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sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Ministério da Saúde adverte: Comer insetos faz bem

Especialistas defendem o uso de insetos na 
alimentação pelo bem da saúde e do planeta

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Desde 2008, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) vê a possibilidade de incluir insetos na dieta humana. A ideia tem a participação do entomologista (estudioo de insetos) Arnold Van Huis, da Universidade de Wageningen, na Holanda. Essa inclusão, além de benéfica para a saúde, também ajuda no combate ao efeito estufa.Nos últimos anos o consumo de carne, que era de 20kg por ano, cresceu para 50kg, e em 20 anos a perspectiva é de que cada pessoa coma, em média, 80kg de carne por ano. Devido a esse aumento, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que todas as pessoas passem pelo menos um dia por semana sem consumir carne e que diminuam ainda mais ao longo do tempo, para que dessa forma possam controlar as mudanças climáticas.

A entomofagia, que é a prática de comer insetos, ainda não é permitida no Brasil, mas estudos comprovam a importância nutricional do hábito. Um grupo de cientistas, trabalhando com a agência espacial japonesa (JAXA), pesquisou o bicho da seda e os cupins, e descobriram que eles seriam fonte de uma dieta rica em gorduras e aminoácidos.Mais de mil tipos de insetos já fazem parte do cardápio de 80% dos países, principalmente na porção oriental do globo, e são mais populares nas regiões tropicais, onde ficam maiores e são mais fáceis de serem capturados.


Opção contra a desnutrição

Frank Franklin, professor e diretor de nutrição pediátrica da Universidade do Alamaba, nos Estado Unidos, afirma que baixas calorias e poucas proteínas são as principais causas de morte em crianças e que a proteína dos insetos poderia ser uma solução mais barata se processada em uma forma semelhante a uma pasta de amendoim, para aqueles que sofrem dessa má nutrição.A população do Laos (país asiático) sofre com deficiência de cálcio e uma proposta de se construir uma grande indústria leiteira no país foi colocada em questão, mas por saberem que a maior parte dos asiáticos tem intolerância à lactose, essa proposta não pôde ser realizada.

Considerando então que grilos e gafanhotos são ricos em cálcio e 90% da população do Laos já comeram insetos em algum momento de suas vidas, a FAO vem desenvolvendo um projeto de criação de insetos, que aproveita os conhecimentos de 15 mil agricultores familiares que cultivam gafanhotos na Tailândia, um país vizinho. Em algumas partes do mundo, comer insetos não é estranho. No sul da África, as lagartas Mopani são salgadinhos populares, já os japoneses preferem as larvas de insetos aquáticos, e no México, as pessoas comem gafanhotos.


Insetos podem beneficiar a diminuição dos gases do efeito estufa

De acordo com as pesquisas do entomologista Van Huis, as fazendas de insetos produzem uma quantidade muito menor de gases de efeito estufa se comparadas à pecuária. Ele afirma que os insetos produzem 300 vezes menos óxido nitroso (que também agrava o efeito estufa) e muito menos amônia, que é tão comum nas criações de porcos e aves.

As fazendas de insetos ainda poderiam gerar renda para comunidades carentes e proteger as florestas, pois além de elas serem o habitat natural de várias espécies, não precisariam ser destruídas pelo avanço das pastagens.

Legalização da entomofagia

Por ainda não ser permitido a criação de insetos para fins alimentícios no Brasil, o empresário mineiro Luiz Otávio Pôssas Gonçalves, dono de uma companhia que cria e comercializa insetos, pediu ao Ministério da Agricultura o reconhecimento do seu negócio como um “estabelecimento produtor de insetos para consumo humano”.

Esse pedido acabou abrindo espaço sobre a legalização da entomofagia no Brasil. O Ministério da Agricultura pediu indicação bibliográfica ao empresário, alegando que se trata de um tema polêmico, mas que será discutido, pois representa oportunidade real de se combater o aquecimento global no Brasil e no mundo.Dados da FAO, que também está discutindo a possibilidade de incluir insetos na dieta humana, mostram que cerca de 80% dos países possuem insetos em seu cardápio e 23 dessas nações ficam no continente americano. Caso a proposta de Gonçalves seja aceita, podemos ter um cardápio recheado de insetos. 

Fonte: Eco Desenvolvimento

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