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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Caiapós, compreensão refinada dos microclimas e das relações entre animais e plantas.




O antropólogo Darrell Posey mostrou que os índios caiapós do sul da Amazônia cultivam batatas-doces resistentes ao fogo, que captam os nutrientes quando os troncos das árvores são queimados, e através de uma relação com uma espécie de formiga se livram das ervas daninhas. A sobrevivência desses índios depende da compreensão refinada dos microclimas e das relações entre animais e plantas.


A maioria das relações entre organismos vivos é essencialmente cooperativa, caracterizada pela coexistência e interdependência. Embora haja competição, esta ocorre usualmente num contexto mais amplo de cooperação, de modo que o sistema maior é mantido em equilíbrio.

A competição desenfreada e o comportamento destrutivo são aspectos predominantes apenas dentro da espécie humana; eles têm de ser tratados em termos de valores culturais, ao invés de se procurar entendê-los como fenômenos intrinsecamente naturais. A abordagem sistêmica vê o mundo em termos de relações de integração; em vez de se concentrar nos elementos básicos, enfatiza os princípios básicos de organização. Todo e qualquer organismo – desde a menor bactéria até os seres humanos, passando pela imensa variedade de plantas e animais – é uma totalidade integrada e, portanto, um sistema vivo.


Os organismos vivos são sistemas abertos – isto significa que têm de manter uma contínua troca de energia e matéria com seu meio ambiente a fim de permanecerem vivos.

Enquanto uma máquina é realmente construída para produzir um produto específico ou executar uma tarefa específica determinada por aquele que a construiu, um organismo está empenhado primordialmente em renovar-se. Uma máquina enguiçará se suas peças não funcionarem da maneira rigorosamente predeterminada, mas um organismo tentará manter seu funcionamento num ambiente variável.

À semelhança de todas as outras criaturas vivas, pertencemos a ecossistemas e também formamos nossos sistemas sociais. Em nossas interações com o meio ambiente há uma contínua permuta e influência mútua entre o mundo exterior e o nosso mundo interior.


Nossas respostas ao meio ambiente são determinadas não tanto pelo efeito direto de estímulos externos sobre o nosso sistema biológico mas, antes, por nossa experiência passada, nossas expectativas, nossos propósitos e interpretação de nossa experiência perceptiva. Como seres humanos, moldamos nosso meio ambiente com eficácia porque somos capazes de representar o mundo exterior simbolicamente, pensar conceitualmente e, assim fazendo, comunicar nossos símbolos, conceitos e ideias.

Ao pensarmos e nos comunicarmos, tanto lidamos com o presente como nos referimos ao passado e antevemos o futuro, o que amplia a nossa autonomia. Mas, ao desenvolvermos nossa capacidade de pensamento abstrato num ritmo tão rápido, parece que perdemos a importante aptidão para ritualizar conflitos sociais – as recentes manifestações de jovens ingleses é mais um claro exemplo disso.

A evolução da consciência deu-nos o potencial para vivermos pacificamente e em harmonia com o nosso meio ambiente, continua hoje a oferecer-nos liberdade de escolha.


  • Tarcisio Padilha Junior é engenheiro


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