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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Tamar monitora tartaruguinhas soltas com transmissores



Telemetria por satélite em tartaruguinhas

Desvendar o comportamento migratório de tartarugas em estágio inicial de vida é o objetivo de uma das pesquisas em andamento no Tamar. Em parceria com a Universidade Atlântica da Flórida, sob a coordenação da pesquisadora Kate Mansfield, o estudo investiga os primeiros momentos de vida das tartarugas marinhas em águas oceânicas, período que os pesquisadores denominam “anos perdidos” - Lost Years. Apesar de décadas de estudo, pouco se sabe sobre o que acontece com a maioria das espécies de tartarugas marinhas durante esse tempo. Saber para onde os filhotes vão e poder identificar as áreas de berçário e uso de habitaté necessário e fundamental para conservação e manejo dessas espécies. 

Novas solturas (novembro/2013):

Outras sete tartaruguinhas com transmissores foram soltas do mesmo ponto, na Praia do Forte/BA, em novembro/2013. O objetivo é acompanhar o deslocamento delas para agregar mais dados ao que já foi obtido com outras solturas.

Fase de campo (julho/2013):

A pesquisa encerrou sua terceira fase com a interrupção dos últimos sinais emitidos pelos transmissores de satélite (julho/2013). A partir de agora, iniciam-se as análises de dados de localização registrados durante o deslocamento dos filhotes, desvendando resultados relevantes sobre o comportamento migratório de tartarugas em estágio inicial de vida. Durante o período de monitoramento dessa terceira fase, os indivíduos foram até o norte do Brasil, acompanhando a linha do talude continental, na mesma direção das correntes predominantes nos meses de outono. Fêmeas adultas da mesma espécie (Caretta caretta) monitoradas por satélite desde as praias de desova na Bahia, migraram até a costa do Ceará para se alimentar, fato muito interessante, dizem os pesquisadores, já que as tartaruguinhas também se deslocaram, ao menos inicialmente, na mesma direção. 


2ª fase da pesquisa: 

Dessa vez, cinco tartaruguinhas foram soltas ao mar da Praia do Forte/BA com transmissores (abril/2013). Confira um mapa atualizado pelo Seaturtle.org com dados enviados pelo satélite sobre o deslocamento de uma delas, na 2ª fase da pesquisa:



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1ª fase da pesquisa:

As primeiras três tartaruguinhas foram soltas ao mar em novembro de 2012 a 10 km da costa da Praia do Forte/BA. Juntamente, foram soltos 4 drifters. A duração da recepção de sinais foi de 4, 5 e 65 dias para cada tartaruga respectivamente. As posições das duas tartarugas monitoradas por poucos dias indicaram que seguiram rumo ao sul, na mesma direção das correntes marinhas predominantes no mês de novembro. Uma delas se deslocou paralelamente ao talude continental e a outra seguiu rumo a águas oceânicas, percorrendo uma distância de 90 km e 145 km respectivamente. A tartaruga monitorada por mais tempo se deslocou em direção sul até o Banco dos Abrolhos, permaneceu vários dias em águas oceânicas e seguiu rumo ao litoral norte da Bahia. Durante todo o período percorreu mais 1700 km. Inicialmente essa tartaruga seguiu na mesma direção das correntes marinhas, já em águas oceânicas demonstrou autonomia, nadando ativamente em várias direções. Estes resultados preliminares serão analisados conjuntamente com os resultados das próximas duas solturas de tartarugas, no final da temporada reprodutiva, coincidindo com mudanças das correntes predominantes fora da plataforma continental

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Entre as águas de Cananéia e os botos-cinza de ilha do Cardoso



O extremo Sul do litoral paulista guarda um santuário ecológico ainda pouco explorado. Além de oferecer banhos de rio, lagoa e mar, a cidade de Cananéia, a 264 quilômetros da Capital, gaba-se de reunir quatro tipos de ecossistema na mesma região: manguezais, dunas, restingas e Mata Atlântica. Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio natural da humanidade, o município também preserva inúmeros sítios arqueológicos e ruínas da época colonial, além de abrigar na vizinhança o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, procurado não só por turistas como também por biólogos interessados em pesquisar a imensa biodiversidade de fauna e flora locais. 

