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domingo, 25 de março de 2012

Greenpeace - Desmatamento Zero pela iniciativa popular



"Estilo de vida europeu necessita de 5 planetas" 



Diretor da ONG Kumi Naidoo fez um apelo para que presidenta do país tome medidas que beneficiem o povo brasileiro no longo prazo

O Greenpeace lançou quinta-feira em Manaus (22) a campanha do Desmatamento Zero, lei de iniciativa popular de proteção das florestas nativas, como reação à votação do novo CódigoFlorestal no Congresso. O lançamento foi feito a bordo do barco Rainbown Warrior, atracado no porto de Manaus, onde inicia uma viagem até o Rio de Janeiro, prevista para terminar em julho. Entenda a polêmica sobre o novo Código Florestal.

A ideia é criar uma lei de iniciativa popular até 2014 sobre a proteção das florestas nativas, proibindo a supressão de florestas nativas em todo o território nacional. A lei de iniciativa popular segue a premissa de que precisa da assinatura de 1% dos eleitores para que o congresso deva votar. Para isto a ONG pretende se associar com associações populares, religiosas e usar seus voluntários para coletar um milhão e quatrocentas assinaturas. 

“O Brasil é a sexta maior economia do mundo e se tornou a sexta maior economia vendo a queda do desmatamento. Isto é um exemplo claro de que não é preciso destruir a floresta para se tornar uma economia forte”, disse Kumi Naidoo, diretor mundial do Greenpeace, presente em Manaus. Naidoo lembrou, no entanto, que a “triste realidade” é que mesmo com a redução do desmatamento o Brasil, ele continua sendo o segundo maior destruidor de florestas, logo depois da Indonésia. “As mudanças do código florestal brasileiro estão relacionadas a crimes e criminosos do passado. A lei de desmatamento zero está relacionada ao futuro”, disse.

De acordo com a ONG, esta lei do Desmatamento Zero não se aplicaria em questões de segurança nacional, defesa civil e pesquisa. Teria também como exceção imóveis rurais de agricultura familiar por 5 anos e obrigaria o estado a prover políticas publicas tecnológica para o desenvolvimento do imóvel rural. Terras indígenas e populações tradicionais, de acordo com o projeto de lei, continuariam sendo regidos pela legislação especifica de hoje.

“Há um divórcio entre a opinião pública e os representantes do povo. Queremos fazer uma lei de iniciativa popular que seja votada no Congresso. A gente quer preservar as florestas tropicais do mundo. Queremos replicar para outros países”, disse o diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario.

Nadoo aproveitou a cerimônia para cobrar um posicionamento diferente da presidenta Dilma. De acordo com o diretor do Greenpeace, a presidenta tem uma oportunidade única para mostrar ao mundo que o Brasil está comprometido em acabar com destruição florestal.

“Eu gostaria de sair um pouco do meu papel de líder do Greenpeace e fazer um apelo a presidente Dilma como um africano. Os povos da África são claramente os menos responsáveis da mudança climática, mas nós estamos sendo os primeiros a pagar o preço das mudanças climáticas com milhares de vítimas . A escolha da presidente Dilma é simplesmente essa: permitir lucros de curto prazo para pouca gente, ou escolher tomar medidas de sustentabilidade que beneficiam o povo brasileiro no longo prazo”, disse.

O estilo de vida dos europeus e dos americanos não é compatível com os recursos naturais disponíveis no meio ambiente. Segundo o diretor-executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, se toda a população do planeta tivesse o mesmo estilo de vida dos americanos e europeus, seriam necessários cinco planetas Terra.

"Este estilo de vida não é sustentável e tem que ser desafiado", disse Naidoo nesta sexta-feira no Fórum de Sustentabilidade de Manaus. "Normalmente, falamos que no futuro faltarão recursos naturais, mas vidas já estão sendo roubadas agora diretamente por causa de um impacto climático."

Segundo Naidoo, os que têm sido afetados pelas mudanças climáticas, que envolvem a consequência de falta de água e de terra, são os que "tem a menor responsabilidade sobre o assunto".

Naidoo se posicionou ainda contra a construção de Belo Monte e fez um apelo à comunidade empresarial brasileira sobre a atuação das companhias nacionais na África. "Por favor, não nos tratem como já fomos tratados pelos outros países (Naidoo é africano)." O diretor do Greenpeace pediu ainda que o Brasil mantenha a Amazônia preservada e aprove o "desmatamento zero".

O evento é promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), do empresário João Dória Jr, em parceria com a XYZ Live, empresa que atua em diversas áreas, como conhecimento e cultura. O fórum é realizado no hotel Tropical, em Manaus.

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