Brasil terá portal colaborativo sobre botânicaUma das formas de criar um caminho alternativo para a sustentabilidade, que não seja só combater o desmatamento, é gerar valor agregado da biodiversidade.O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) desenvolverá um site com conteúdo informativo sobre botânica, pois constataram que há poucos especialistas em classificação de seres vivos ativos na Amazônia. A página, uma espécie de Wikipédia, será criada para suprir, pelo menos, parte dessa deficiência.Compartilhar as informações e envolver pessoas não especializadas em meio ambiente é o principal objetivo do projeto. O site será desenvolvido em parceria com a IBM (companhia norte-americana de computadores e sistemas de informática).A criação do projeto Comunidade Ciência, foi assinada na última quarta-feira (15), em Brasília, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e o presidente da IBM Brasil, Ricardo Pelegrini.Para o ministro, é preciso criar novos mecanismos para que o conhecimento sobre a Amazônia seja levado ao maior número de pessoas possíveis.Espera-se que o portal colaborativo, batizado de Wikiflora, seja uma boa fonte de informações sobre a biodiversidade brasileira. Todos os dados relacionados ao tema e produzidos no Brasil serão registrados no espaço.“É pegar essa responsabilidade e levar para o dia a dia da comunidade. Professores e alunos vão poder se registrar e criar redes temáticas. Criar um projeto em parceria com o pesquisador”, afirmou o pesquisador da IBM, Sérgio Borger.O portal terá ferramentas de redes sociais, referências geográficas do conteúdo e acervo científico. Só serão publicadas as informações cientificamente comprovadas, para isso haverá um comitê científico que validará as informações.Ficarão disponíveis coleções biológicas já existentes, que permitirão aos usuários fazerem comparações com plantas já conhecidas e até mesmo descrever novas espécies. Na Conferência Rio+20, no próximo ano, uma versão do site será apresentada para induzir outros países a também refletirem sobre a questão.Segundo o pesquisador do Inpa, Alberto Vincentini, há 2.500 espécies catalogadas na reserva Adolpho Ducke, na Amazônia, que representa apenas um quinto da área total.“Uma das formas de criar um caminho alternativo para a sustentabilidade, que não seja só combater o desmatamento, é gerar valor agregado da biodiversidade, conhecer a biodiversidade, mostrar a importância que ela tem para a farmacologia e para a alimentação. A riqueza que todo esse material genético tem, para o Brasil e para o planeta”, concluiu Vincentini. Com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia e Folha de S. Paulo.
Fontes:
Ministério da Ciência e Tecnologia
Redação CicloVivo
Folha de S. Paulo.
Fotos do próprio Blog
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