Cananéia é um município brasileiro no litoral do estado de São Paulo. Pertence à Mesorregião do Litoral Sul Paulista e Microrregião de Registro e localiza-se a sudoeste da capital do estado, distando desta cerca de 265 km. Ocupa uma área de 1 242,01 km², sendo 2,3677 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2011 foi estimada em 12 220 habitantes, sendo que em 2010 era o 326º mais populoso do estado paulista.

A sede tem uma temperatura média anual de 19,9°C e na vegetação do município predomina a mata atlântica, com trechos de mangues e restingas ao longo de sua faixa litorânea. Com uma taxa de urbanização da ordem de 80%, o município contava, em 2009, com onze estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,775, considerando como médio em relação ao estado.

O município é considerado o segundo mais antigo do Brasil, perdendo apenas para São Sebastião, fundado poucos meses antes. Atualmente, o Centro Histórico de Cananéia ainda preserva os estilos arquitetônicos adotados pelas primeiras casas desde o período colonial até o final do século XIX. As praias também atraem milhares de pessoas na alta temporada, sendo que na Ilha do Cardoso há várias trilhas e cachoeiras, além de vários sítios arqueológicos. As festas, a culinária e o artesanato também são atrativos à parte da cidade, cujas principais fontes de rendas são a pesca e o turismo.


Parque Estadual da Ilha do Cardoso

O Parque Estadual da Ilha do Cardoso abrange um dos mais significativos e complexos remanescentes de ecossistemas de Floresta Atlântica do Brasil. Foi considerado pela Rede Hemisférica de Aves Marinhas (RHAP – USA) uma das três regiões na América do Sul que apresenta a maior diversidade de aves limícolas (Blanco & Canevari 1992). Também é considerada uma das duas áreas que apresenta a maior concentração de espécies de aves ameaçadas da região neotropical (Wege and Long 1995), por concentrar em seus domínios uma alta diversidade de espécies de aves ameaçadas de extinção e ou raras (Collar et al.), portanto o PEIC deve ser tratado como região prioritária para o estabelecimento de estratégias de conservação.

Parque Estadual da Ilha do Cardoso

O parque é dividido em duas áreas: Perequê, conhecida pelas trilhas, e Marujá, uma vila de pescadores com acesso ao mar aberto. O acompanhamento de monitores ambientais é obrigatório em todas as atrações, mas é possível tomar um banho de mar sozinho e sentir a natureza pulsar em toda a extensão do território, já que 90% são cobertos por Mata Atlântica. 


CANANEIA

De volta à cidade, vale reservar uma tarde para conhecer os principais pontos turísticos de Cananeia, como a figueira centenária, os canhões deixados pelos ingleses na época colonial, a Igreja de São João Batista (construída em 1577 como fortaleza contra invasores), o morro São João e a Trilha do Mirante, percurso que permite adentrar a Mata Atlântica e visualizar o complexo estuarino lagunar, a cidade, as praias e as ilhas. 

Turismo

Praia na Ilha do Cardoso.

Dentre os atrativos naturais, há de se destacar as praias. Segundo a Biblioteca Virtual do Governo de São Paulo, Cananéia conta com sete praias: a Praia da Comunidade Marujá; a Praia de Laje; a Praia do Fole Pequeno; a Praia da Comunidade; a Praia de Ipanema; a Praia da Comunidade Itacuruçá (Pererinha); e a Praia da Comunidade Pontal do Leste. No Parque Estadual da Ilha do Cardoso há os sítios arqueológicos, além de praias, e de 22 mil hectares de mata atlântica preservada, havendo no meio desta várias cachoeiras e trilhas para caminhadas. Cananéia já foi apontada pela revista Condé Nast Traveler como melhor roteiro ecológico do mundo, sendo também tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Natural da Humanidade.

