Vazamento de informação leva Pluspetrol a cancelar exploração de gás natural na Amazônia protegida (?)
A gigante argentina Pluspetrol voltou atrás na decisão de expansão do projeto de exploração de gás natural na Amazónia peruana. A decisão deu-se após a denúncia mediática feito pelo The Guardian e pela Survival International.
A empresa já garantiu, em comunicado, que vai abandonar os planos de expansão no Parque Nacional do Manu, área protegida da Amazónia. A Sernanp, autoridade dos parques nacionais peruanos, também fez questão de anunciar que havia negado o pedido da Pluspetrol para trabalhar naquela área, alegando que a regra de proteção do Manu “proíbe expressamente a exploração de recursos naturais”.
Trata-se de um dos lugares de maior biodiversidade no planeta, lar para povos indígenas e patrimônio mundial da Unesco. A Pluspetrol, atualmente opera uma concessão de gás existente na região, conhecida como projeto Camisea, tentava manter em segredo os seus planos de expandir a atividade em território preservado, quando então houve a denúncia.
O projeto Camisea é um dos maiores em exploração de gás natural na Amazônia estando restrito a uma área conhecida como Block 88 (zona da morte). Qualquer expansão do Camisea é proibida, mas no ano passado o Ministério da Energia peruano aprovou a exploração de gás dentro do Block 88.
Ficou confirmado que a Pluspetrol tinha encomendado um relatório à agência ambiental Quartz Services, justificando que os seus planos iriam “contribuir não só para a continuidade da atividade no Block 88, mas também para o desenvolvimento (?) do Manu National Park, área teoricamente protegida”.
A verdade é que uma expansão do Camisea colocaria em perigo não só as tribos que vivem perto do Block 88, como toda a flora e fauna locais. Os planos secretos da Pluspetrol chocaram o público desinformado.
SUCCESS: Gas giant backtracks on exploration in UNESCO World Heritage
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