A mitigação das emissões dos gases do efeito estufa (GEEs), que contribuem para o aquecimento global, pode estar mais longe do que se pensava. Um novo estudo realizado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA em inglês) dos Estados Unidos indica que as reduções de CO2 alcançadas pelos EUA nos últimos anos podem ter sido compensadas pela liberação de carbono da China, maior emissor mundial.
As emissões dos EUA caíram 6% em 2009 e estão agora 8% abaixo dos níveis de 2000. No entanto, a liberação mundial de carbono na atmosfera cresceu 25% na última década, e quase todo este aumento foi causado por países em desenvolvimento como a China, o Brasil e a Índia. Deste percentual, metade deve-se às emissões chinesas.
“Isso significa que mesmo se os EUA e todo o Hemisfério Ocidental eliminassem imediatamente e completamente todas as emissões de dióxido de carbono, o crescimento nas emissões chinesas sozinho poderia restituir essa ação dentro de uma década”, afirmou James M. Taylor, membro emérito para política ambiental do Instituto Heartland. “A China, além disso, deixou bem claro que não vai aceitar restrições para dióxido de carbono”, acrescentou.
De acordo com uma reportagem da revista Forbes, reduzir as emissões americanas produzindo menos energia de combustíveis fósseis poderia fazer com que os consumidores se tornassem dependentes de fontes alternativas mais caras, como energia eólica e solar, o que poderia resultar em consequências econômicas negativas. A energia solar termodinâmica, por exemplo, será cerca de 208% mais cara do que o gás natural em 2016, segundo estimativa da Administração de Informação de Energia dos EUA.
“Um olhar mais cuidadoso às tendências das emissões globais revela o quão inútil seria para os EUA impor restrições econômicas autopunitivas no dióxido de carbono”, disse Taylor. “Tentar combater o aquecimento global restringindo as emissões dos GEEs americanos é ineficaz e terrivelmente caro”, concluiu.
15/03/2011 - Autor: Jéssica Lipinski - Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais
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