Considerando o histórico de degradação e o alto grau de fragmentação dos remanescentes da Mata Atlântica, torna-se impossível viabilizar a preservação dos ciclos naturais, do fluxo gênico e dos serviços ambientais fornecidos pela floresta, sem que se priorizem políticas, programas e projetos de grande escala voltados à restauração do bioma.
Por esta razão, foi criado o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que tem como missão articular instituições públicas e privadas, governos, empresas e proprietários, com o objetivo de integrar seus esforços e recursos para a geração de resultados em conservação da biodiversidade, geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração, manutenção, valoração e pagamento de serviços ambientais e adequação legal das atividades agropecuárias nos 17 estados do bioma.
A meta do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica é a restauração florestal de 15 milhões de hectares até o ano de 2050, distribuídos em planos anuais aprovados por seu Conselho de Coordenação
Ao todo, são mais de 90 projetos e iniciativas cadastradas no site, somando mais de 16 mil hectares em processo de restauração florestal, e mais de 170 organizações trabalhando efetivamente para recuperar um dos biomas mais importantes e ameaçados do planeta.
Embora recente, o movimento, cujo foco é a restauração de uma das florestas mais ricas e mais ameaçadas do planeta, já comemora vários resultados conquistados neste período. O Pacto chegou em abril de 2011 com mais de 170 organizações comprometidas em viabilizar e restaurar 15 milhões de hectares até 2050, o que levará a Mata Atlântica a ter 30% de sua cobertura original, assumindo, neste caso, que hoje há menos de 12% da área total e que haverá iniciativas extras na recuperação do bioma.
O cadastro nacional de inciativas e projetos de restauração é um esforço inédito no Brasil e visa conhecer o estágio atual da restauração ecológica na Mata Atlântica, bem como reunir iniciativas e promover a troca de experiências, contribuindo para o aumento da restauração em qualidade e escala. Mais de 90 iniciativas de restauração já estão sendo cadastradas, sendo que 60 já estão disponíveis para consulta no site, o que somam mais de 16 mil hectares em processo de restauração e uma rede que envolve mais de 16 viveiros e produtores de mudas.
No início de 2012, o Pacto lançou a atualização do Mapa de Áreas Potenciais para Restauração Florestal, que ampliou a área analisada em mais três Estados (PB, RN e SE). Com isso, mais 300.000 hectares foram acrescidos nas áreas potenciais, totalizando 17.728.187 hectares para serem restauradas em 14 dos 17 estados do bioma. Além do levantamento de áreas potenciais, o Pacto trabalha atualmente na conclusão de novos mapeamentos: áreas elegíveis para o mercado de carbono, de serviços ambientais voltados para água e de áreas com maior potencial de conectividade de fragmentos florestais. Os objetivos são conquistar investimentos que levem a melhores resultados ambientais, sociais e econômicos para os projetos desenvolvidos, e também contribuir para a construção de politicas públicas para a restauração na Mata Atlântica.
Outra iniciativa pioneira é a construção do Protocolo de Monitoramente de Projetos de Restauração Florestal. O auxílio para o monitoramento de projetos é uma demanda real de grande parte das organizações que atuam na Mata Atlântica e, para que seja útil, a metodologia deve ser padronizada. O trabalho vai favorecer a mobilização de recursos para os projetos de restauração, pois será possível avaliar os investimentos e a eficiência dos processos.
Atuação nacional e internacional
Integrar pessoas e mobilizar recursos são as principais atividades do Pacto. Segundo o relatório da 1a Oficina realizada em fevereiro de 2011, membros do movimento apresentaram mais de 50 propostas para o BNDES, sendo que 25 projetos de restauração estão em processo de aprovação para restaurar quatro mil hectares de floresta, com um investimento aproximado de R$ 75 milhões em cinco anos. O Pacto também participou do processo de aprovação da conversão da dívida externa entre o governo brasileiro e a United States Agency for International Desenvolvimento (USAID). Este acordo, denominado Tropical Forest Conservation Act (TFCA), tem como objetivo canalizar parte dos US$ 21 milhões da TFCA para atividades de conservação e restauração dos biomas Mata Atlântica (predominantemente), Cerrado e Caatinga. USAID_Relatorio_Encerrramento 2012.pdf
Durante os dois primeiros anos do projeto, vários membros e organizações participaram de eventos nacionais e internacionais representando o Pacto, e mais recentemente a Rio +20. Ainda em agosto de 2011, mereceu destaque, a coordenação de um simpósio da Sociedade de Restauração Ecológica, na 4ª Conferência Mundial, realizada em Mérida, no México. Passando a ser considerado um centro de difusão de informações e conhecimento sobre restauração florestal. É possível encontrar diversos artigos científicos relacionados ao tema no site, entre outras informações, inclusive a disponibilidade de manter-se informado através de newsletter via inclusão do seu e-mail.
Além de todos esses resultados, o Pacto está trabalhando para a implementação de outras ações e estratégias previstas em seu planejamento. Seu principal objetivo é garantir à população ar limpo, água, regulação do clima e, ainda, a geração de empregos, renda e negócios sustentáveis.
2a Oficina de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração Florestal do Pacto
Recentemente no dia 09 de março de 2013, oficializou-se a realização da 2a Oficina de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração Florestal do Pacto
O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica restará realizando entre hoje e amanhã em Campinas, a 2a Oficina de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração Florestal. A oficina tem o apoio do Projeto Cooperação da Mata Atlântica II, por meio da GIZ e Funbio.
Durante o encontro, os profissionais reunidos poderão discutir e aperfeiçoar o PROTOCOLO DE MONITORAMENTO do PACTO, (vide arquivo pdf, abaixo), que foi construído durante a 1a Oficina realizada em Fevereiro de 2011.
Neste intervalo de tempo, muitas organizações puderam testar a aplicação do Protocolo em campo e agora é a oportunidade de rever este documento e, ao mesmo tempo, aperfeiçoá-lo, de forma a torná-lo um documento de fácil e prática aplicação pelas centenas de instituições que atuam com restauração no bioma Mata Atlântica.
Os objetivos da Oficina seguem abaixo e os desdobramentos do encontro serão divulgados para todos os membros e sociedade.
Objetivos:
- Avaliar o protocolo de monitoramento das áreas em restauração, resultado da “Oficina de Monitoramento do Pacto pela Restauração pela Mata Atlântica”, realizada em março de 2011;
- Propor melhorias e refinamento ao protocolo de monitoramento,
- Incluir no protocolo métodos para estimar estoques de carbono em áreas em restauração/regeneração natural na Mata Atlântica.
Dctos para consulta:
Mais informações, entre em contato:
Pacto pela restauração da Mata Atlântica
Rua do Horto, 931 – Casa das Reservas da Biosfera – Jd. Tremembé - São Paulo, SP – CEP 02377-000
TEL/FAX: (11) 2232-2963 2232-5728 – E-mail: secretariaexecutiva@pactomataatlantica.org.br
Assessoria de Comunicação
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
Telefones: 11 2232-2963 e 11 2232-5728
Informativo por ocasião da origem do Pacto, via SOS
2009
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