A cidade conta com vários atrativos de valor histórico e cultural, principalmente em seu Centro Histórico, tombado por resolução aprovada em 11 de dezembro de 1969. Ele engloba a Praça Martim Afonso de Souza, a Avenida Beira Mar e várias ruas, como a Dom João III e Pêro Lopes. A arquitetura urbana que predomina no Centro foi a que predominou desde o período colonial até o final do século XIX, mostrando-se com casas construídas sobre o alinhamento das vias publicas e as paredes laterais, sobre os limites do terreno. No Museu Municipal, onde está em exposição o segundo maior tubarão do mundo, que foi encontrado em águas pertencentes ao litoral de Cananéia e hoje encontra-se taxidermado;

Cananeia também oferece algumas cachoeiras aos aventureiros que curtem o contato próximo com a natureza. São quatro belíssimas quedas de dificuldades leves e médias, com taxas que não ultrapassam o valor de R$ 5. São elas: Pitu, Mandira, Rio das Minas e Encanto.

Os pontos mais frequentados por turistas são as piscinas naturais, localizadas na praia da Laje; a Cachoeira Grande e o Pontal do Leste (trecho mais ao Sul de Marujá). O acesso à ilha, no entanto, não é dos mais fáceis: a partir de Cananeia, a passagem é feita através do porto, de onde partem escunas e voadeiras (pequenas lanchas) até as comunidades tradicionais. 

A empresa Lagamar II – (0xx13) 3851-3771) – cumpre o trajeto de escuna (R$ 25, ida e volta, para Perequê, com duração de 25 minutos, ou R$ 50 para Marujá, em três horas) e voadeira (R$ 25 para Perequê, em dez minutos, e R$ 70 para Marujá, em 50 minutos). 

A Ilha do Cardoso também acolhe animais que encantam quem a visita. São 86 espécies catalogadas pelo Instituto Florestal de São Paulo. Além de mamíferos grandes, como os botos-cinza que acompanham os barcos, há bugios, suçuaranas e veados-mateiros.

O parque comporta pousadas e campings para a hospedagem. A dica é reservar acomodação antes de dar início à aventura, pois o número de visitantes dentro da ilha é controlado.

Ilha do Cardoso - Repórter ECO

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Greenpeace: Enxotando os direitos Indígenas

Greenpeace
Registro visual em terra indígena dos Awá-Guajá (©Greenpeace/Eliza Capai)

Olá Mauricio,

Na semana passada o Greenpeace assinou e divulgou, em conjunto com outras organizações da sociedade civil, uma nota pública em apoio à desintrusão da Terra Indígena Awá-Guajá, no norte do Maranhão.

A retirada de todas as pessoas não-índias que invadiram a Terra Indígena se deve ao cumprimento do artigo da Constituição que reconhece e garante aos índios direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Os Awá são um dos últimos povos caçadores e coletores, mas a terra indígena Awá-Guajá, reconhecida em 1992 e homologada em 2005, sofre com roubo de madeira, grilagem e desmatamento.
Vivemos um momento de intenso ataque à floresta e aos direitos de seus povos liderado por parlamentares da bancada ruralista no Congresso. A sociedade precisa estar atenta para cobrar o respeito aos direitos humanos e a um meio ambiente saudável e equilibrado, conforme consta na nossa Constituição.

Você pode nos ajudar ainda mais a defender a floresta e seus povos. Se você já assinou pela lei do Desmatamento Zero,compartilhe o site da campanha com seus amigos. Já são mais de 950 mil pessoas contra esse modelo atrasado de desenvolvimento.

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Abraços,
Tica Minami
Coordenadora da Campanha Amazônia

Greenpeace Brasil





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