Quinze manifestantes fantasiados de baleia aguardaram a chegada do
empresário Eike Batista, que não compareceu/Foto: Greenpeace Brasil
Em busca de um posicionamento sobre a exploração de petróleo e gás nas proximidades do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral da Bahia, ativistas do Greenpeace ocuparam a matriz do Grupo EBX, no Rio de Janeiro na manhã da última quarta-feira, 31 de agosto.
A manifestação contou a participação de ativistas vestidos de baleia e paramentados com máscaras do empresário Eike Batista, presidente do Grupo. O Greenpeace defende a suspensão das atividades com o argumento de que a exploração em águas profundas representa uma ameaça à população de aproximadamente 10 mil baleias que se reproduzem no local.
Manifestantes fantasiados de funcionários da OGX jogaram óleo
falso em ativistas vestidos de baleias/Foto:Greenpeance Brasil
De acordo com o site da organização, foram convocados sete carros da Polícia Militar, que chegaram para tentar desocupar o edifício. Com o reforço da tropa de choque, as duas entradas foram bloqueadas e cobertas com plásticos pretos, impedindo que profissionais da imprensa tivesse acesso a imagens.
O acesso a água e alimentos foi proibido e, após às 18h, as luzes do edifício foram cortadas. Ainda de acordo com o Greenpeace, os policiais fecharam o quarteirão e, por volta das 19h20, as correntes que prendiam os ativistas foram cortadas. Os manifestantes foram levados com brutalidade e agressões para um camburão, que partiu em direção à delegacia. A fotógrafa e o cinegrafista que acompanhavam a intervenção também foram detidos.
Policiais em maior número agem com agressividade
contra ativistas/Foto: Greenpeace Brasil
A coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Leandra Gonçalves, afirmou que ao invés de serem recepcionados com um posicionamento concreto sobre o tema, os ativistas receberam uma resposta inócua e reação truculenta. “Viemos em busca de resposta a um pedido feito à OGX em carta pelo Greenpeace e via email por mais de 14 mil ciberativistas, que foi sumariamente ignorado pela empresa”, criticou.
Em resposta enviada ao Greenpeace, durante a tarde, o diretor de segurança corporativa da EBX, André Aldgeireo, apontou que as atividades não oferecem qualquer risco ao parque por serem realizadas a cerca de 150 quilômetros do santuário.
O comunicado ainda ressalta que a OGX, empresa petrolífera do grupo que atua na exploração junto a outras dez organizações, é “alinhada à política de sustentabilidade do Grupo EBX e está comprometida com a proteção da biodiversidade brasileira, inclusive apoiando importantes Unidades de Conservação como o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, por um período de 10 anos”.
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