Foto tirada da Estação Espacial Internacional mostra queimadas ao longo do Xingu (Crédito: ISS/Nasa)
Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ou ISS, na sigla em inglês) registraram uma imagem da Amazônia que nós, como brasileiros, não podemos ter orgulho: áreas queimadas e uma considerável nuvem de fumaça ao longo do rio Xingu, um dos mais extensos da Amazônia.
A foto, obtida no dia 17 de setembro de 2011, ilustra o corte e a queima no estado do Mato Grosso. Na imagem ainda é possível ver algumas áreas expostas de areia, o que mostra que o rio está em seu estágio de baixo fluxo, ou seja, no período anual da seca.
Ao longo de seus 2,3 mil km, o rio Xingu tem sido impactado por projetos de infraestrutura como as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Mas a história não se resume a isso, infelizmente. Desde a década de 1960, a Amazônia se tornou alvo crescente de grandes grupos ligados ao agronegócio e sofe contínuo e acelerado processo de conversão de suas florestas para pastos e lavouras de produção extensiva.
Um dos métodos mais utilizados para o desmatamento é o fogo. E queimadas, especialmente na época de seca, são vistas ao longo do curso dos rios e em espaços abertos no meio da floresta. Uma vez que as regiões desmatadas são facilmente identificáveis a partir do espaço, também fica mais fácil seguir a taxa de desmatamento.
Neste ano, enquanto acirrava-se o debate sobre a reforma do Código Florestal no Congresso Nacional, o Mato Grosso – conhecido internacionalmente pela produção de grãos, pela agropecuária e por seus passivos ambientais – teve o maior índice de derrubada entre os Estados amazônicos. Se os ruralistas de Brasília ganharem o que desejam, os astronautas verão cada vez mais cenas como essa.
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Postado por Camorim - 10 - out - 2011
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