Geração e disponibilização de conhecimento sobre a biodiversidade botânica na Amazônia pode sofrer grandes mudanças
É sabido que Amazônia é a região que abriga a maior diversidade de plantas e a maior extensão de florestas tropicais do mundo. Portanto, existem áreas que ainda não foram exploradas e atraem pesquisadores e estudantes de todo o mundo. Eles pesquisam em campos isolados e tem dificuldades na divulgação de suas descobertas.
É nesse momento que a tecnologia da informação pode revolucionar a forma como esse conhecimento é disponibilizado à sociedade. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) estão trabalhando na construção de uma plataforma digital que disponibilizará dados sobre botânica, como uma forma de compartilhar informações importantes sobre os estudos realizados para que esses dados não sejam mais encarados como um “segredo que deve ser guardado a sete chaves”, mas como uma fonte para estudantes, profissionais e mesmo a comunidade.
WikiFlora, WikiBio
O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) já anunciou uma parceria com a International Business Machines (IBM) para o desenvolvimento da plataforma, batizada preliminarmente de Wikiflora, que deverá ser apresentada na Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) em junho de 2012
.“O Wikiflora é uma proposta de Ciência Cidadã, e não apenas para plantas, mas também para outros organismos. Portanto, não mais Wikiflora, mas sim Wikibio”, instiga o pesquisador.
Fungos no topo da fila

Uma das primeiras contribuições para a plataforma é um guia, elaborado pelo bolsista do Inpa, Ricardo Braga-Neto, com a colaboração de outros pesquisadores, sobre fungos da Reserva Florestal Adolfo Ducke.
“Na verdade, os fungos não são plantas, mas a parte das nomenclaturas obedece quase as mesmas leis da plantas então são agrupados junto com elas. E pretendo incluir entre 100 e 150 espécies de fungos para compor esse guia”, explica Braga-Neto.

Segundo Braga-Neto, contemplar diferentes demandas, como estudantes e profissionais que não tem acesso aos estudos taxonômicos com facilidade, otimizaria o trabalho e faria com que o Brasil assumisse um papel de destaque. “Essa seria uma ferramenta muito moderna, tão importante para a Amazônia porque temos um perfil de poucos recursos humanos e a área da região norte é imensa, e esse é um passo fundamental para acelerar a qualidade de desenvolvimento da região. O Brasil tem condições de ser um líder mundial nessa área e acabar influenciando o mundo todo”, afirma.
Fonte: EcoAmazônia
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