- Documento está sendo construído em dois eixos: “Bases para a sustentabilidade” e “Economia da Sustentabilidade e Inovação”
Reunião com representantes dos nove Estados que compõe a Amazônia Legal discutem as propostas a serem inseridas na "Carta da Amazônia para a Rio +20, que será apresentada em junho, na cidade do Rio de Janeiro (Divulgação)
Os nove Estados da Amazônia Legal estão identificando e reconhecendo os desafios da região para elaborar a “Carta da Amazônia para a Rio +20” com diretrizes e propostas para formar um novo modelo de desenvolvimento sustentável para os povos amazônidas. O documento será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio +20, no próximo mês, na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) do Amazonas, a proposta está sendo preparada a partir de dois conceitos: “Bases para a sustentabilidade”, abordando o que precisa acontecer para atingir o desenvolvimento sustentável como a regularização fundiária e ambiental, gestão de áreas protegidas, desmatamento e queimadas, por exemplo; e “Economia da Sustentabilidade e Inovação”, abordando a definição de atividades econômicas, implementação e incorporação das questões ambientais e sociais nas tomadas de decisões como as relacionadas com a agricultura, pecuária e aquicultura.
A titular da SDS do Amazonas, Nádia Ferreira, explica que a ideia é promover a participação dos Estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão) para “pensar estratégias de desenvolvimento sustentável a longo prazo”. “A Carta da Amazônia chama a atenção para as peculiaridades típicas entre os Estados da Amazônia brasileira”, disse.
“O mais importante é que esta Carta está sendo elaborada com a sociedade civil e ela irá acompanhar o cumprimento das diretrizes. Queremos mostrar que o desenvolvimento sustentável leva em conta outros fatores além do meio ambiente, como economia, por exemplo”, salienta Nádia. O processo está sob a coordenação da SDS do Amazonas em articulação com os representantes das secretarias de Meio Ambiente dos outros oito Estados da Amazônia Legal e dos grupos majoritários reconhecidos pela Organização das Nações Unidas atuantes em cada uma delas.
“Não queremos ser apenas espectadores de decisões fundamentais para a nossa sobrevivência. A Carta será a voz dos amazônidas para o mundo”, reforça a secretária da SDS. Outro destaque do documento é a discussão de “Economia Verde”, que é conceituado como “um conjunto de instrumentos econômicos, financeiros e regulatórios para se atingir o desenvolvimento sustentável, e não uma fórmula única que possa ser aplicada mecanicamente a todos os casos”.
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