a Terra e todas as coisas vivas. Nós tentamos incessantemente entender como viver uns com os outros bilhões de ‘eus’. Mas não vivemos uns com ou outros”, diz. “Vamos viver uns com os outros e trabalhar juntos. A simplicidade do conhecimento é onde tudo começa.”

- Ouça a palestra na íntegra (para ver com legenda em português, selecione a opção ao lado do play)



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