'O Brasil deixa de ganhar R$ 8 bilhões por ano por não reciclar tudo que é possível'.
Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, no último domingo (5), a mídia brasileira contou com um pronunciamento oficial da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O lixo foi o tema escolhido para preencher os dois minutos em que ela falou em rede nacional.
A oportunidade foi também um momento para que o governo apelasse pelo apoio da população em relação à coleta seletiva. Segundo a ministra, “O Brasil deixa de ganhar R$ 8 bilhões por ano por não reciclar tudo que é possível”.
O nível de reciclagem no país ainda é muito baixo e uma das opções para transformar essa situação é a conscientização dos brasileiros, através de atitudes simples como a separação do lixo úmido e seco, ou seja, não recicláveis e recicláveis. Assim, mesmo que a estrutura do país ainda seja precária, se comparada a outras nações mais desenvolvidas, e dependa em sua maioria de cooperativas de catadores, o processo de triagem e destinação adequada dos resíduos seria facilitado.
No mesmo dia em que foi ao ar o pronunciamento da ministra, o jornal português Público, divulgou uma entrevista exclusiva com Izabella. Em declaração ao periódico europeu ela disse que um dos maiores problemas do Brasil é o cuidado com os resíduos sólidos. A instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), também deve funcionar como uma das medidas de controle e cuidado com a destinação correta de boa parte do lixo produzido no Brasil, que ultrapassa 183 mil toneladas diárias.
A legislação, sancionada durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, obriga o fim dos lixões e a criação de estruturas de reciclagem em todos os municípios do país, para que somente os resíduos orgânicos sejam destinados aos aterros sanitários. Além disso, os fabricantes de pilhas, pneus, baterias, embalagens de agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes, óleos lubrificantes e eletroeletrônicos serão obrigados a se responsabilizar pelos resíduos gerados a partir de seus produtos.
A PNRS também deve beneficiar as cooperativas de catadores, citadas pela ministra, que receberão incentivos e benefícios fiscais para que tenham suas estruturas melhoradas.
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