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domingo, 6 de maio de 2012

Avião-laboratório estuda as florestas da Sibéria



  • Um laboratório russo-francês, instalado a bordo de um avião, irá estudar as florestas siberianas e as suas possibilidades de enfrentarem o aquecimento global.

Será também a primeira vez que será realizada um estudo exato a partir do ar da atmosfera da região e de seu balanço térmico. A investigação tem por objetivo entender se a taiga está cumprindo o seu papel de “pulmões do planeta”, juntamente com as florestas da região amazônica.

De início, os cientistas irão medir, a partir de um avião Tu-134, os diferentes gazes e substâncias na região da Sibéria Ocidental, nomeadamente o dióxido de carbono, ozono, metano, vapor de água, partículas de aerossol e de cinzas. Seguidamente, os resultados serão comparados com os cálculos teóricos existentes, como explica Boris Belan, vice-diretor do Instituto de Ótica da Atmosfera, de Tomsk:

“O aquecimento global é um tema de que todos falam. O problema consiste no fato de todas as conjeturas serem feitas com base em modelos. Mas, de momento, o modelo não é tão perfeito que possamos estar certos de todos os cálculos. O objetivo desta experiência é o de comparar tudo o que possamos medir com os cálculos do modelo, para constatar até que ponto o modelo descreve a situação real”.

Os especialistas russos e franceses propõem começar uma investigação de envergadura em meados de maio. Existem já determinados projetos: desde 2011 que o laboratório aéreo vem realizando medições durante os voos em várias estações do ano. Muito antes, os cientistas investigaram as florestas siberianas juntamente com especialistas japoneses. A pergunta principal é saber qual é o contributo das florestas setentrionais na diminuição das emissões de gazes de efeito de estufa, conforme explica Boris Belan:

“Até 2005, podíamos afirmar com segurança que as florestas siberianas desempenhavam esse papel. Mas, de 2005 a 2008, constatou-se uma tendência: a concentração de gás carbónico nas zonas inferiores começou a crescer, ou seja, dá a impressão que as plantas já não absorvem a quantidade necessária de gás carbônico.

Para entender se este processo é periódico ou reversível, é indispensável levar a cabo observações durante um ou dois anos. Para além do laboratório aéreo, os cientistas pensam recorrer às estações meteorológicas terrestres. Por exemplo, um equipamento de fotometria irá registrar os fluxos decrescentes ou crescentes de radiação, o teor de vapor de água e de ozono na atmosfera. As estações TOR estudaram a composição das gazes e aerossóis na atmosfera. Na experiência, serão tomadas em conta, para além disso, os dados provenientes dos satélites norte-americanos de observação do meio ambiente. O projeto russo deverá prolongar-se até 2014, vendo o montante global de investimentos conjuntos atingir vários milhões de dólares.

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