A maior floresta tropical do mundo, a Amazónia, vai poder ser descoberta a partir de casa. O Google Street View chegou ao noroeste do Brasil e as primeiras fotografias, do Rio Negro, já estãodisponíveis online. Os promotores do projecto querem que as imagens panorâmicas destes lugares remotos sirvam de alerta para os perigos da desflorestação.
A ideia surgiu em Copenhaga, há dois anos, quando o superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgilio Vianna, conheceu dois executivos do Google durante um debate sobre alterações climáticas. “Propus a ideia e foi imediatamente aprovada. Dois anos depois, estamos aqui”, diz Virgilio Vianna, citado pela BBC.
Aqui é a Reserva Florestal do Rio Negro, paragem inaugural, para testar o equipamento do Google Street View em cima de um barco. É a primeira vez que é usado para fotografar panorâmicas com centro na água. E aqui é também a comunidade de Tumbira, a duas horas de Manaus, capital estadual.
A equipa do Google que está no Brasil – para treinar funcionários da FAS e alguns nativos, que serão os responsáveis pelo grosso do trabalho – convocou uma reunião em Tumbira para revelar aos seus habitantes o propósito do projecto, que registará o quotidiano desta comunidade, tal como já aconteceu em Nova Iorque, Londres ou Lisboa.
“O que queremos é que estas pessoas mostrem a floresta e as suas comunidades do seu ponto de vista”, nota Virgilio Vianna. “É muito importante mostrar o ambiente e o modo de vida da população nativa, mas também sensibilizar o mundo para os desafios das alterações climáticas, da desflorestação e do combate à pobreza”, sublinha.
A FAS, organização não-govermental criada para promover a preservação da biodiversidade no Amazonas, quer sobretudo que estas fotografias sirvam para relevar as consequências das atuais políticas globais para o ambiente, com destaque para os efeitos da desflorestação na paisagem.
Ao nível técnico, este projeto é também um desafio para o Google. Além das fotografias feitas a navegar no Rio Negro e no Rio Amazonas (o segundo mais extenso do planeta), há ainda a floresta e a troca dos automóveis por um tripé com rodas para passear o equipamento pelas comunidades locais.
“Tudo aqui é muito diferente. Estamos acostumados a fazer imagens de lugares que têm endereços formais, o que não é o caso destas comunidades, e muito menos dos rios e da floresta”, observa Tuxen-Bettmen, do Google. O resultado final poderá depois ser visto no Google Maps e no Google Earth, com fotografias de alta definição de uma das regiões menos acessíveis do planeta.
A maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, vai poder ser descoberta a partir de casa. O Google Street View chegou ao noroeste do Brasil e as primeiras fotografias, do Rio Negro, já estão disponíveis online. Os promotores do projeto querem que as imagens panorâmicas destes lugares remotos sirvam de alerta
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