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sábado, 17 de setembro de 2011

Fiat investe em conectividade e novos materiais

Paulo Matos, supervisor de projetos de inovação da Fiat: desenvolvimento de materiais a partir de fibras naturais

Para montadora, potencial de inovação no Brasil é grande e inclui ainda motores elétricos e tecnologias ligadas a biocombustíveis.

O Brasil está se tornando cada vez mais importante dentro do processo de inovação da Fiat. A montadora, que iniciou fabricação local em 1976, conta cada vez mais com a operação brasileira para elaborar veículos diferenciados e com características de ponta.

Segundo Paulo Matos, supervisor de projetos de inovação da Fiat no Brasil, atualmente a companhia trabalha no desenvolvimento de grande quantidade de inovações no país, em várias frentes. Uma delas é o desenvolvimento de materiais a partir de fibras naturais. "A diversidade da flora brasileira representa um potencial enorme nessa área", afirma. O executivo pondera, porém, que é preciso ir além da mera tecnologia.

"Há desafios logísticos. Precisamos fazer 3 mil carros por dia. Estudamos a questão tecnológica, mas também nos preocupamos com a cadeia de abastecimento", acrescenta.

Outro item presente na lista das inovações potenciais do Brasil, claro, é o biocombustível, o que inclui ainda alternativas como motores elétricos. "Somos a primeira montadora brasileira a ter uma solução de carro elétrico nacional. Afinal, o Palio Weekend Elétrico foi desenvolvido aqui", diz Matos. "Estamos estudando cada vez mais essa tecnologia e e também a questão dos biocombustíveis", acrescenta.

A eletroeletrônica é outra frente de inovação da Fiat no país. Neste caso, o objetivo da montadora é desenvolver tecnologias que levem mais conectividade a seus carros. "Estamos apostando em todas essas áreas aqui porque acreditamos que o Brasil tem um potencial muito grande para inovar", afirma Matos.

Todas essas tecnologias já estão sendo aplicadas na prática em veículos totalmente desenvolvidos pela empresa no país. Isso é mais evidente nos chamados carros conceito, produtos que funcionam como uma vitrine das pesquisas que a empresa vem conduzindo.

Um exemplo é o Fiat Concept Car II (FCC II), um bugue verde, que foi apresentado ao público em 2008. Trata-se de um veículo elétrico cuja carroceria foi produzida com materiais reforçados por fibras naturais.

Outro caso, este mais recente, é o Fiat Mio. "Ele permitiu que estudássemos questões como redução das emissões de gás carbônico, já que ele também é elétrico, e conectividade", diz Matos. O veículo, que permite integração com celular, foi apresentado no final do ano passado.

Desenvolvimento e pesquisa

A trajetória de inovação da Fiat no Brasil se consolidou com a criação do Pólo de Desenvolvimento Giovanni Agnelli. Inaugurado em 2003, o local é considerado o mais completo centro de desenvolvimento da empresa fora da Itália. Hoje, trabalham lá cerca de mil pessoas. De acordo com Matos, o centro foi fundamental para que a empresa pudesse intensificar a elaboração de inovações no país.

Porém, apesar de ser palco do desenvolvimento de diversas inovações da Fiat, o Brasil não conta com um centro de pesquisa como o que existe em Turim, na Itália, o chamado Centro Ricerche Fiat (CRF).

Por aqui, as pesquisas ocorrem de modo descentralizado e muitas vezes com a ajuda de centros de ensino e pesquisa como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

Segundo Matos, a companhia ainda não chegou à conclusão se o modelo de pesquisa adotado no país é a melhor opção para a região ou se vale a pena estabelecer no Brasil um centro nos moldes do CRF italiano.

"Trata-se de algo que ainda estamos discutindo. Não temos uma visão clara sobre essa questão. O fato é que temos a intenção de fazer mais pesquisa no Brasil", afirma o supervisor de inovação da Fiat no Brasil.

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