Objetivo é melhorar uso público do parque nacional marinho
Brasília (04/03/2013) – O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no litoral sul da Bahia, realizou estudo que investiga o impacto do mergulho recreativo nos recifes de corais protegidos pela unidade de conservação (UC). O objetivo é aperfeiçoar a gestão do uso público do parque.
Abrolhos é considerado um dos melhores pontos de mergulho do Brasil, atraindo visitantes de diversos países. Dentre as atrações, destacam-se espécies endêmicas, como o coral cérebro Mussismilia brasiliensis, e colunas de coral de até 20 metros de altura que se erguem do fundo e se abrem em arcos de até 50 metros de diâmetro perto da superfície, em forma de imensos cogumelos submarinos, os chamados Chapeirões.
Apesar do mergulho autônomo recreativo ser considerado como uma atividade de baixo impacto ambiental, há a preocupação de que possa contribuir para a degradação biológica e estética das comunidades recifais em locais onde ocorrem altas taxas de visitação.
O estudo
Nas temporadas de verão de 2012 e deste ano, o pesquisador Vinícius Giglio, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), na Bahia, acompanhou visitantes durante mergulhos recreativos em Abrolhos. Ele analisou os contatos físicos dos mergulhadores com os corais e em quais condições isso ocorre.
Durante o estudo, foi constatado que há diferenças no comportamento de visitantes com diferentes níveis de experiência de mergulho e entre os que estavam munidos de equipamentos extras como câmeras fotográficas e os que não utilizaram equipamento adicional.
A pesquisa propõe medidas de mitigação dos possíveis impactos aos corais, como a definição de capacidade de carga (limite máximo de visitantes) para mergulhadores recreativos em pontos específicos da unidade. O trabalho contou com o apoio das empresas Horizonte Aberto Catamarãs, Apecatu Expedições e Parú Divers.
(61) 3341-9280
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