Ordem: Primatas
Família: Cebidae
Espécie de bugio que ocorre na região do Pantanal e parte do Cerrado, abrangendo leste da Bolívia, Paraguai, nordeste da Argentina e do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ao sul da Bahia.
Ocupam florestas decíduas e semidecíduas, matas de galeria e capões. Na região das Fazendas Xaraés e Nossa Senhora do Carmo, Pantanal sul-matogrossense, são bastante comuns em capões de médio e grande porte.
O que mais chama a atenção em relação a esses animais é o grito muito alto entoado por eles, uma forma de demarcação de território. Isso é possível a uma modificação na região da garganta, que atua como um grande saco acústico.
Marcante dimorfismo sexual, sendo o macho adulto de coloração preta e a fêmea marrom claro. Os juvenis possuem a pelagem parecida com a das fêmeas. Os machos são um pouco maiores, pesando cerca de 6-7kg e as fêmeas entre 4-5kg.
Vivem em grupos que chegam a passar 10 indivíduos e são encontrados mais de um macho por bando, mas provavelmente existe apenas um dominante.
Assim como as outras espécies do gênero, são animais herbívoros, sendo a dieta baseada preferencialmente em folhas. Por conta dessa dieta pouco rica em calorias, passam a maior parte do tempo descansando nas árvores. Possuem o trato digestivo muito desenvolvido, de modo que os ajudam a digerir a celulose das folhas. Sempre observei esses animais em embaúbas (Cecropia sp.) e figueiras (Ficus sp.).
Já observei indivíduos cruzando o campo correndo na busca de capões ou mudando de capão. Está fora de perigo, mas as populações vem diminuindo, devido à fragmentação do habitat pelas atividades agropecuárias e expansão das cidades.
Fonte: Fauna Brasileira
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